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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Beato Isidoro Bakanja, Leigo e Mártir (Mártir do Escapulário do Carmo)


Beato Isidoro Bakanja
A data do nascimento do jovem congolês de pele negra, futuro mártir do escapulário, de nome Isidoro Bakanja, deve ter sido entre 1885 e 1890, em Bokendela. Ele, contudo, nasceu no seio de uma família da tribo Boangi. Nessa época o seu país, era domínio exclusivo do rei Leopoldo II da Bélgica, fazia parte de seu patrimônio pessoal. Mais tarde essa propriedade foi transformada na colônia chamada Congo Belga, atual República Democrática do Congo.

Os dados concretos revelam que, como todos os africanos de sua tribo, conheceu a pobreza logo cedo. Ainda na infância precisava trabalhar para o sustento próprio, como pedreiro ou como lavrador no campo. Na adolescência conheceu a religião cristã através dos dois religiosos trapistas, que foram em missão converter essa tribo africana. Totalmente convertido e devoto de Maria, Isidoro foi batizado no dia 06 de maio de 1906. Nessa ocasião recebeu de presente um rosário e o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, que nunca mais deixou de usar. Ele conhecera a história do Escapulário e contava a todos os irmãos africanos, que interessados no cristianismo, procuravam os dois missionários. Estes por sua vez chamavam Isidoro de o "Leigo do Escapulário", pela vocação ao apostolado.


Mais tarde, Isidoro estava trabalhando numa plantação de borracha, em Ikiri. Pertencia a um colonizador belga, ateu, que não suportava os africanos cristãos e menos ainda os missionários. Preferia a população africana como estava, era mais fácil para ser explorada como mão de obra quase gratuita. Não gostava de ter africanos convertidos trabalhando na plantação, "perdiam tempo rezando", dizia. Isidoro, no entanto, nunca escondeu que era cristão, usava o Escapulário com fé e devoção. Trabalhava duro e produzia bem, mas era cada vez mais perseguido.

Quando foi impedido de rezar em voz alta, enquanto trabalhava, resolveu deixar a plantação. Mas foi proibido de voltar para casa, e ordenaram que jogasse fora o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, sinal de sua fé. Como Isidoro recusou, foi chicoteado pelo próprio belga, ateu, até ter suas costas transformadas em uma grande chaga. A ferida infeccionou e ao longo de seis meses Isidoro viveu um calvário de sofrimentos. Sua agonia foi muito mais dolorosa que o açoitamento. Durante esse período, foi solidário com seu povo e outros sofredores, repartindo com eles sua fé e os alimentos que recebia.

Morreu entre seus irmãos africanos, com o Rosário nas mãos e o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo em seu pescoço. Perdoou e prometeu rezar pelo seu algoz ao ingressar no céu. Foi o que disse, antes de entregar sua alma ao Pai, envolto em seu pequeno "hábito de carmelita" a 15 de agosto de 1909.

O Papa São João Paulo II beatificou esse jovem africano cristão que chamou de: o "Mártir do Escapulário", em 1994. O Beato Isidoro Bakanja é celebrado no dia de sua morte. O seu testemunho fez florescer muitas obras de caridade promovidas pelos leigos carmelitas e devotos do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, em todos os continentes.



Bem-Aventurado Isidoro Bakanja... Rogai por nós!

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