DIEGO
ODDI nasceu em Vallinfreda (Roma) a 6 de Junho de 1839, no seio de
uma família pobre e muito religiosa. Durante uma peregrinação ao
Retiro de São Francisco, em Bellegra, ficou impressionado com o
lugar e a vida santa que levavam os frades que ali viviam. Alguns
anos mais tarde, lembrando-se sempre da experiência vivida naquela
visita ao convento franciscano, o jovem Diego retornou àquele lugar
para pedir conselho a Frei Mariano, famoso religioso naquela época e
hoje também beatificado. As palavras simples desse humilde porteiro
do convento impressionaram- no a tal ponto, que Diego resolveu pensar
a sério na sua vocação e aumentou o tempo de oração,
entregando-se aos desígnios de Deus.
Entrou
no Retiro de Bellegra em 1871, superando a resistência dos seus
pais. Foi acolhido como simples «terceiro oblato» e, em 1889,
pronunciou os votos solenes. Durante quarenta anos percorreu os
caminhos de Subiaco, pedindo esmola. Analfabeto, mas arguto e com
facilidade de dialogar, surpreendia a todos com as suas palavras,
brotadas de um coração habituado a pronunciá-las nos colóquios
com Deus. Quando o sino indicava o silêncio da noite, Diego
permanecia na capela a falar com o Senhor, e esse colóquio
prolongava-se durante toda a noite, sabendo haurir desse momento de
graça a sabedoria da fé e a força para a fidelidade ao espírito
franciscano.
Convento onde viveram os Beatos Diego Oddi e Mariano de Roccacasale. |
Morreu
a 3 de Junho de 1919, tendo consagrado totalmente a vida a Deus,
pondo em prática a vontade dos superiores e sabendo interpretar os
eventos quotidianos como sinais daquilo que Deus lhe pedia.
O
Papa São João Paulo II, na homilia de sua beatificação (foi beatificado também com o Beato Mariano de Roccacasale, seu irmão de Ordem e de convento), disse sobre este franciscano:
“A mesma espiritualidade franciscana, centrada numa vida evangelicamente pobre e simples, distingue Frei Diego Oddi, que hoje contemplamos no coro dos Beatos. Na escola de São Francisco, ele aprendeu que nada pertence ao homem a não ser os vícios e os pecados e que tudo o que a pessoa humana possui, na realidade é dom de Deus” (cf. Regra não selada XVII, em Fontes Franciscanas, 48). Desta forma aprendeu a não se angustiar inutilmente, mas a expor a Deus 'orações, súplicas e agradecimentos' por todas as necessidades, como escutamos do apóstolo Paulo na segunda Leitura (cf. Fl 4, 6). Durante o seu longo serviço de esmoleiro, foi autêntico anjo de paz e bem para todas as pessoas que o encontravam, sobretudo porque sabia ir ao encontro das necessidades dos mais pobres e provados. Com o seu testemunho jubiloso e sereno, com a sua fé genuína e convicta, com a sua oração e o seu incansável trabalho o Beato Diego indica as virtudes evangélicas, que são a via-mestra para alcançar a paz”.
“A mesma espiritualidade franciscana, centrada numa vida evangelicamente pobre e simples, distingue Frei Diego Oddi, que hoje contemplamos no coro dos Beatos. Na escola de São Francisco, ele aprendeu que nada pertence ao homem a não ser os vícios e os pecados e que tudo o que a pessoa humana possui, na realidade é dom de Deus” (cf. Regra não selada XVII, em Fontes Franciscanas, 48). Desta forma aprendeu a não se angustiar inutilmente, mas a expor a Deus 'orações, súplicas e agradecimentos' por todas as necessidades, como escutamos do apóstolo Paulo na segunda Leitura (cf. Fl 4, 6). Durante o seu longo serviço de esmoleiro, foi autêntico anjo de paz e bem para todas as pessoas que o encontravam, sobretudo porque sabia ir ao encontro das necessidades dos mais pobres e provados. Com o seu testemunho jubiloso e sereno, com a sua fé genuína e convicta, com a sua oração e o seu incansável trabalho o Beato Diego indica as virtudes evangélicas, que são a via-mestra para alcançar a paz”.
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