São Leonardo Murialdo |
São Leonardo Murialdo, nasceu no
dia 26 de outubro de 1828, na cidade de Turim, Itália, tendo ficado órfão de
pai com apenas cinco anos. Era de uma
família tradicionalmente rica, ao mesmo tempo, religiosa. Recebeu esmerada
educação, transmitida pela mãe desde a infância, fazendo florescer nele as mais
belas virtudes cristãs. Frequentou a
faculdade de Savona, onde se dedicou aos jovens pobres e órfãos, e logo a
prática da caridade tornou-se peculiar ao seu caráter, à sua personalidade.
São
Leonardo insere-se no número das figuras de singular santidade que
caracterizaram a Igreja piemontesa no século XIX. Distinguem-se, entre outros,
as fortes personalidades de Cottolengo, de Lantieri, de Alamano, de Dom Bosco e
de Dom Orione, com as suas intuições perspicazes, o genuíno amor pelos pobres e
a ilimitada confiança na Providência. Através da ação deles, a caridade da
Igreja pôde promover de maneira eficaz a emancipação material e espiritual dos
filhos do povo, vítimas de graves injustiças e postos à margem do tumultuoso
processo de modernização da Itália e da Europa.
Foi
ordenado sacerdote em 1851. A sua espiritualidade, fundada sobre a Palavra de
Deus e sobre a doutrina de autores seguros, tais como Santo Afonso e São
Francisco de Sales, para nomear apenas alguns, foi animada pela certeza do amor
misericordioso de Deus. O cumprimento da vontade de Deus na realidade
quotidiana, a intensa vida de oração, o espírito de mortificação e uma ardente
devoção à Eucaristia caracterizaram o seu caminho de fé.
Já no início de
seu ministério sacerdotal, empenhou-se na catequese de crianças e também na
criação de diversos orfanatos, aos pobres e pessoas abandonadas. Foi escolhido como reitor do Colégio de
Jovens Artesãos, cargo que desempenhou com brilho especial, formando os jovens
dentro de uma formação eminentemente cristã, objetivando perfeito aprimoramento
moral e profissional. Os que ingressavam
no Colégio e persistiam nos estudos, formavam-se com qualificação profissional.
O sucesso deste empreendimento motivou a criação de diversos outros colégios
por toda a Itália, a fim. Seria este o
início da então Pia Sociedade Turinesa de São José, hoje conhecida como
Congregação de São José, que se alastrou rapidamente na Europa, África e nas
Américas.
O coirmão e
biógrafo, Padre Reffo, observa que Murialdo queria sempre dar-se conta
precisamente das condições de família dos seus jovens, para saber regular-se
com eles e com os seus pais, e tinha cuidados especiais por aqueles que
provinham de famílias más e, por isso, já tinham adquirido princípios
corruptos. Antes, ele "cuidava de se ocupar individualmente de algum jovem
mais ignorante ou mais lento em aprender e, com grande paciência, procurava
instruí-lo”.
Soube ser pai
para os seus jovens em tudo o que se referia ao seu bem-estar físico, moral e
espiritual, preocupando-se da sua saúde, alimentação, vestuário e formação profissional.
Favoreceu, ao mesmo tempo, a preparação e a qualificação dos responsáveis pelos
vários laboratórios, procurando aperfeiçoar a sua capacidade educativa através
de conferências pedagógico-religiosas.
Jamais descuidou
o crescimento religioso, além do humano, dos jovens. "O nosso programa -
ele escreveu - não é apenas tornar os nossos jovens inteligentes e
trabalhadores eficientes, nem sequer fazê-los sabichões orgulhosos..., mas
antes de tudo fazê-los cristãos sinceros e francos". Por isto desenvolveu
entre eles a catequese, favoreceu a prática sacramental e incrementou
associações para os jovens e adolescentes, estimulando-os a serem apóstolos no
meio dos seus companheiros e dando vida, quanto a isto, à Confraria de São José
e à Congregação dos Anjos da Guarda.”
Viveu e
consagrou-se de forma tão intensa aos seus trabalhos sociais e espirituais, que
as extenuantes horas de dedicação acabaram culminando no declínio de sua
saúde. Após sofrer várias crises de
pneumonia, entregou sua alma a Deus, no dia 30 de março de 1900. Foi canonizado em 1970 pelo Papa Paulo VI,
que designou a comemoração de sua festa para o dia 18 de maio.
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