Considerado um
dos santos mais representativos e queridos da heroica Polônia, são João Câncio
é chamado, pelo povo, de a "glória
da nação polonesa" e o "pai
da pátria". Isso num país que sempre teve orgulho de sua fé no
cristianismo e da fidelidade à cátedra de Pedro.
João Câncio
nasceu em 23 de junho de 1390, no povoado de Kenty, e viveu sempre em sua
cidade, Cracóvia. Lá, conquistou todos os graus acadêmicos e lecionou em sua
principal universidade até morrer. A grande preocupação de seu magistério era transmitir
aos alunos os conhecimentos "não à
luz de uma ciência fria e anônima, mas como irradiação da ciência suprema que
tem sua fonte em Deus".
Mesmo depois de
ordenar-se sacerdote, continuou a cultivar a ciência, ao mesmo tempo em que
fazia seu trabalho pastoral como vigário da paróquia de Olkusz. Homem de
profunda vida interior, jejuava e penitenciava-se semanalmente, ao mesmo tempo
em que espalhava o amor pelo próximo entre os estudantes e os pobres da cidade.
Sua vida de oração e amor a Deus profundos, logrou-lhe aparições e visões celestes da Virgem Maria e de anjos. Era verdadeiramente um homem "angélico", pela pureza de sua alma e pelo fervor que devotava a Deus.
Destacou-se também por uma profunda humildade. Quando a sua humildade e a sua paciência eram postas a prova, sem perder a costumeira serenidade de espírito, se limitava a responder: “Graças a Deus!” Na qualidade de preceptor dos príncipes da Casa real polonesa, às vezes não podia se subtrair a participação de alguma festa mundana.
Um dia se apresentou a um banquete com roupas humildes e um doméstico o colocou porta afora. João foi se trocar e voltou ao lugar onde se dava a recepção. Desta vez pode entrar, mas durante o almoço um servente desastrado esvaziou um copo nas suas vestes. João sorriu afirmando: “Está certo que também a minha roupa tenha a sua parte, foi graças a ela que pude entrar aqui”. Tanto nas pequenas como nas grandes adversidades, João teve sempre em mira algo de bem superior ao prestígio, a carreira e ao bem-estar materiais: “Mais para o alto”, repetia frequentemente querendo exprimir com este lema o seu programa de vida ascética. Ele se distinguiu sobretudo pela caridade evangélica.
Há um exemplo
claro de sua personalidade em sua biografia, que remonta às inúmeras
peregrinações e romarias aos túmulos dos mártires em Roma, bem como aos lugares
santos da Palestina. Numa dessas incontáveis viagens, foi assaltado. Os
bandidos exigiram que João Câncio lhes desse tudo que tinha, depois perguntaram
ainda se não estava escondendo mais nada. Ele afirmou que não.
Depois que os
ladrões partiram, ele se lembrou de que ainda tinha algumas moedas no forro do
manto. Achou-as, correu atrás dos bandidos, deu-lhes as moedas e ainda pediu
desculpa pelo esquecimento.
São João Câncio o o milagre da bilha de água que se "consertou" milagrosamente em suas mãos. |
Anos depois, ao
perceber a proximidade da morte, distribuiu os poucos bens que possuía aos
pobres, falecendo às vésperas do Natal de 1473. Morreu em Cracóvia, com a idade de oitenta e três anos, na noite de Natal de 1473 e foi canonizado em 1767. A memória do santo, celebrada a 20 de outubro, foi agora trazida para mais perto da data de sua morte.Foi canonizado por Clemente II
em 1767. São João Câncio era celebrado no dia 20 de outubro, mas agora sua
festa acontece um dia antes daquele que marca sua morte.
Para homenagear
o "professor santo", que foi modelo para gerações inteiras de
religiosos, o papa João Paulo II foi à Polônia em 1979. Na ocasião, consagrou
uma capela em memória do padroeiro da Polônia, são João Câncio, na igreja de
São Floriano. Nela, na metade do século XX, o mesmo papa, então um jovem
sacerdote, iniciava o seu serviço de vigário paroquial.
São João Câncio, rogai por nós! |
Um comentário:
belo trabalho, grato p colaboração!
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