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Encontre o (a) Santo (a), Beato (a), Venerável ou Servo (a) de Deus

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Venerável Servo de Deus Benigno de Santa Teresa do Menino Jesus, presbítero carmelita descalço, o "perfume do Carmelo".


Este dom de santidade, por assim dizer, é oferecido a cada pessoa batizada. Mas cada vez que o presente é traduzido em uma tarefa, que deve governar toda a existência cristã: "Esta é a vontade de Deus, a sua santificação" (I Tessalonicenses 4, 3). É um compromisso que não diz respeito apenas a alguns cristãos: "Todos os fiéis de qualquer estado ou grau são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade" (LG 40). Estas declarações de São João Paulo II na Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte podem nos guiar na aproximação e no conhecimento da figura de Frei Benigno, cujas virtudes heróicas o Santo Padre declarou em 20 de dezembro de 2000.
 


Frei Benigno de Santa Teresa do Menino Jesus, (Angelo Calvi) é um carmelita descalço cuja vida cobriu o espaço de apenas 28 anos, e que em nossa opinião personificava aquilo que, novamente na citada Carta Apostólica, O Pai aponta para a "santidade" como um "alto padrão da vida cristã comum" (cf. NMI 31).

Angelo Calvi nasceu em Inzago (MI) em 23 de julho de 1909, filho de Francesco e Teresa Ceserani, terceiro de oito filhos, dois dos quais morreram antes de seu nascimento e dois quando ele tinha onze anos. Ele foi batizado no dia seguinte e a madrinha, tia Giulia, com o dom da fé pediu-lhe o dom da vocação sacerdotal. O ambiente familiar em que nasceu e viveu era muito pobre, naquele campo milanês atravessado pelos Adda e Naviglio, onde a realidade da comunidade paroquial agia como um pivô para todos os eventos felizes e tristes da vida. O pai trabalhava na agricultura, dia após dia.  Mantinha um estábulo com apenas uma vaca e, depois de voltar para casa da Primeira Grande Guerra de 1915 a 1918, procuraria um emprego mais lucrativo em Milão, mas, sempre ocasional, como o de um trabalhador de armazém em uma fábrica. A mãe de Angelo era uma virtuosa dona de casa: uma mulher de fé e devoção autênticas.

Aos seis anos de idade, no dia 12 de setembro de 1915, Angelo recebeu sua Primeira Comunhão. O encontro com Jesus na Eucaristia marcou profundamente sua vida. Antes para ir à escola e, mais tarde, antes do trabalho, Angelo ia sempre à igreja para uma visita ao Santíssimo Sacramento, bem como no retorno, antes de voltar para casa.

Em sua vida doméstica, Ângelo sempre muito prestativo com a mãe ou com as mulheres que moravam na casa da fazenda. Na escola primária, nunca ficou para fazer os exames finais pelo excelente resultado obtido durante o ano. Mais tarde, foi aprendiz de sapateiro, mas, logo procurou outro emprego: sofreu demais pelo caráter colérico e blasfemo do patrão. Aprendiz de carpinteiro da família Caldarola, que devia dar dois filhos ao Instituto Comboni, formou uma sincera amizade com o terceiro, o salesiano Padre Carlo, que viveu para ver a abertura do processo diocesano de Frei Benigno em 1991.

Em 1923, em Inzago, veio como coadjutor do Oratório o Padre Giuseppe Calegari, um padre muito comprometido com a animação vocacional. Em menos de três anos, sairam de Inzago  mais de 30 vocações masculinas: para o seminário diocesano, para os capuchinhos, para os dominicanos, os combonianos e os carmelitas. Angelo escolheu-o como diretor e pai espiritual, e propôs estabelecer a adoração noturna entre os jovens do Oratório.

Ao assistir a uma vestição religiosa no Santuário da Mãe de Deus de Concesa, dirigido pelas Carmelitas Descalças, Angelo, que até então não se sentia atraído por nenhuma vocação particular, sentiu claramente o chamado a viver na Ordem da Bem-Aventurada Virgem Maria, partilhando esse seu chamado com Padre Giuseppe. Em dois meses, foi recebido no colégio de Cherasco, no Piemonte, onde uma dezena de jovens, que já trabalhavam, tentavam recuperar os estudos do ginásio nos dois anos anteriores ao noviciado. Na época, tinha somente dezessete anos e não era fácil deixar a família e, ainda mais, retomar os livros.



Foi aconselhado a entrar no Carmelo apenas como um irmão “converso”, mas, o que ele sentia era que a vontade de Deus para com ele era o sacerdócio. Com Padre Calegari, ele se voltou para Santa Teresa do Menino Jesus e, depois de uma novena fervorosa à nova Santa, recém canonizada, as dificuldades no estudo desapareceram para sempre. Acima de tudo, o encontro com a "pequena Teresa" determinou nele uma consciência decisiva de que o caminho traçado pela Santa, feito de simplicidade e abandono, era a forma da vida carmelita a que Deus o chamava.]


No dia 21 de junho de 1928, recebeu o hábito carmelita e o novo nome: Benigno de Santa Teresa do Menino Jesus e fez sua profissão em 26 de junho de 1929. Em Milão, frequentou a filosofia de dois anos e o primeiro ano de teologia, enquanto os outros três anos passou em Piacenza, onde recebeu as ordens menores, o subdiaconato (1933), o diaconado (1934) e o presbiterado em 26 de maio de 1935.

Celebrou a primeira missa em Inzago, no dia 20 de junho, na solenidade de Corpus Christi, tendo no altar uma cópia do Santo Sudário que São Carlos Borromeo tinha recebido como um presente da casa de Savóia, trazido de Turin,  para que fosse venerado e na paróquia de Inzago, que ainda o preserva para a veneração dos fiéis.

Apenas vinte e oito meses de ministério esperam o Pe. Benigno antes de sua morte. Durante três meses, ele foi capelão das Carmelitas Descalças de Bolonha. Depois, foi subitamente enviado para a comunidade de Turim para substituir um padre falecido. Nessa ocasião estava em Piacenza, onde ele havia retornado para terminar seus estudos e fazer o exame "De Universa", para obter a permissão para ouvir confissões. Um dos estudantes carmelitas, na noite da partida de Frei Benigno para Turim, escreveu em seu diário: "Pe. Benigno partiu. Parece que com ele o perfume de Carmel se foi".

Em Turim, foi encarregado da paróquia e da Terceira Ordem Carmelita (atualmente, no Carmelo Descalço, denominada de Ordem Carmelita Descalça Secular). E, logo, o jovem frade sorridente foi visto nos lugares mais humildes e escondidos da cidade para levar o conforto de uma palavra ou algum remédio para os doentes, mas, acima de tudo, para levar Jesus presente na Eucaristia. Encarregado da Ação Católica, participou de iniciativas diocesanas, trazendo seus jovens para lá e fazendo-se conhecido pelo zelo e entusiasmo. Seis meses depois, ele recebeu uma nomeação inesperada e súbita como vice-mestre de noviços na nova conventualidade de Concesa. Aqui o esperava não tanto a "paz de um convento", como ele escreveu a seu amigo Padre Carlo, mas, a surpresa que seu Mestre e Senhor lhe reservou foi o afastamento da “paz monástica” para colocá-lo no ativo apostolado da paróquia, confiado aos frades carmelitas por 17 meses pelo Beato Cardeal Ildefonso Schuster. O antigo pároco de Concesa havia sido afastado por motivo de enfermidade.

Sempre presente nos atos comuns com seus confrades, mesmo no serviço divino da meia-noite, atento ao cargo de subchefe, solícito no cuidado de um frade idoso e incapacitado pela doença, a quem fazia a leitura espiritual todos os dias, ele literalmente se fez tudo para todos, quase devolvendo o que ele havia recebido por Inzago em seus primeiros 17 anos de sua vida.

Seu profícuo apostolado e missão era composto por: celebração piedosa e fervorosa de Santas Missas, catequese, visitas aos doentes e preocupação pelos seus cuidados materiais e espirituais, especialmente a administração da Confissão da Sagrada Comunhão, trazida aos doentes todos os dias.

Mesmo à noite muitas vezes foi chamado e nunca recusou sua ajuda e seu sorriso. Todos os textos do processo diocesano concordam com sua predileção, sua escolha preferencial pelos pequenos, pelos pobres e pelos deficientes físicos da paróquia, assim como, no na vida conventual, sua fidelidade aos compromissos da Regra e das Constituições, harmonizando-se com um amor oculto e desinteressado por todos, especialmente para com os novatos. 


Naquela época, a Província religiosa dos Carmelitas Descalços da Lombardia estava envolvida em um escândalo de falência judicial, que durou cinco anos e chegou aos estágios finais. A supressão dos seis conventos e dos dez mosteiros era temida pelos frades e freiras. Para a salvação desta amada família religiosa, Frei Benigno simplesmente ofereceu sua vida em silêncio e acrescentou uma intenção especial: orar e impetrar a Deus graças por um de seus confrades que partiu para as missões na Índia: Teofano Stella, futuro primeiro vigário apostólico do Kuwait.

Em quatro dias (21-25 de outubro), sua aventura terrena acabou revelando aos que estavam perto dele a natureza radical de uma vida vivida de acordo com a doutrina espiritual de Santa Teresa do Menino Jesus, que no confiante abandono ao Pai e na simplicidade da vida cotidiana teve sua figura de interpretação e, nas últimas palavras do jovem carmelita, teve a mais bela observação de uma vida bem-sucedida: "Como é lindo morrer um carmelita vestido com o hábito da Virgem Santa!" E como Frei Benigno a amava! Sobre a fórmula da profissão religiosa que ele carregava em seu coração, ele acrescentou: "Mãe Imaculada, antes deixe-me morrer do que falhar em meus votos". Agora, vestido com o hábito da Virgem, assim como Ela, totalmente abandonado à vontade de Deus, pronunciou, com todo o coração, o seu "o aqui estou eu: fiat volutas tua" e esse abandono à vontade de Deus transformou-se  em um infinito Magnificat.

Uma peritonite, que quatro médicos consultados no mês anterior não conseguiram diagnosticar, levou a uma cirurgia que revelou a gravidade da situação. Até três dias antes, ele havia subido a rampa íngreme que leva do convento à paróquia (e que hoje leva seu nome) para realizar fielmente seu ministério.

Agora sorria da cama do hospital e nas mãos do Provincial renovou com a profissão religiosa a oferta do irmão missionário, para a salvação da Província. Ele beijou as mãos do cirurgião, para agradecer, porque não importava, se a intervenção fosse inútil; sobretudo ao padre provincial que lhe perguntou se queria ficar no hospital ou regressar ao convento, respondeu: "Como quiser, pai, deixe que a vontade de Deus seja feita". Este foi seu último gesto de entrega ao Pai que está no céu através do coração e da vontade daquele que o representou na terra. Uma rendição definitiva nas fiéis mãos de Deus, um retorno filial e confiante à Sua Vontade, que é um plano de amor e salvação para toda criatura. 

Morreu em Concesa às 9 horas da manhã do dia 25 de outubro de 1937, quando uma grande multidão desceu da paróquia para o Santuário e parou na praça da igreja. Foi o Pe. Brocardo, o mais velho cecuziente a quem Frei Benigno dedicou tempo, atenção e amor, a olhar pela janela e fazer o anúncio. 'Frei Benigno está no céu. Diga por ele uma Gloria, não um Requiem ".

A participação no funeral foi imensa e o caixão passou pelas ruas da paróquia, entre os seus "HIS". O padre provincial, aos 100 frades que retornaram ao convento, recitou três glórias em vez do salmo De Profundis e três meses depois, no tribunal, viu-se fora de alvo, mas ajudou a resolver a questão da falência, encerrada no final de um ano com a completa absolvição dos frades. Estes desejando ter entre eles os restos mortais de Frei Benigno tiveram que lutar com a população de Concesa, cuja vontade ainda prevaleceu em 1964.

"Frei Benigno é nosso e deve permanecer em nosso cemitério". Somente após a conclusão do processo diocesano, em 2 de abril de 1995 os restos mortais do Venerável Servo de Deus foram enterrados no Santuário da Divina Maternidade, sob o altar dedicado à doutora da Igreja, Santa Teresinha de Jesus Menino, inspiradora da espiritualidade de nosso irmão.


Representando o Padre Geral da Ordem, estava o atual Arcebispo de Bagdá dos Latinos, Dom Frei Jean Sleiman o.c.d., e presidiu a transferência Mons. Loris Capovilla, ex-secretário do Papa São João XXIII.

A multidão acorreu numerosa ao evento e a simplicidade, benevolência e bondade do então chamado o "Papa Bom" (São João XXIII)  parecia pairar sobre aquele pequeno filho das terras lombardas que a Igreja hoje aponta para a veneração e imitação dos fiéis.

Peçamos ao Bom Deus e à Santíssima Virgem do Carmo que, o mais brevemente possível, aconteça e seja aprovado o milagre suficiente para que Frei Benigno seja elevado à honra dos altares, com sua beatificação e um segundo milagre para a sua canonização. 

Venerável Frei Benigno de Santa Teresa do Menino Jesus, rogai por nós! 


quarta-feira, 8 de outubro de 2025

SANTA PELÁGIA DE ANTIOQUIA, Penitente - Patrona das atrizes (08 de outubro).

     
Santa Pelágia, penitente, foi uma pecadora pública. Mas, a Graça divina a tocou
e, uma vez convertida, dedicou todo o resto de sua vida à oração e penitência, em espírito
de reparação e de gratidão à infinita Misericórdia do Senhor. Santa Pelágia, rogai por nós! 

      
      Pelágia era uma bailarina belíssima, escandalosa, muito divertida, festiva e pagã. Costumava encantar e seduzir os homens com sua dança, alegria, roupas, jóias e outros ornamentos luxuosos. Tornou-se uma das figuras mais conhecidas da vida mundana e social de Antioquia e adquiriu grande riqueza.

      De acordo com a história, durante uma procissão, o bispo Nono percebeu a presença de Pelágia entre o povo, numa atitude desinteressada e debochada. Iluminado por Deus o sábio bispo disse a multidão que: "se uma simples mulher era capaz de enfeitar-se tanto para os homens, quanto mais deveríamos nós enfeitarmos nosso interior para o encontro com Deus". Aquela observação tocou o coração da bailarina pagã.


       Ela foi para casa refletindo sobre as palavras do sermão e ali chorou de arrependimento a noite toda. No dia seguinte procurou o bispo, que a enviou à uma senhora cristã, para ser preparada para o Batismo. Trocou as roupas e adereços de seda e ouro por uma túnica branca para ser batizada. Depois disso, retirou-se para Jerusalém, para viver como eremita, numa gruta, no Monte das Oliveiras.


      Viveu afastada de todos e conservou sua identidade sob segredo, vivendo o resto da vida disfarçada de homem. Somente quando morreu, os ermitãos descobriram que era uma mulher. Foi então que reconheceram tratar-se da ex-bailariana da Antioquia, agora, uma simples penitente arrependida, que se anulara do mundo, no seguimento do Cristo.


Oração:
Deus, nosso Pai, sede nossa luz e nossa direção neste dia. Velai por nossa saúde e por nossa paz interior. Ajudai-nos, pela intercessão de Santa Pelágia, a sermos mais nós mesmos e assim encontraremos a alegria e a paz interior. Ajudai-nos a viver intensamente cada momento e nossa vida, sabendo que tudo caminha rumo à unidade perfeita. Por Cristo nosso Senhor. Amém.




sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Santo André Kim Taegon, presbítero, São Paulo Chong Hasang, catequista, e seus Companheiros, mártires coreanos, testemunhas da fé e da identidade de um povo.



Estes Santos foram martirizados em 1846 e canonizados por São João Paulo II em 1984. Santo André (Dangjin, 21 de agosto de 1821 — Seul, 16 de setembro de 1846) foi o primeiro sacerdote coreano.

No Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro, o Prefeito da Congregação para o Clero, o arcebispo coreano Dom Lazarus You Heung-sik celebrou Missa solene para celebrar os 200 anos do nascimento desse santo sacerdote e mártir da fé.

Além de André Kim, São João Paulo II canonizou 99 coreanos e três missionários franceses que foram martirizados entre 1839 e 1867. Entre eles haviam padres e bispos, mas a maioria era de pessoas leigas: 47 mulheres e 45 homens.

Sua história

"Você é católico?" "Sim, eu sou católico". Um diálogo seco com um funcionário do governo, enquanto pairava a ameaça de uma morte sangrenta. Uma breve profissão de fé, como registrada em uma das epístolas escritas durante seus dias de prisão, na qual há toda a profundidade da fidelidade a Deus de André Kim Taegon, o primeiro sacerdote católico coreano martirizado em 1846. E com ele, há o testemunho de fé, selado com o supremo sacrifício da vida, de milhares de homens e mulheres varridos pela onda de perseguições que atingiu a Coreia nos séculos XVIII e XIX, que ainda hoje constitui a seiva vital e a história da identidade de todo um povo - a população católica coreana - vivo, mesmo se uma minoria.

A fim de honrar a memória de André Kim e dos outros mártires, todos leigos, sua homenagem de sangue e seu exemplo brilhante, tem lugar na tarde deste sábado (21/08) uma missa em coreano às 15h30 no Altar da Cátedra na Basílica de São Pedro. O arcebispo Lazarus You Heung-sik, que foi nomeado prefeito da Congregação para o Clero em 11 de junho passado, preside sua primeira cerimônia pública em Roma.

 

Santo André Kim Taegon, 
presbítero e mártir. 

Santo André Kim, testemunha de fé

A ocasião para a celebração é o bicentenário do nascimento de Santo André, que ocorreu em 21 de agosto de 1821 em uma família criada segundo princípios cristãos, cujo pai havia transformado a casa em uma "igreja doméstica". Uma escolha pela qual ele pagou com sua vida. Em quatro gerações, onze membros da família do santo derramaram seu sangue pelo Senhor, incluindo cinco que foram beatificados e outros que já foram canonizados. Formado em Macau com pouco mais de 15 anos de idade, o jovem André trabalhou em meio à perseguição: foi preso, interrogado, torturado e decapitado por não querer se arrepender. Ele nem tinha 25 anos de idade. Com seu nome e o de uma centena de outros crentes de diferentes idades e classes sociais, o Papa Wojtyla quis inscrevê-lo no registro dos santos em 1984.

 

Missa de Parolin para a paz na Coréia em 2018

Trinta sacerdotes e cerca de setenta religiosos e religiosas o recordam este sábado na Basílica de São Pedro junto com Dom You. O embaixador coreano junto à Santa Sé também deve participar. Presentes, também os fiéis leigos que compõem a comunidade coreana em Roma. A mesma comunidade que, em 17 de outubro de 2018, participou da Missa pela Coreia presidida na Basílica vaticana pelo cardeal secretário de Estado, Dom Pietro Parolin. No centro dessa cerimônia, naquela ocasião, estava um apelo em favor da paz e reconciliação para a Península coreana. Um pedido apresentado ao Papa na audiência do dia seguinte pelo presidente sul-coreano Moon Jae-in, que se sentou na primeira fila na Missa de Parolin, animada por canções e leituras em coreano.

Tratou-se de um evento para a comunidade romana coreana, como a celebração desta tarde. "O fato de uma Missa pelo bicentenário de Santo André Kim Taegon estar sendo celebrada na Basílica de São Pedro é uma providência de Deus", disse dom You à agência coreana Yonhap.

 

A história dos mártires

Tanto religiosos quanto leigos católicos, os mártires coreanos foram vítimas de perseguição religiosa no país, onde as primeiras sementes da fé cristã apareceram no início do século XVII através das delegações que visitavam Pequim todos os anos para intercâmbios culturais. Na China, os coreanos entraram em contato com a fé cristã trazendo para casa o livro do missionário jesuíta padre Matteo Ricci. Um leigo, o pensador Lee Byeok, inspirado no livro do jesuíta, fundou então uma primeira comunidade cristã muito ativa que rapidamente cresceu em tendo milhares de fiéis. Ela continuou a crescer mesmo quando, por volta de 1785, surgiu uma cruel perseguição no país, que levou à morte, em 1801, do único padre presente no país. Em 1802, o rei Sunjo emitiu um decreto estatal ordenando o extermínio dos cristãos como a única solução para sufocar a semente do que seu governo considerava "loucura". Deixados sozinhos e sem orientação espiritual, os fiéis pediam continuamente ao bispo de Pequim e até mesmo ao Papa pelos sacerdotes. As condições locais não permitiam isso até 1837, quando um bispo e dois sacerdotes das Missões Estrangeiras de Paris foram enviados. Eles entraram no país clandestinamente e foram martirizados dois anos mais tarde. Uma segunda tentativa de André Kim conseguiu trazer um bispo e um sacerdote e, a partir daquele momento, a presença de uma hierarquia católica na Coréia ficou estável, apesar do ressurgimento das perseguições em 1866. Por fim, em 1882, o governo decretou a liberdade religiosa.


São Paulo Chong Hasang, leigo
catequista e mártir da fé

 São João Paulo II canonizou 103 mártires coreanos

 De acordo com fontes locais, mais de 10 mil mártires morreram na opressão coreana. Desses, 103 - incluindo várias mulheres -, foram beatificados em dois grupos separados em 1925 e 1968 e depois canonizados juntos em 6 de maio de 1984 em Seul por João Paulo II. Apenas dez deles são estrangeiros, três bispos e sete sacerdotes, os outros são todos coreanos, catequistas e fiéis. A memória litúrgica deles é 20 de setembro. Os líderes desta lista litúrgica são, além de Santo André Kim Taegon, o catequista São Paulo Chong Hasang. Os restos mortais deles repousam desde 1900 na cripta da Catedral de Myeong-dong.


124 outros mártires beatificados por Francisco em Seul

Outros 124 mártires foram beatificados pelo Papa Francisco em 16 de agosto de 2014, durante sua viagem à Coreia do Sul. Entre eles estava Paulo Yun Ji-chung. Mais de um milhão de fiéis participaram da Missa de Francisco naquele dia celebrada na Porta de Gwanghwamun, que se seguiu a uma intensa visita do Papa ao local das execuções: o santuário de Seo So-Mun, na periferia de Seul. A enorme participação do povo foi um sinal da profunda devoção da qual ainda gozam esses santos e beatos, membros vivos da história e da identidade de uma nação. Eles "nos lembram que devemos colocar Cristo acima de tudo", disse o Papa em sua homilia, acompanhada em várias passagens por aplausos prolongados e emocionados. O exemplo dos mártires, acrescentou o Pontífice, "tem muito a nos dizer, que vivemos em uma sociedade onde, ao lado de imensas riquezas, a pobreza mais abjeta cresce silenciosamente; onde o grito dos pobres raramente é ouvido; e onde Cristo continua a chamar-nos, pedindo-nos que o amemos e o sirvamos, estendendo a mão aos nossos irmãos e irmãs necessitados".


O Jubileu da Igreja Coreana

O bicentenário do nascimento de Santo André abriu as celebrações do Jubileu proclamado pela Igreja na Coreia do Sul em 29 de novembro de 2020. Um ano de graça, sob o patrocínio da Unesco, que terminará em 27 de novembro de 2021 e que representa "uma oportunidade favorável para o crescimento espiritual da Igreja coreana", como disse o bispo Dom Lazarus You, então à frente da diocese coreana de Daejeon e responsável pela organização do Ano Santo, em uma entrevista à mídia vaticana em dezembro passado. "Este Jubileu", disse o prelado, "nos dará a todos a oportunidade de interiorizar a espiritualidade do martírio, que é a seiva vital da Igreja na Coreia, meditando profundamente sobre a vida dos mártires". "Para nossos mártires, a fé era o valor mais importante", acrescentou dom You. "Na sociedade coreana, apenas 11% da população é católica, enquanto mais da metade se declara 'sem religião'". O convite é, portanto, "refletir seriamente sobre nossa identidade e nossa coerência como 'católicos fiéis'".


Setembro, mês da Igreja Católica na Coréia do Sul

Há quase 100 anos (desde a beatificação dos primeiros 75 mártires coreanos em 1925), a Igreja Católica coreana celebra o Mês dos Mártires e, em 20 de setembro, comemora a solenidade de Santo André Kim Tae-gon, São Paulo Hasang e companheiros (103 Santos Mártires).

Nos últimos 50 anos, a Igreja Católica coreana – que atualmente conta com quase seis milhões de fiéis – trabalhou muito para documentar e aprofundar a memória de seus mártires. O país conta com nada menos que 187 santuários, túmulos, locais de nascimento de mártires e salões memoriais em todo o país.

Em setembro de 2013, a arquidiocese de Seul criou um percurso de peregrinação católica de 44,1 km para coincidir com a visita do Papa Francisco em 2014, que foi aprovada como peregrinação mundial oficial pelo Vaticano em 2018.

Durante o Mês dos Mártires, os católicos coreanos recordam, não apenas os 103 Santos canonizados em 1984 pelo Papa São João Paulo II e os 124 Beatos beatificados em 2014 pelo Papa Francisco, mas também a beatificação do Venerável Padre Choi Yang-eob Thomas e de 133 Servos de Deus mártires.



Santo André Kim Taegon, São Paulo Hasang e Companheiros Mártires, rogai pela Igreja Católica na Coréia, em toda a Ásia e no mundo inteiro! 

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

NOSSO ANJO DA GUARDA - UM AMIGO MUITAS VEZES ESQUECIDO POR NÓS.


Aos leitores e leitoras do site: Santos, Beatos, Veneráveis e Servos de Deus, também intitulado: “Santos e Beatos Católicos”.

Apesar do objetivo maior ser a memória e o conhecimento da vida de santos (as), beatos (as) e demais candidatos (as) aos santos altares, não podemos de deixar de fazer menção, aqui, a um “santo” muitas vezes esquecido por nós, católicos: nosso santo Anjo da Guarda, ou, Anjo Custódio.

Infelizmente, pessoas com pensamento e pseudo-espiritualidade esotérica, tem cada vez mais se apropriado do tema e, não raro, encontramos livros e revistas que abordam de maneira completamente equivocada e até mesmo herética, a figura do santo anjo de nossa guarda.

As os seres angélicos, como bem ensina a Santa Doutrina Católica, são todos criaturas de Deus, feitos por Ele para seu serviço e para, muitas vezes, intermediar o poder e a vontade divina também no serviço do homens e da mulheres, ambos criados imagem e semelhança de Deus adotados como seus filhos e filhas pelo Santo Batismo.

Como sabemos pela Palavra de Deus revelada e pelo Santo Magistério da Igreja, muitos desses seres angélicos, por livre e espontânea vontade, fazendo uso da liberdade que Deus dá a todos os seus filhos e filhas sercientes, revoltaram-se contra a vontade de Deus, foram expulsos da presença divina, pelos Anjos bons e fiéis a Deus, liderados por São Miguel Arcanjo, e lançados à obscuridade do inferno, em suas terríveis prisões, destinados para sempre (por causa de sua decisiva escolha) a uma eternidade sem Deus, absortos em raiva e ódio contra Deus, inveja dos filhos de Deus e planejando continuamente afastar o maior número de almas possíveis da herança da vida eterna. Viraram o que a Bíblia chama de “demônios”, “espíritos impuros”, “espíritos malignos” ou “anjos decaídos”.

Porém, a todos aqueles anjos que permaneceram humildes e fiéis a Deus, escolhendo servi-lO e obedecê-lO por toda a eternidade, Deus lhes concedeu o prêmio da visão beatífica, isto é, poder contemplar a Santíssima Face por toda a eternidade, conhecendo suas grandezas e belezas infinitas, em graus conforme suas hierarquias naturais e a graça sobrenatural na qual foram revestidos. Tornaram-se o que a Sagrada Bíblia chama de “anjos” (se bem que o termo significa “mensageiro”), espíritos angélicos ou “de luz”, seres, como dissemos, totalmente dedicados a fazer a Vondade de Deus, obedecendo-Lhe em tudo quanto Ele lhes ordenar, e fazendo-o com imenso prazer, alegria e diligência, sedentos em agradar Àquele que os criou com tando amor e carinho, não como seus “robôs” ou “marionetes”, mas, como seres plenamente cientes e livres, que escolheram continuar unidos a Deus e servi-lO por toda a eternidade.



O NOSSO ANJO

Depois de Deus, de Maria Santíssima e de São José, ninguém, no Céu e nem na Terra, nos ama como o nosso Anjo da Guarda. Ele é um príncipe da Corte celeste, nosso irmão (apesar da natureza angélica ser diferente e muito superior à humana) no dogma do Corpo Místico de Cristo. 

De Deus, assim que fomos gerados, cada Anjo da Guarda recebeu a missão de nos acompanhar no decurso de nossas vidas e de interceder por nós, zelando, na medida do possível, para que nós alcancemos um dia a salvação eterna. Assim, nossos Anjos nos amam por "dupla via" : pelo amor natural e sobrenatural que ele traz em si, pois, são criaturas boníssimas, puras e cheias da graça de Deus, bem como, por causa do amor e zelo que eles tem por Deus e sua vontade. Portanto, sabedores que são do quanto Deus nos ama e os ama, inflamam-se de ardentes desejos e propósitos de nos amar e de tudo fazerem – dentro do que podem e lhes é permitido – para nos conduzir a Deus, nos protegerem contra o mal e nos inspirarem para o bem. 

Mas, Deus respeita nosso livre arbítrio. Por isso disse e destaquei a frase acima: dentro do que podem e lhes é permitido, pois, somos nós, com o nosso livre arbítrio e as sentimento, que podemos dar-lhes a permissão ou não de que eles nos ajudem. Não Deus! O Senhor sempre quer nos salvar. Nós é que podemos dizer "sim" ou "não". Mas, mesmo quando dizemos "não", os Anjos da Guarda, até o fim de nossas vidas, continuarão a interceder por nós. É uma missão que eles terão que prestar contas a Deus. E, como nunca desistem, pouso, não são fracos como nós, a cumprirão até o último momento. 


NOMES DE NOSSOS ANJOS

São muitos os que se "preocupam" ou tem curiosidade com esse tipo de informação. Lembremos que os Anjos / seres angélicos são puros espíritos, com natureza totalmente diferente da nossa e "absurdamente" superior à nossa. 

Aqueles que tem "nomes" mencionados nas Sagradas Escrituras tem nomes que designam sua missão, não propriamente seus nomes reais: MIGUEL: "Quem como Deus"; GABRIEL: "Poder de Deus". RAFAEL: "Deus cura" , ou, "Medicina de Deus". Pode ser que seus reais nomes nem sejam esses! Os que receberam, repito, designaram suas missões ou funções. 

O próprio patriarca Israel ("aquele que lutou com Deus", ou, "Guerreiro de Deus") tinha como nome Jacó. Israel foi um "apelido" ou "título" que lhe foi dado. Os jovens amigos do profeta Daniel tinham por nomes: Misael, Ananias e Azarias, mas, tinham nomes "babilônicos" : Sidrac, Misac e Abdênego... 

Assim, os nomes reais dos Anjos podem até ser impronunciáveis em quaisquer línguas humanas. Portanto, só os saberemos na eternidade, quando os laços do corpo, do tempo e nem do espaço nos prenderem mais... Então, é completamente inútil e sem sentido algum querer saber, neste mundo, como se chamam de verdade... 


ALGUNS EXEMPLOS DE SANTOS QUE TIVERAM ESPECIAIS EXPERIÊNCIAS COM SEUS ANJOS DA GUARDA:  


Santa Francisca Romana (via-o constantemente)


São Pio de Pietrelcina (via-o constantemente)

Santa Maria Faustina Kowalska (algumas aparições) 


Santa Maria de Jesus Crucificado
(Mariam Baouardy), virgem carmelita descalça
 e estigmatizada (algumas aparições). 




Beata Ana Catarina Emmerich (algumas aparições)


Serva de Deus Irmã Maria Antônia (Cecy Cony),
religiosa brasileira virgem e mística
(via seu anjo da guarda constantemente). 

Sua história pode ser encontrada aqui, no site, em: 

http://www.santosebeatoscatolicos.com/2016/09/serva-de-deus-maria-antonia-virgem.html


ORAÇÃO AO NOSSO ANJO DA GUARDA 
Ó Santo Anjo da Guarda, meu amigo e irmão em Deus, apesar da imensa distância que há entre a natureza angélica e a humana, além da minha indignidade e dos meus pecados - perante a vossa pureza e santidade - sei que me amais com terno amor, pois Deus vos deu a mim como guardião, companheiro e protetor. 

Vós que continuamente contemplais a Face de Deus na glória celeste e, ao mesmo tempo, estais ao meu lado, inspirai-me profundo amor e santo temor por Deus e desejo de fazer a sua Divina Vontade, para que possa considerar o pecado como inimigo e nutrir por ele ódio e aversão. 

Defendei-me dos ataques, planos, embustes e insídias diabólicos, pois os demônios - que também são anjos, apesar de decaídos - "não cansam e nem descansam" de nos tentar e de querer nos afastar de Deus. 

Que as ilusões do mundo não me seduzam e a todas eu possa ver, claramente, como passageiras e fúteis. 

E, principalmente, vos rogo: protegei-me de meu maior inimigo: de minha própria carne: de meus "apetites", concupiscências, egoísmo, orgulho e auto-suficiência. 

Por fim, quando chegar próximo o termo de minha vida terrena, ó meu Santo Anjo, vinde em meu auxílio, para que eu venha a morrer piedosamente, com a assistência dos Santos Sacramentos da Confissão, Unção dos Enfermos e o Viático - Santíssima Eucaristia, conforme a Grande Promessa do Sagrado Coração de Jesus (a quem já fez as Nove Primeiras Sextas-Feiras) e do Imaculado Coração de Maria (para quem já fez os Cinco Primeiros Sábados) e assim, convosco ao meu lado, possa comparecer perante o Justo Juiz, confiado e amparado, também, pela presença e defesa da Santíssima Virgem Maria, minha Mãe, Rainha e Senhora, e a de São José. Amém!

Santo Anjo da Guarda, rogai por mim! Amém! 








quarta-feira, 1 de outubro de 2025

SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS e os jovens (1 de outubro de 2025 - Festa de Santa Teresinha)


Dois jovens Santos: São Pier Giorgio
Frassati e Santa Teresinha do Menino
Jesus e da Santa Face. 

“Com amor não somente avanço, mas, voo”!

Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face, Santa Teresinha, a “Santa das Rosas”, Padroeira Universal das Missões Católicas, Doutora da Igreja... São muitos os títulos atribuídos à nossa querida santa. Hoje, pensaremos um pouco em outro título que ela possui: Padroeira da Juventude.

Por que Santa Teresinha é padroeira dos jovens? Será porque morreu jovem, com apenas 24 anos? Também. Porém, foram muitos os santos e santas que morreram bem jovens. Alguns morreram ainda crianças e adolescentes, no entanto, a Igreja não os nomeou “padroeiros” da juventude. Por que isso aconteceu com Santa Teresinha? Por que ela é tão especial?

É claro que se nossa querida santa tivesse morrido com 30 ou com 40 anos, já não seria tão “jovem” assim. Porém, muito mais do que pelo fato de ter morrido aos 24 anos, Santa Teresinha é modelo para os jovens pelo fato de ter vivido plenamente, dentro do plano de Deus em sua vida, todo o vigor de sua juventude em união com Deus. 

Foi uma criança, adolescente e jovem muito feliz. Amava a Deus, amava seus pais, suas irmãs, a Igreja e o mundo inteiro! Tudo que fazia era por amor, por isso, era tão feliz! Seu coração abriu-se ao amor pleno, ao amor vivo, que se doa a Deus, à Igreja e ao mundo.

Deus tem especial carinho pelas crianças e pelos jovens. Como Deus ama vocês, crianças e jovens! Ele coloca em vocês tanto carinho, tanta esperança! Somente vocês podem mudar o mundo como ele está: cheio de tristezas, violência, brigas e confusão. Como é lindo um rapaz e uma moça cheios de Deus! Como eles brilham! Tornam o mundo tão lindo, tão belo! A bondade de um jovem e de uma jovem expulsa o mal do mundo!

Assim foi Santa Teresinha: uma jovem que expulsou o mal de sua vida, que abraçou o bem, que viveu o bem! Por isso que, ainda hoje, é tão amada e tão querida por nós e no mundo inteiro!

Uma vez Santa Teresinha disse: “Não quero ser uma santa pela metade” (MA 10v). Sim! Ser um jovem santo ou uma jovem santa é ser jovem por inteiro, sem estar faltando nada. Um jovem no pecado não é um jovem inteiro: é um jovem “com defeito”, faltando alguma coisa...

Rezemos nesta missa para que Santa Teresinha ilumine a vida de cada criança, de cada adolescente, de cada rapaz e de cada moça aqui presente, bem como dos que ficaram em casa e que nós amamos tanto! Que encontrem a Deus em suas vidas! Que sejam felizes, muito felizes! Que a felicidade deles se espalhe pelo mundo contagiando cada vez mais jovens e levando a todos a paz e a alegria que somente Deus pode nos dar.

 

Giovani Carvalho Mendes, carmelita descalço secular