Santa Filomena é uma das virgens e mártires romanas mais veneradas pelos fiéis católicos. Coloca-se "pari passu" com Santa Luzia, Santa Inês e Santa Águeda (ou Ágata). Muitos santos foram-lhe devotos, destacando-se o grande Santo Cura de Ars (São João Maria Vianney), que não somente foi grande devoto dessa gloriosa virgem e mártir, como, foi favorecido com aparições celestes da mesma.
A vida de Santa Filomena era praticamente desconhecida, visto que, nada foi escrito sobre ela no martirológio romano. Sabia-se apenas seu nome, graças ao achado de uma placa em seu túmulo em uma catacumba romana.
Mas Deus, querendo glorificar sua serva, fez com que a mesma aparecesse a uma piedosa religiosa, Madre Maria Luisa de Jesus, revelando a história de seu martírio. Essa história, conta com o "nihil obstat" da Igreja. Não é matéria de fé, porém, pela beleza e riqueza dos detalhes, é bem plausível, visto que, na história testemunhada de muitos santos mártires, milagres igualmente portentosos também aconteceram...
Santos e santas que foram devotos (as) de Santa Filomena |
"Retrato" de Santa Filomena de acordo com a descrição feita por Madre Maria Luisa de Jesus |
(Segundo as
revelações à Serva de Deus Madre Maria Luisa de Jesus)
Eu sou a filha
de um príncipe que governava um pequeno Estado da Grécia. Minha Mãe era também
da realeza. Eles não tinham meninos. Eram idólatras e continuamente ofereciam
orações e sacrifícios à seus deuses falsos.
Um doutor de
Roma chamado Públio vivia no palácio ao serviço de meu pai. Este doutor havia
professado o cristianismo. Vendo a aflição de meus pais e por um impulso do Espírito
Santo lhes falou acerca de nossa fé e lhes prometeu orar por eles, se
consentissem em batizarem-se.
Serva de Deus Madre Maria Luisa de
Jesus, a quem apareceu Santa Filomena
narrando sua vida e martírio
|
Ao momento de
nascer me puseram o nome de Lumena, em alusão à luz da fé, da qual era fruto. No
dia de meu batismo me chamaram Filomena, filha da luz (filia luminis) porque
nesse dia havia nascido à fé. Meus pais me tinham grande carinho e sempre me
tinham com eles.
Foi por isso que
me levaram a Roma, em uma viagem que meu pai foi obrigado a fazer devido a uma
guerra injusta. Eu tinha treze anos. Quando chegamos a capital, nos dirigimos
ao palácio do imperador e fomos admitidos para uma audiência.
Tão pronto Diocleciano
me viu, fixou os olhos em mim. O imperador ouviu toda a explicação do príncipe,
meu pai. Quando este acabou e não querendo ser já mais molestado lhe disse: “Eu
porei a tua disposição toda a força de meu império. Eu só desejo uma coisa em
troca, que é a mão de tua filha”.
Meu pai, deslumbrado
com uma honra que não esperava, atende imediatamente a proposta do imperador e
quando regressamos a nossa casa, meu pai e minha mãe fizeram todo o possível
para induzir-me a que cedesse aos desejos do imperador e os seus. Eu chorava e lhes
dizia: “vocês desejam que pelo amor de um
homem eu rompa a promessa que fiz a Jesus Cristo? Minha virgindade pertence a
ele e eu já não posso dispor dela”.
Mas sois muito
jovem para esse tipo de compromisso - me diziam - e juntavam as mais terríveis
ameaças para fazer-me aceitar casar com o imperador. A graça de Deus me fez
invencível. Meu pai não podendo fazer o imperador ceder e para desfazer-se da
promessa que havia feito, foi obrigado por Diocleciano a levar-me a sua
presença.
Antes, tive que
suportar novos ataques da parte de meus pais até o ponto, que de joelhos ante
mim, imploravam com lágrimas em seus olhos, que tivesse piedade deles e de
minha pátria. Minha resposta foi: “Não,
não, Deus e o voto de virgindade que lhe fiz, vem primeiro que vocês e minha
pátria. Meu reino é o Céu”.
Minhas palavras
os fez desesperar e me levaram ante a presença do imperador, o qual fez todo o
possível para ganhar-me com suas atrativas promessas e com suas ameaças, as
quais foram inúteis. Ele ficou furioso e, influenciado pelo demônio, me mandou
a um dos cárceres do palácio onde fui encadeada.
Aparição de Maria e do Menino Jesus a Santa Filomena |
Meu cativeiro
durou trinta e sete dias, e no meio de uma luz celestial, vi a Maria com seu
Divino Filho em seus braços, a qual me disse: "Filha, três dias mais de prisão e depois de quarenta dias, se
acabará este estado de dor".
As felizes
noticias fizeram meu coração bater de alegria, mas como a Rainha dos Anjos
havia dito, deixaria a prisão, para sustentar um combate mais terrível que os
que já havia tido.
Passei da
alegria a uma terrível angustia, que pensava me mataria. “Filha, tem valentia”, disse a Rainha dos Céus e me recordou meu
nome, o qual havia recebido em meu Batismo dizendo-me: "Vós sois LUMENA, e Vosso Esposo é chamado Luz. Não tenhais medo. Eu ajudarei no momento do
combate, a graça virá para dar-vos força. O anjo Gabriel virá a socorrer, eu
lhe recomendarei especialmente a ele, vosso cuidado". As palavras da
Rainha das Virgens me deram ânimo. A visão desapareceu deixando a prisão cheia
de um perfume celestial.
O que me havia
anunciado, logo se realizou. Diocleciano perdendo todas as suas esperanças de
fazer-me cumprir a promessa de meu pai, tomou a decisão de torturar-me
publicamente e o primeiro tormento era ser flagelada. Ordenou que me tirassem
meus vestidos, que fosse atada a uma coluna em presença de um grande número de
homens da corte, fez com que me flagelassem com tal violência, que meu corpo se
banhou em sangue, e luzia como uma só ferida aberta.
O tirano
pensando que eu ia desmaiar e morrer, me fez arrastar a prisão para que morresse.
Dois Anjos brilhantes como a luz, me apareceram na obscuridade e derramaram um
bálsamo em minhas feridas, restaurando em mim a força, que não tinha antes de
minha tortura.
Quando o
imperador foi informado da mudança que em mim havia ocorrido, me fez levar ante
sua presença e trato de fazer-me ver que minha cura se devia a Júpiter o qual
desejava que eu fosse a imperatriz de Roma.
O Espírito
Divino, ao qual lhe devia a constância em perseverar na pureza, me encheu de
luz e conhecimento, e a todas as provas que dava da solidez de nossa fé, nem o
imperador nem sua corte podiam achar resposta.
Então, o
imperador frenético, ordenou que me afogassem, com um âncora atada ao pescoço
nas águas do rio Tiber. A ordem foi executada imediatamente, mas Deus permitiu
que não acontecesse. No momento no qual ia ser precipitada ao rio, dois Anjos
vieram em meu socorro, cortando a corda que estava atada a âncora, a qual foi
parar ao fundo do rio, e me transportaram gentilmente a vista da multidão, nas
margens do rio.
O milagre fez
que um grande número de espectadores se convertessem ao cristianismo. O
imperador, alegando que o milagre se devia a magia, me fez arrastar pelas ruas
de Roma e ordenou que me fosse disparada uma chuva de flechas.
O sangue brotou
de todas as partes de meu corpo e ordenou que fosse levada de novo a meu
cárcere. O céu me honrou com um novo favor. Entrei em um doce sono e quando
despertei estava totalmente curada.
O tirano cheio
de raiva disse: “Que seja traspassada com flechas afiadas”. Outra vez os
arqueiros dobraram seus arcos, colheram todas as suas forças, mas as flechas se
negaram a sair. O imperador estava presente e ficou furioso e pensando que a
ação do fogo podia romper o encanto, ordenou que se pusesse a esquentar no
forno e que fossem dirigidas ao meu coração.
Foi obedecido,
mas as flechas, depois de ter percorrido parte da distância, tomaram a direção
contrária e regressaram a ferir a aqueles que a haviam atirado. Seis dos
arqueiros morreram. Alguns deles renunciaram ao paganismo e o povo começou a
dar testemunho público do poder de Deus que me havia protegido.
Isto enfureceu
ao tirano. Este determinou apressar minha morte, ordenando que minha cabeça
fosse cortada com um machado. Então, minha alma voou até meu Divino Esposo, o qual
me deu a coroa da virgindade a palma do martírio.
4 comentários:
Bendita Seja!! Santa Filomena, rogai por nós! Obrigada ao proprietário do blog, foi difícil encontrar um site com informações legítimas e tão bem explicadas!
Salve Maria! Salve Santa Filomena!
Mas quanta mentira
Agradeço por compartilhar tão bela história🙏🙌😊❤️
Santa Filomena, rogai por nós 🙏🙌🌹
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