Etapas
históricas dos Institutos da Sagrada Família de Bérgamo
1816 – Nasce em Soncino (Cremona) Constança
Cerioli.
1835
– Casa-se com o viúvo Caetano Busecchi-Tassis.
1854
– Fica viúva.
1857
– Vestição das primeiras Irmãs por Dom Esperanza:
Fundação
do Instituto Feminino da Sagrada Família.
1863
– abertura da Casa dos Filhos de São José, em Villacampagna de Soncino.
Fundação do Instituto
Masculino
da Sagrada Família.
1865
– Em 24 de dezembro morre a Irmã Paula Elizabete Cerioli, em Comonte de
Seriate.
1885
– Transladação do corpo do cemitério de Seriate para a Casa de Comonte.
19l9
– Decreto de introdução da causa de Beatificação.
1939
– Pio XII proclama a heroicidade das virtudes da Venerável Irmã Paula
Elizabete.
1950
– Em 19 de março, em S. Pedro, Pio XII a proclama Beata.
2004
– 16 de maio, o Papa João Paulo II a declarou Santa.
Primeiro Texto Biográfico (site do
Vaticano)
Paola Elisabetta
Cerioli, nasceu em Soncino (Cremona ‑ Itália),
aos 28 de janeiro de 1816. Seus pais eram o nobre Francisco Cerioli e a
Condessa Francisca Corniani, ricos fazendeiros, e ainda mais ricos pela vida
cristã que testemunhavam na família e na sociedade.
Recém-nascida
foi logo batizada, em casa, pois corria risco de vida: superada a fase crítica,
o dia 2 de fevereiro se completou na Igreja o rito do Batismo.
Desde cedo teve
que lidar com o sofrimento: aquele físico, pelo seu corpo frágil e não poucas
vezes doente; aquele moral, vendo a miséria, na época muito presente entre as
pessoas do campo, para as quais a mãe despertou cedo a atenção dela, com
verdadeira sabedoria cristã.
Chegado o tempo
da sua formação cultural e moral, como era costume na época para as famílias
nobres, foi enviada no Mosteiro das Irmãs da Visitação em Alzano Maggiore (Bérgamo
‑ Itália), onde já
tinha sido enviada a irmã e onde se encontrava a tia, irmã
Giovanna.
Por quase cinco
anos, a partir de 11 anos até 16, Constança ficou naquele colégio recebendo a
formação prevista para as filhas da nobreza. Depois da volta para a casa, a
vontade dos pais, na qual ela sempre reconheceu a vontade do Deus, a levou, com
19 anos, ao casamento com Gaetano Busecchi, de 58 anos, herdeiro dos Condes
Tassis de Comonte de Seriate (Bérgamo ‑ Itália).
O não fácil
casamento a viu uma esposa dócil e cuidadosa. Teve a alegria de gerar quatro
filhos, dos quais porém três morreram recém-nascidos; o outro, Carlos, morreu
com 16 anos. Poucos meses depois morria também o marido, deixando Constança
sozinha e herdeira de um grande património.
A perda do
último filho e do marido foi para ela uma experiência dramática. Caiu num
estado de grande aflição. Graças porém à ajuda de dois Bispos de Bérgamo, Mons.
Luís Speranza e Mons. Alexandre Valsecchi, que a acompanharam espiritualmente,
teve a força de se agarrar à fé. Deparou-se com o mistério da Mãe das Dores e
se abriu, através de uma profunda vida de fé e de caridade ativa, ao valor da
maternidade espiritual, preparando-se desta forma para uma doação total de si a
Deus no serviço dos pequenos e pobres.
Só poucos meses
depois de ter ficado viúva abriu o seu palácio nobre para as meninas
abandonadas do campo e em 1857, junto com seis companheiras, fundou o Instituto
das Irmãs da Sagrada Família.
Tendo enfrentado
não poucas dificuldades, no dia 4 de novembro de 1863, realizava a sua mais
profunda inspiração, abrindo a primeira casa para a acolhida e a educação dos
pobres filhos do campo, disponibilizando para isso a sua propriedade de
Villacampagna (Cremona ‑ Itália):
o primeiro e fiel colaborador era o irmão João
Capponi, natural de Leffe (Bérgamo ‑ Itália).
Desta forma ela
fundava os Institutos das Irmãs e dos Irmãos da Sagrada Família para o socorro
material e a educação moral e religiosa da classe camponesa, na época a mais
excluída e pobre.
Escolheu a
Sagrada Família como modelo, ajuda e conforto, querendo que as suas comunidades
aprendessem dela como ser famílias cristãs acolhedoras, unidas no amor atuante,
na fraternidade serena, na fé forte simples e confiante.
Feliz por ter se
tornado pobre com os pobres, aos 24 de dezembro de 1865 morreu deixando aos
cuidados da Providência o Instituto feminino já bem começado e a semente recém-jogada
do Instituto masculino.
Santa Paola
Elisabetta viveu tempos difíceis – nos meados do século XIX – quando as regiões
da Lombardia e do Veneto estavam sobe o domínio do Império da Áustria: tempos
de fortes contrastes pelas consequências do liberalismo e do nacionalismo como
herança da revolução francesa.
O perfil
espiritual da Cerioli é marcado pela ação forte da Trindade que moldou a vida e
o coração dela de maneira surpreendente. No centro de todo seu desejo e
atividade tem sempre uma referência explícita a Deus Pai e ao seu Filho Jesus.
Mas o desenvolvimento do seu testemunho espiritual foi marcado de maneira
especial pela figura de Maria Mãe das Dores.
Este mistério de
Maria, que manifesta uma união total e profunda com o mistério de Jesus que na
sua vida terrena não exclui a tentação e a cruz, para a Cerioli não foi só objeto
de contemplação exterior: durante o ano de 1854 se tornou verdadeira iluminação
que vivificou o destino de sua vida e de sua obra: «Confessou que uma vez,
considerando as dores de Maria Santíssima e imaginando um momento em que ela
viu a morte do seu Divino Filho, sentiu um pressentimento tal e um tal aperto
de coração, que angustiada se deixou cair sentada quase desmaiando”. “Não sei —
dizia depois — como eu posso ter sobrevivido, frágil e provada como estava”.
Foi assim que
lentamente se sentiu levada a ter em si mesma aquelas atitudes e disposições
que foram próprias de Maria e que o filho agonizante, de maneira profética, a
convidava a assimilar: «Mãe não chores, Deus te dará outros filhos».
Destacou-se pela
maternidade espiritual, a caridade concreta, a piedade, a absoluta confiança na
Providência, o amor para a pobreza, a humildade e a simplicidade e pela
admirável submissão aos Superiores (os Bispos seus orientadores espirituais).
Valorizou a dignidade e o papel da mulher na família e na sociedade.
O que caracteriza
de maneira singular a ação apostólica da Santa é a constante referência ao
modelo evangélico Jesus, visitado e vivido em várias formas contemplativas e no
apostolado social, voltado de maneira especial para o socorro e a educação das
crianças pobres do campo porque consideradas as mais abandonadas e as mais
necessitadas. Criou colégios para órfãs e órfãos, abandonados e sem futuro;
instituiu escolas, cursos de doutrina cristã, exercícios espirituais,
recreações festivas e assistência às enfermas. Vencendo dificuldades e
incompreensões de todo tipo, quis dar início a uma instituição religiosa
constituída por homens e mulheres que, de alguma forma, imitassem o modelo
evangélico do mistério de Nazaré constituído por Maria e José que acolhem Jesus
para doá-lo ao mundo.
O propósito da
Fundadora de mediar a paternidade-maternidade benéfica de Deus para os filhos
abandonados dos pobres camponeses da sua época tem como referência fundamental
a Santa Família de Jesus, Maria e José. E isso não como consequência de uma
reflexão teológica sobre a Família de Nazaré por parte da Cerioli, mas da sua
experiência prática pessoal.
A contemplação
da Família de Nazaré sugere a ela a aceitação de um modelo de geração, de
paternidade, de maternidade e também de filiação característicos só da fé,
aberto para novos horizontes e a nos caminhos para criar condições sempre mais
eficazes para a afirmação da paternidade-maternidade de Deus.
Este projeto
vocacional levou Irmã Paola Elisabetta a aceitar com alegria a pobreza total da
Santa Família:
“Eis-nos a
Belém! Ó, feliz Belém! Aqui, Irmãs, entremos com respeito, nesta humilde gruta,
morada do Homem-Deus. Não tenham medo: aqui todos tem livre acesso. Que
bondade! Prostremo-nos em silêncio num canto deste lugar e olhemos com respeito
estes três augustos Personagens do Céu, e com a luz daquele fulgurante
esplendor que ilumina em cada parte a querida choupana, meditemos com atenção o
que Eles dizem e fazem, o que aqui acontece… porque é a partir destes primeiros
exemplos que as Irmãs da Sagrada Família devem formar o seu espírito. Pobreza,
eis o que por primeiro cai sob o nosso olhar… Ó pobreza, quanto você é grande!
Quanto você é honrada agora que foi escolhida como companheira por um Deus
Menino!”
A pobreza vivida
e ensinada por esta Santa não é principalmente a pobreza de recursos
materiais, e sim a renúncia a gerir os afetos de maneira pessoal para deixar a
Deus a liberdade de doar o que a Ele agrada.
Segundo texto biográfico
Nascimento
Nasceu aos 28 de
janeiro de 1816 em Socino (Cremona). Filha de Francisco Cerioli e da condessa
Francisca Corniani; é a décima sexta e última filha do casal…Nasceu com uma
pequena deformação na coluna e leve deficiência cardíaca que, com o passar dos
anos irá aumentando, e por isso toda sua vida sofrerá consequências…que a
levará a uma morte prematura. (p.6)
Tinha, contudo, espírito
vivaz e pronto, e era preciso olhá-la com atenção, e nunca deixá-la sozinha nem
por um instante. Constância demonstrava visivelmente alegria e contentamento
quando seus pais ou empregados levavam-na à Igreja. (p.6)
Infância
Assim foi, desde
pequena, Constância Cerioli. Caráter dócil, amável e alegre, jovial e criativa,
gostava do sossego e do recolhimento. Com frequência era encontrada em algum
canto da casa; muito ligada a livros de santos, imagens… (p.5)
Ali na redondeza
sua mãe, a condessa Francisca, era chamada “Mãe dos Pobres”, e frequentemente
saía em visitas de caridade. (p.9)
Boa convivência com as pessoas [1]
Outro fato singular é que, sendo ela tão
querida, especialmente pelas Superioras, todas as companheiras a amassem tão
sinceramente que não surgia entre elas nenhum sinal de inveja, o que, nestas
situações, infelizmente, é comum acontecer. Mas ela, dotada de um coração tão
excelente, de um caráter tão jovial e, ao mesmo tempo reservado, que sempre
estava, alegre e modestamente, à disposição para ajudar a todas em suas
necessidades e desejos, sacrificando seus próprios prazeres em favor do
próximo, por isso era quase impossível que alguém se desgostasse com ela.(p.12)
Também as Mestras achavam-na um perfeitíssimo
modelo de obediência e aplicação em todos os seus deveres, o que a tornava
querida e preciosa também pela influência que a sua conduta tão exemplar
exercia sobre o comportamento das outras educandas. Constança foi também
favorecida pelo Senhor com um caráter alegre e apropriado para ser amada, com
um coração excelente e sempre disposto a fazer favores, de uma tal igualdade de
humor que se dizia frequentemente dela: – Constancinha é mesmo sempre a mesma.
(p.14)
A ninguém enganava ou provocava, nem de longe
nem de perto. (p.18)
Amava a
vida dos Santos [2]
Lendo depois a vida dos Santos, acendia-me o
desejo de imitá-los e alegrava-me com sua fortaleza e generosidade de
coração…(p.15)
Quando ela sentia qualquer pequeno incômodo,
oferecia-o secretamente a Deus sem nada dizer a ninguém, contente de poder
imitar de alguma forma, as mortificações e exemplos dos santos .(p.17)
[1] Fonte: “Manuscrito
Longoni”. Memórias da vida da beata Paula Elizabete Ceriori. Fundadora dos
Institutos da Sagrada Família de Bérgamo. 1999. Padre Ângelo Paris. p.49.
http://www.csfbrasil.com.br/
[2] Fonte: “Manuscrito
Longoni”. Memórias da vida da beata Paula Elizabete Ceriori. Fundadora dos
Institutos da Sagrada Família de Bérgamo. 1999. Padre Ângelo Paris. p.49.
http://www.csfbrasil.com.br/
Dom da
Obediência
Certo dia,
conversando com sua confidente, diz que na infância tinha muito medo de andar à
noite sozinha pela casa. Mas para não contraria e faltar à obediência a sua
mãe, esforçava-se por fazê-lo sem reclamar ou lamentar-se. Continua Constância
à sua confidente: “A senhora minha mãe inspirava-me muito respeito e submissão
e eu não tinha coragem de contar-lhe as frequentes indisposições que sofria por
minha fragilidade física”. Isso ela fazia não por timidez, mas porque gostava
de praticar a virtude da obediência e, se ela reclamasse, a mãe não lhe pedia
mais favores. (p.7)
Constância, mais
tarde, às suas filhas, precisará sobre a obediência: “Para que a obediência
seja perfeita e tenha o mérito de um inteiro holocausto, procuremos submeter à
obediência mesma não só o ato externo, mas a vontade, a inteligência e o juízo.
Obedeceremos com presteza, com alegria, com humildade, com exatidão, com
prontidão.” Continua Constância: “Qualquer ação é nobre quando feita por amor
de Deus e em obediência a quem é constituído em autoridade”. (p.7)
Prontidão em servir aos pobres
Ainda menina tinha predileção pelos pobres que
batiam à porta de seu palácio. Com frequência, quando Constância está junto à
mãe aprendendo serviços femininos como bordados, chegam empregados dizendo que
tem pobre na porta pedindo esmola. Constância, como que de sobressalto e muita
vivacidade, diz:
-É pobre! Deixe-me! Que eu vou servi-lo. E com
presteza e amor, após um breve bate-papo, o despede contente e satisfeito. (p.9)
Saúde frágil
Por ser uma pessoa de pouquíssima saúde era
muito sensível ao frio. Seus pés raramente se esquentavam…(p.10)
Casamento
O casamento de Constância e Caetano foi
celebrado no dia 30 de abril de 1835…obedece prontamente à vontade dos pais, assumindo
o estado matrimonial…Durante os vinte anos de matrimônio, Caetano, por ser
doente, tornou-se sempre mais intolerante e descontente, facilmente
irritável…(p.14)
Vinte anos de total sacrifício, esquecimento
de si, tendo sempre em mente a felicidade e alegria dos outros.(p.12-15)
Os
quatro filhos
Constância também foi provada. Do seu
matrimônio nasceram-lhe quatro filhos: Francisca, Maria Tereza, Carlos e
Rafael…Também Francisca, Maria Tereza e Rafael morreram ainda pequenos; somente
Carlos atingiu a idade de 16 anos…No dia 16 de janeiro de 1854, depois de sete
meses de doença, “já maduro de bom senso, rico de piedade, de religião e de
variada cultura, queridíssimo por todos pela bondade de coração…” Carlos
morria.(p.16)
A viuvez
Caetano, seu esposo, quase sem andar, atacado
por uma paralisia progressiva, beira à morte. A saúde de Caetano, após a morte
do filho, se agrava; seu caráter se torna intolerável. Como de nada adiantará
remédios para o corpo, Constância então se dedica em prepará-lo bem, desta para
outra vida, como um verdadeiro cristão. Assim, com resignada caridade, o
entrega a Deus aos 25 de dezembro do mesmo ano em que morre o filho, 1854.
(p.20-21)
Santa Paula, sempre resignada com a vontade divina em sua vida. |
[1] Fonte: “Manuscrito
Longoni”. Memórias da vida da beata Paula Elizabete Ceriori. Fundadora dos
Institutos da Sagrada Família de Bérgamo. 1999. Padre Ângelo Paris. p.49.
http://www.csfbrasil.com.br/
Fonte: Madre
Paula Elizabete Cerioli, a nobre camponesa. Editora Salesiana Dom Bosco.1987
Caridade
Sempre que podia, além daquilo que já se fazia
na casa pelos necessitados, distribuía suas próprias esmolas, usando para isso
o dinheiro que os pais lhe davam para satisfazer seus pequenos desejos e
sentia-se muito contente de poder privar-se de algum prazer para diminuir a
miséria alheia. (p.18)
Nos dias festivos, depois de haver participado
da missa que era celebrada em seu oratório, dirigia-se à paróquia de Seriate
para assistir à missa paroquial e, tanto na ida como na volta, visitava os
enfermos mais miseráveis nos seus barracos, onde, não encontrando muitas vezes
nem ao menos uma cadeira para repousar um pouquinho, sentava-se na lareira,
depois os ajudava a arrumar a sua cama e sozinha, sem ajuda, servia-os,
limpava-os e medicava-os. Com os mais desprezados permanecia mais longamente,
cercando-os das mais pequenas atenções como, abaná-los e espantar as moscas em
volta, aproveitando-se da ocasião para confortá-los com boas palavras,
recordando-lhes o Paraíso que os esperava, incentivando-os a terem paciência e
resignação com a vontade divina. (p.51)
Dizia-lhes: “Feliz aquele que sabe aceitar com calma e em paz o que o Senhor lhe
oferece para sua santificação e exclamava: Benditos vocês que sofrem! É sinal
que Deus os ama e os favorece, eu, por outro lado, sou indigna, todavia a sua
bondade pode me tornar merecedora”. (p.51)
Assim passava Constança os primeiros tempos de
sua viuvez. Estas caridades eram o maior conforto para a sua angústia. (p.53)
Mudança de
vida
Uma vez, encontrou com um sacerdote, antigo
conhecido da família. Ele, ao vê-la em tão tristes trajes, virou-se para quem a
acompanhava e disse: “tenham mais cuidado com a senhora, está se vestindo de
maneira exageradamente apostólica”. Bem longe de envergonhar-se, ela se alegrou
e continuando o caminho, acrescentou à companheira: “Que mais é preciso? Estou limpa e arrumada, o que me falta?… Nosso
Senhor, dono de tudo, tinha só uma veste e eu, indigna serva sua, tenho duas e
ainda dizem que tenho pouco! Enfim, não se usa mais que uma por vez e, ter
demais é um incômodo.” (p.65).
Apresentaram-se a ela, de fato, talvez naquele
mesmo dia, mendigando, duas pobres meninas órfãs, de Seriate. Ela as recebeu,
acertando detalhes com os familiares que ficaram felizes em confiar-lhes as
meninas, estabelecendo, sem impor condições, que as mesmas ficariam com ela.
(p.66)
Era o momento de Deus!… Ela soube reconhecê-lo
e, realizando a previsão de seu Carlos, naquele momento começava a tornar-se
Mãe de outros filhos. (p.66)
Mantinha as duas órfãs recolhidas, o mais que
podia, junto de si, para instruí-las e orientá-las a respeito da alimentação,
do vestuário, etc., (p.68).
Eram, porém necessárias para este serviço,
pessoas que pudessem dedicar-se integralmente. Pensou também nas jovens das
propriedades vizinhas, que lhe causavam compaixão porque, pela distância, não
podiam ir à escola em Seriate. Estando junto com as órfãs, poderiam aproveitar
das instruções que seriam dadas a elas. Aconselhando-se então com o Senhor
Bispo, este aprovou de imediato o seu pensamento, procurou e lhe enviou uma
jovem de Bérgamo, que frequentava o Convento das Filhas da Caridade. Ela
desejava ardentemente consagrar-se ao Senhor naquele Instituto, mas ficava
sempre desiludida porque seu confessor, o digníssimo Professor Tiraboschi, que
por dez anos consecutivos guiou-a, não lhe permitia nem ao menos fazer
perguntas, pelo contrário, aconselhava-a para que, por enquanto, ficasse em
casa onde havia muito a ser feito, com o pai enfermo e a madrasta com seis
filhos.
No entanto ela, queixosa por não poder fazer o
que desejava,… começou a trabalhar na Páscoa de 1863. Foi depois Diretor do
“Patrio Liceo” e, enfim, Arcipreste de Costa di Mezzate. Tomou conhecimento,
através de uma sua amiga que fora camareira de D. Constança, que esta tinha
ficado viúva e sozinha. Havia recolhido duas órfãs e precisava, em sua
companhia, de uma boa jovem que a ajudasse nesta tarefa. Rogou, portanto à
amiga que falasse a seu respeito à referida senhora, estando disposta a
assumir, além dos cuidados para com as órfãs, qualquer outro serviço junto à
família. (p.68)
Sendo depois informada que a dita jovem frequentava
o Convento das Canossianas, em Rocchetta, Bérgamo, dirigiu-se à Reverenda Madre
Superiora Anna Lucchini, a qual, bem contente em poder ajudar a jovem Luíza, não
hesitou um momento em incentivar D. Constança a aceitá-la como colaboradora,
dando-lhe as melhores referências. Depois, chamando Luíza, disse-lhe: “Cara
Luíza, o Senhor quer abrir-lhe uma estrada para que você satisfaça os seus
anseios. Há aqui uma nobre e boa senhora que gostaria de tê-la junto de si, eu
a aconselho a aceitar porque, muito embora ela ainda não tenha a intenção de
tornar-se religiosa, alguma grande obra ela pretende fazer. Procure cooperar
fielmente que granjeará certamente seu reconhecimento.” Confiando nas palavras
da Superiora, a Senhora aceitou e a jovem. (p.69)
Esta pediu e obteve uma licença de oito dias
para informar tudo ao seu diretor espiritual, do qual obteve, depois de ter
exposto tudo, permissão para aceitar e logo começar. Entretanto ela fê-lo
observar que devia deixar o pai enfermo e toda a família necessitada de sua
ajuda, ao que o homem de Deus pronta e precisamente respondeu: “A vontade de
Deus é que você vá e depressa”. Diante de tão decidido e inesperado conselho
ela ficou muito agitada e, voltando para casa, ao ver o pai doente e os frágeis
irmãozinhos, teve medo de que o diretor lhe tivesse dado um conselho imaturo,
dadas as circunstâncias nas quais se encontrava sua família. Por este motivo
demorou alguns dias para voltar a falar com ele e quando o fez, antes que ela
falasse qualquer coisa, disse-lhe: “Como? Você ainda está aqui? Não foi para
onde a chama o Senhor? Vá depressa que o Senhor ajudará muito mais a sua
família com a sua partida do que com a sua permanência, porque você deve seguir
a vontade de Deus, que a quer lá. Se você perder aquele lugar, arrepender-se-á
logo!”… (p.70).
Prontidão
para obedecer
Ela foi, então, a primeira a experimentar com
quanto zelo, doçura, sabedoria, prudência, discrição de espírito e
inquebrantável virtude Constança conduziu-a a uma perfeita e pronta obediência.
A Fundadora, devemos acrescentar, punha a capacidade de obedecer acima de
qualquer outro bem, modelando assim o seu espírito e o de sua companheira de
acordo com o espírito do próprio Jesus Cristo. (p.70)
Nada fazia nem modificava nas obras, sem
consentimento do bispo. Certa ocasião, o bispo, quase brincando, disse-lhe, na
presença de todos: “Sabe o que dizem de você em Bérgamo? Que você é uma
louquinha”. Alegre, ela respondeu: “Tomara o fosse, Excelência, louca da
loucura da cruz!”. (p.74)
Humildade:
deixava que as pessoas à volta ensinassem. Quando alguma aluna pedia
explicações sobre algum trabalho um pouco mais difícil, Constança mesmo sendo
tão hábil em todos os gêneros de trabalho, para deixar todo o mérito para a
professora e não adquirir nenhuma estima particular por parte da aluna,
respondia-lhe: “Espera que chamarei a professora e ela a ensinará.” (p.72).
Bom uso do
tempo
Tinha também ela um precioso cuidado com o tempo…
repetindo: “vamos, vamos que há outras coisas para serem feitas!…” (p.65).
…não permitia que se prestasse nem o menor
serviço a ela em particular, para não se perder nem mesmo um minuto de tempo.
Arranjava-se como podia... Mas parecia não ligar para si mesma, tanto que não
se preocupava com sua sobrevivência, devendo-se, com frequência, obrigá-la a se
alimentar e a repousar. (p.72)
A
incompreensão por parte dos parentes
E mesmo tendo sempre à sua mesa o antigo
capelão da casa, não era colocado sobre ela nada além do necessário...nesta
casa fosse servida, no jantar, a sopa que tinha sobrado do almoço, requentada. Mesmo
quando estavam seus parentes, a situação era a mesma – cordialíssima
hospitalidade e nada mais que o ordinário – de modo que uma sua cunhada, certa
vez, disse-lhe sorrindo: “Vê-se logo que você fez votos de pobreza e por este
motivo trata-nos assim, com tanta simplicidade, mas eu não os fiz ainda”.
(p.72-73)
Foi
perseguida e chamada de louca
Havia, enfim, mudado tão radicalmente a
respeito das coisas do corpo e do mundo que os familiares, surpreendidos a toda
hora por estas mudanças, comentavam entre eles e com a jovem professora, a
respeito da sua… conduta que parecia… uma… loucura. (p.73)
As pessoas que habitualmente a visitavam por
causa da amizade que tinham tido com o seu marido, ficavam admiradas com o
pouco interesse que ela demonstrava com tudo o que se referisse à sua própria
pessoa, às suas coisas e às alheias e de seu modo humilde de vestir-se e
começaram a ter, em relação a ela, um sentimento de compaixão, pensando que
estivesse para ficar, como diziam, caduca. (p.73)
Um dia, ficando a sós, sua companheira com
algumas senhoras, esta ficou surpresa… quando lhe perguntaram: “O que você acha
da senhora? Parece-nos que os desgostos sofridos a estão fazendo perder o
juízo!…” (p.73)
…Constância perguntou à companheira o que
aquelas senhoras haviam conversado em sua ausência. A companheira não queria
dizer, mas ela insistiu:
“Diga, diga,
vamos, pois gostaria de saber!” E ela contou tudo. Constança, rindo,
acrescentou: “Viu como fala o mundo e
qual o seu espírito ? Quem se age como um louco, tem fama de sábio. Quando se
faz o bem, se ganha a fama de tolo; peçamos ao Senhor para que as faça
entender. Pobrezinhas, são mártires, escravas dos ideias mundanas. Como o fui
também eu”. (p.73)
Vendo-a trabalhar tanto para realizar o bem,
tão dócil e obediente a cada conselho seu, resolveu mudar totalmente a maneira
de guiá-la. Antes a tratava com severidade, quase não a escutava, como atesta
quem a acompanhava quando ia ao Episcopado. Agora a incentivava a continuar e
louvava, na sua presença, os progressos obtidos na obra começada. Deixava
transparecer sua alegria interior. Visitava a casa, as escolas e conversava longamente
com Constância, interessado em tudo que ela lhe contava, alegre como uma
menina. (p.74)
O tratamento
carinhoso recebido pelas órfãs
Entre o grande número de órfãs que se
apresentavam, escolhia sempre as mais abandonadas e necessitadas, dando
preferência às camponesas. Cada vez que admitia mais uma órfã, sentia uma
satisfação tão grande que não sabia como exprimi-la. (p.75)
Quando acolhia uma nova órfã, conduzia-a ela
mesma à Capela da casa, onde a entregava a Deus, confiando-a à sua proteção.
Isso se tornou hábito naquela casa e ainda hoje se faz o mesmo quando se aceita
uma nova asilada. E, como a maior parte das órfãs apresentavam-se mendigando e
portanto rasgadas, sujas e cheias de insetos nojentos, ela, toda prestativa e
alegre, aproximava-se delas , despia-as e as limpava, dando-lhes depois uma
roupa nova, o uniforme. Depois, toda alegre, exclamava : “Eis uma filha da
Providência”. (p.76)
Sabia , como ninguém, aproveitar de cada
oportunidade para exercitar o seu incomparável senso de caridade, executando
com as próprias mãos, esses serviços extremamente repugnantes. Fazia-os com a
desculpa de querer fazer uma surpresa à companheira, apresentando-lhe a menina
bonita e limpa, mas esta, que conhecia a sua virtude, afligia-se por não ter
podido substituí-la ou, ao menos, ajudá-la neste serviço tão sacrificado.
(p.76)
Em outra ocasião sucedeu que uma das órfãs,
passando pelo quintal, caiu numa fossa tão profunda que a pobre menina ficou
imersa até o queixo. Uma Irmã tirou-a, mas vendo-a naquele estado lamentável
não teve coragem de despi-la. Chegou, naquele momento, a bendita Madre que, sem
nada dizer, arregaçou as mangas do hábito, pegou a menina pela mão, suja como
estava e despiu-a com tal desembaraço e competência, que parecia até ter prazer
naquilo. (p.76)
Sabia adaptar-se tão bem aos usos e costumes
dos camponeses, que parecia ter vivido sempre no meio deles. (p.77)
Era
perseguida por excesso de elogios
Sentia-se amedrontada quando alguém elogiava e
louvava a obra, perturbada dizia: “Mas, o que estamos fazendo aqui de tão
especial? Que obra? Não sei de obra nenhuma!” Para acalmar-se, ia a Bérgamo e,
meio perdida, revelava a angústia de seu coração abatido ao santo diretor, que
se alegrava de vê-la tão humilde e desapegada de qualquer glória e , quase
brincando, dizia-lhe : “Viu? O mundo a atormenta e você deve rir dele, ele é
curioso, não se preocupe, você não está fazendo nenhum mal, antes, está fazendo
o bem, portanto, por que temer ? (p.79)
Fundação
do Instituto
Finalmente, numa manhã, demorou-se um pouco
mais do que de costume para sair do habitual recolhimento em seu quarto.
Saindo, encontrou sua companheira. Esta ficou tão surpresa em vê-la com o rosto
particularmente iluminado, parecendo transfigurada que não ousou perguntar-lhe
porque havia demorado tanto. Mas ela, adivinhando a pergunta da companheira,
foi logo dizendo: “Hoje fiquei retirada
por mais tempo que de costume porque redigi, por escrito, as minhas ideias a
senhor cônego Valsecchi. Quanto é bom o Senhor”! De fato, naquela manhã
havia composto um livrinho no qual havia colocado os primeiros esboços da fundação
do seu Instituto, agora estabelecido sobre aquelas normas. (p.80)
Se depois, às
vezes, o bom resultado demorava em aparecer, repetia: “Não tenhamos pressa, a pressa é um defeito. Ele é muito pacato, parece
até lento nas suas coisas, mas as faz muito bem e chega sempre a tempo,
tenhamos paciência, e a paciência é também um dos frutos do Espírito Santo”.
De fato, as coisas resolviam-se às mil maravilhas, no seu devido tempo, e ela
dizia: “Viram como São José fez tudo
direitinho? Não só a questão foi otimamente resolvida como foi precedida e
seguida das mais oportunas circunstâncias. Vamos, então, agradecê-lo por isto”.
Por isso quis que suas órfãs fossem chamadas Filhas de São José, substituindo o nome
em que haviam pesando antes, de Filhas da Providência. Depois de ter refletido
muito e de ter sido muito aconselhada, decidiu dar ao Instituto, por muitos
motivos, o nome de Instituto da Sagrada Família. (p.116-117)
Bons
conselhos
Deixando ainda, a respeito dele, uma norma
especial por escrito, acrescida de muitos e sábios conselhos. Recomendava, por
exemplo, que as mestras nunca se dessem ar de importância. Deviam tratar suas
alunas somente com o coração e com desvelo de mãe. Insistia que fossem educadas
aos poucos, de acordo com as situações que se apresentassem, que se fosse
tirando delas algum mau hábito ou vício, mais do que deter-se em ensinamentos
ou teorias, que as meninas não entendiam e que, na prática, não tinham nenhum
valor. (p.118)
Perseverança
no chamado de Deus
Quando Deus chama para uma missão, dá também a
força, os talentos e a capacidade para cumpri-la. Ai de quem voltar atrás sob
vãos pretextos! Ai de quem, por soberba, desprezar os ofícios e trabalhos
humildes e simples,…(p.84)
Viveu uma
santa alegria
As companheiras, então, não mais puderam vê-la
a não ser na igreja e à mesa, onde comparecia absorta e com ar angelical,
sinais claros e evidentes de que Ela estava totalmente compenetrada em Deus.
Enquanto as outras, naqueles dias, estavam impressionadas pelas meditações
sobre as eternas verdades, ela transbordava de íntima e santa alegria, tanto
que, admirada de ver as outras tão concentradas em si mesmas, não pode deixar
de comentar, um dia, com uma delas: “Como é que vocês estão assim tão
pensativas e eu não posso conter a minha alegria? Tenho medo de escandalizá-las
por me verem tão diferente de todas”.
Era a graça extraordinária que Deus a fazia
experimentar já nesta vida, como uma pequena amostra do prêmio que estava sendo
preparado no céu para ela, como recompensa pelos benefícios que com tanta
generosidade havia realizado.(p.88)
Tentação para
não assumir o compromisso de consagração perpétua
Em seguida, ela decidiu, de uma vez por todas,
realizar finalmente aquilo que já há muito tempo, com todo ardor, sentia-se
impulsionada a fazer, isto é, o seu sacrifício a Deus de proferir os votos
perpétuos religiosos. O demônio, até então, havia confundido os seus
pensamentos, sugerindo-lhe que tomasse cuidado com aquilo que estava fazendo,
porque depois se arrependeria e não poderia mais anular os votos proferidos e
ela já tinha realizado tantos benefícios, mesmo sem os votos. Mas com a ajuda
de Deus, que lhe mostrou a armadilha do tentador, e com o conselho iluminado do
diretor, tendo já no Natal passado, feito o voto de Castidade, emitiu também os
outros dois votos perpétuos de pobreza e obediência, no dia 8 de fevereiro de
1857, domingo da septuagésima e festa de são Jerônimo Emiliano, com a aprovação
do senhor Bispo. Acrescentou mais tarde ainda um quarto voto, de trabalhar
sempre para a maior glória de Deus. (p.89-90)
Vida de
Pobreza
Completado assim o seu total e irrevogável ato
de perfeita oblação, deu fim a tudo quanto ainda restava de supérfluo no
palácio. Tudo quanto havia em ouro, diamantes, mobílias, roupas de luxo, ela
vendeu, despojando o palácio e a si mesma. O dinheiro foi empregado na compra de
camas e tudo o que era necessário para equipar o orfanato, enquanto isso, cheia
de alegria, dizia: “Não acham que o
dinheiro está muito melhor empregado agora? Com aquelas joias pudemos
providenciar conforto e abrigo para essas pobres criaturas sem teto e sem pão”.
Assim fazia depois cada vez que precisava
arcar com alguma despesa, revistava cada canto da casa até encontrar alguma
coisa que julgasse supérflua e rapidamente a vendia, conseguindo assim dinheiro
para as suas novas provisões, e dizia : “Para
pobres como nós somos, não ficam bem estas coisas, para nós basta o resto que
temos e isto está sendo mais bem empregado adquirindo novos colchões, panos,
etc., para nossas filhinhas”.
As companheiras, diante de tal desprendimento,
ficavam admiradíssimas, parecendo a elas muito estranho ver a nobre Senhora
desfazer-se de tantos móveis e enfeites preciosos com tanta indiferença a ponto
de parecer que ela lidasse com coisas que não eram suas e sua alegria era tanta
que mais parecia ter feito uma grande aquisição e não uma venda. A sua forma de
vestir-se não teve necessidade de reformas, pois vestia… desde a morte do
filho, não tendo usado, daquela época em diante, nenhum outro tipo de roupa.
(p.90-91)
Conselhos
para confissão
Se não procurassem a autossatisfação, estariam
contentes. A simplicidade, a humildade e a firme vontade de não mais pecar são
as coisas que realmente contam. Vocês se confessam para limpar a alma,
humilhem-se e não pretendam que o confessor satisfaça e console vocês, pois não
sabemos se merecem isso . Caminhem até lá com boa vontade, não percam seu tempo
no confessionário e nem façam com que o confessor também perca o seu. Muitas
vezes acho que se fazem algumas confissões inúteis, isto é, confessa-se tão
somente por confessar ou para se satisfazer. Minhas caras, não procuremos estas
formas de amor próprio, mas a graça do sacramento, que o Senhor dá a quem a
procura”. (p.92)
Corpo incorrupto da santa. |
A morte
“Estou
confessada
– exclamou exclamou a bem aventurada mãe – Oh!
Como o Senhor é bom! Quantas bonitas graças são feitas! Veja! Há poucos dias
fizemos a nossa confissão anual com o Cônego Valsecchi, com a qual ficamos
muito contentes e agora, de novo, estamos reconciliadas com Deus! Amanhã
comungaremos e receberemos a indulgência plenária. Temos tido mesmo muita
sorte. Depois haverá ainda a solenidade do Natal… que beleza ! Amanhã cedo
levantar-nos-emos um pouco antes do horário normal e, no caso de sentir-me
fraca, comungarei antes da Santa Missa”.
Morreu
santamente na madrugada do dia seguinte. Sua morte foi, para ela, um merecido e
plácido repouso. Sequer a percebeu! Havia apenas se acomodado para dormir um
pouco e enquanto a companheira que estava ao seu lado, enganada por aquele sono
mentiroso, havia se deitado também para contentá-la, não pode aperceber-se que
havia expirado poucos minutos depois. Começou, certamente, seu último sono
entre os mais ardentes desejos de Deus, adormeceu para sempre entre seus braços
amorosos. Expirou às 02h00min horas da madrugada do dia 24 deste mês, isto é,
na véspera do Santo Natal, não tendo completado ainda o quinquagésimo ano de
sua santa vida.(p.192)
Fonte:
“Manuscrito Longoni. Memórias da vida da beata Paula Elizabete Ceriori –
Fundadora dos Institutos da Sagrada Família de Bérgamo. 1981.
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