Após
varias tentativas de entrar na vida religiosa (ele era considerado ignorante e
sem cultura), o "irmão burro", como as vezes era chamado, foi aceito
no Convento Franciscano em Grotela onde ele foi ordenado em 1628.
Sua vida
tonou-se uma série de visões e êxtases, as quais aconteciam em qualquer local
e a qualquer hora pelo som do sino de uma igreja ou pelo som de uma musica
sacra ou simples menção do nome de Deus ou da Virgem Maria ou ainda a menção de
eventos da vida de Cristo como a Sagrada Paixão ou a visão de uma pintura
sacra.
Gritos,
beliscões, queimaduras, agulhadas, nada o trazia de volta de seus transes; mas
ele voltada na hora com a ordem do seu superior.
Ele por várias
vezes levitava e flutuava como um pássaro (daí ele ser o padroeiro dos
aviadores e passageiros de aviões).
Mesmo no século
17 já havia interesse no incomum e os extasies de José, em público, provocaram
admiração em uns e constrangimento em outros.
Por 35 anos não
foi permitido a ele atender o coro, o refeitório comum, e dizer Missa na
igreja, para prevenir que ele fizesse um espetáculo em público, ele recebeu
ordens de ficar em seu quarto com uma capela privativa.
O Papa Urbano
VIII encontrou-se com ele em Grotela e ele ao ver a imagem de Nossa Senhora
entrou em êxtase.
O Papa, que
falava aramaico, fez perguntas complicadas e o mesmo respondeu na mesma língua,
com grande sabedoria e naturalidade.
Depois deste
episódio, ele passou a ser muito respeitado e por várias vezes foi consultado
pelos exegetas da Igreja sobre questões muito controvertidas e o "irmão
burro" respondia a todas como se fosse um luminar na matéria.
Dizia com
simplicidade que em algumas de suas visões as vezes ficava conversando com
alguns apóstolos e as vezes com Jesus e a Virgem Maria.
De alguns
êxtases ele não se lembrava de nada, mas de outras visões ele tinha perfeita
lembrança e as descrevia com detalhes que deixava a todos boquiabertos.
Para evitar
constrangimento para ele e para a Igreja, José foi enviado a uma casa Capuchinha
e depois para uma casa Franciscana e a outra Capuchinha e assim por diante.
Mas, José
permaneceu fiel ao seu espirito alegre e brincalhão sempre se submetendo Divina
Providência.
Fazia os 40 dias
de jejum a cada ano na quaresma sempre com uma fé inabalável.
Foi beatificado
em 17 de junho de 1703 pelo Papa Benedito XIV e canonizado em 16 de julho de
1767 pelo Papa Clemente XIII.
É o padroeiro
dos tripulantes e passageiros de aeronaves, astronautas e pilotos aviadores,
pilotos de asa delta, ultra leves, etc.
Ele era carente
de capacidade intelectual a ponto de chamar-se a si mesmo de "Frei
Burro". Mas, cheio de luzes sobrenaturais, discorria em profundidade sobre
temas teológicos e resolvia intrincadas questões que lhe eram apresentadas.
Deus criador
chama todos e cada um dos homens à santidade, porém, em sua sabedoria infinita,
o faz pelas mais diversas vias.
A uns pede que
se isolem como eremitas nos desertos, a outros manda pregar às multidões.
Conserva por
toda a vida a inocência imaculada de uns, enquanto a outros faz emergir de uma
situação de terríveis pecados para, arrependidos, atingirem a perfeição.
Há, porém, um
contraste que desperta especialmente a atenção: quando a excelência das
virtudes floresce numa alma pouco favorecida pelas capacidades intelectuais.
Deus suscitou
inteligências luminares, como São Tomás de Aquino ou Santo Agostinho, mas, para
demonstrar sua onipotência, elevou a alto grau de santidade também homens os
mais desprovidos de capacidades naturais. Um destes últimos é São José de
Cupertino.
Um comentário:
Linda História...
Postar um comentário