Do Evangelho do 14º Domingo do Tempo Comum, 30/07/2017:
Assim
acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens
maus dos que são justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo. E
aí haverá choro e ranger de dentes. Compreendestes tudo isso?
Mateus
13, 49-51
Desse
fogo Santo Afonso de Ligório diz o seguinte:
“É tão terrível, que a pior chama da terra
queima tão pouco
em comparação com esse fogo,
como uma chama de pintura queima pouco,
em comparação
com uma chama real da terra”.
“É tão terrível, que a pior chama da terra
queima tão pouco
em comparação com esse fogo,
como uma chama de pintura queima pouco,
em comparação
com uma chama real da terra”.
Nessa
postagem trazemos um assunto de extrema importância para nossas
almas. Após uma necessária introdução, teremos acesso à
experiência de alguns santos com relação ao inferno e podemos
concluir que tais experiências muito contribuíram para a
santificação desses irmãos. Existem outros santos que tiveram visões do Inferno, deixaremos alguns links no final indicando sugestões de leitura.
A
ideia de um inferno para os maus, ou seja, para aqueles que se
recusam obstinadamente em viver as virtudes, é presente em diversas
culturas e crenças de diversas formas. Porém atualmente a onda de
pensamento de que o inferno é apenas um mito opressor cresce cada
vez mais, até mesmo em seitas chamadas de cristãs.
Aqui
iremos nos ater à doutrina Católica Apostólica Romana, a Doutrina
de sempre e única verdadeira.
A
difusão de que não existe um inferno e de que a ideia de um inferno
é opressora, excessiva e infundada é cada vez mais presente no
pensamento contemporâneo, mas não é de se admirar em um mundo
negativamente liberal, amoral, revolucionário e que recusa Deus.
Diz-se que Deus não seria capaz de “criar” um inferno, que Ele é
tão bom que jamais condenaria alguém a esse tormento eterno. Se não
estamos firmes no conhecimento e na prática de nossa fé, essas
palavras podem facilmente nos convencerem, por se tratar de uma ideia
errada de toda a história da criação e da própria característica
de Deus. Dentre os atributos divinos que conhecemos e que a Santa
Igreja ensina, sabemos que o Senhor é misericórdia e justiça.
Muito podemos e devemos aprender lendo as Sagradas Escrituras, o
Catecismo da Igreja Católica, os documentos pontifícios, os
escritos dos santos, inclusive sobre o inferno.
É
muito importante conhecermos e meditarmos sobre o inferno; existem
diversos livros piedosos sobre o inferno que fazem muito bem à alma,
pois mostram claramente que, além das penas eternas, no inferno não
se goza a Deus, não podemos estar com Deus e haveria perdição
maior do que esta?
Tomemos
cuidados com falsas e desonestas doutrinas que tentam seduzir e
enganar, fazendo-nos crer que não existem consequências para nossas
más ações e para nossa rejeição a Deus, pois é exatamente esse
tipo de ideia que poderá condenar nossa alma eternamente.
Essa
reflexão sobre o inferno não é simplesmente para amedrontar, mas
principalmente para mais desejarmos amar a Deus e agradá-lo, sabendo
que, se por um lado existe um inferno para os maus, há um paraíso
para aqueles que procurarem agradar a Deus acima de todas as coisas.
Assim
nos ensinam as Sagradas Escrituras, em especial os Evangelhos, onde o
próprio Jesus Cristo na terra fala para todos que quiserem ouvir.
Assim corrobora a Sagrada Tradição e o Magistério da Igreja. Se
tanto precisamos falar sobre o inferno, lugar de Lúcifer e de seus
asseclas, é para que não caiamos eternamente ali.
Como diz Jesus na passagem do Juízo Final, do Evangelho de São Mateus, o Inferno é um local (não um estado) feito por Deus para os anjos caídos; e o Céu é o local preparado desde toda a eternidade para os "benditos de meu Pai".
Como diz Jesus na passagem do Juízo Final, do Evangelho de São Mateus, o Inferno é um local (não um estado) feito por Deus para os anjos caídos; e o Céu é o local preparado desde toda a eternidade para os "benditos de meu Pai".
Deus
nos criou em seu infinito amor e sabedoria, dotando-nos de liberdade,
mais precisamente chamado livre arbítrio. Temos a escolha de amá-lo
ou não. Dessa maneira, só vai para o inferno quem obstinadamente se
nega a amar a Deus e escolhe livremente negá-lo. Não é Deus que
deliberadamente manda as pessoas ao inferno, mas nós mesmos
escolhemos qual fim desejamos ter.
A pessoa condenada, infeliz e simplesmente morreram odiando e negando a Deus, apartado da graça de Deus; a própria alma diante de seu Criador infinitamente bom e misericordioso, sente repugnância e se afasta voluntariamente de Deus. É um mistério terrível, mas real.
A pessoa condenada, infeliz e simplesmente morreram odiando e negando a Deus, apartado da graça de Deus; a própria alma diante de seu Criador infinitamente bom e misericordioso, sente repugnância e se afasta voluntariamente de Deus. É um mistério terrível, mas real.
Fazendo um apanhado geral das visões dos santos aqui expostas, apesar de cada uma ter suas particularidades, podemos ver alguns elementos em comum:
1. O estado estático da pessoa, que não consegue se mexer;
2. A total escuridão, que assim mesmo não impede que a alma veja todos os horrores que ali acontecem;
3. O fogo imensurável que a alma sente lhe consumir ininterruptamente;
4. Os tormentos específicos causados pelos demônios de acordo com os pecados e vícios cometidos em vida;
5. O desejo e a coragem que a alma adquire, após ver o inferno, de trabalhar para lá não cair e oferecer muito pelas almas para que também ali não caiam.
Alguns santos relatam que é necessário a companhia de um Anjo para ampará-los nessa terrível experiência.
1. O estado estático da pessoa, que não consegue se mexer;
2. A total escuridão, que assim mesmo não impede que a alma veja todos os horrores que ali acontecem;
3. O fogo imensurável que a alma sente lhe consumir ininterruptamente;
4. Os tormentos específicos causados pelos demônios de acordo com os pecados e vícios cometidos em vida;
5. O desejo e a coragem que a alma adquire, após ver o inferno, de trabalhar para lá não cair e oferecer muito pelas almas para que também ali não caiam.
Alguns santos relatam que é necessário a companhia de um Anjo para ampará-los nessa terrível experiência.
O
Inferno faz parte da Revelação
Catecismo
de São Pio X
39)
Foram os Anjos todos fiéis a Deus?
Os Anjos não foram todos fiéis a Deus, mas muitos por soberba pretenderam ser iguais a Ele, e independentes do seu poder; e por este pecado foram excluídos para sempre do Paraíso, e condenados ao Inferno.
Os Anjos não foram todos fiéis a Deus, mas muitos por soberba pretenderam ser iguais a Ele, e independentes do seu poder; e por este pecado foram excluídos para sempre do Paraíso, e condenados ao Inferno.
245)
Que nos ensina o último artigo do Credo: na vida eterna?
O último artigo do Credo ensina-nos que depois da vida presente há outra, ou eternamente feliz para os eleitos no Paraíso, ou eternamente desgraçada para os condenados no Inferno.
O último artigo do Credo ensina-nos que depois da vida presente há outra, ou eternamente feliz para os eleitos no Paraíso, ou eternamente desgraçada para os condenados no Inferno.
248)
Em que consiste a desgraça dos condenados?
A desgraça dos condenados consiste em serem para sempre privados da vista de Deus, e punidos com tormentos eternos no Inferno.
A desgraça dos condenados consiste em serem para sempre privados da vista de Deus, e punidos com tormentos eternos no Inferno.
249)
Por agora são só para as almas os bens do Paraíso e os males do
Inferno?
Os bens do Paraíso e os males do Inferno, por agora, são só para as almas porque por enquanto só as almas estão no Paraíso, ou no Inferno; mas depois da ressurreição da carne, os homens, ria plenitude da sua natureza, isto é, em corpo e alma, serão ou felizes ou infelizes para sempre.
Os bens do Paraíso e os males do Inferno, por agora, são só para as almas porque por enquanto só as almas estão no Paraíso, ou no Inferno; mas depois da ressurreição da carne, os homens, ria plenitude da sua natureza, isto é, em corpo e alma, serão ou felizes ou infelizes para sempre.
250)
Serão iguais Para os eleitos os bens do Paraíso, e para os
condenados os males do Inferno?
Os bens do Paraíso para os eleitos, e os males do Inferno para os condenados, serão iguais na substância e na duração eterna; mas na medida, isto é, no grau, serão maiores ou menores, segundo os méritos ou deméritos de cada um.
Os bens do Paraíso para os eleitos, e os males do Inferno para os condenados, serão iguais na substância e na duração eterna; mas na medida, isto é, no grau, serão maiores ou menores, segundo os méritos ou deméritos de cada um.
347)
Somos obrigados a observar os Mandamentos?
Sim, todos somos obrigados a observar os Mandamentos, porque todos devemos viver segundo a vontade de Deus que nos criou; e basta transgredir gravemente um só deles para merecermos o Inferno.
Sim, todos somos obrigados a observar os Mandamentos, porque todos devemos viver segundo a vontade de Deus que nos criou; e basta transgredir gravemente um só deles para merecermos o Inferno.
717)
Explicai melhor a diferença entre a dor sobrenatural e a natural.
Quem se arrepende por ter ofendido a Deus infinitamente bom e digno por Si mesmo de ser amado, por ter perdido o Paraíso e merecido o inferno, ou então pela malícia intrínseca do pecado, tem dor sobrenatural, porque estes são os motivos fornecidos pela fé. Quem, ao contrário, se arrependesse só pela desonra ou castigo que lhe vem dos homens, ou por algum prejuízo puramente temporal, teria dor natural, porque se arrependeria só por motivos humanos.
Quem se arrepende por ter ofendido a Deus infinitamente bom e digno por Si mesmo de ser amado, por ter perdido o Paraíso e merecido o inferno, ou então pela malícia intrínseca do pecado, tem dor sobrenatural, porque estes são os motivos fornecidos pela fé. Quem, ao contrário, se arrependesse só pela desonra ou castigo que lhe vem dos homens, ou por algum prejuízo puramente temporal, teria dor natural, porque se arrependeria só por motivos humanos.
818)
Então não acabará nunca o Sacerdócio católico sobre a terra?
O Sacerdócio católico, não obstante a guerra que contra ele move o Inferno, há de durar até o fim dos séculos, porque Jesus Cristo prometeu que as potências do Inferno não prevaleceriam jamais contra a sua Igreja.
O Sacerdócio católico, não obstante a guerra que contra ele move o Inferno, há de durar até o fim dos séculos, porque Jesus Cristo prometeu que as potências do Inferno não prevaleceriam jamais contra a sua Igreja.
965)
Que se entende por Novíssimos?
Novíssimos são chamados nos Livros Santos as últimas coisas que hão de acontecer ao homem.
Novíssimos são chamados nos Livros Santos as últimas coisas que hão de acontecer ao homem.
966)
Quantos são os Novíssimos?
Os Novíssimos, ou últimas coisas do homem, são quatro: Morte, Juízo, Inferno e Paraíso.
Os Novíssimos, ou últimas coisas do homem, são quatro: Morte, Juízo, Inferno e Paraíso.
967) Por que é que esses Novíssimos se chamam últimas coisas que
acontecerão ao homem?
Os Novíssimos chamam-se últimas coisas que acontecerão ao homem, porque a Morte é a última coisa que nos acontece neste mundo; o Juízo de Deus é o último entre os juízos que temos a passar; o Inferno é último mal que hão de sofrer os maus; e o Paraíso é sumo bem que hão de receber os bons.
Os Novíssimos chamam-se últimas coisas que acontecerão ao homem, porque a Morte é a última coisa que nos acontece neste mundo; o Juízo de Deus é o último entre os juízos que temos a passar; o Inferno é último mal que hão de sofrer os maus; e o Paraíso é sumo bem que hão de receber os bons.
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Visão
do Inferno segundo Santa Teresa de Jesus
Havia
muito tempo que o Senhor me fazia muitas graças já referidas e
outras ainda maiores, quando um dia, estando em oração, achei-me
subitamente, ao que me parecia, metida corpo e alma no inferno.
Entendi que o Senhor queria fazer-me ver o lugar que os demônios aí
me haviam preparado, e eu merecera por meus pecados. Durou brevíssimo
tempo. Contudo ainda que vivesse muitos anos, acho impossível
esquecê-lo.
A
entrada pareceu-me um túnel longo e estreito, semelhante a um forno
muito baixo, escuro e apertado. O chão tinha aparência de uma água,
ou antes, de um lodo sujíssimo e de odor pestilencial, cheio de
répteis venenosos. No fundo havia uma concavidade aberta numa
parede, como um armário, onde me vi, encerrada de maneira muito
apertada.
O
tormento interior é tal, que não há palavras para o definir, nem
se entende como é realmente. Na alma senti tal fogo, que não tenho
capacidade para o descrever. As dores no corpo eram insuportáveis
ainda que eu tenho passado nesta vida dores gravíssimas e de acordo
com os médicos são as maiores que se podem suportar (quando se
encolheram todos os meus nervos, e fiquei paralisada e todas outras
muitas dores de diversos gêneros e até algumas causadas pelo
demônio), posso afirmar que tudo foi nada em comparação do que ali
experimentei.
O
pior era saber que seria sem fim, sem jamais cessar. Isto, no
entanto, não era nada em relação ao agonizar da alma: é um
aperto, uma sufocação, uma aflição tão intensa, e acompanhada de
uma tristeza tão desesperada e pungente, que não sei como posso
explicar em palavras este semelhante estado! Compará-lo à sensação
de que vos estão sempre a arrancar a alma, é pouco pois em tal
caso, seria como se alguém nos acabasse com a vida, mas aqui é a
própria alma que se despedaça. O fato é que não sei como
descrever aquele fogo interior e aquele desespero acrescentado por
tão grandes tormentos e dores. Eu não via quem os provocava, mas
sentia-me queimar e retalhar. Piores, repito, são aquele fogo e
aquele desespero que me consumiam interiormente.
Em
lugar tão pestilencial, sem esperar consolo, é impossível
sentar-se, ou deitar-se, nem há espaço para tal. Puseram-me numa
espécie de fenda cavada na muralha. As próprias paredes, espantosas
à vista, oprimem, e tudo ali sufoca. Por toda parte trevas
escuríssimas. Não há luz. Não entendo como, sem claridade, se
enxerga tudo, causando dor nos olhos. Nesta ocasião o Senhor não
quis que eu visse mais de tudo aquilo que há no inferno.
Em
outra visão, vi coisas horripilantes acerca do castigo de alguns
vícios. Pareceram muito mais horrorosas à vista, mas como eu não
sentia a pena, não me causaram tanto temor como na primeira visão,
na qual o Senhor quis que eu verdadeiramente sentisse aquelas
torturas e aquela aflição de espírito como se o corpo as estivesse
padecendo. Como foi isso, não sei, mas bem entendi ser grande graça
do Senhor querer que eu visse, com meus olhos, de onde sua
misericórdia me havia livrado.
Verdadeiramente
é nada ouvir discorrer, ou ainda meditar, sobre a diversidade dos
tormentos, como eu de outras vezes havia feito, (embora raramente, já
que a minha alma não passava bem com pensamentos tão temerosos;
isto é, li que os demônios atenazam as almas e lhes infligem outras
torturas). mas isso tudo é nada em comparação à verdadeira dor,
que é muito diferente. Numa palavra, é tão diferente quanto o
esboço o é da realidade. Queimar-se aqui na terra é sofrimento
muito leve em comparação com aquele fogo de lá.
Fiquei
tão aterrorizada, e ainda agora o estou enquanto escrevo, apesar de
terem decorrido quase seis anos. De tanto temor, tenho a impressão
de ficar gelada. Desde então, ao que me recordo, cada vez que tenho
sofrimentos ou dores, tudo o que se pode passar na terra, me parece
nada. Penso que em parte nos queixamos sem motivo. Foi esta, repito,
uma das maiores graças que o Senhor me fez. Valeu-me imensamente,
quer para perder o medo quanto às tribulações e contradições
desta vida, quer para me esforçar em padecê-las e a dar graças ao
Senhor, por me ter livrado, ao que agora me parece, de males tão
perpétuos e terríveis.
...Espanta-me
como, tendo lido muitas vezes livros que dão alguma ideia das penas
do inferno, como não as temia nem as tinha no que elas são. Onde
estava? Como me podia dar descanso coisa que me arrastava a tão mau
lugar? Daqui também cobrei a grandíssima pena que me dão as almas
que se condenam..., e os grandes ímpetos de salvar almas, que me
parece certo que, para livrar uma só de tão gravíssimos tormentos,
padeceria eu muitas mortes de muito boa vontade.
Noto
que, se vemos cá uma pessoa, a quem mui particularmente queremos
bem, com um grande trabalho ou dor, o nosso mesmo natural parece que
nós convida à compaixão e, se é grande o sofrimento, oprime-nos
também a nós mesmos. Pois ver uma alma, para sempre sem fim, no
sumo trabalho dos trabalhos, quem o poderá sofrer? Não há coração
que o sofra sem grande pena. Pois se aqui, embora sabendo que se
acabará com a vida e que enfim, em breve termo, nos move a tanta
compaixão; não sei como podemos sossegar à vista destoutro que o
não tem, vendo tantas almas, como são as que o demônio arrasta
consigo cada dia.
Considero
que, embora fosse tão imensamente má*, andava com algum cuidado de
servir a Deus e não fazia algumas coisas que vejo tragarem-nas no
mundo, como se não fossem nada... Não era inclinada a murmurar, nem
a dizer mal de ninguém, nem me parece podia querer mal a ninguém,
nem era ambiciosa, nem inveja me lembro jamais de ter, de forma que
fosse ofensa grave ao Senhor... É que, embora fosse tão ruim;
andava em contínuo temor de Deus. Vejo, no entanto, onde os demônios
já me tinham arranjado pousada, e a verdade é que, segundo minhas
culpas, ainda me parece que merecia maior castigo. Digo, contudo, que
era terrível tormento, e que é coisa perigosa o satisfazer-se e ter
sossego e contento uma alma que, a cada passo, anda caindo em pecado
mortal.
Capítulo 32 do Livro de sua vida.
**************
*Teresa
sempre se refere a si mesma como enorme pecadora, sempre disse que se
não fosse por misericórdia divina iria para o inferno, suas faltas
antes da conversão eram um pouco de vaidade com unhas e cabelos!
sanctisanimasinpurgatorio.blogspot.com/2012/12/a-visao-de-santa-teresa-de-jesus-do.html+&cd=14&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&client=firefox-b-ab
Visão
de Santa Faustina
"Hoje,
conduzida por um Anjo, fui levada às profundezas do Inferno. É um
lugar de grande castigo, e como é grande sua extensão. Tipos de
tormentos que vi:
O
primeiro tormento que constitui o Inferno é a perda de Deus;
O
segundo, o contínuo remorso de consciência;
O
terceiro, o de que esse destino já não mudará nunca;
O
quarto tormento, é o fogo, que atravessa a alma, mas não a destrói;
é um tormento terrível, é um fogo puramente espiritual aceso pela
ira de Deus;
O
quinto é a contínua escuridão, um horrível cheiro sufocante e,
embora haja escuridão, os demônios e as almas condenadas veem-se
mutuamente e veem todo o mal dos outros e o seu;
O
sexto é a contínua companhia do demônio;
O
sétimo tormento, o terrível desespero, ódio a Deus, maldições,
blasfêmias. São tormentos que todos os condenados sofrem juntos,
mas não é o fim dos tormentos.
Existem
tormentos especiais para as almas, os tormentos dos sentidos. Cada
alma é atormentada com o que pecou, ...de maneira horrível e
indescritível. Existem terríveis prisões subterrâneas, abismos de
castigo, onde um tormento se distingue do outro. Eu teria morrido
vendo esses terríveis tormentos, se não me sustentasse a
onipotência de Deus. Que o pecador saiba que será atormentado com o
sentido com que pecou, por toda eternidade. Estou escrevendo isso por
ordem de Deus, para que nenhuma alma se escuse dizendo que não há
Inferno, ou que ninguém esteve lá e não sabe como é.
Eu
Irmã Faustina por ordem de Deus, estive nos abismos do Inferno para
falar às almas e testemunhar que o Inferno existe. Sobre isso não
posso falar agora, tenho ordem de Deus para deixar isso por escrito.
Os demônios tinham grande ódio contra mim, mas, por ordem de Deus,
tinham que me obedecer. O que eu escrevi dá apenas a pálida imagem
das coisas que vi. Percebi, no entanto, uma coisa: o maior número
das almas que lá estão, é justamente daqueles que não acreditavam
que o Inferno existisse. Quando voltei a mim, não podia me refazer
do terror de ver como as almas sofrem terrivelmente ali e, por isso,
rezo com mais fervor ainda pela conversão dos pecadores;
incessantemente, peço a misericórdia de Deus para eles. "Ó
meu Jesus, prefiro agonizar até o fim do mundo nos maiores suplícios
a ter que Vos ofender com o menor pecado que seja."
Diário
de Santa Faustina. N° 741
apostoladocatolicovirtual.blogspot.com/2012/10/visao-do-inferno-diario-de-santa.html+&cd=16&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&client=firefox-b-ab
Visão
de Santa Francisca Romana
Na
vida dessa mística italiana, as visões ocupam um lugar saliente. A
propósito do que a Santa viu sobre o inferno, o célebre escritor
católico francês Ernest Hello apresenta um apanhado sucinto e
sugestivo em sua obra “Physionomie des Saints”, o qual exporemos
abaixo.
Inúmeros
suplícios, tão variados quanto os crimes, foram mostrados à Santa
em detalhes. Por exemplo, viu ela o ouro e a prata serem derretidos e
derramados na boca dos avarentos. A hierarquia dos demônios, suas
funções, seus tormentos, os diversos crimes aos quais presidem,
foram-lhe apresentados. Viu Lúcifer, chefe e general dos orgulhosos,
rei de todos os demônios e preceitos, rei muito mais infeliz do que
os próprios súditos.
O
inferno é dividido em três partes: o superior, o do meio e o
inferior. Lúcifer encontra-se no fundo do inferno inferior. A
Lúcifer, chefe universal, subordinam-se três outros demônios, os
quais exercem império sobre os demais:
1)
Asmodeu, que preside os pecados da carne, e era antes da queda um
Querubim;
2)
Mamon, que preside os pecados da avareza, era um Trono. O dinheiro
fornece, ele sozinho, uma das três grandes categorias.
3)
Belzebu preside aos pecados de idolatria. Tudo que tem algo a ver com
magia, espiritismo, é inspirado por Belzebu. Ele é, de um modo
especial, o príncipe das trevas, e mediante as trevas ele é
atormentado e atormenta suas vítimas.
Uma
parte dos demônios permanece no inferno, a outra no ar, e uma
terceira atua entre os homens, procurando desviá-los do certo
caminho. Os que ficam no inferno dão ordens e enviam seus
embaixadores; os que residem no ar agem fisicamente sobre as mudanças
atmosféricas e telúricas, lançando por toda parte suas más
influências, empestando o ar, física e moralmente. Seu objetivo é
debilitar a alma.
Quando
os demônios encarregados da Terra veem uma alma enfraquecida pelos
demônios do ar, eles a atacam no seu ponto fraco, para vencê-la
mais facilmente. É o momento em que a alma não confia na
Providência. Essa falta de confiança, inspirada pelos demônios do
ar, prepara a alma para a queda solicitada pelos demônios da Terra.
Assim,
enfraquecidos pela desconfiança, os demônios inspiram na alma o
orgulho, em que ela cai tanto mais facilmente quanto mais fraca está.
Quando o orgulho aumentou sua fraqueza, vêm os demônios da carne
que atacam seu espírito. Quando os demônios da carne aumentam mais
ainda a fraqueza da alma, vêm os demônios que insuflam os crimes do
dinheiro. E quando estes diminuíram ainda mais os recursos de sua
resistência, chegam os demônios da idolatria, os quais completam e
concluem o que os outros começaram.
Todos
se articulam para o mal, sendo esta a lei da queda: todo pecado
cometido, e do qual a alma não se arrependeu, prepara-a para outro
pecado. Assim, a idolatria, a magia, o espiritismo esperam no fundo
do abismo aqueles que foram escorregando de precipício em
precipício.
Todas
as coisas da hierarquia celeste são parodiadas (imitadas) na
hierarquia infernal. Nenhum demônio pode tentar uma alma sem a
permissão de Lúcifer.
Os
demônios que estão no inferno sofrem a pena do fogo. Os que estão
no ar ou na terra não sofrem atualmente tais penas, mas padecem
outros suplícios terríveis, e particularmente a visão do bem que
praticam os santos. O homem que faz o bem inflige aos demônios um
tormento indescritível. Quando Santa Francisca era tentada, sabia,
pela natureza e violência da tentação, de que altura tinha caído
o anjo tentador e a que hierarquia pertencera.
Quando
uma alma cai no inferno, seu demônio tentador é felicitado pelos
demais. Mas quando a alma se salva, o demônio tentador recebe
insulto dos outros, que o levam para Lúcifer e este lhe inflige um
castigo a mais, além das torturas que já padece. Este demônio
entra às vezes no corpo de animais ou homens. Ele finge ser a alma
de um morto.
Quando
um demônio consegue perder certa alma, após a condenação desta
transforma-se em tentador de outro homem, mas torna-se mais hábil do
que foi a primeira vez. Aproveita-se da experiência que a vitória
lhe deu, tornando-se mais forte para perder o homem.
Santa
Francisca observava um demônio em cima de alguém que estivesse em
estado de pecado mortal. Confessado o pecado, via ela o mesmo demônio
ao lado da pessoa. Após uma excelente confissão, o anjo mau ficava
enfraquecido e a tentação não tinha mais o mesmo grau de energia.
Ao
ser pronunciado santamente o nome de Jesus, Santa Francisca via os
demônios do ar, da terra e do inferno inclinarem-se com sofrimentos
espantosos, tanto maiores quanto mais santamente o nome de Jesus fora
pronunciado.
Se
o nome de Deus é pronunciado em meio a blasfêmias, os demônios
ainda assim são obrigados a se inclinar, mas um certo prazer é
misturado à dor causada pela homenagem que são obrigados a render.
Se
o nome de Deus é blasfemado por um homem, os anjos do céu
inclinam-se também, testemunhando um respeito imenso. Assim, os
lábios humanos, que se movem tão facilmente e pronunciam tão
levianamente o nome terrível, produzem em todos os mundos efeitos
extraordinários e ecos, dos quais o homem não é capaz de
compreender nem a intensidade nem a grandeza.
http://www.derradeirasgracas.com/3.%20V%C3%A1rios%20Assuntos/O%20inferno%20visto%20e%20descrito%20por%20Santa%20Francisca%20Romana.htm
São João Bosco e o sonho com o Inferno
Um
anjo do Senhor foi enviado para ajudá-lo nesta horrível experiência
em que ele conta:
"De
repente, sem saber como, aparece diante de mim uma estrada. Rompi
então o silêncio, perguntando a meu guia:
-
Aonde vamos agora? - Por aqui - respondeu-me.
E
nos encaminhamos por aquela estrada. Era bonita, larga, espaçosa e
bem pavimentada.
[O
caminho dos pecadores é muito bem pavimentado, mas no final dele
estão o inferno, as trevas e os castigos.( Eclo 21,1l)]
O
caminho baixava sempre. Continuávamos nosso trajeto por entre flores
e rosas, quando, pelo mesmo caminho, vi os meninos do Oratório,
juntamente com muitíssimos outros companheiros que eu jamais vira
antes, caminhando atrás de mim. E encontrei-me no meio deles.
Enquanto os observava, de repente vejo que ora um, ora outro, caíam,
e em seguida eram arrastados por uma força invisível rumo a uma
horrível encosta que se entrevia à distância, a qual depois vi que
ia dar numa fornalha. Perguntei a meu companheiro:
-
Que é que faz cair esses jovens?
[Estenderam
cordas à maneira de rede; junto do caminho puseram tropeços. (
salmo 139)]
Aproxima-te
um pouco mais - respondeu. Aproximei-me e vi que os meninos passavam
entre muitos laços, alguns postos à altura do chão, outros à
altura da cabeça; estes últimos não se viam. Dessa forma, muitos
jovens, enquanto caminhavam sem dar-se conta do perigo, eram colhidos
pelos laços; no momento de ser colhidos davam um salto, depois caíam
no solo com as pernas para o ar e, levantando-se, se punham em
desabalada corrida para o abismo. Um era agarrado pela cabeça, outro
pelo pescoço, outro pelas mãos, por um braço, por uma perna, pela
cintura, e imediatamente eram arrastados.
-
Os laços estendidos pela terra, que mal se podiam ver, eram
parecidos com estopa. Lembravam uns fios de aranha, e não pareciam
muito nocivos. Sem embargo, vi que também os jovens colhidos por
tais laços caíam quase todos por terra.
Eu
estava espantado. E o guia me disse:
-
Sabes o que é isso?
-
Um pouco de estopa, não mais do que isso - respondi.- Menos ainda do
que isso; é quase nada - acrescentou. É apenas o respeito humano.
Vendo,
entretanto, que muitos continuavam a se enredar nesses laços,
perguntei:
-
Mas como é que tantos ficam atados por meio desses fios? Quem é que
os arrasta desse modo?
-
Aproxima-te mais, olha e verás. Olhei um pouco e disse: - Não estou
vendo nada. - Olha um pouco melhor - repetiu.
Segurei
então um dos laços, puxei-o para mim e notei que sua ponta não
aparecia; puxei um pouco mais, mas não conseguia ver onde terminava
aquele fio; pelo contrário, notei que também a mim ele me
arrastava. Segui então o fio e cheguei à boca de uma espantosa
caverna. Parei, porque não queria entrar naquela voragem; puxei para
mim o fio e percebi que ele cedia um pouquinho. Mas era necessário
fazer muita força. Depois de muito puxar, pouco a pouco foi saindo
da caverna um feio e grande monstro que causava repugnância e
segurava fortemente um cabo ao qual estavam atados todos os laços.
Era ele que, mal caía alguém na rede, imediatamente o puxava para
si.
-
É inútil - pensei comigo - competir em força com este monstro
medonho, porque não sou capaz de vencê-lo; o melhor é combatê-lo
com o sinal da Santa Cruz e com jaculatórias.
Voltei,
pois, para junto do meu guia, e ele me disse:
-
Já sabes agora o que é?
-
Sim! Já sei, é o demônio que estende esses laços para fazer meus
jovens caírem no Inferno.
Observei
então com atenção os muitos laços e vi que cada um deles levava
escrito seu próprio título: laço da soberba, da desobediência, da
inveja, da impureza, do roubo, da gula, da preguiça, da ira etc.
Feito
isso, coloquei-me um pouco atrás para observar quais daqueles laços
colhiam maior número de jovens. Eram os da impureza, da
desobediência e do orgulho. A este último estavam atados os outros
dois. Além desses vi muitos outros laços que faziam grande estrago,
mas não tanto como os primeiros. Sem parar de observar, vi que
muitos jovens corriam mais precipitadamente que outros, e perguntei:
- Por quê essa velocidade?
-
Porque - foi-me respondido - são arrastados pelos laços do respeito
humano.
Olhando
ainda mais atentamente, vi que por entre os laços havia muitas facas
espalhadas, ali colocadas por mão providencial, e serviam para
cortá-los e rompê-los. A faca maior era contra o laço do orgulho,
e representava a meditação. Outra faca também grande, mas um pouco
menor, significava a leitura espiritual bem feita. Havia também duas
espadas. Uma delas indicava a devoção ao Santíssimo Sacramento,
especialmente com a Comunhão frequente; a outra, a devoção a Nossa
Senhora. Havia também um martelo: a confissão.
Havia
outras facas, símbolos das várias devoções: a São José, a São
Luís de Gonzaga etc. etc. Com essas armas não poucos rompiam os
laços quando eram presos, ou se defendiam para não serem atados.
Vi, com efeito, jovens que passavam entre os laços sem nunca serem
colhidos: ou passavam antes que o laço caísse, ou sabiam
esquivar-se e o laço escorregava sobre seus ombros, sobre as costas,
de um lado ou de outro, sem contudo poder aprisioná-los.
Quando
o guia se deu conta de que eu havia observado tudo, fez-me continuar
o caminho bordado de rosas que, à medida que avançávamos, iam-se
tornando mais raras, ao passo que começavam a se fazer notar enormes
espinhos.
Chegamos
a um ponto em que, por mais que olhasse, já não encontrava rosa
alguma, e no final as sebes se haviam tornado só de espinhos,
desfolhadas e secas pelo sol. Das moitas dispersas e ressecadas
partiam galhos que serpenteavam pelo solo e impediam o caminho,
semeando-o com espinhos de tal maneira que só com grande dificuldade
se podia andar.
Havíamos
chegado a uma baixada cujas ribanceiras ocultavam as demais regiões
vizinhas; o caminho, sempre em declive, se tornava cada vez mais
horrível, sem pavimentação, cheio de buracos, degraus, pedras e
rochas arredondadas.
O
caminho se tornava cada vez mais espantoso e intransitável, de modo
que mal podia manter-me em pé.
Eis
que no fundo desse precipício, que terminava num vale sombrio,
apareceu um imenso edifício que exibia, diante de nosso caminho, uma
porta altíssima, fechada. Chegamos ao fundo do precipício. Um calor
sufocante me oprimia e uma densa fumaça esverdeada se elevava em
torno das muralhas, marcadas por chamas cor de sangue. Levantei os
olhos para ver a altura dos muros; eram mais altos que uma montanha.
Perguntei ao guia: - Onde é que nos encontramos? Que é isso?
-
Lê naquela porta - respondeu -; pela inscrição saberás onde
estamos.
Olhei
e vi escrito na porta: [onde não há redenção]. Dei-me conta de
que estávamos na porta do Inferno.
O
guia me levou a fazer o contorno das muralhas daquela horrível
cidade. De espaço a espaço, a distância regular, via-se uma porta
de bronze como a primeira, também no ponto final de uma espantosa
vertente, e todas tinham uma inscrição latina distinta das
anteriores.
[Afastai-vos,
malditos, ide para o fogo eterno que está preparado para o diabo e
seus anjos... Toda árvore que não der bom fruto será cortada e
lançada ao fogo].
Apanhei
um lápis para copiar as inscrições; mas o guia me disse:
-
Que estás fazendo?
-
Tomo nota destas inscrições.
-
Não é preciso; tu as tens todas na Escritura.
Algumas
delas até as mandaste colocar nas portas [de teu Oratório]."
http://mentiras-evanglicas-e-outras.blogspot.com.br/2012/07/do-bosco-visao-do-inferno.html
Outro
sonho de Dom Bosco com o Inferno:
Visão
dos Três Pastorinhos
Os
três pastorinhos de Fátima, Santa Jacinta Marto, São Francisco
Marto e Ir. Lúcia de Jesus, são destinatários de uma das
revelações privadas mais importantes do século XX, ocorrida em
Fátima (Portugal). Em 1917, ela era uma das três crianças que
afirmou ter tido numerosas visões de Nossa Senhora. Ela declarou que
Maria lhes mostrou uma visão do inferno que ela descreveu em suas
“Memórias”.
“Nossa
Senhora mostrou-nos um grande mar de fogo que parecia estar debaixo
da terra. Mergulhados nesse fogo, os demônios e as almas, como se
fossem brasas transparentes e negras ou bronzeadas, com forma humana,
que flutuavam no incêndio, levadas pelas chamas que delas mesmas
saíam juntamente a nuvens de fumo, caindo para todos os lados,
semelhante ao cair das faúlhas nos grandes incêndios, sem peso nem
equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero, que
horrorizava e fazia estremecer de pavor.”
“Os
demônios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de
animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Esta
vista foi um momento, graças à nossa boa Mãe do céu, que antes
nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o céu (na
primeira aparição)! Se assim não fosse, creio que teríamos
morrido de susto e pavor.”
blog.comshalom.org/carmadelio/37538-tres-visoes-absolutamente-terriveis-inferno-dadas-deus-santos-igreja+&cd=5&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&client=firefox-b-ab
Diz-se que essa foto foi tirada após os Pastorinhos terem visto o Inferno, mostrado por Nossa Senhora. |
Se
os homens vissem o inferno
Pode-se
perguntar como, sendo ainda tão criança, Jacinta chegou a
compreender e a adquirir um tal espírito de mortificação e
penitência. Para a Irmã Lúcia, isto se deve a "uma graça
especial que Deus, por meio do Imaculado Coração de Maria, concedeu
à pequena pastora".
Mas
esse dom divino não veio sozinho. Para essa compreensão ajudou
também poderosamente a visão do Inferno e a desgraça dos que ali
caem, o que "horrorizou Jacinta a tal ponto, que todas as
penitências e mortificações lhe pareciam nada, para conseguir
livrar de lá algumas almas."
Com
acerto observa a Irmã Lúcia que determinadas pessoas, "mesmo
piedosas, não querem falar do Inferno às crianças, para não as
assustar. Mas Deus não hesitou em mostrá-lo a três, e uma de 7
anos apenas, a qual Ele sabia que havia de se horrorizar a ponto de
lhe causar definhamento".
Essa
atitude de Nosso Senhor e de sua Mãe bondosíssima, mostrando aos
pastorinhos a visão daquele lugar de tormento, bem mostra como a
meditação sobre os castigos eternos é adequada para os homens e
mulheres de nossa época, sejam crianças, jovens ou adultos.
Constitui ocasião de preciosas graças, não só de conversão, mas
também de perseverança e afervoramento na vida espiritual.
Hoje,
muito mais do que em 1917, as pessoas se entregam ao pecado e a toda
espécie de más ações, sem se incomodarem com as consequências,
não apenas para esta vida, mas, sobretudo, para a outra, correndo o
risco de condenação eterna.
Jacinta,
compreendendo tudo isto muito bem, nunca mais deixou de pensar na
desgraça irremediável das almas condenadas ao Inferno. Mais do que
tudo, causava-lhe angústia a ideia de um castigo sem fim. Às vezes,
sentada numa pedra, punha-se a pensar, e dali a pouco perguntava a
Lúcia:
-
Aquela Senhora disse que muitas almas vão para o Inferno! E nunca
mais vão sair de lá?
-
Não!
-
E mesmo depois de muitos, muitos anos?
-
Não! O Inferno não acaba nunca!
-
Mas, olha: então, depois de muitos e muitos anos, o Inferno ainda
não acaba? E aquela gente que está ardendo lá não morre? E não
vira cinza?! E, se a gente rezar muito pelo pecadores, Nosso Senhor
os livra de lá?! E com os sacrifícios também? Coitadinhos! Temos
de rezar e fazer muitos sacrifícios por eles!
Depois,
lembrando-se das misericordiosas palavras de Maria, acrescentava:
-
Que boa é aquela Senhora! Já nos prometeu levar para o Céu!
Outras
vezes, meditando nos sofrimentos reservados aos pecadores que morrem
sem arrependimento, Jacinta estremecia de pena, ajoelhava-se e, de
mãos postas, recitava a oração que Nossa Senhora lhes tinha
ensinado:
-
Ó meu Jesus! Perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno, levai as
alminhas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem.
E
permanecia assim, muito tempo, de joelhos, repetindo a mesma oração.
De vez em quando, chamava pela prima ou pelo irmão, como que
acordando de um sonho:
-
Francisco! Francisco! Vocês estão rezando comigo? É preciso rezar
muito para livrar as almas do Inferno! Para lá vão tantas, tantas!
Por
esse motivo, também a impressionava muito o que Nossa Senhora
anunciara a respeito da Segunda Guerra Mundial. Jacinta parecia
compreender com muita clareza todas as desgraças que essa guerra
traria para a humanidade e, sobretudo, para as almas dos pecadores.
Quando Lúcia, vendo-a pensativa, procurava saber com que se
preocupava, por vezes respondia:
-
Nessa guerra que virá. Nas muitas pessoas que vão morrer e ir para
o Inferno! Que pena! Se deixassem de ofender a Deus, nem viria a
guerra, nem iriam para o Inferno!
Em
outras ocasiões perguntava-se:
-
Por que Nossa Senhora não mostra o Inferno aos pecadores?! Se eles o
vissem, não mais pecariam, para não irem para lá!
Essa
preocupação com as almas dos pobres pecadores tornava-se ainda mais
viva quando a cristalina virtude de Jacinta chocava-se com alguma má
ação ou dito ofensivo a Nosso Senhor. Então encobria a face com as
mãos, e dizia:
-
Ó meu Deus! Esta gente não sabe que, por dizer estas coisas, pode
ir para o Inferno?! Perdoai-lhes, meu Jesus, e convertei-os. Com
certeza não sabem que com isso ofendem a Deus! Que pena, meu Jesus!
Eu rezo por eles. - E logo repetia: - Ó meu Jesus, perdoai-nos...
etc.
Ó MEU JESUS,
PERDOAI-NOS E LIVRAI-NOS DO FOGO DO INFERNO,
LEVAI AS ALMAS TODAS PARA O CÉU,
E SOCORREI PRINCIPALMENTE AQUELAS QUE MAIS PRECISAREM.
QUE A VIRGEM MARIA NOS LIVRE
DESSE FIM DESGRAÇADO
E NOS CONCEDA
A PERSEVERANÇA FINAL!
DESSE FIM DESGRAÇADO
E NOS CONCEDA
A PERSEVERANÇA FINAL!
“Ó
Imaculado Coração de Maria,
que sois sem mancha,
fazei-me sem mancha,
como sois Vós mesmo”,
amém.
que sois sem mancha,
fazei-me sem mancha,
como sois Vós mesmo”,
amém.
Dicas de leitura sobre o tema:
Sagradas Escrituras;
Catecismo da Igreja Católica (CVII);
Catecismo de São Pio X;
Encíclica Spe Salvi, Papa Bento XVI;
O Inferno existe: provas e exemplos, Venerável Pe. André Beltrami (Salesiano);
O Inferno, Monsenhor de Ségur.
Links com outras visões e revelações:
O Inferno revelado a Santa Catarina de Sena
Visão de Santa Josefa Menendez
Revelação do Inferno por Santo Anselmo
Os tormentos do Inferno, por Santo Antônio Maria Claret
Links com outras visões e revelações:
O Inferno revelado a Santa Catarina de Sena
Visão de Santa Josefa Menendez
Revelação do Inferno por Santo Anselmo
Os tormentos do Inferno, por Santo Antônio Maria Claret
Imagens do Google.
5 comentários:
Esse artigo é simplesmente fantástico! Conteúdo coerente e aprofundado. Deus abençoe o autor desse artigo! Rezarei por você hoje.
Se não é Deus que manda as almas para o inferno, então para que o teria criado? Qual é o sentido de um Deus infinitamente bom e justo criar um local para que um número incontável fique lá, eternamente, padecendo tormento? Acaso ele os escuta e fica indiferente e/ou fica orgulhoso de vencer o mal mais uma vez? Não me parece o Deus pregado por Jesus. Não passa mais do que um Deus criado para as conveniências de um certo grupo de pessoas.
Marcus, leia a Bíblia que você conhecerá a verdade. Contudo, não duvide que Deus é somente misericordioso. Ele é justiça também.
QUE DEUS O ABENÇOE, UM DIA DEUS VAI PEDIR CONTA DA VIDA DE CADA UM DE NÓS. EM NOME DO PAI DO FILHO E DO ESPIRITO SANTO. AMÉM.
Ó ESPÍRITO SANTO PELO VOSSO ARDENTISSIMO AMOR POR MARIA SANTISSIMA E SÃO JOSÉ DESCEI SOBRE MINHA ALMA E O MUNDO INTEIRO, AMÉM. SANTO ANJO DO SENHOR MEU ZELOZO GUARDADOR DAÍ ME A GRAÇA DA PERSEVERANÇA FINAL, AMÉM.
SE A VIRGEM MARIA NÃO DESSE SEU SIM A DEUS NA ANUNCIAÇÃO NÃO TERIAMOS JESUS CRISTO, EIS A SERVA DO SENHOR, FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA» [LC 1, 38]
JESUS ERA O ÚNICO MEDIADOR, MAS ANTES DA CRUCIFICAÇÃO, POR QUE AS PESSOAS PODIAM IR A ELE DIRETAMENTE. NOSSO SENHOR JESUS CRISTO MESMO QUE ENTREGOU MARIA SUA MÃE COMO MÃE, CORREDENTORA E INTERCESSORA DO HOMEM E ELE JESUS, JOÃO CAPITULO 19, VERSÍCULOS 26 - 27. JESUS NÃO SÓ RECOMENDA A JOÃO QUE CUIDE DE MARIA COM PARTICULAR AMOR, MAS CONFIA-LHE PARA QUE A RECONHEÇA COMO A PRÓPRIA MÃE. 1. DEPOIS DE TER CONFIADO JOÃO A MARIA COM AS PALAVRAS: ´MULHER, EIS AÍ O TEU FILHO! ´, JESUS, DO ALTO DA CRUZ, DIRIGE ‘SE AO DISCÍPULO PREDILETO, DIZENDO-HE: ´EIS AÍ A TUA MÃE! ´ (JO. 19, 26´27). COM ESTA EXPRESSÃO, ELE REVELA A MARIA O VÉRTICE DA SUA MATERNIDADE: ENQUANTO MÃE DO SALVADOR, ELA É A MÃE TAMBÉM DOS REMIDOS, DE TODOS OS MEMBROS DO CORPO MÍSTICO DO FILHO.
É CHEIA DE GRAÇA (LC 1,28), É A SERVA DO SENHOR (LC 1,38), É BENDITA ENTRE TODAS AS MULHERES (LC 1,42), ISSO QUER DIZER MAIS SANTA DE TODAS AS MULHERES OU MAIS ABENÇOADA DE TODAS AS MULHERES, POR TANTO MARIA MÃE DE JESUS CRISTO, PODE E TEM QUE SER CHAMADA DE SANTÍSSIMA. É A MÃE DO SENHOR (LC, 1,43), É BEM AVENTURADA POR TODAS AS GERAÇÕES (LC 1,48), É A MÃE DE DEUS (JO 2,2), MARIA É UMA RAINHA (AP 12,12).
PESSOAL É URGENTE MUITOS JÁ MORRERAM POR CAUSA DO MUITO RESPIRAR CO2 QUE CAUSA ATAQUE CARDÍACO, O CORONA VIRUS OU QUALQUER OUTRO TIPO DE GRIPE NÃO É CONTAGIOSO, AS CAUSAS DOS SINTOMAS SÃO, O EXCESSO DO USO DE MASCARA POR CAUSA DO CO2, NÓS RESPIRAMOS OXIGENIO MISTURADO COM VARIOS OUTROS GASES, MAS COM CERTEZA AUMENTA MUITO O CO2 NA RESPIRAÇÃO QUANDO USA MASCARÁ TAMPANDO O NARIZ, O CO2 É O OXIGENIO QUEIMADO, O CORPO HUMANO É QUASE IGUAL AO AUTOMOVEL, QUANDO O MOTOR FUNCIONA QUEIMA O COMBUSTIVEL NA EXPLOSÃO, LIBERANDO NO ESCAPE A FUMAÇA QUE É MAIS TOXICO, OU CO2 QUE É MAIS TRANSPARENTE, FALTA DE VITAMINA C NO CORPO, EXCESSO DE POEIRA NA RESPIRAÇÃO, E CONSUMO DE LIQUIDO MUITO GELADO EM DIA MUITO FRIO.
SANTÍSSIMO CD DE ORAÇÃO COMBATENDO COM SÃO MIGUEL ARCANJO 1 SÃO MIGUEL ARCANJO É CITADO EM APOCALIPSE CAPÍTULO 12 NO COMEÇO E NO FINAL FAZER O SINAL DA CRUZ EM NOME DO PAI DO FILHO E DO ESPIRITO SANTO AMEM.
https://www.facebook.com/100009098867064/videos/vb.100009098867064/2337619576551315/?type=2&video_source=user_video_tab
SANTÍSSIMO TERÇO DO ESPIRITO SANTO
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=2641857742794162&id=100009098867064
O SANTO ROSÁRIO É A BÍBLIA TODA RESUMIDO EM ORAÇÃO E FOI A MÃE SANTÍSSIMA DE JESUS CRISTO QUE PEDIU PARA SER REZADO TODOS OS DIAS PELA PRIMEIRA VEZ NA FRANÇA NAS APARIÇÕES PARA SÃO DOMINGOS DE GUSMÃO NO ANO DE 1515.
SACRATÍSSIMO ROSÁRIO MEDITADO REZAR TODOS OS DIAS.
https://www.facebook.com/100009098867064/videos/vb.100009098867064/2495872807392657/?type=2&video_source=user_video_tab
QUALQUER UM DE NÓS PODE CONDENAR - SE POR TODA A ETERNIDADE O INFERNO EXISTE. E SE NÃO ACREDITA PEÇA POR INTERSEÇÃO DO SEU ANJO DA GUARDA FAÇA O SINAL DA CRUZ, EM NOME DO PAI DO FILHO E DO ESPIRITO SANTO, E REZE UM PAI NOSSO E UMA AVE MARIA E ACENDA UMA VELA QUE PODE SER REVELADO EM SONHO A VERDADE.
EU MESMO JÁ ESTIVE LÁ ATRAVÉS DO MEU ANJO DA GUARDA...
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=2685552568424679&id=100009098867064
Marcus, compreenda: são as almas que escolhem pelo inferno. Pense em uma alma que blasfemou contra o Espírito Santo a vida inteira, não é justo que seja esse o seu destino? Pois me parece que o teria escolhido livremente.
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