Antônio Molle
Lazo nasceu em Arcos de la Frontera (Cádiz), em 02 de abril de 1915, em uma
família de tradição cristã. Estudou no Colégio do Bom Pastor dos Irmãos de La
Salle de Jerez de la Frontera. Trabalhou primeiro como aprendiz na estação
ferroviária de Jerez, caixeiro em um armazém em seguida e, finalmente, como caixa
de bilheteria em um cinema junto com seu pai.
Jovem
devotadamente católico, em 1931 se afiliou às Juventudes Tradicionalistas.
Ativo propagandista, em maio de 1936 foi detido e passou mês e meio no cárcere.
Ao ser
deflagrada a Guerra Civil, se apresentou imediatamente como voluntário junto
com seus irmãos ao comandante Arizón, cabeça da sublevação militar em Jerez.
Incorporado à Terceira Companhia de Nossa Senhora das Mercês, foi destinado,
com outros quinze companheiros e outros quinze guardas civis a Peñaflor.
Em 10 de agosto,
os pelotões decidiram celebrar um funeral pelo general Sanjurjo e as vítimas do
10 de agosto de 1932 no convento das Irmãzinhas da Cruz, porém, foram
surpreendidos pelo ataque rápido de um dois mil milicianos republicanos
(comunistas), que tentavam conquistar o município.
Durante o
pequeno combate que se desenrolou no povoado e quando seus companheiros foram caíram,
Molle foi aprisionado ao ficar para trás, na tentativa de ajudar a uma senhora.
Desarmado, morreu nas mãos dos milicianos, “brutalmente linchado e selvagemente
mutilado”. Antes de começarem o
linchamento, exclamou: “me matareis,
porém, Cristo triunfará”! Exalou o último suspiro bradando: “Viva Cristo Rei”!
As circunstâncias
nas quais teve lugar sua morte e a violência empregada por seus captores,
juntamente com a inteireza com que proclamou sua fé nos últimos instantes,
fizeram com que, imediatamente depois de acabada a guerra, se lhe dedicassem
duas biografias: “Antonio Molle Lazo: mártir de Deus e da Espanha”, escrita
pelo redentorista Ramón Sarabia (Editorial El Perpetuo Socorro, 1940), e “Um
mártir de Cristo Rei: Antonio Molle Lazo”, obra do carmelita Hilarión Sánchez
Carracedo (1940).
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Translado dos restos mortais do glorioso mártir para Jerez. |
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