Encontre o (a) Santo (a), Beato (a), Venerável ou Servo (a) de Deus
sábado, 16 de dezembro de 2023
A Bem-aventurada Família Ulma, mártires da fé e caridade.
domingo, 29 de outubro de 2023
SANTO ELESBÃO, Rei da Etiópia e Anacoreta.
O Santo que agora trazemos à memória já foi muito venerado antes do Concílio Vaticano II, especialmente pelos descendentes dos negros vindos da África e escravizados no Brasil. É muito comum, em igrejas dedicadas a Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, especialmente presentes em cidades mineiras e paulistas, encontrarmos suas imagens, bem como as de outros santos e santas de raça negra, como: Santa Ifigênia, São Benedito, Santo Antônio de Categeró e, agora, mais recentemente canonizada, Santa Josefina Bakhita, de origem sudanesa. Conheçamos um pouco quem foi Santo Elesbão, rei da Etiópia, que por amor a Cristo, renunciou a tudo que tinha para ganhar o Tudo, isto é: Deus.
Memória em 27 de outubro.
No século VI, a
nação etíope, situada a oeste do Mar Vermelho, era um vasto reino que incluía
outros povos além dos etíopes. O soberano era Elesbão, rei católico,
contemporâneo do imperador romano Justiniano, muito estimado por todos os
súditos e seu reino era uma fonte de propagação da fé cristã.
O reino vizinho,
formado pelos hameritas, era chefiado por Dunaan, que renegara a fé
convertendo-se ao judaísmo. Na ocasião, mandou matar todos os integrantes do
clero e transformou as igrejas em sinagogas, tornando-se temido e famoso por
seu ódio declarado aos cristãos.
Por isso, muitos
deles, até o arcebispo Tonfar, buscaram abrigo e proteção nas terras do rei
Elesbão, pois até a própria esposa de Dunaan, chamada Duna, foi morta por ele,
juntamente com as filhas, por ser cristã. Os registros indicam que houve um
verdadeiro massacre, no qual morreram cerca de quatro mil cristãos.
Elesbão decidiu
reagir àquela verdadeira matança imposta aos irmãos católicos e declarou guerra
a Dunaan. Liderando seu povo na fé e na luta, ganhou a guerra e a vizinhança
passou a ser governada pelo rei Ariato, um cristão fervoroso.
Mas, ele teve de
vencer outra batalha ainda maior além dessa travada contra o inimigo: aquela
contra si mesmo. Depois de um curto período de muita oração e penitência,
aceitou o chamado de Deus. Abdicou do trono em favor do filho, seu sucessor
natural, e dividiu seus tesouros entre os súditos pobres. Assim, Elesbão partiu
para Jerusalém, onde depositou sua coroa real na igreja do Santo Sepulcro, e
retirou-se para o deserto, vivendo como anacoreta até morrer em 555.
No Brasil, a
partir dos escravos, foi muito difundida a devoção a santo Elesbão, o rei negro
da Etiópia. Sua memória é celebrada em todo o mundo cristão, do Ocidente e do
Oriente, no dia 27 de outubro, considerado o dia de sua morte.
Santo Elesbão,
rogai por nós!
quinta-feira, 26 de outubro de 2023
Venerável Serva de Deus Lúcia Mangano, virgem e mística - Invocações ao Coração Imaculado de Maria
INVOCAÇÕES AO CORAÇÃO IMACULADO DE MARIA
(Da Venerável Lúcia Mangano)
“Por tua Imaculada Conceição - Salvai-nos, minha Mãe.
Por tua natividade - Salvai-nos, minha Mãe.
Por Teu Coração Imaculado - Salvai-nos, minha Mãe.
Pela beleza dos teus olhos que refletem a luz de Deus - Salvai-nos, minha Mãe.
Pela Encarnação do Verbo no teu seio virginal - Salvai-nos, minha Mãe.
Pelos atos de amor e de adoração que Lhe prodigalizaste - Salvai-nos, minha Mãe.
Por teus puríssimos lábios que beijaram o Verbo feito carne - Salvai-nos, minha Mãe
Por tua divina Maternidade - Salvai-nos, minha Mãe.
Pelo leite que deste ao teu divino Filho - Salvai-nos, minha Mãe.
Por tua intemerata Virgindade - Salvai-nos, minha Mãe.
Pela agonia da tua alma na Paixão de Jesus - Salvai-nos, minha Mãe.
Por seu Sangue Preciosíssimo - Salvai-nos, minha Mãe.Por sua Cruz - Salvai-nos, minha Mãe.
Por suas Sacratíssimas Chagas - Salvai-nos, minha Mãe.
Pelas lágrimas que derramaste aos pés da Cruz - Salvai-nos, minha Mãe.
Pela angústia que experimentaste ao assistir Jesus agonizante - Salvai-nos, minha Mãe.
Pelo martírio do teu Coração na sua sepultura - Salvai-nos, minha Mãe.
Pela alegria da sua Ressurreição - Salvai-nos, minha Mãe.
Por Jesus na Santíssima Eucaristia - Salvai-nos, minha Mãe.
Por tua assunção ao Céu - Salvai-nos, minha Mãe.
Ó Maria, de nós pobres criaturas Mãe terníssima, tu que és a Rainha do Céu e da terra e Medianeira poderosa junto ao teu divino Filho, intercedei por nós. Assim seja.
SÃO PAULO TONG VIET BUONG, LEIGO É MÁRTIR NO VIETNÃ.
domingo, 10 de setembro de 2023
Beato Mario Borzaga, Presbítero da Congregação dos Oblatos de Maria Imaculada, Místico da Cruz e Mártir.
Em 27 de agosto de 1932, nascia o referido Beato.
Desde o período formativo, compreende um íntimo chamado ao martírio. Assim escreve:
“19 de fevereiro de 1957 – Na Via Sacra, fervoroso com meu crucifixo entre as mãos, considerei como Jesus escolheu a mim também para ser um continuador da sua Via Sacra: portador da cruz, sacerdote. Às vezes, sou tomado pela tristeza pensando como terei de sofrer, desde o momento que Jesus para isso me escolheu, mas, então, penso que não se trata de discutir uma possibilidade do amanhã, mas de estabelecer sólido um princípio: 'A vida inteira de Cristo foi cruz e martírio. Eu sou um outro Cristo, portanto...' O Cristo que me escolheu é o mesmo que deu Vida e Força aos mártires e virgens: eram homens como eu, amassados com nada e fraqueza; foram escolhidos para o combate, receberam as armas, lutaram e venceram. Eu também fui escolhido para o martírio. E, se quero ser um santo sacerdote, não devo desejar outra coisa, porque este é o mistério que todos os dias está em minhas mãos: o mistério do sangue, da imolação total, da doação completa de si mesmo, da inocência fruto da renúncia, da humildade diante das grandezas divinas”.
Foi ordenado sacerdote em 24 de fevereiro de 1957.
Será missionário no Laus, onde consumará sua oblação. Aqui viverá sua noite escura. A cruz da missão em si com suas dificuldades, adequar-se à outra cultura, aprender sua língua. Deus tem pressa. Durante anos, Mario tinha suplicado depois da Comunhão, ser “sacerdote, apóstolo, missionário, mártir”. E Deus realizará seus mais íntimos desejos.
Em 25 de abril de 1960, parte com seu catequista Paul Thoj Xyooj, para uma vila vizinha. Nunca mais retornará. Deus realizará seu grande desejo: será mártir.
Fontes:
Postulatio OMI
Redes sociais do professor José Eduardo Câmara, hagiógrafo, pesquisador e escritor (com a permissão do mesmo)
Beato Gonzalo Barron Nanclares, Presbítero da Congregação dos Sagrados Corações e Mártir (Guerra Civil Espanhola)
Mártir em Madrid em 2 de setembro de 1936. Era natural de Ollauri (Logroño). Nascido em 20 de outubro de 1899. Professou em 5 de agosto de 1917. Ordenado sacerdote em 17 de março de 1923. (Reinado Social 1939, n. 186, faz um cálculo das homilias pregadas por ele nos 13 anos de seu profícuo sacerdócio de cerca de "15 mil" - não se sabe ao certo). Por mais que pareça exagerado, todas as notícias dizem que o seu ardente zelo lhe dava tempo e força para tudo.
Foi o apóstolo da Entronização do Sagrado Coração e da Adoração Noturna no Lar na Espanha. Chegou a reunir 40.000 adoradores noturnos. A guerra surpreendeu-o em Madrid na sua morada habitual.
Ele era muito conhecido em Madrid por causa de sua pregação no Morro dos Ángeles (Madrid), e foi muito procurado, por isso trocava de lugar de vez em quando. Não suportava ficar preso sabendo que havia tantos que sofriam ou precisavam de ajuda espiritual. Por isso saiu da Legação das Honduras, onde esteve algum tempo, e foi para uma família conhecida.
Em uma das suas saídas de casa, os milicianos comunistas seguiram-no pela rua até que o cercaram e prenderam. Era o dia 01 de setembro de 1936. Fizeram-lhe uma simulação de julgamento, no qual declarou, segundo uma testemunha amiga dele, que era padre e que tinha pregado várias vezes no Morro dos Ángeles, pois, essa era a sua missão. No dia seguinte, apareceu fuzilado nos altos do hipódromo, fora de Madrid. Tinha apenas 37 anos.
Foi beatificado em 13 de outubro de 2013, durante o pontificado de do Papa Francisco.
Fonte: redes sociais do professor José Eduardo Câmara, hagiógrafo (com a permissão do pesquisador).
segunda-feira, 28 de agosto de 2023
SANTA ROSA FAN HUI, Leiga, Catequista e Mártir (na China) *
Nós
católicos, mesmo os latino-americanos, demos um costume (talvez por causa de
padre missionários vindos da Europa) de cultuar mais santos e santas de origem
européia: italianos, franceses, espanhóis, portugueses, alemães, etc.
Desconhecemos, às vezes, por completo que já temos muitos santos e santas
latino-americanos, mexicanos, africanos e asiáticos (chineses, japoneses e
coreanos). Hoje, o site santos, beatos, veneráveis e servos de Deus traz um resumo
da história de Santa Rosa Fan Hui, uma santa virgem e mártir chinesa.
A jovem Wang Hoei
(mais tarde Rosa) vivia feliz na província chinesa de Hebei, na sua aldeia,
relativamente próxima de Pequim, quando o século XX lhe restavam já dois
telejornais.
Ficou feliz porque
tinha acabado de ouvir alguns missionários falar de Liaoshi (Deus) e de Xishi
(Jesus) e de construir uma “miao” (igreja). Assim ela conheceu os missionários
lazaristas, vindos de uma congregação que havia fundado São Vicente de Paulo no
século XVI.
Wang Hoei estava
tão feliz e ouvia tão concentrada estes pobres e santos homens que mal sabiam a
língua e vestiam-se tão estranhos que pouco depois decidiu se batizar e mudar
de nome. Agora era Fan Hui, Rosa Fan Hui, e tornou-se catequista de crianças na
sua aldeia.
Eu já tinha
decidido que não ia se casar, porque não havia um cristão de verdade para
fazê-lo, então ele se dedicou a ajudar os lazaristas com a língua, a
traduzir-lhes termos para não misturar as coisas com o budismo e ensinar as
crianças quem era esse Jesus.
Ei, nada mau,
certo?
Alguns anos se
passaram e, de repente, ocorreu uma espécie de revolução nos arredores de
Pequim (que são muito grandes) comandada por fãs de artes marciais,
especialmente de uma brutal, que vamos chamar boxe chinês para nos entendermos.
Os ingleses chamaram-lhes, por isso, "boxers" (de quem falei antes)
Os boxers
acreditavam que as balas não podiam prejudicá-los e achavam que tinham
superpoderes, parece uma piada mas a imperatriz Ci Xi, surpreendentemente,
ficou do seu lado. Os boxers eram profundamente anticristãos.
O império chinês
já não se sustentou. Tinha perdido, nessa época, e sucessivamente, guerras com
o Japão e com a Inglaterra e a França (as chamadas guerras do ópio). Isso o
obrigou a assinar um pacto comercial pelo qual potências ocidentais podiam
manobrar com produtos de todo o tipo em território chinês.
Pequim era um
chaleiro de diplomatas, comerciantes, missionários e soldados vindos de
qualquer lugar. Isto é o que fez os boxers subirem de posição perante a imperatriz
Ci Xi, que apoiou suas ações anticatólicas, desde que servissem a ela.
Quem mais pagou
foram os missionários católicos das aldeias. Para as potências estrangeiras foi
uma chatice ter que lutar com estes ninjas malucos e assim que eles se uniram
minimamente reduziram-lhes simplesmente.
Santa Rosa Fan
Hui, como outros tentaram se esconder, estava indo de um lado para o outro. De
uma cidade para outra, procurando que os boxers não estivessem por aí. Mas
havia muitos e Rosa, um dia que passava por uma pequena ermida construída pela
missão dos lazaristas, disse a si mesma:
"Já está. Há
dias que não faço o que deu sentido à minha vida: rezar. Eu fico aqui porque
não posso ficar eternamente fugindo."
Ficou o dia todo e
a noite toda rezando, esperando o que viria.
De manhã, na saída
da ermida, um grupo de boxers estava esperando por ela. Os boxers atacaram
implacavelmente Rosa, que sem resistência continuava a rezar, o que enfureceu
mais os perseguidores. Eles pegaram suas espadas e fizeram várias feridas por
todo o corpo para, pouco depois, seguir seu caminho abandonando-a às margens de
um canal. Pouco tempo depois, outro grupo de boxers passou e acabaram com ela.
Foi 16 de agosto
de 1900. Um novo século estava começando. Muitos testemunhos de camponeses
chineses que testemunharam a morte destes mártires, abandonados à sua sorte por
todos.
Isso possibilitou
que, cem anos mais tarde, em 2000, se realizasse em Roma uma celebração
realizada pelo Papa São João Paulo II para canonizar 119 mártires chineses da
perseguição desses anos. Entre eles estava Santa Rosa Fan Hui, catequista.
Santa Rosa Fan Hui, virgem, leiga e catequista católica, rogai por nós!
* Pesquisa do grande professor, pesquisador, escritor e irmão em Cristo, professor José Eduardo, membro da Academia Brasileira de Hagiologia. Com a permissão do mesmo.
terça-feira, 22 de agosto de 2023
A batalha entre Miguel e seus anjos e Satanáse seus anjos.
sábado, 10 de junho de 2023
Beato Francisco García León, adolescente e mártir - o jovem que foi morto porque não jogou o escapulário do Carmo fora...
Francisco García foi morto
selvagemente pela facção militante marxista que, durante a Guerra Civil
Espanhola (1936 a 1939), promoveu uma das mais sangrentas perseguições
anticatólicas da história
O jovem de 15 anos martirizado por não jogar escapulário fora: este é o
resumo do brutal e covarde assassinato de Francisco García, o “caçula” dentre
os 127 mártires beatificados no último 16 de outubro na diocese espanhola de Córdoba.
Francisco foi morto selvagemente pela facção militante marxista que,
durante a Guerra Civil Espanhola (1936 a 1939), promoveu uma das mais
sangrentas perseguições anticatólicas da história.
Segundo a diocese de Córdoba, Francisco alimentava “especial piedade” e
se destacava pela “disponibilidade para colaborar com a Igreja e praticar a
caridade com os idosos e os mais necessitados”.
Quando a guerra civil explodiu em 1936, ele foi “um dos poucos jovens da
cidade” a continuar frequentando a Missa diária e recebendo a Comunhão. A
família fazia o mesmo. Em 20 de julho de 1936, militantes comunistas chegaram à
casa dos García para prender o pai. Pouco depois, voltaram para levar também o
tio.
O jovem de 15 anos martirizado
porque não jogou o escapulário fora
Foi quando notaram o escapulário de Nossa Senhora do Carmo que Francisco
usava. Os rebeldes ameaçaram prender o jovem se ele não jogasse fora o
escapulário. Francisco afirmou que preferia ser preso. E foi.
Dois dias depois, outro bando de milicianos comunistas invadiu a prisão
com machados e armas de fogo e assassinou covarde e selvagemente todos os
detidos. Foi a culminação do testemunho de fé de Francisco García, o jovem de
15 anos martirizado por não jogar o seu escapulário fora.
Venerável Serva de Deus Odette Vidal Cardoso ("Odetinha"), leiga infante. A "menina santa" do Rio de Janeiro.
A Venerável Serva de Deus
Odette Vidal Cardoso nasceu no Rio de Janeiro (Brasil) em 18 de fevereiro de
1931, de pais portugueses que tinham emigrado para o Brasil.
Em
1939, a mãe da Serva de Deus, ficou viúva, casou com um rico comerciante, que
acolheu a menina e a amou como se ela fosse sua filha.
A
Serva de Deus participava todos os dias da Santa Missa com a sua mãe e rezava
o Terço com a sua família todas as noites. Aos cinco anos, começou a
frequentar o catecismo no Colégio da “Imaculada Conceição”. Desta forma
aprendeu as verdades da fé e até ensinou catecismo às filhas das empregadas
domésticas de casa. Considerando a extraordinária maturidade da Serva de Deus,
o seu diretor espiritual, padre Alfonso Maria Germe, C.M., admitiu-a à Primeira
Comunhão em 15 de agosto de 1937, com apenas seis anos de idade.
A
Serva de Deus, com a ajuda e companhia de sua mãe, dedicava-se a obras de
caridade ao serviço dos pobres da cidade, a quem tanto amava e queria, da forma
como pudesse, ajudar e socorrer.
Desde tenra idade, já manifestava profunda piedade e devoção a Jesus e Maria. |
EXERCÍCIO
HEROICO DAS VIRTUDES
Desde
os primeiros anos da sua vida, a Serva de Deus teve uma profunda percepção da
existência de Deus, Pai de infinita bondade. Ela nutriu um forte desejo de
estar sempre unida a Jesus, a quem percebia como uma realidade viva e concreta.
Entre os gestos que demonstram a experiência heroica da sua fé está a sua
relação íntima com Jesus na Eucaristia; a contemplação do Crucifixo, a
meditação sobre as dores da Paixão e o recolhimento quando recebia a comunhão.
Ela teve uma devoção particular por Nossa Senhor, São José, Santa Teresa do
Menino Jesus, Santa Bernadete e por São Tarcísio, mártir da Eucaristia. Foi a
fé que sustentou a Serva de Deus nos seus momentos de sofrimento e na
preparação para a sua morte.
Uma menina muito alegre e feliz cheia de bondade e misericórdia para com os mais necessitados |
A
sua curta vida foi animada pela esperança de viver sempre na presença de Deus.
Ela enfrentou a morte com serenidade e alegria, esperando o momento de se unir
ao seu amado Jesus. Ela morreu exclamando: “Jesus, leva-me para o céu”.
Falava
de Deus e com Deus como que abandonada a Ele em êxtase e pedia aos outros que O
amassem da mesma forma. Com a sua mãe, ela ia todas as semanas aos lares de
idosos abandonados, aos orfanatos e especialmente ao leprosário.
Depois
de ter adoecido com tifo em 1º de outubro de 1939, a Serva de Deus, durante os
49 dias de doença, mostrou uma fortaleza fora do comum; nunca se queixou e
suportou todos os seus sofrimentos com serenidade e paciência. Tudo o que ela
queria era receber diariamente a Comunhão. Nos últimos dias da sua vida recebeu
também os Sacramentos da Crisma e da Unção dos Enfermos.
Odetinha já bem doente, mas, serena. Manteve-se sempre unida a seu amado Jesus em oração, oferecendo a Ele suas dores e sofrimentos |
Faleceu
no dia 25 de novembro de 1939 no Rio de Janeiro (Brasil), com apenas 8 anos e 9
meses de idade.
Em
novembro de 2021, o Papa Francisco assinou o decreto sobre o reconhecimento das
virtudes heroicas da Serva de Deus Odette Vidal Cardoso, Fiel Leiga, recebendo,
portanto, o título de “Venerável”. Agora, é pedir a Deus que se digne que um
milagre (uma cura instantânea e completa, inexplicável para a ciência médica)
ocorra para que sua pequena serva tenha sua santidade reconhecida pela Igreja e
seja elevada à honra dos altares.
segunda-feira, 5 de junho de 2023
SANTA BLANDINA, Virgem e Mártir: grande exemplo de bravura perante o inimigo de Deus e da Fé.
Santa Blandina, Virgem e mártir, pertence ao grupo dos mártires de Lyon, que, depois de alguns deles terem suportado as torturas mais terríveis, sofreram um glorioso martírio no reinado de Marco Aurélio.
Em
Lyon, o fanatismo do povo pagão contra os cristãos tinha sido despertado, de
modo que estes, quando se aventuravam a mostrar-se em público, eram perseguidos
e maltratados. Enquanto o legado imperial estava ausente, o tribuno, um
comandante militar, e o duúnviro, um magistrado civil, prenderam um número de
cristãos que confessaram a sua fé. Quando o legado voltou, os crentes presos
foram levados a julgamento.
Entre estes cristãos estava Blandina, uma escrava, que tinha sido detida juntamente com o seu mestre, também cristão. Seus colegas recearam que por causa da sua fragilidade corporal não pudesse permanecer firme sob tortura. No entanto, embora o legado a tenha mandado torturar de uma maneira horrível, então até os carrascos se esgotaram, pois não sabia o que mais lhe poderiam fazer, ela ainda se manteve fiel e repetia a cada pergunta: "Eu sou cristã e não cometemos nada de errado”.
Por
medo da tortura, os escravos pagãos tinham testemunhado contra os seus mestres
que quando os cristãos se reuniam cometiam atos escandalosos dos quais foram
acusados pelo povo pagão, e o legado queria arrancar a confissão desta má
conduta aos prisioneiros cristãos.
No
seu relatório ao imperador, o legado declarou que aqueles que se agarravam às
suas crenças cristãs seriam executados e aqueles que negassem a sua fé seriam
absolvidos.
Portanto,
Blandina e um número de colegas foram submetidos a novas torturas no anfiteatro
na realização dos jogos públicos. Ela foi amarrada a uma estaca e as feras
selvagens repararam nela; no entanto, não lhe tocaram. Depois disso, por vários
dias, ela foi levada para a arena para ver o sofrimento dos seus companheiros.
Finalmente, como a última dos mártires, foi chicoteada, colocada em uma grelha
vermelha viva, fechada em uma rede e jogada diante de um boi selvagem que a
lançou ao ar com seus chifres, e no final foi
morta com um punhal.
Fonte: página do Pe. Reinaldo Bento, no Facebook.
quinta-feira, 25 de maio de 2023
25 de Maio: A RESSURREIÇÃO E A ASSUNÇÃO DE SÃO JOSÉ, uma Festa que só existe no Céu, já que não é dogma de Fé...
“Os sepulcros se abriram, e os corpos de muitos santos que tinham morrido foram ressuscitados. E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos.”(São Mateus 27,52-53).
Vários Santos afirmam, mas, entre os escritores sacros antigos temos Orígenes. Jesus é o Primogênito entre os mortos, pois nenhum antes tinha ressuscitado como Ele (numa ressurreição completa e imperecível, como Jesus disse no Apocalipse: ‘Não temas; Eu sou o primeiro e o último; E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.” (Ap 1, 17-18),
Assim, na descrição de São Mateus, os corpos se reanimam na morte, mas, só ressuscitam (gloriosamente) depois da ressurreição de Jesus. São José morreu em Jerusalém em uma festa da Páscoa e ressuscita em vez de três dias, três anos depois e seu corpo sobe junto com as primícias da Ressurreição da qual fala São Paulo em uma das cartas, a mesma é usada na Missa da Assunção de Nossa Senhora.
Sobre a assunção de São José, um trecho de uma homilia de São João XXIII a respeito:
“Queridos irmãos e filhos, a luz da ascensão se irradia desde este vértice em um segundo aspecto de divina providencia e beneficio da humanidade regenerada; um novo encanto, um prodígio inefável da graça e da glória. Com Jesus que ascende a direita do Pai, se abrem as vias do céu para os filhos do homem, para seu primitivo destino de criatura espiritual nascida para os eternos bens. Em São Mateus, o primeiro dos evangelistas, contou-se que ao morrer Jesus sobre o Gólgota, também se rasgou o véu do templo em duas partes e removeu-se a terra e as pedras, se abriram também os sepulcros. Como não encontrar neste inesperado prodígio o primeiro esboço daquela procissão que depois de quarenta dias havia de ter lugar desde o Monte das Oliveiras, por via luminosa dos céus a acompanhar precisamente ao Redentor Divino Triunfante no momento de tomar, em sua forma humana, posse no Reino Eterno, que Ele, Cordeiro Sacrificado pelos pecados do mundo, havia assegurado pelo direito sacro e glorioso? Entre os Padres e Doutores que diversamente interpretam esta passagem de São Mateus, o Aquinate, em seu comentário, toma posição decididamente junto aos que sustentam que os corpo dos Santos que, dormindo, ressuscitaram, também foram introduzidos com Cristo no Céu. Corresponde, pois, aos mortos do Antigo Testamento, aos mais próximos a Jesus (nomeamos os mais íntimos de sua vida: São João Batista, o precursor, São José de Nazaré, seu Pai adotivo, nutrício e putativo), corresponde a eles (assim podemos piedosamente crer), a honra e o privilégio de abrir este admirável acompanhamento pelos caminhos do Céu; A proclamar as primeiras notas do interminável “Te Deum” das gerações humanas que ascendem seguindo as pegadas de Jesus Redentor, a Glória prometida aos fiéis por sua Graça".
Gerson, o grande devoto de São José, falou da ressurreição e da assunção de São José ao céu em corpo e alma no sermão proferido no Concílio de Constança em 8 de setembro de 1416.
O
famoso italiano Isidoro de Isolano (+1528), chamado de profeta de São José, em
sua obra: Suma de Dons de São José, escrito em 1522, diz: "O Evangelho testifica
que os corpos de muitos santos ressuscitaram após a paixão do Salvador (Mateus 27,52-53). E estamos convencidos de que, entre eles, há, sem dúvida, São José …
Além disso, é apropriado que o filho honre seu pai e cuide de seu corpo após a
morte. Portanto, Cristo, ao ressuscitar os corpos de muitos santos, não poderia
deixar na sepultura o corpo de seu pai putativo … Da mesma forma, podemos
acreditar que, se na vida ele honrou José mais que todos os outros, chamando-o
de pai, ele também o exaltaria acima de tudo depois de sua morte".
São Pedro Damião (1007-1072) fala da Assunção de São José, no Sermão de São João Batista.
O venerável Bernardino de Bustis afirma que, enquanto São Bernardino de Siena (1444), pregando na cidade de Pádua sobre a Assunção de José em corpo e alma para o céu, os ouvintes viram, na cabeça do santo pregador, uma cruz de ouro cintilante, dispensando raios arrebatadores de luz.
Não era possível que esses Três Sagrados Corações, que, na Terra, amaram tanto um ao outro e eram tão semelhantes, pudessem ficar afastados um do outro no Céu... |
Ele estava dizendo o seguinte: "devidamente é necessário crer, mas não afirmar como de fé, que o benigno Jesus, Filho de Deus vivo, com igual privilégio adornou seu pai adotivo que sua Santa Mãe; e assim como, quando a Santíssima Virgem morreu, ela foi levada para o céu de corpo e alma, assim também no dia em que Jesus ressuscitou, ela levou com ela o Patriarca São José com a glória da ressurreição; de modo que, como aquela santa família, a saber, Cristo, Maria e José, viveram juntos na terra uma vida laboriosa e de acordo com a graça, assim com a glória amorosa reinam no céu em corpo e alma".
O grande teólogo espanhol Francisco Suarez (1548-1617) diz de São José: "Não deixarei de notar que, de acordo com uma opinião bastante aceita, é provável que nosso santo reine com Cristo em glória no corpo e na alma; porque, como ele morreu diante de Nosso Senhor, é provável que ele tenha sido um daqueles que foram ressuscitados no momento da morte ou ressurreição do Salvador, que foram ressuscitados para uma vida imortal de alma e corpo.
A Venerável Serva de Deus Madre Maria de Jesus de Ágreda (1602-1665), autora do famoso livro "Mística Cidade de Deus", diz: "No dia da ressurreição, com toda beleza e glória, nosso Salvador ressuscitou da tumba e, na presença dos Santos e Patriarcas, prometeu à raça humana a ressurreição universal como o efeito dele na mesma carne e corpo de cada um dos mortais e que nele os justos seriam glorificados. Em promessas desta promessa e como reféns da ressurreição universal, Sua Majestade comandou as almas de muitos santos que estavam lá, para se unirem a seus corpos e ressuscitá-los para a vida imortal. Ao ponto, este império divino foi executado e os corpos ressuscitados, antecipando o mistério referido por Mateus (Mt 27, 52). E entre eles estavam Santa Ana, São José e São Joaquim, e outros dos antigos Profetas e Patriarcas, mais marcados na fé e na esperança da Encarnação e com maior anseio desejado e pedido ao Senhor. E, em troca dessas obras, a ressurreição e a glória de seus corpos foram apresentadas a eles.
São Francisco de Sales diz: "Não devemos duvidar de modo algum que este santo glorioso desfruta no céu muito crédito diante daquele que tanto o favoreceu a ponto de levantá-lo lá em cima, corpo e alma; o que é ainda mais provável porque não temos mais relíquia na terra; e parece-me que ninguém pode duvidar, porque como poderia negar a São José esta graça, Aquele que foi mostrado obediente durante toda a sua vida? … E, se é verdade, que devemos crer, que, em virtude do Santíssimo Sacramento que recebemos, nossos corpos ressuscitarão no dia do julgamento, como podemos duvidar que ele trouxe os céus, de corpo e alma, para o glorioso São José que tinha teve a honra e recebeu a graça de carregá-lo tão frequentemente em seus braços, em que Nosso Senhor estava tão satisfeito"! É inegável que São José está no céu em corpo e alma. Quão felizes seríamos se merecêssemos participar em suas santas intercessões! Porque nada lhe é negado por Nossa Senhora ou pelo seu esposo glorioso.
Pe. André Luiz
Facchini
Legionário dos Três
Sagrados Corações Unidos
Venerável Serva de Deus Irmã Edda Roda, Virgem. Uma alma trinitária.
Irmã Edda Roda nasceu em 30 de outubro de
1940 em Leno, província de Bréscia (…). Aos quinze anos começou a frequentar a
escola secundária pública para a formação profissional, mas, no segundo
trimestre do segundo ano desistiu por motivos de saúde (…) obteve o diploma
depois de entrar no convento em 1965 em Varese. Em julho de 1959, porém, obteve
o diploma de enfermeira geral no hospital Bolognini de Seriate (…).
Edda conheceu as Irmãs Capuchinhas
trabalhando na Clínica San Francesco em Bérgamo e em 24 de setembro de 1959 em
Gênova, iniciou seu postulantado. Em 12 de junho de 1960 iniciou seu noviciado
em Loano e recebeu o nome de Irmã Adalberta da Santíssima Trindade. Depois do
Concílio, no início dos anos 1970, quando se deu a possibilidade, ela escolheria
retomar o nome de Batismo, Edda (…).
Em 2 de outubro de 1962, em Loano, berço
do Instituto, emitiu a primeira profissão religiosa (…). Nas poucas notas do
seu Diário encontramos também o sonho de ser missionária da caridade a pensar
na África e nos leprosos, sonho que depois se concretizará. Porém, em
obediência às superioras e também à fragilidade da sua saúde e da sua pessoa,
foi designada para uma missão na Itália de evangelização do povo, que ocupará
os últimos anos de sua existência de forma intensa e envolvente (…).
Em setembro de 1965, a irmã Edda foi
transferida para Brescia para ajudar na creche. Ali permaneceu até setembro de
1967, altura em que regressou a Varese para prosseguir os estudos que concluiu
em Gênova em 1970, obtendo um diploma de habilitação docente em escolas de
nível preparatório. Em 16 de outubro de
1967 emitiu os votos perpétuos.
Os anos de 1966 a 1973, e novamente com
uma recaída em 1987, a viram várias vezes hospitalizada na casa de repouso de
Bérgamo por síndrome astênica com quedas de humor que talvez levem suas irmãs a
rotulá-la superficialmente como deprimida e hipocondríaca. Em outubro de 1974,
Edda estava de volta a Gênova, sendo tratada de exaustão. Em 1977 obteve o
diploma no Curso Superior de Teologia, e, do seu serviço pastoral, resultou uma
intensa atividade no campo das Missões Populares, uma itinerância
evangelizadora que fez crescer um entusiasmo cada vez mais forte no coração de
Edda para o anúncio do Evangelho no encontro com as pessoas.
“As pessoas que ela
encontrava nas casas e nas paróquias continuavam a afeiçoá-la porque eram
atraídas pelo bem. Era uma ocorrência comum". A afabilidade, a
desenvoltura na fala capaz de atrair as pessoas, a preparação teológica, a
simplicidade no aprofundamento da Palavra e no ensinar a ler o Evangelho de
maneira nova, a rezar com o coração e a sabedoria para consolar os que sofriam.
Em agosto de 1995, ela foi diagnosticada
com câncer uterino. Foi ela própria quem comunicou discretamente o diagnóstico
às freiras do refeitório, ao regressar do hospital onde tinha feito os exames.
As religiosas que a acompanharam ou conheceram durante a sua doença são
unânimes em recordar a sua grande paciência e serenidade em aceitar e suportar
o sofrimento, as terapias, o grande mal-estar físico que sofria.
Transferida para a clínica de Bérgamo,
faleceu no dia 16 de junho de 1996, retornando ao Pai em silêncio e discrição,
em um estilo de vida típico de esquecimento de si mesma, abandonada Àquele que
tanto amava.
Em 23 de setembro de 2017, foi aberto na
Cúria de Bérgamo o processo diocesano para a causa de beatificação de Irmã
Edda. No dia 20 de maio de 2023, o Papa Francisco, juntamente com outros sete
Servos de Deus, reconheceu suas virtudes heróicas da Serva de Deus. No dia 20
de maio de 2023. Portanto, doravante, recebe o título de VENERÁVEL.
Agora, sua postulação para a causa de
beatificação e canonização aguarda que a Santíssima Trindade, a quem a
Venerável Irmã Edda tanto amava e adorava no fundo de sua alma, se digne alcançar,
por sua intercessão o (s) milagre (s) que a leve às honras dos altares.
P. RESTA, Irmã Edda Roda. Missionário do
povo e apóstolo da consolação, Gorle, 2016.