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Encontre o (a) Santo (a), Beato (a), Venerável ou Servo (a) de Deus

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Beato Timóteo Giaccardo, presbítero. O primeiro padre paulino (dois textos biográficos).




Giuseppe Timoteo Giaccardo, sacerdote paulino, italiano, pertence à Congregação da Pia Sociedade de São Paulo. A originalidade de sua vida está em ter sido o primeiro sacerdote da Família Paulina e um fidelíssimo discípulo do fundador, o Bem-Aventurado Padre Tiago Alberione. Nasceu em Narsole, norte da Itália. Sua família era pobre de bens materiais, mas rica de fé e virtudes cristãs.
Em 1908, Giuseppe encontrou-se pela primeira vez com o jovem padre Tiago Alberione que, em Narzole, estava dando sua colaboração na paróquia. Padre Alberione, percebendo no pequeno José profunda piedade e grande vontade de ser padre; encaminhou-o para o seminário da diocese de Alba. Tendo como guia espiritual padre Alberione, em 1917 José Timóteo entrou na “Obra de São Paulo” fundada em 1914 por seu mestre e cuja finalidade específica era a evangelização por meio da imprensa, a principal mídia da época.
Desde cedo, Giuseppe Timóteo mostrou-se uma pessoa de profunda vida interior, desejosa de ser cada dia melhor e ajudar seus semelhantes no bem. Por isso, com grande fé, acatou as orientações de Padre Alberione que indicava uma nova forma de santidade e de evangelização. José Timóteo, movido pela fé, foi fiel companheiro da “primeira hora”, seguidor incondicional e colaborador ativo do fundador da então nascente Família Paulina. Acompanhou todas as obras e todas as pessoas com grande perspicácia e sensibilidade.
Além de alguns livros, deixou como preciosa herança espiritual um “Diário”, rico da presença de Deus e desejos profundos de santidade para si mesmo e para todos. Sua fé em Deus e amor à missão faziam dele uma pessoa autêntica e radical. Lemos em seu “Diário”: “Ó Jesus, quero viver de tua vida, transforma-me. Quero ser ‘outro Jesus’ na minha vida e com todas as pessoas”.
Diante das grandes dificuldades para a aprovação da Congregação das Discípulas do Divino Mestre (uma das congregações fundadas por Alberione) que se dedicam à missão eucarística, missão sacerdotal e missão litúrgica, padre Timóteo não mediu esforços nem súplicas. Diante das respostas negativas não hesitou em oferecer a própria vida para garantir a existência na Igreja desta congregação, certamente querida por Deus. E o importante é que Deus aceitou a oferta. Foi assim que ele, acometido por leucemia, veio a falecer alguns dias após a aprovação pontifícia das Discípulas do Divino Mestre, no dia 24 de janeiro de 1948. A aprovação chegara no dia 12 de janeiro de 1948.
Dele escreveu o fundador:
“De 1909 a 1914, quando a Divina Providência preparava a Família Paulina, ele, embora não entendendo tudo, teve clara intuição da obra. As luzes que recebeu da Eucaristia, de sua fervorosa devoção mariana e a reflexão sobre os documentos pontifícios o iluminaram sobre as necessidades da Igreja e sobre os meios modernos para anúncio do Evangelho. Desde 1917, ainda seminarista, orientava os mais novos; foi chamado e tornou-se para sempre: o senhor mestre: amado, ouvido, seguido e venerado por todos. Foi o mestre que a todos precedia com o exemplo, que ensinava, aconselhava e construía com suas orações iluminadas e fervorosas. Gravou, pode-se dizer, em cada pessoa sua marca, e imprimiu algo de si em cada coração dos Sacerdotes e Discípulos, das Paulinas, Discípulas e Pastorinhas e em todos aqueles que se aproximaram dele por motivos espirituais ou sociais e econômicos. Foi mestre na oração: sabia falar com Deus. Vivia intensamente a devoção à eucaristia, a Nossa Senhora, à liturgia e nutria um grande amor à Igreja e ao Papa. Foi mestre na missão. Ele a sentia, a amava e a desenvolvia. Sabia suscitar energias, ser o sustento para os fracos e luz e sal, no sentido evangélico, para todos. Foi o coração e a alma da Família Paulina. Quem quiser conhecer alguém que encarnou totalmente o ideal e o carisma da missão paulina em sua integralidade, deve olhar o ‘senhor mestre’” (Tiago Alberione).
A aprovação e o reconhecimento de suas virtudes, por parte da Igreja, não se fizeram esperar. Em 1985 foi declarado venerável. E a 22 de outubro de 1989, o Papa São João Paulo II o declarou solenemente bem-aventurado. Foi, portanto, beatificado antes do Beato Tiago Alberione, seu amado fundador e mestre.


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Segundo texto biográfico:

Giuseppe Timóteo Giaccardo, nasceu em 13 de julho de 1896 em Narzole, diocese de Alba, na Itália. Os pais, pobres e tementes a Deus, batizaram-no no mesmo dia do nascimento. Deram-lhe como primeiro nome Giuseppe (José), motivo por que será chamado familiarmente de ‘Pinotu’ (Zezinho). O nome de Pe. Timóteo lhe será conferido, como então se usava para os religiosos, no dia 30 de julho de 1920, por ocasião da renovação dos seus votos.

Pe. Alberione, fundador da Família Paulina, escolheu para o primeiro sacerdote da recém-fundada congregação o nome do primeiro discípulo fiel de São Paulo. Em 1948, no dia 24 de janeiro, morreu após ter rezado o “Ângelus”, ao meio-dia. O Papa João Paulo II o proclamou bem-aventurado em 22 de outubro de 1989.


Um encontro providencial
No mês de maio de 1908, José encontrou pela primeira vez o Pe. Alberione. Tal encontro definiu toda a sua vida. Tinha apenas doze anos. Pe. Alberione escreve: “Mandado pelo bispo para ajudar, no domingo, o pároco de Narzole, fraco de saúde, notei imediatamente, entre os meninos que frequentavam a Igreja, o pequeno Giusseppe, pela sua piedade, seriedade quase superior aos anos, amor ao estudo, vivacidade, sempre contida nos limites de uma alegre inocência. De manhã, com seu amigo, que mais tarde se tornou missionário na África, chegava à igreja ainda fechada para ajudar na missa e para comungar”.


Primeiro sacerdote Paulino
No dia 19 de outubro de 1919, Timóteo Giaccardo sacerdote. Sua ordenação marcou a história da Família Paulina: era o primeiro sacerdote do novo Instituto Pia Sociedade de São Paulo. A sua ordenação sacerdotal não somente confirmava as bênçãos de Deus sobre a nova obra, mas declarava que o “apostolado das edições” é na Igreja e para a Igreja um ministério sacerdotal. Ele era o primeiro padre paulino que fora ordenado expressamente para um ministério novo na Igreja.



Naquela noite inesquecível, Pe. Giaccardo escrevia: “Maria, eu te amo com o amor de Jesus sacerdote. Quanto me é doce dizer-te isto. Sim, com o amor de Jesus, do qual tu me revestiste, me incorporaste, que infunde em mim a sua vida eucarística, da qual descende o meu sacerdócio”.

“Subi ao altar levando o ideal do meu tempo de clérigo: ‘Não sou mais eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim’. Para mim é muito agradável recordar, agradecer de forma explícita, Nossa Senhora, já que todo sacerdote sai do seu coração; e eu dele saí com uma superabundância de afetos, de cuidados, de providência, de graça, de vida”.




Fontes:





quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Beato Luciano (Lucien) Botovasoa, leigo, pai de família, catequista e mártir (em Madagascar).




Primeiro texto biográfico
Luciano Botovasoa nasceu em 1908 em Vohipeno, um município rural do sudeste de Madagascar, na Província de Fianarantsoa.
Em 1918, inicia os estudos na escola estatal para em seguida, em 1920, transferir-se ao Colégio São José de Ambozontany, dirigido pela Companhia de Jesus. Em 1928, ao concluir os estudos, obteve o diploma de habilitação ao ensino e, já no mês de outubro do mesmo ano, tornou-se professor paroquial de Vohipeno, fazendo seu o lema da Companhia de Jesus: Ad maiorem Dei gloriam.
Em 10 de outubro de 1930, casou-se com Suzanne Soazana na igreja paroquial de Vohipeno e, em 2 de setembro do ano seguinte, nasceu Vincent de Paul Hermann, o primeiro dos seus oito filhos, dos quais apenas cinco sobreviveram. O Beato não é somente professor do vilarejo, mas também é atuante na paróquia. É excelente educador, conhece, além do malgaxe, várias outras línguas: francês, latim, inglês, alemão, chinês. É músico excepcional e cantor reconhecido, tornando-se responsável pelo coro paroquial, generoso e disponível para com os necessitados. É também atleta, e é descrito como sempre sorridente e alegre.

Em 1940, o Beato se aprofunda na Regra da Ordem Terceira Franciscana, que se torna seu texto de estudo e meditação, até fazê-lo assumir tal caminho no seguimento de Cristo, com a vestição do hábito da Ordem Terceira de São Francisco em 8 de dezembro de 1944. Inicia, assim, a levar uma vida pobre, na espiritualidade franciscana, caracterizada por profunda piedade e pelo desejo ardente de difundir o Evangelho em toda parte.

Após a Segunda Guerra Mundial, nos anos 1946-1947, cresce em Madagascar o desejo de independência da França. Em relação à região onde vive o bem-aventurado em 1946, Tsimihoño tornara-se Rei (Mpanjaka) do Clã de Ambohimanarivo, apoiador dos grupos separatistas. Também em Vohipeno, o embate entre as duas facções opostas gera atos de violência. Em 30 de março de 1947, Domingo de Ramos, as igrejas foram incendiadas e começou a perseguição aos cristãos.

O Rei Tsimihoño, levando em conta o respeito que o povo de Vohipeno, católicos ou não, tinha pelo “professor cristão” Luciano Botovasoa, planejou capturá-lo fazendo com que voltasse ao vilarejo, ameaçando assassinar sua família, caso não obedecesse às suas ordens. O bem-aventurado, ciente do que estava prestes a acontecer, confiou ao irmão sua esposa e seus filhos, e regressou a Vohipieno. Por volta das 21 horas de 17 de abril de 1947, seu irmão André e dois primos, sob ameaça de morte, foram incumbidos de prendê-lo. Conduzido à casa do Rei Tsimihoño sem um processo oficial, foi condenado à morte. Chegando ao local da execução, ajoelhou-se e foi decapitado, enquanto rezava pelos seus assassinos. Seu corpo foi lançado ao rio.





Segundo texto biográfico
(palavras do Cardeal Ângelo Amato, prefeito da Sagrada Congregação para a Causa dos Santos,

Lucien foi um fiel leigo, pai da família e membro da Terceira Ordem Franciscana que foi morto por ódio à Fé em 1947.
Lucien Botovasoa nasceu em 1908 em Vohipeno, uma pequena cidade perto da costa sudeste de Madagascar, onde os missionários chegaram em 1899.
Primeiro de nove filhos, frequentou a escola católica, sendo batizado aos 14 anos com o nome Lucien na paróquia de Vohipeno em 15 de abril de 1922, Domingo de Páscoa.
No mesmo dia ele fez sua Primeira Comunhão e no ano seguinte recebeu a Confirmação.


Lucien Botovasoa foi um cristão verdadeiramente exemplar.
Na escola de Jesus, Divino Mestre, Lucien ensinava a fazer o bem, a viver em paz com os outros, a formar uma comunidade fraterna, acolhedora e respeitosa.
Ao ódio ele respondia com a caridade, à divisão com a comunhão, à mentira e ao mal com o bem.
Era um autêntico mestre da vida boa: um bom cidadão, um pai amoroso, um marido dedicado.


Qualidades humanas
Lucien Botovasoa tinha uma inteligência brilhante. Depois de quatro anos de estudo (1924-1928) no colégio jesuíta de Fianarantsoa, obteve um diploma de professor, tornando-se imediatamente instrutor no instituto paroquial em Vohipeno. Seu lema era: Ad majorem Dei gloriam.
Aos 22 anos casou-se com Suzanne Soazana, com quem teve oito filhos. Cristão convicto e entusiasta, quis viver a santidade na vida conjugal.
Descobre o manual da Ordem Terceira Franciscana e forma uma primeira fraternidade. Faz a profissão em 8 de dezembro de 1944.
A partir daquele dia torna-se de uma pobreza e uma devoção extraordinária: abandona as belas roupas e se contenta com sandálias simples, camisa e calça. Jejua às quartas e sextas-feiras. Levanta-se à meia-noite para rezar de joelhos, depois vai à igreja às quatro, ficando lá até a hora da missa. Franciscano na alma, é sempre alegre, reza continuamente, onde quer que vá sempre tem o rosário na mão.


Por que ele foi morto?
Durante uma revolta pela independência em 30 de março de 1947, Domingo de Ramos, Lucien foi preso e condenado à morte por sua fé cristã. Ele foi martirizado em 16 de abril de 1947. Levado para a margem do rio, Lucien reza, dizendo:

"Meu Deus, perdoe meus irmãos. Que meu sangue derramado por terra seja para a salvação da minha pátria".

Ele foi decapitado e o corpo jogado no rio. Morre mártir de sua fé, seguindo o exemplo de Jesus, o Divino Mestre.


Legado do Beato Lucien
Para o Cardeal Amato, Lucien deixou um legado: “ele nos ensina a viver integralmente o Evangelho, que é o livro da vida e não da morte, do amor e não do ódio, da fraternidade e da não discriminação. Lucien foi morto não por ter ofendido e ultrajado o próximo, mas somente por ter vivido como homem livre e justo. Para nós, ele deixa um grande exemplo e um importante legado: o perdão ao próximo, mesmo o perdão aos inimigos e o convite para viver em fraternidade e em paz com todos. É esta a única lei do Evangelho. Esta foi a lei da vida do Beato Lucien Botovasoa”.


Fontes:




São Thomas More era comunista?


"Eu não me importo muito com o que os homens dizem de mim, desde que Deus me aprove."
São Thomas More


São Thomas More era chanceler (primeiro ministro) do rei da Inglaterra, Henrique VIII. Quando o papa se recusou a aprovar o divórcio do rei e a reconhecer como legítimo o seu casamento com Ana Bolena, Henrique VIII se separou de Roma e elegeu a si mesmo como chefe supremo da igreja na Inglaterra.
Por se recusar a assinar o juramento de fidelidade ao novo “chefe da Igreja”, São Thomas More foi preso em 1532 e decapitado em 1535.
São Thomas More deixou vários escritos, e o mais famoso é Utopia (sim, e é daí mesmo que vem a palavra que usamos hoje), uma obra de ficção que imagina um modelo de sociedade alternativa, que se contrapõe de forma extrema ao modelo da sociedade europeia da época. A organização da vida na ilha de Utopia tem aspectos positivos e negativos.
Do ponto de vista cristão, podemos citar entre os aspectos negativos da ilha de Utopia:
é proibido ter propriedade privada;
o Estado administra toda a produção;
o divórcio é admitido e um novo casamento é visto como aceitável;
o suicídio é aprovado nos casos de doença incurável;
a maioria das pessoas acreditam em um Ser Supremo (deísmo), mas não creem em nenhuma religião divinamente revelada.
Conhecendo a vida de Thomas More e seus escritos, vemos que ele não aprovava nada disso. Especificamente sobre o ponto do divórcio, ele penou três anos na cadeia, longe de sua família, e perdeu a vida por não compactuar com o divórcio do rei.


Ok... Aí vem um protestante e insiste que Thomas More era um precursor do comunismo, sim, pois em sua Utopia há diversos trechos que condenam a propriedade privada, como este:
Assim sendo, estou plenamente convencido de que, a menos que a propriedade privada seja completamente abolida, não é possível haver distribuição justa de bens e nem a humanidade pode ser governada adequadamente.”
Como explicar isso? Simples: essa fala não é propriamente um discurso de Thomas More, mas sim de Rafael Hitlodeu, personagem com o qual ele conversa no livro. Nesse diálogo imaginário, em vários momentos More discorda de Hitlodeu. Tanto isso é verdade que, em resposta à fala de Hitlodeu contra a propriedade privada, More argumenta:
Quanto a mim, não vejo as coisas desse modo. Parece-me que os homens, possivelmente, não poderão viver bem num lugar onde a posse de todas as coisas seja comum. Como pode haver abundância de bens onde os homens param de trabalhar? O desejo de ganho não os estimulará e todos passarão a esperar que outros trabalhem e produzam o que com eles dividirão e, assim, tornar-se-ão preguiçosos”. 

Bem mais adiante, na conclusão da história, More também escreve:
"Quando Rafael terminou sua história, várias das leis e dos costumes dos utopienses descritos por ele me pareceram um tanto absurdos. Seus métodos de fazer guerra, suas cerimônias religiosas e seus costumes sociais eram alguns deles; contudo, a minha principal objeção referia-se à base de todo o sistema, ou seja, a sua vida comunal e a sua economia sem moeda". 
Esse pensamento está de acordo com o que o Santo escreveu em sua última grande obra, Consolo na Tribulação:
É absolutamente necessário que haja homens dotados de posses; em caso contrário, existirão mais mendigos do que já existem...”
Há também vários fatores positivos na sociedade utopiana. Por isso More conclui Utopia dizendo:
...embora Rafael seja um homem de grande erudição e grande conhecedor das coisas deste mundo, não posso concordar com tudo o que ele disse. Contudo, devo confessar que há muita coisa na República de Utopia que eu desejaria ver imitada em nossas cidades – coisa que mais desejo do que espero.”
O Santo não tinha a intenção de apresentar a vida em Utopia como um modelo a ser seguido à risca, em todos os seus aspectos. Isso é confirmado por Fátima Vieira, professora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, especializada em estudos sobre a Utopia:
A intenção de More é não apresentar as ideias de Hitlodeu e a sociedade utopiana como modelares, esperando que o leitor seja capaz de um exercício de reflexão crítica sobre os aspectos positivos e negativos dessa sociedade”. 


Mas será que Hitlodeu não era um porta-voz de More? Fátima Vieira nega essa possibilidade:
Essa ideia da ausência de propriedade privada de que Rafael Hitlodeu fala ao descrever a ilha da Utopia não é necessariamente uma proposta defendida por Thomas More”.

Mônica Dias, docente do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, rejeita comparações entre o socialismo científico de Marx e Engels e o texto de Thomas More:


O socialismo científico do século XIX, de Karl Marx e Friedrich Engels, aponta para uma sociedade perfeita num fim da História – onde a utopia já não seria necessária — e por isso apela a algo mais drástico, uma revolução – uma alteração total do sistema social —, que não é o que More queria.”

Ou seja, quem está espalhando que São Thomas More defende o comunismo, ou qualquer dos aspectos negativos em Utopia, não sabe ler ou é desonesto mesmo. Não faz sentido nenhum pegar uma obra de ficção, selecionar frases avulsas e ficar alardeando conclusões.



***
Dica de Filme sobre São Thomas More: O HOMEM QUE NÃO VENDEU SUA ALMA:

Link para assistir: 
https://www.youtube.com/watch?v=dbkRNzqxltc


Fonte:
https://ocatequista.com.br/catequese-sem-sono/vidas-de-santos/item/18188-sao-thomas-more-era-comunista-nao-voce-nao-leu-utopia-direito


sábado, 13 de outubro de 2018

SÃO FRANCISCO SPINELLI, Presbítero e Fundador (memória em 06 de fevereiro). Canonizado em 14 de outubro de 2018.



Francisco (Francesco) Spinelli nasceu em Milão, aos 14 de abril de 1853, cujos pais, trabalhadores humildes, eram muito cristãos. Ele cresceu forte, vivaz e ficava muito alegre ao brincar de teatro de fantoches com as outras crianças. Nas horas livres acompanhava a mãe nas visitas os pobres e doentes, sentindo-se feliz por amar e ajudar o próximo, conforme o ensinamento de Jesus. Assim foi que surgiu sua vocação.

Apesar de seu pai desejar que estudasse medicina pode seguir o chamado de Cristo e se tornou um "médico" de almas. Apoiado pela família, Francisco foi estudar na cidade de Bergamo, onde concluiu os estudos e recebeu a ordenação sacerdotal, em 1875. Neste ano do Jubileu, ele seguiu em peregrinação para Roma e, durante as cerimônias na igreja de Santa Maria Maior, teve a inspiração para criar uma família de religiosas que adorassem Jesus Sacramentado. Padre Francisco compreendeu o projeto de sua vida esperando o momento certo para colocá-lo em execução.

Retornando desta viagem, foi designado para lecionar na creche da paróquia de Bergamo, onde seu tio, padre Pedro, era o pároco. Desta maneira, desenvolveu seu apostolado entre os pobres, lecionando também no Seminário e orientando algumas comunidades religiosas femininas. Em 1882, encontrou uma jovem, Catarina Comensoli (beata), que desejava se tornar religiosa numa congregação que tivesse por objetivo a Adoração Eucarística.

Padre Francisco pode assim realizar seu sonho. Em dezembro de 1882, as primeiras noviças ingressam numa casa, que depois se tornou o primeiro convento, em Bergamo. Desta maneira fundou, inicialmente, o Instituto das Irmãs da Adoração. Sete anos depois eram nove as casas, onde as religiosas acolhiam pobres, doentes e deficientes mentais.

Tudo corria bem até quando, por vários equívocos, ele foi constrangido a deixar a diocese de Bergamo, em 1889, e se transferiu para a de Cremona, na aldeia de Rivolta d'Ada, onde suas filhas tinham aberto uma casa, tendo de deixar a direção do Instituto, também. Por isto, a fundação se dividiu: irmã Comensoli criou a Congregação das Irmãs Sacramentinas, e padre Francisco, a das Irmãs Adoradoras do Santíssimo Sacramento.

Obtendo a aprovação da Santa Sé, as Adoradoras adquirem vida própria, com o propósito de adorar dia e noite Jesus na Eucaristia e de servir os irmãos pobres e doentes mentais, nos quais se "reflete o vulto de Cristo". Jesus foi a fonte e o modelo da vida sacerdotal do padre Francisco, do qual extraia força e vigor para servir os semelhantes.

Em Rivolta, ele supriu a comunidade, que tinha necessidade de tudo, como: escolas, creches, assistência aos enfermos e aos velhos abandonados. Seus preferidos eram os deficientes mentais, que ele alegrava pessoalmente, encenando espetáculos de fantoche.

Envolto numa imensa fama de santidade, morreu no dia 6 de fevereiro de 1913, sendo sepultado na Casa Mãe das Adoradoras, em Cremona, Itália. O papa São João Paulo II declarou Padre Francisco Spinelli como Beato em 1992, indicando sua festa para o mesmo dia da sua morte.




Homilia de sua beatificação

Amar a Cristo na Eucaristia e no serviço aos pobres, ícone de Cristo aqui é, em suma, a vida e do ministério sacerdotal do Beato Francisco Spinelli, cujo testemunho aparece hoje especialmente oportuno e eloquente. Em uma época marcada como a nossa, por consideráveis ​​mudanças sociais, ele continua a repetir que só a partir do Coração trespassado do Redentor vem para os seres humanos de todas as idades uma fonte inesgotável de amor altruísta, que purifica e renova.
Don Spinelli compreendeu completamente a verdade da mensagem da Cruz e, portanto, está agora a ser apontado como um exemplo a imitar e um intercessor para ser chamado. A Igreja o oferece como um modelo autêntico de apóstolo, especialmente, a vós, sacerdotes, que a Providência chamou para ser administradores dos mistérios da salvação. Recebem no cotidiano do seu ministério a luz e a coragem da Eucaristia, de modo a se tornarem discípulos fiéis do Mestre divino. Apresento-o como uma testemunha válida do evangelho, a vós, religiosos e religiosas, e a todos vós, queridos irmãos e irmãs da Diocese de Cremona. Se em todas as partes da sua comunidade eclesial fluir o sangue vital da Eucaristia, podem ser mensageiros eficazes da proclamação eterna e sempre nova do Evangelho, trazendo salvação ao mundo e paz.
Sejam como Don Francisco Spinelli, as pessoas permeadas por amor indomável e divino, que se expressa em um serviço atencioso para com os pobres e os que vivem à margem da sociedade. A Igreja precisa de homens e mulheres que fazem como ele, de sua vida, um dom sem reservas ao Senhor; que não se deixam ser atraídos pelo charme de mudar as referências no mundo; que sabem como imolar-se, unindo seu sacrifício ao de Jesus, para que "o mundo tenha vida e a tenha em abundância" (Jo 10, 10).
Esta é a missão da Igreja; esta é a vocação de cada um de nós, chamados a ser obedientes ao Evangelho da caridade. "Recordando o seu Senhor, esperando até que Ele venha”, - escreveram os Bispos italianos nas orientações pastorais para os anos 90 - a Igreja entra nesta lógica do dom total de si. Em volta de uma mesma mesa eucarística, e compartilhando o mesmo pão, que cresce e é construída como uma instituição de caridade e é chamada a mostrar-se ao mundo como sinal e instrumento de unidade em Cristo para toda a humanidade. A tarefa é claro, é difícil, mas não impossível, porque o amor do Senhor pode vencer cada fraqueza humana. Na Eucaristia, Cristo se faz nosso alimento espiritual e antecipa-se nas sombras do tempo o brilho do Reino da glória final.
São João Paulo II, em 21 de junho de 1992



O milagre para sua canonização

No próximo dia 14 de outubro, Pe. Francesco Spinelli será canonizado pelo Papa Francisco, graças ao milagre realizado em um recém-nascido na República Democrática do Congo, na África.

Em 25 de abril de 2007, nasceu um bebê no Hospital maternidade de Binza, em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo. Neste local, que recebe de 20 a 30 crianças diariamente, as Irmãs Adoradoras do Santíssimo Sacramento realizam seu trabalho apostólico.

O recém-nascido e sua mãe receberam alta três dias depois. Mas, no trajeto, a mãe deu um passo em falso e instintivamente firmou o bebê com seus braços, de tal forma que provocou uma hemorragia grave nele.

Ao voltar para o hospital, os profissionais de saúde tentaram ajudá-lo durante cerca de 45 minutos. Para salvá-lo, era preciso realizar uma transfusão de sangue urgentemente. Mas, a gravidade do bebê era tanta que suas veias estavam se afinando, o que tornava impossível o procedimento.

Nesse cenário, existiam outras alternativas de tratamento, mas, devido à escassez de tecnologia no hospital e a impossibilidade de conseguir uma transferência rápida para outra unidade, os médicos deram o bebê por morto.

Enquanto isso acontecia, a Irmã Adeline, religiosa adoradora responsável pela maternidade do hospital, notou a gravidade do bebê e pediu sua comunidade para que rezassem pela salvação da criança.

A superiora da congregação, Irmã Antonietta Musoni, pediu a intercessão de Pe. Spinelli e começaram a rezar a novena.

Irmã Adeline colocou um santinho de Pe. Spinelli debaixo dos lençóis da criança e, quando os médicos fizeram um último esforço, milagrosamente encontraram uma veia tão grande como a de um adulto para realizar a transfusão de sangue.

Com apenas 3 ou 4 gotas de sangue, o bebê começou a se mexer e chorar. Recuperou-se completamente em algumas horas.

Os pais, conscientes do milagre obtido pela intercessão do padre fundador do Instituto das Irmãs Adoradoras do Santíssimo Sacramento, mudaram o nome de seu filho de Ambrósio Maria Diaz para Francisco Maria Spinelli Dias.

A criança cresceu saudável, sem nenhuma sequela daquele episódio. Até mesmo os exames realizados no menor durante o processo de investigação da causa do Pe. Spinelli demonstraram seu perfeito estado de saúde.

Fontes:







sábado, 6 de outubro de 2018

Beato Alano de La Roche, presbítero e missionário dominicano: o apóstolo do Santo Rosário.



Natural da Bretanha, onde nasceu em 1428. Muito jovem, ingressou na Ordem dos Frades Dominicanos em Dinan (Saint-Malo). Aperfeiçoou seus estudos em Paris (1453-1459), no convento de Santiago, onde completou seus estudos de teologia e filosofia.

Em 1459 foi designado para ensinar no convento de Santiago de Paris, mas não pôde exercer até 1461, porque um ano antes foi enviado para Lille, a fim de promover a reforma dos conventos à observância regular (da Regra), e foi devido a seus esforços que houve a adesão da conventos dominicanos de Lille e Paris à Congregação holandesa reformada (1464).

Alano foi enviado para trabalhar como escritor, pregador e comentarista nas casas da Ordem, também em Paris, Lille, Douai (1464), Ghent (1468), Rostock, onde se tornou mestre em teologia em 1473, e Zwolle.

Tinha inteligência privilegiada e era dotado de grande eloquência, rapidamente tornando-se um perfeito orador.


 Grandes sofrimentos pelos quais passou, por sete anos, nas mãos do demônio e o socorro da Virgem Maria, através da devoção ao Santo Rosário.

Durante sete anos o Beato Alano foi acometido por aridezes e infestações do demônio. Numa ocasião, quando mais especialmente atravessava um período de tremenda aridez, Maria Santíssima lhe apareceu no interior de sua cela para consolá-lo, e entregou-lhe uma corrente feita com seus próprios cabelos, na qual estavam entrelaçadas cento e cinquenta pedras preciosas, de acordo com o número de contas do Rosário. A Rainha do Céu lhe explicou nesta ocasião que este instrumento lhe serviria como uma poderosa arma contra o inimigo infernal.

Terminada a aparição, Alano compreendeu a necessidade do Rosário para sua vida espiritual. No entanto, a Providência queria dele algo além de um puro aumento de sua piedade.

Um dia, justamente quando o Beato Alano de La Roche estava rezando, a Virgem, outra vez, “dignou-se fazer-lhe muitas e brevíssimas revelações”, anota. “Aqui estão elas, e estas palavras são da Mãe de Deus:

1. A todos os que rezarem meu Rosário com devoção, prometo minha proteção especial e grandíssimas graças.
2. Aquele que perseverar na oração de meu Rosário receberá uma graça insigne.
3. O Rosário será uma defesa poderosíssima contra o inferno; destruirá os vícios, libertará do pecado, dissipará as heresias.
4. O Rosário fará florescerem as virtudes e as boas obras, e obterá para as almas a mais abundante misericórdia divina; fará que nos corações o amor ao mundo seja substituído pelo amor a Deus, elevando-os ao desejo dos bens celestes e eternos. Quantas almas se santificarão com esse meio!
5. Quem se confia a mim por meio do Rosário não perecerá.
6. Quem rezar meu Rosário com devoção, meditando seus mistérios, não será oprimido pela desgraça. Pecador, se converterá; justo, crescerá em graças e se tornará digno da vida eterna.
7. Os verdadeiros devotos de meu Rosário não morrerão sem os Sacramentos da Igreja.
8. Aqueles que rezam meu Rosário encontrarão durante sua vida e em sua morte a luz de Deus e a plenitude de suas graças, e participarão dos méritos dos bem-aventurados.
9. Libertarei muito prontamente do purgatório as almas devotadas a meu Rosário.
10. Os verdadeiros filhos de meu Rosário gozarão de uma grande glória no céu.
11. O que pedirem por meio de meu Rosário, obterão.
12. Aqueles que defenderem meu Rosário serão socorridos por mim em todas as suas necessidades.
13. Obtive de meu Filho que todos os membros da Irmandade do Rosário tenham por irmãos, durante a vida e na hora da morte, os santos do céu.
14. Aqueles que rezarem fielmente meu Rosário serão todos meus filhos amantíssimos, irmãos e irmãs de Jesus Cristo.
15. A devoção a meu Rosário é um grande sinal de predestinação”.

Depois de “entregar” as quinze promessas, a Virgem se despediu, pedindo a Alano um gesto de obediência: “Prega as coisas que viste e ouviste. Não tenhas nenhum receio: eu estou contigo; eu te ajudarei e a todos os meus salmodiantes. Castigarei aqueles que se opuserem a ti”.

E Alano obedeceu prontamente: do biênio 1464-1465, período das aparições, até sua morte, o dominicano não faria mais nada a não ser defender, por meio da pregação, a amada devoção mariana, e instituir as Irmandades relacionadas com ela. Chegou mesmo a convencer, em 1474, o capítulo dos dominicanos da Holanda a prescrever, pela primeira vez, o Rosário como oração a ser rezada pelas intenções dos vivos e dos mortos. Também nesse ano, em Frankfurt, na igreja dos dominicanos, era erigido o primeiro altar para uma Irmandade do Rosário.


O próprio Cristo o intima a ser um propagador do Rosário
Um dia em que celebrava a Santa Missa, após a Consagração, a Hóstia que segurava nas mãos assumiu a figura de Nosso Senhor, que severamente o repreendeu, dizendo:

“Alano, tornas a crucificar-Me uma segunda vez?” O Dominicano assustado lhe respondeu: “Ó Senhor Jesus, como posso ser capaz de tamanha crueldade?” Nosso Senhor lhe responde: “Preferia ser novamente crucificado, a ver o Meu Pai ofendido com os pecados por ti cometidos. Tu pecas de omissão! Possuis a ciência, a faculdade e o dever de pregar o Santo Rosário e não o fazes. O mundo está cheio de lobos e tu te transformaste num cão mudo, incapaz de ladrar. Se não te corriges, Eu juro pelo Meu Pai, que será pasto dos míseros mortais”.

Após essas palavras o Divino Salvador lhe mostrou o inferno e o lugar para onde iria se não tomasse a séria resolução de pregar o Rosário. Alano, impressionado com a divina reprovação, tornou-se um incansável pregador do Rosário. Por meio de pregações conseguiu reavivar as Confrarias do Rosário e quando chegou o dia de entregar sua alma a Deus já havia congregado mais de cem mil filhos e membros das Confrarias.


Após uma profícua vida de apostolado, morreu santamente. Mesmo após sua morte, continua a ser um apóstolo do Santo Rosário.

Após anos de uma vida de intenso apostolado mariano, cercado pelos confrades, que havia tempo já o consideravam um “santo”, morreu na vigília da festa da Natividade da Bem-Aventurada Virgem Maria, celebrada a 08 de setembro.

Após sua morte, em 08 de Setembro de 1475, multiplicou-se a devoção ao Santo Rosário da Virgem Imaculada. Sobre Maria escreveu vários livros, entre os quais está um elogio à Virgem intitulado "De utilitate Psalterii Mariae”, dedicado ao Bispo de Cluny, Férrico, sendo considerado uma inestimável fonte da devoção ao Santo Rosário, que Maria Santíssima tinha dado a S. Domingos de Gusmão, e que o levou a espalhá-lo em todo o mundo.

Já no dia 25 de maio de 1476, no Capítulo da Ordem Dominicana em Dutch de Haarlem, ordenou-se fossem recolhidos todos os seus escritos, que não eram poucos, sendo publicados em 1498, em Estocolmo, e nos anos seguintes, também traduzidos e publicados em diferentes línguas.

O Beato Alano é considerado um dos "apóstolos da propagação do Santo Rosário", oração mariana à qual ele preferiu chamar de "Saltério da Virgem".  Para difundir a devoção à Santíssima Virgem, fundou a Confraria do Saltério da Virgem, com estatutos especiais. A primeira fraternidade foi fundada em 1470 em Douai, e mais tarde, graças a seus herdeiros espirituais Sprenger, Michele van Sneck e François, esse piedoso Movimento Mariano se espalhou por todo o mundo.

Alano conferiu à oração do Santo Rosário os elementos que o unificaram, resultando na forma que conhecemos hoje: a recitação de 50 Ave Marias intercaladas com 05 Pai Nossos (Terço), e o Rosário, com o total de 150 Ave Marias, divididas e intercaladas com 15 Pai Nossos.

Também a ele se atribui a escolha dos 05 Mistérios de meditação que hoje chamamos de "gozosos, dolorosos, e mistérios gloriosos".


        
Nota:
Embora seja reverenciado como Beato em toda a Europa e pela Ordem Dominicana, seu culto ainda não foi oficializado pela Igreja (o título de "beato" lhe é conferido apenas pela piedade popular e pelos de sua Ordem).






Fontes para consulta:


segunda-feira, 1 de outubro de 2018

SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS: uma santa que operou muitas graças e milagres na Primeira Guerra Mundial.



    A postagem que agora faço será diferente. Quase não terá texto. Trago uma coleção de gravuras feitas por Celina (Irmã Genoveva da Santa Face, irmã de Santa Teresinha) e alguns gravuristas, supervisionados por ela, que retratam alguns de muitos relatos de soldados combatentes da I Guerra Mundial, que testemunharam terem sido agraciados com aparições de Santa Teresinha que lhes alcançou graças de conversões, curas e livramentos extraordinários. 
      Dezenas e até mesmo centenas eram as cartas de devotos que todos os dias ao Carmelo de Lisieux provindas de vários países, relatando milagres e graças alcançadas por eles. Como a santa irmã carmelita do Carmelo de Lisieux estava se tornando bastante conhecida com a divulgação de sua autobiografia: História De Uma Alma, os fiéis passaram a suplicar-lhe sua intercessão. 
     Muitos eram as esposas, mães e demais parentes que pediam a Santa Teresinha que trouxessem seus esposos, filhos, netos e irmãos sãos e salvos do "front". Santa Teresinha, que prometera derramar sobre a terra uma "chuva de rosas" (de graças), não se fez de rogada: interveio até mesmo visivelmente. E são essas aparições e graças da pequena Santa de Lisieux que as gravuras retratam... Vejam que lindas! 



Santa Teresinha alcança a graça da conversão
e da fé a um sargento que estava desesperado
da salvação de sua alma. 


Santa Teresinha aparece e dá assistência
e conforto espiritual a um soldado ferido
em batalha. 



A Santa aparece ao um soldado e livra que
ele e seu carro fossem destruídos por
uma bala de canhão.



A Santa adverte a um sargento que sua
trincheira está prestes a ser atacada pelos
inimigos.




Santa Teresinha conduz um médico militar
a um grupo de soldados feridos que precisavam
de sua assistência.