São
Mateus foi um dos doze apóstolos de Cristo. É o autor do primeiro dos três
evangelhos sinóticos. Os outros dois são de Marcos e Lucas. No Evangelho,
Mateus apresenta Jesus com o título de Emanuel, que significa “Deus está
conosco”.
Mateus, também
chamado de Levi é filho de Alfeu conforme os Evangelhos de Marcos e Lucas
(Marcos 2,14) (Lucas 5, 27). Antes de ser chamado para seguir Jesus, Mateus era
um coletor de impostos do povo hebreu, durante a dominação romana, por ordem de
Herodes Antipa. Ele estava alocado em Cafarnaum, uma cidade marítima no mar da
Galileia, na Palestina.
Seu primeiro
contato com Jesus se deu enquanto estava trabalhando: “saindo daí, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coleteria de
impostos, e lhe disse”: “siga-me!”
Ele se levantou e seguiu Jesus (Mateus 9, 9). “Depois,
Mateus preparou, em sua casa, um grande banquete para Jesus”. “Estava aí uma numerosa multidão de
cobradores de impostos e outras pessoas, sentadas à mesa com eles.” (Lucas 5,
27-28-29).
O nome de Mateus
aparece sempre na relação dos 12 primeiros apóstolos de Cristo, geralmente ao
lado de São Tomé. Entre as citações consta uma ordem de Jesus: “Os onze discípulos foram para a Galileia,
ao monte que Jesus lhes tinha indicado. Quando viram Jesus, ajoelharam-se
diante dele. Ainda assim, alguns duvidaram”. Então, Jesus se aproximou e
falou: “Toda a autoridade foi dada a mim
no céu e sobre a terra”. “Portanto, vão e façam com que todos os povos se
tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês”. “Eis que eu
estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo”. (Mateus 28,
16-17-18-19-20).
Apóstolo e
Evangelista, segundo a tradição, Mateus pregou pela Judeia, Etiópia e Pérsia.
Fora do Evangelho, segundo Eusébio de Cesareia, em sua História da Igreja, a
única referência a seu respeito é uma citação do bispo Papias de Hierápolis, do
século II.
Da sua atividade
após o Pentecostes, se conhece somente as páginas do seu Evangelho,
primitivamente redigido em aramaico. Denominado de “Primeiro Evangelho”, logo
no início, Mateus apresenta Jesus como o Mestre que veio realizar a justiça.
Mateus relata a morte e a ressurreição de Jesus. Seu evangelho é organizado em “cinco
livrinhos”, cada um contendo uma parte narrativa seguida de um discurso, que
reúne e explica o que está contido nas narrativas.
São Mateus
morreu na Etiópia, apedrejado, queimado e decapitado. Suas relíquias teriam
sido transportadas para Paestum. Depois, essas relíquias foram levadas para a
cidade italiana de Salerno, onde até hoje se encontram e são consideradas pelos
mais crentes como verdadeiramente do santo. A Igreja Romana celebra sua festa
em 21 de setembro, e a grega em 16 de novembro. Seu símbolo como Evangelista é
um anjo.
A belíssima conversão de São Mateus
Mateus, coletor de impostos, apóstolo e evangelista: foge
do dinheiro para um serviço de perfeita pobreza: a proclamação da mensagem
cristã. O evangelho a ele atribuído nos fala mais amplamente que os outros três
do uso certo do dinheiro: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a
traça e o caruncho os destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam, mas
ajuntai para vós tesouros nos céus”. “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. Foi
Judas, porém, e não Mateus que teve o encargo de caixa da pequena comunidade
apostólica. Mateus deixa o dinheiro para seguir o Mestre, enquanto Judas o trai
por trinta dinheiros.
Interessante que, quando falam do episódio do coletor de
impostos chamado a seguir Jesus, os outros evangelistas, Marcos e Lucas, falam
de Levi. Mateus, ao contrário, prefere denominar-se com o nome mais conhecido
de Mateus e usa o apelido de publicano, que soa como usurário ou
avarento, “para demonstrar aos leitores — observa São Jerônimo — que ninguém
deve desesperar da salvação, se houver conversão para vida melhor”.
Mateus, o rico coletor, respondeu ao chamado do Mestre
com entusiasmo. No seu evangelho ele esconde humildemente este alegre
particular, mas a informação foi divulgada por Lucas: “Levi preparou ao Mestre uma grande festa na própria casa; numerosa
multidão de publicanos e outra gente sentavam-se à mesa com eles”. Depois,
no silêncio e com discrição, livrou-se do dinheiro, fazendo o bem. É dele de
fato que nos refere a admoestação do Mestre: “Quando deres esmola, não saiba a tua esquerda o que faz a tua direita,
para que a tua esmola fique em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te
recompensará”.
Fontes:
https://www.ebiografia.com/sao_mateus/
https://www.paulus.com.br/portal/santo/sao-mateus-apostolo-e-evangelista#.WvGg_6QvzIU