Páginas

Encontre o (a) Santo (a), Beato (a), Venerável ou Servo (a) de Deus

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Beato Augusto Czartoryski, presbítero salesiano e príncipe da Polônia



De linhagem real...
Augusto Czartoryski nasceu em Paris no dia 2 de agosto de 1858, do príncipe polonês Ladislao e da princesa Maria Amparo, filha da rainha da Espanha. Há trinta anos a sua nobre estirpe, ligada aos interesses dinásticos da Polônia, tinha emigrado para a França.
A partir do exílio, o príncipe Ladislao procurava restaurar a unidade da pátria desmembrada em 1795. Aos seis anos Augusto perdeu a mãe. Tomou seu lugar Margarina de Orléans, filha do conde de Paris, pretendente ao trono da França.


...mas não inclinado à pompa e circunstâncias.
Desde pequeno, Augusto mostrou-se um garoto bom e reflexivo. Embora ligadíssimo à sua amada Polônia, jamais foi atraído pela vida da corte. A ação da graça em sua alma levou-o ao desapego dos bens terrenos e a uma séria vida espiritual.


Ele encontra um diretor espiritual
Entre os 10 e 17 anos, estudou em Paris e Cracóvia, mas a sua frágil saúde obrigou-o a interromper os estudos e a transferir-se frequentemente para o sul da Europa em busca de um clima melhor. Naqueles anos, a Providência colocou ao seu lado o preceptor José Kalinowski, que o guiou com prudência não só nos estudos, mas sobretudo na vida espiritual. Kalinowski fez-se depois carmelita descalço: Frei Rafael de São José. Hoje a Igreja o venera como santo: São Rafael de São José Kalinowski.  O santo preceptor descreve o seu aluno como um jovem de humor estável, de grande bondade de espírito, de perfeita cortesia, sincero, inteligente e muito religioso, mas na simplicidade de coração.

Um encontro com Dom Bosco
Em maio de 1883, Dom Bosco está na França. É convidado para o Palácio Lambert da princesa Margarida de Orléans. Augusto ajuda sua Missa, e o santo lhe diz: "Há muito tempo desejo conhecê-lo!". O príncipe ficou fulgurado pelo encontro, pois ali identificou o pai da sua alma e o juiz do seu porvir. No jovem Augusto a vocação à vida religiosa esclarecia-se cada vez mais, e o Santo educador passou a ser um ponto de referência no seu discernimento vocacional. Irá depois muitas vezes a Turim para se encontrar com Dom Bosco. Pede-lhe com insistência para entrar entre os Salesianos, mas o Fundador não está convencido.


Noviciado - então com padre André Beltrami
Augusto fala com o Papa Leão XIII, que convida Dom Bosco a aceitar o príncipe. Em julho de 1887, depois de renunciar aos bens e à possibilidade do trono, contra o parecer da família, entra no noviciado. Tem 29 anos. Esforça-se por adequar-se aos horários e ao estilo de vida, torna-se o mais humilde dos noviços. No dia 24 de Novembro de 1887 recebeu o hábito talar na Basílica de Maria Auxiliadora, das mãos de Dom Bosco, que faleceria dois meses depois. Inicia os estudos de filosofia. Logo depois, fica doente, com tuberculose.
Na casa de Valsalice, em Turim, encontra o venerável padre André Beltrami. Os dois desenvolvem uma amizade espiritual muito profunda, enquanto André cuida de Augusto em sua doença. Entretanto, o Padre Rua o faz estudar teologia e o admite às Ordens sacras.

A família está infeliz com sua vocação... 
Após os estudos de Teologia, completados com grande dificuldade por causa do estado precário da sua saúde e da contrariedade dos familiares e, sobretudo, do seu pai, é ordenado sacerdote em San Remo, no dia 2 de abril de 1892. Sua família está voluntariamente ausente: tentara de todos os modos fazê-lo sair da congregação. Augusto encarnou plenamente a espiritualidade salesiana, de modo particular o aspecto do sacrifício e da oferta da própria vida e do próprio sofrimento pelo bem dos jovens e da congregação; também Dom Bosco sofreu muito, embora não o deixasse perceber.


Sua doença tem seu preço
Contudo, a sua vida presbiteral só duraria um ano. O Pe. Augusto morreu em Alassio no dia 8 de abril de 1893, sábado da oitava da Páscoa: "Que bela Páscoa!", tinha dito. Sua morte ocorreu após cinco anos de vida salesiana, que um purpurado quis descrever com estas palavras: “A sua conformidade perfeita com a vontade divina na enfermidade fê-lo heroico na paciência e invencível no amor a Deus!”. Completara 35 anos.

São João Paulo II, o papa polonês, teve a alegria de beatificá-lo em 25 de abril de 2004. Os seus restos mortais foram transladados para a Polônia e sepultados no túmulo de família, na cripta paroquial de Sieniawa, onde Augusto tinha recebido a primeira Comunhão e, em seguida, para a igreja salesiana de Przemysl, onde jazem até hoje.




Homilia de Beatificação – Papa João Paulo II
25 de abril de 2004


“Como são amáveis as tuas moradas, ó Senhor do universo! A minha alma suspira e tem saudades dos átrios do Senhor… Um dia em teus átrios vale por mil” (Sl 84, 2.11). O beato Augusto Czartoryski escreveu estas palavras do Salmo como lema de vida sobre a pequena imagem da primeira Missa. Nelas está contido o arrebatamento de um homem que, seguindo a voz do chamado, descobre a beleza do ministério sacerdotal. Ressoa nelas o eco das diversas opções que deve fazer quem descobre a vontade de Deus e deseja cumpri-la. Augusto Czartoryski, jovem príncipe, elaborou um método eficaz de discernimento dos desígnios divinos. Apresentava a Deus na oração todas as perguntas e perplexidades principais e, depois, em espírito de obediência seguia os conselhos dos seus guias espirituais. Compreendeu assim a sua vocação de empreender a vida pobre para servir os mais pequeninos. O mesmo método permitiu-lhe, ao longo de toda a sua vida, realizar tais opções, podendo nós hoje dizer que ele realizou os desígnios da Providência Divina de maneira heroica.
Desejo deixar o exemplo da sua santidade, sobretudo aos jovens, que hoje procuram a maneira para decifrar a vontade de Deus em relação à sua vida e desejam comportar-se todos os dias em fidelidade à palavra divina. Meus queridos jovens amigos, aprendei do beato Augusto a pedir ardentemente na oração a luz do Espírito Santo e guias sábias, para que possais conhecer o plano divino na vossa vida e sede capazes de caminhar sempre pelos caminhos da santidade.





Príncipe Augusto bebê



Príncipe Augusto criança



Augusto e seu pai, Príncipe
Ladislau da Polônia




segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

VENERÁVEL ANDRÉ BELTRAMI, Presbítero Salesiano




Dom Bosco, um disse dele: “De Beltrami, há somente um”.

“A missão que Deus me confia é rezar e sofrer” (Venerável André Beltrami)


Padre Pierluigi Cameroni, postulador geral para as Causas dos Santos da Família Salesiana, apresentou o padre Beltrami como uma expressão emblemática da dimensão oblativa do carisma salesiano, encarnação das exigências do ‘caetera tolle’, um testemunho que, por várias razões, foi desaparecendo da visibilidade do mundo salesiano, mas que relembra as raízes do espírito salesiano, feitas de sacrifício, laboriosidade e renúncias apostólicas.


Início do processo: 21 – 04 – 1911
Venerável: 05 – 12 – 1966


André Beltrami nasceu em Omegna, província de Novara (Itália), no dia 24 de junho de 1870. Em família, recebeu uma educação rica de valores cristãos. André, de caráter vivo, durante a adolescência, foi tentado na pureza pelos discursos de um mau colega, mas, a frequência aos sacramentos, unida à vontade firme, fizeram dele um jovem estimado por todos.
Os pais quiseram que se inscrevesse no colégio salesiano de Lanzo, onde entrou em outubro de 1883. Distinguiu-se no estudo e no exercício das virtudes cristãs. Ali amadureceu a sua vocação. Mais tarde, ele contará: “O Senhor tinha-me colocado no coração uma convicção íntima, de que o único caminho certo para mim seria fazer-me salesiano”. A mãe, confiando-o ao mestre de noviciado, disse: “Faça dele um santo”.
Em 1866, recebeu o hábito clerical em Foglizzo das mãos de Dom Bosco, que dirá dele: “De Beltrami, há somente um”. Nos dois anos, 1888-1889, que passou em Turim-Valsalice, levou a termo dois cursos trienais, concluindo-os com os respectivos exames de escola particular.
Nesse período conheceu o príncipe polonês Augusto Czartoryski, que entrara a pouco na Congregação. Este ficará logo doente de tuberculose, e será o P. Beltrami – que com ele entrara logo em sintonia espiritual – a ser seu anjo da guarda em Valsalice e em outros lugares por onde o doente passou. Escreve: “Sei que cuido de um santo, de um anjo”. Mais tarde, também o P. André ficou doente e, à escola do santo irmão, viveu o sofrimento com alegria interior. Ofereceu-se como vítima de amor pela conversão dos pecadores e pela consolação dos que sofrem, vivendo o lema: “Nem sarar, nem morrer, mas viver para sofrer”.
O P. Beltrami acolheu plenamente a dimensão sacrifical do carisma salesiano, desejada pelo Fundador Dom Bosco. O clérigo salesiano Luís Variara, então estudante de filosofia em Valsalice, foi intimamente marcado pelo P. André, e aqui encontra suas raízes a espiritualidade das futuras Filhas dos Sagrados Corações: Viver com alegria a vocação de vítima junto com Jesus.
Ordenado sacerdote por D. Cagliero, entregou-se totalmente à contemplação e ao apostolado da pena. Com um desejo veemente de santidade, consumou sua existência na dor e no trabalho incessante. Muitíssimo exato na observância da Regra, teve um amor intenso a Dom Bosco e à Congregação. Nos quatro anos que lhe sobraram de vida depois do sacerdócio, continuou a rezar e a escrever. Deve-se assinalar a tradução italiana dos primeiros volumes da edição crítica das obras de S. Francisco de Sales.
Padre Beltrami lança à Família Salesiana a difícil mensagem do sofrimento redentor; antes, de um sofrimento que pode tornar-se misteriosamente alegre, segundo o amor com que se aceite. “Creia-me – escreveu um dia a seu diretor, padre Scappini –, em meio às dores, eu sou feliz, feliz de uma felicidade plena, perfeita; de modo que sou levado a sorrir-me quando me demonstram pesar ou me fazem votos de pronto restabelecimento!”.


Quando morreu, no dia 30 de dezembro de 1897, tinha 27 anos. Seus restos mortais repousam na igreja de Omegna, sua cidade natal.

Missa em honra do Venerável André Beltrami e pedindo ao Senhor por sua beatificação.

Omegna, Itália – Fevereiro de 2018

“No dia 20 de fevereiro se comemora o aniversário da minha doença: e eu o comemoro festivamente, como de um dia abençoado por Deus, um dia faustoso, cheio de alegria e dentre os mais belos da minha vida”. Estas as palavras com que o Venerável P. André Beltrami SDB (1870-1897) celebrava, junto com o aniversário da profissão religiosa e da ordenação sacerdotal, o início da sua grave doença. Nessa circunstância recitava de coração o ‘Te Deum’ por ter-lhe o Senhor concedido a graça de sofrer por Ele. Tal ocorrência foi sublinhada no dia 20 de fevereiro pela comunidade cristã de Omegna (Verbano-Cusio-Ossola) com mui solene Eucaristia presidida pelo P. Pierluigi Cameroni SDB, Postulador geral para as Causas dos Santos, com a participação de diversos sacerdotes, seminaristas da Diocese de Novara e membros da FS.













PADRE ANDRÉ BELTRAMI - um salesiano especial

Na noite de 29 de dezembro de 1897, o Pe. André Beltrami, salesiano, gravemente enfermo de tuberculose, (na época doença fatal) levantou-se sozinho da cama, vestiu a batina, e acomodou-se novamente em seu leito e esperou docemente a morte, que veio buscá-lo na manhã seguinte, com a presença de vários irmãos da Congregação, que rezavam em torno dele.
Tinha 27 anos de idade, nascido que fora em Omegna, província de Novara, norte da Itália, em 24 de junho de 1870. Era o primogênito de dez irmãos. Estudou no colégio salesiano de Lanzo (província de Turim) e aí se encontrou com Dom Bosco.  Após longa conversa com o Santo fundador dos Salesianos, decidiu abraçar a vocação sacerdotal na família salesiana. Os pais, apesar de bons cristãos, custaram a aceitar a ideia de ter o filho mais velho como padre. “A graça de minha vocação, disse ele, foi para mim de todo especial. O Senhor pusera em meu coração a convicção de que meu único caminho na vida era ser salesiano.” Sua mamãe, concordando afinal com sua escolha, levou-o ao seminário salesiano de Foglizzo, recomendando ao diretor: “Faça de meu filho um santo.” E o propósito do jovem André, escrito em seu livrinho de notas naquele dia, foi: “Fazer-me santo.”.
Como aluno especial, sobretudo na língua italiana, recebeu certa vez a estranha nota 11, justificando o professor que 10 era pouco para um trabalho tão excepcional.
Fez os votos religiosos em 02 de outubro de 1887, nas mãos de Dom Bosco, que disse dele: “De Beltrami, só há um!” – era mesmo especial...
Como estudante de teologia, em preparação ao sacerdócio, exercia uma atividade realmente especial: professor de latim e italiano a 80 seminaristas, aluno da faculdade de Letras e Filosofia na Real Universidade de Turim. Foi então que conheceu o príncipe Augusto Czartoryski, recentemente entrado na Congregação, e que ficara tuberculoso. O seminarista Beltrami foi incumbido de dar-lhe assistência em Turim e outros lugares, por onde o príncipe andou em busca da cura. Foi talvez aí, que Beltrami contraiu a doença e iniciou o último período de sua vida.

Foi ordenado sacerdote em 08 de janeiro de 1893, já muito doente, com 23 anos incompletos, pelo primeiro bispo salesiano, Dom João Cagliero, nas “camerette” (quartinhos), onde Dom Bosco viveu e trabalhou em seus últimos anos de vida na Casa Mãe dos Salesianos de Valdocco – Turim.

Seu quarto de doente em Valsálice, subúrbio de Turim, tinha uma janela que olhava para o presbitério da capela, de onde Pe. Beltrami podia ver o sacrário. É especial seu horário de cada dia: Das cinco da manhã as nove, oração com a Santa Missa num pequeno altar, preparado em seu quarto.
Sua Missa durava cerca de duas horas, sem nenhuma tosse, que, fora desse tempo, o atormentava o dia inteiro. Das doze e meia às dezessete horas, novamente oração e das vinte à meia noite, ainda em oração de adoração ao Santíssimo Sacramento. Fora desses horários, estudava e escrevia. De sua pena saíram muitos livrinhos de estilo popular, dedicado à juventude.
Seu programa de vida está no lema, que heroicamente assumiu como diretriz de sua vida: “não sarar, nem morrer, mas viver para sofrer”.

O Venerável Padre André Beltrami foi deveras um salesiano especial...



Algumas obras do Venerável Padre André Beltrami:
  • O INFERNO EXISTE: PROVAS E EXEMPLOS; em pdf AQUI
  • PÉROLAS E DIAMANTES
  • A ESMOLA: O BANCO MAIS VANTAJOSO E INFALÍVEL; trechos da obra AQUI
  • SANTA MARIA MARGARIDA ALACOQUE – HISTÓRIA DE SUA VIDA; em pdf AQUI
  • Tradução italiana dos primeiros volumes da edição crítica das obras de  São Francisco de Sales




sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO, Bispo e Doutor da Igreja - Método de Oração Mental


A meditação ou oração mental contém três partes:

A Preparação
A Meditação
A Conclusão

I. PREPARAÇÃO
Na preparação fazem-se três atos:

Ato de Fé na presença de Deus, dizendo:
Meu Deus, eu creio que estais aqui presente e Vos adoro com todo o meu afeto.
Ato de Humildade, por um breve ato de contrição:
Senhor, nesta hora deveria eu estar no inferno por causa dos meus pecados; de todo o coração, arrependo-me de Vos ter ofendido, ó Bondade infinita.
Ato de Petição de luzes:
Meu Deus, pelo amor de Jesus e Maria, esclarecei-me nesta meditação, para que tire proveito dela.
Depois uma Ave Maria à Santíssima Virgem, a fim de que nos obtenha esta luz; e na mesma intenção um Glória ao Pai a São José, ao Anjo da Guarda e ao nosso Santo Protetor.
Estes atos devem ser feitos com atenção, mas brevemente, depois do que se fará a Meditação.




II. MEDITAÇÃO
Para a Meditação sirvamo-nos sempre de um livro, ao menos no começo, parando nas passagens que mais impressão nos fazem. São Francisco de Sales diz que devemos imitar as abelhas, que se demoram numa flor enquanto acham mel, e voam depois para outra.
Note-se, além disto, que são três os frutos da meditação: afetos, súplicas e resoluções; nisto é que consiste o proveito da oração mental. Assim, depois de haverdes meditado numa verdade eterna, e Deus ter falado ao vosso coração, é mister que faleis a Deus:

1º Pelos Afetos
Isto é, pelos atos de fé, agradecimento, adoração, louvor, humildade e, sobretudo, de amor e de contrição, que é também ato de amor. O amor é como que uma corrente de ouro que une a alma a Deus. Conforme Santo Tomás, todo o ato de amor nos merece mais um grau de glória eterna. Eis aqui exemplos de atos de amor:

Meu Deus, eu Vos amo sobre todas as coisas.
Eu Vos amo de todo o meu coração.
Fazei-me saber o que é de vosso agrado; quero fazer em tudo a vossa vontade.
Regozijo-me por serdes infinitamente feliz.

Para o ato de contrição basta dizer:
Bondade infinita, pesa-me de Vos ter ofendido.

2º Pelas Súplicas
Pedindo a Deus luzes, a humildade ou qualquer outra virtude, uma boa morte, a salvação eterna; mas principalmente o dom do seu santo amor e a santa perseverança, porque, no dizer de São Francisco de Sales, com o amor se alcançam todas as graças.
Se a nossa alma está em grande aridez, basta dizermos:
Meu Deus, socorrei-me. Senhor, tende compaixão de mim. Meu Jesus, misericórdia!
Ainda que nada mais fizéssemos, a oração seria excelente.

3º Pelas Resoluções
Antes de se terminar a oração, cumpre tomar alguma resolução, não geral, como, por exemplo, evitar toda falta deliberada, de se dar todo a Deus, mas particular, como por exemplo evitar com mais cuidado tal defeito, em que se caia mais vezes, ou praticar melhor tal virtude em que a alma procurará exercer-se mais vezes: como seja, aturar o gênio de tal pessoa, obedecer mais exatamente a tal superior ou a regra, mortificar-se mais frequentemente em tal ponto, etc. Nunca terminemos a nossa oração sem havermos formado uma resolução particular.

III. CONCLUSÃO
Enfim, a conclusão da oração compõe-se de três atos:

1º De agradecimento pelas luzes recebidas, e de pedido de perdão das faltas cometidas no tempo da oração:
Senhor, eu Vos agradeço as luzes e os afetos que me destes nesta meditação e Vos peço perdão das faltas nela cometidas.

2º De oferecimento das resoluções tomadas e de propósito de guardá-las fielmente:
Meu Deus, eu Vos ofereço as resoluções que com a vossa graça acabo de tomar, e resolvido estou a executá-las, custe o que custar.

3º De súplica, pedindo ao Pai Eterno, pelo amor de Jesus e de Maria, a graça de executá-las fielmente:
Meu Deus, pelos merecimentos de Jesus Cristo e pela intercessão de Maria Santíssima, dai-me a força de por fielmente em prática as resoluções que tomei.

Termina-se a oração recomendando a Deus a Santa Igreja, os seus Prelados, as Almas do Purgatório, os pecadores, e todos os nossos parentes, amigos e benfeitores, por um Pai Nosso e uma Ave Maria, que são as orações mais úteis por nos serem ensinadas por Jesus Cristo e pela Igreja:
Senhor, eu Vos recomendo a Santa Igreja, com os seus Prelados, as Almas do Purgatório, a conversão dos pecadores, e todas as minhas necessidades espirituais e temporais bem como as dos meus parentes, amigos e benfeitores.

Depois da Meditação

1º Conforme o conselho de São Francisco de Sales, fazer um ramalhete de flores a fim de cheirá-lo durante o dia, quer dizer, imprimir bem na memória um ou dois pensamentos que mais impressão nos fizeram, para os recordarmos e nos revigorarmos durante o dia.

2º Por logo em prática as resoluções tomadas, tanto nas ocasiões pequenas como nas grandes, que se apresentarem: por exemplo, suportarmos com paciência uma pessoa irada contra nós, mortificarmo-nos na vista, no ouvido, na conversa.

3º Por meio do silêncio e recolhimento, conservar o mais tempo possível os afetos excitados na oração; sem isso, o fervor concebido na oração esvaecer-se-á logo pela dissipação no proceder ou pelas conversas inúteis.



Fonte: http://rumoasantidade.com.br/espiritualidade/modo-fazer-oracao-mental/


terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

CONVERSÃO DE UM MAÇOM POR SÃO PADRE PIO DE PIETRELCINA

Um grande inimigo da Igreja se converte! Um grande milagre de Padre Pio... 

Foto do famoso confessionário do Padre Pio, no qual o famoso santo capuchinho, diariamente,
confessava várias horas seguidas. 

O confessionário foi o lugar habitual dos sucessivos milagres realizados por Padre Pio. O santo frade capuchinho chegava a passar mais de quinze horas por dia confessando, e, assim, provocava verdadeiras transformações interiores.

Uma das conversões mais espetaculares foi a do famoso advogado genovês Cesare Festa, grão-dignitário da maçonaria italiana e primo do doutor Giorgio Festa. Este havia comentado em seu informe médico:

“Depois de vários exames e ao ver a evolução ao longo do tempo das feridas de Padre Pio, não há outra explicação senão a de que nos encontramos ante um caso sobrenatural”.

Com seu primo Cesare, ateu e anticlerical, mantinha uma discussão interminável, até que um dia, finalmente, disse:

– Cesare, anda! Vá a San Giovanni Rotondo e lá farás verificações que acabarão com todas as tuas objeções. Depois disso, vamos continuar conversando.

Cesare decidiu ir, com o propósito de desmascarar e denunciar o que acreditava com convicção ser uma fraude.

Padre Pio não lhe conhecia, e nem sabia de sua existência. Quando o viu entrando na sacristia junto a outros peregrinos, agarrou-lhe bruscamente:

– Quem é este entre nós? Um maçom.

– Pois sim, estás certo, eu sou.

– Que papel desempenhas na maçonaria?

– Lutar contra a Igreja.

Padre Pio, sem nada mais dizer, apontou-lhe o confessionário, e ante a estupefação de todos os presentes, o advogado maçom se ajoelhou, abriu seu coração, e com a ajuda do padre capuchino examinou toda a sua vida passada.

Quando se levantou, era outro homem; havia paz em seu coração! Permaneceu três dias no convento até retornar a Gênova.

Sua conversão foi noticiada na primeira página dos jornais.

Cesare Festa foi a Lourdes e voltou a San Giovanni Rotondo para receber das mãos de Padre Pio o escapulário da Ordem Terceira Franciscana.

Em pouquíssimos meses: de maçom a terceiro franciscano. Foi recebido pelo Papa Bento XV, quem lhe confiou esta missão:

– Tenho grande estima ao Padre Pio, apesar de alguns informes desfavoráveis que me foram enviados. É um homem de Deus. Compromete-se a dá-lo a conhecer, porque não é apreciado por todos como ele merece.

A Grande Loja italiana se reuniu para expulsar o advogado renegado. Cesare Festa decidiu assistir e dar a conhecer seu testemunho. No mesmo dia recebeu uma carta animadora de Padre Pio:


“Não te envergonhes de Cristo e de Sua doutrina; é momento de lutar corajosamente. O Espírito Santo te dará a fortaleza necessária”.

(Yves Chiron: El Padre Pío. Ed. Palabra, pg.163, 1999.)


Fonte:
http://www.aascj.org.br/home/2018/02/grande-inimigo-se-converte/

Para quem entende o italiano: 


terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

FESTA DA SAGRADA FACE - terça feira de Carnaval.



Consagração à Sagrada Face de Jesus.

Oh! Face amabilíssima de Jesus!
Aqui viemos atraídos pelo Vosso doce olhar, que como divino irmão arrebata nosso coração, ainda que pobre e pecador.
Oh! Jesus! Queremos enxugar vossa adorável Face e consolar-vos das injúrias e esquecimento dos pecadores.
Oh! Rosto lindíssimo! As lágrimas que brotam de vossos olhos nos parecem pérolas preciosas, que queremos recolher para comprar com elas as almas de nossos irmãos.
Tem chegado a nossos ouvidos a queixa amorosa que saiu de teus lábios na Cruz, e sabendo que a sede que vos abrasava era de amor, queremos possuir um amor infinito para sacia-la.
Oh! Amado Jesus! Se nós tivéssemos o amor de todos os corações, tudo seria para Vós.
Enviai, Senhor, almas; sobre tudo almas de apóstolos e mártires, para abrandar em Vosso Coração a multidão dos desgraçados pecadores.
Oh! Amado Jesus! Enquanto aguardamos o dia em que contemplaremos vossa glória infinita, nosso único desejo é venerar vossa Face Santíssima, a qual consagramos desde agora e para sempre, nossas almas com suas potências e nossos corpos com seus sentidos.
Oh! Jesus! Fazei que vosso Rosto adorável seja aqui, na terra, nosso encanto e nosso céu. Amém.
"Oh! Jesus meu, por vosso amor misericordioso por vossas Sagradas Chagas e pelos méritos de vossos trinta e três anos de vida terrestre, livrai das garras de Satanás as almas que estão nas bordas do inferno!"



Ato de reparação à Sagrada Face

Bendito seja Deus.
Bendito seja seu Santo Nome.
Bendito seja Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Bendita seja a Santa Face de Jesus.
Bendita seja a Santa Face na majestade e formosura de seus traços celestiais.
Bendita seja a Santa Face na Transfiguração do Tabor.
Bendita seja a Santa Face no suor de sangue de sua agonia.
Bendita seja a Santa Face nas humilhações da Paixão.
Bendita seja a Santa Face nas dores da morte.
Bendita seja a Santa Face na glória da Ressurreição.
Bendita seja a Santa Face nos esplendores da luz eterna.




Ato de Adoração
(Para ser rezado às três horas da tarde)

Eu Vos adoro, meu Salvador Jesus Cristo, expirando na cruz por meu amor.
Eu Vos agradeço por terdes morrido para me resgatar.
Eterno Pai, eu Vos ofereço Vosso amado Filho, pendente na Cruz, despido, dilacerado, traspassado de espinhos e de cravos, desfalecido, padecente e agonizante.
Sim meu Deus, é Vosso amado Filho que Vos ofereço neste lastimoso estado.
Recebei Seu divino sacrifício: aceitai esta oferta que vos faço: é meu resgate, é o sangue de um Deus, é a morte de um Deus: é o mesmo Deus que Vos ofereço por prêmio e paga da minha dívida.
Eu Vo-lo ofereço, também, pelo alívio das almas do purgatório, dos corações angustiados, dos doentes, dos agonizantes, pela conversão dos pecadores e perseverança dos justos e para Vos pedir a graça de bem viver e morrer santamente.
Santa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Salvai-nos.
Sagrados Corações de Jesus e Maria
Protegei-nos.
Ó Maria Concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!




Oferecimento da Sagrada Face ao Eterno Pai

Pai nosso, que estais nos céus, Deus de amor infinito, cheio de bondade e misericórdia, pelo Coração Imaculado de Maria, Mãe das dores, em união com São Jose, com todos os Santos Anjos, com todos os Santos, Bem-Aventurados e em nome de toda a humanidade, assim como de todas as benditas almas do Purgatório, ofereço-vos a Face cheia de lágrimas e sangue do Vosso amantíssimo Filho, Jesus!
Eu A ofereço a Vós, com inefável amor, juntamente com cada respiração, pulsação, pensamentos, palavras e ações de todos os seres humanos!
Eu vos ofereço esta Santíssima e adorável Face com todo amor em expiação de todos os pecados do mundo, em reparação de todas as blasfêmias, para apaziguar a Vossa divina cólera, para iluminar os sacerdotes e religiosos, pela conversão dos pecadores, especialmente os mais obstinados, para alívio das almas do purgatório e de um modo especial pelas almas dos sacerdotes defuntos. Amém!




Oração à Sagrada Face, composta por Santa Teresinha do Menino Jesus

Ó Jesus, que na Vossa crudelíssima Paixão Vos tornastes "o opróbrio dos homens e o homem das dores", eu adoro a Vossa Divina Face sobre a qual resplandecem a beleza e ternura da Divindade e que agora se tornou para mim como a face de um "leproso" (Is. 53,4).

Mas sob estes traços desfigurados reconheço o Vosso infinito amor e ardentemente desejo amar-Vos e fazer-Vos amar por todos os homens. As lágrimas que com tanta abundância correram dos Vossos olhos, se me afiguram quais pérolas preciosas, que eu quisera recolher para, com seu valor infinito, resgatar as almas dos pobres pecadores.

Ó Jesus, Vossa Face é a única beleza que encanta o meu coração, de boa mente quero renunciar na terra à doçura do Vosso olhar e ao inefável ósculo de Vossa boca divina, mas suplico-Vos, imprimi em meu coração Vossa Divina Imagem, e inflamai-me com Vosso amor, a fim de que possa um dia contemplar a Vossa Face gloriosa no Céu. Amém.


 


Ato de reconhecimento e suplica a Sagrada Face impressa no Santo Sudário:


Ó Deus Senhor Jesus, reconhecemos plenamente em vossa Sagrada FACE, impressa milagrosamente no Santo Sudário, a veracidade de Vossos santos desígnios, e os traços suaves e inefáveis do Vosso infinito Amor e Misericórdia, doados a todas as gerações, nestes 2008 anos.

Por ação do vosso Santo Espírito, revelastes a uma de vossas amadas almas vítimas o selo com que coroastes vossa Sagrada Face no momento de vossa gloriosa Ressurreição. Só mesmo um Deus tão amoroso e atencioso se deteria e se preocuparia, em momento tão ímpar da Salvação e Redenção do gênero humano, em deixar um sinal tão forte para amparar a fé daqueles filhos, que de antemão já identificavas; ou seja, os que tocados por vossa Graça, abririam o coração e acreditariam.




Ó Amado Senhor, precisamos sim de toda a eternidade para, prostrados aos Vossos Santos pés, agradecer-Lhe por tanto amor que tens nos dedicado.

Está ali, meus irmãos, na fronte perfurada pelos espinhos da coroa, mais um selo de amor de nosso Senhor:

EX. 3,14: “Eu Sou Aquele que Sou. Eu Sou”.

Suplicamos ainda a Vós, Dulcíssimo Senhor Jesus, que toqueis os corações endurecidos daqueles que não querendo ver tão expressivo milagre, reagem como o Sinédrio que Vos condenou, procurando esconder e distorcer a verdade, diante dos olhos dos simples e fracos, que não raras vezes, cinicamente oprimem.
Aproveitam-se de suas posições privilegiadas que muitas vezes, para vossa grande tristeza, não honram. Para esses, terníssimo Senhor, clamamos que repitais ao nosso Eterno Pai do Céu, as Vossas mais caras palavras da dolorosa Paixão: “Pai, perdoai-os porque não sabem o que fazem...”.

Ó Deus de Amor como Vos amamos Obrigado por tudo, Senhor!