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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

VENERÁVEL ANDRÉ BELTRAMI, Presbítero Salesiano




Dom Bosco, um disse dele: “De Beltrami, há somente um”.

“A missão que Deus me confia é rezar e sofrer” (Venerável André Beltrami)


Padre Pierluigi Cameroni, postulador geral para as Causas dos Santos da Família Salesiana, apresentou o padre Beltrami como uma expressão emblemática da dimensão oblativa do carisma salesiano, encarnação das exigências do ‘caetera tolle’, um testemunho que, por várias razões, foi desaparecendo da visibilidade do mundo salesiano, mas que relembra as raízes do espírito salesiano, feitas de sacrifício, laboriosidade e renúncias apostólicas.


Início do processo: 21 – 04 – 1911
Venerável: 05 – 12 – 1966


André Beltrami nasceu em Omegna, província de Novara (Itália), no dia 24 de junho de 1870. Em família, recebeu uma educação rica de valores cristãos. André, de caráter vivo, durante a adolescência, foi tentado na pureza pelos discursos de um mau colega, mas, a frequência aos sacramentos, unida à vontade firme, fizeram dele um jovem estimado por todos.
Os pais quiseram que se inscrevesse no colégio salesiano de Lanzo, onde entrou em outubro de 1883. Distinguiu-se no estudo e no exercício das virtudes cristãs. Ali amadureceu a sua vocação. Mais tarde, ele contará: “O Senhor tinha-me colocado no coração uma convicção íntima, de que o único caminho certo para mim seria fazer-me salesiano”. A mãe, confiando-o ao mestre de noviciado, disse: “Faça dele um santo”.
Em 1866, recebeu o hábito clerical em Foglizzo das mãos de Dom Bosco, que dirá dele: “De Beltrami, há somente um”. Nos dois anos, 1888-1889, que passou em Turim-Valsalice, levou a termo dois cursos trienais, concluindo-os com os respectivos exames de escola particular.
Nesse período conheceu o príncipe polonês Augusto Czartoryski, que entrara a pouco na Congregação. Este ficará logo doente de tuberculose, e será o P. Beltrami – que com ele entrara logo em sintonia espiritual – a ser seu anjo da guarda em Valsalice e em outros lugares por onde o doente passou. Escreve: “Sei que cuido de um santo, de um anjo”. Mais tarde, também o P. André ficou doente e, à escola do santo irmão, viveu o sofrimento com alegria interior. Ofereceu-se como vítima de amor pela conversão dos pecadores e pela consolação dos que sofrem, vivendo o lema: “Nem sarar, nem morrer, mas viver para sofrer”.
O P. Beltrami acolheu plenamente a dimensão sacrifical do carisma salesiano, desejada pelo Fundador Dom Bosco. O clérigo salesiano Luís Variara, então estudante de filosofia em Valsalice, foi intimamente marcado pelo P. André, e aqui encontra suas raízes a espiritualidade das futuras Filhas dos Sagrados Corações: Viver com alegria a vocação de vítima junto com Jesus.
Ordenado sacerdote por D. Cagliero, entregou-se totalmente à contemplação e ao apostolado da pena. Com um desejo veemente de santidade, consumou sua existência na dor e no trabalho incessante. Muitíssimo exato na observância da Regra, teve um amor intenso a Dom Bosco e à Congregação. Nos quatro anos que lhe sobraram de vida depois do sacerdócio, continuou a rezar e a escrever. Deve-se assinalar a tradução italiana dos primeiros volumes da edição crítica das obras de S. Francisco de Sales.
Padre Beltrami lança à Família Salesiana a difícil mensagem do sofrimento redentor; antes, de um sofrimento que pode tornar-se misteriosamente alegre, segundo o amor com que se aceite. “Creia-me – escreveu um dia a seu diretor, padre Scappini –, em meio às dores, eu sou feliz, feliz de uma felicidade plena, perfeita; de modo que sou levado a sorrir-me quando me demonstram pesar ou me fazem votos de pronto restabelecimento!”.


Quando morreu, no dia 30 de dezembro de 1897, tinha 27 anos. Seus restos mortais repousam na igreja de Omegna, sua cidade natal.

Missa em honra do Venerável André Beltrami e pedindo ao Senhor por sua beatificação.

Omegna, Itália – Fevereiro de 2018

“No dia 20 de fevereiro se comemora o aniversário da minha doença: e eu o comemoro festivamente, como de um dia abençoado por Deus, um dia faustoso, cheio de alegria e dentre os mais belos da minha vida”. Estas as palavras com que o Venerável P. André Beltrami SDB (1870-1897) celebrava, junto com o aniversário da profissão religiosa e da ordenação sacerdotal, o início da sua grave doença. Nessa circunstância recitava de coração o ‘Te Deum’ por ter-lhe o Senhor concedido a graça de sofrer por Ele. Tal ocorrência foi sublinhada no dia 20 de fevereiro pela comunidade cristã de Omegna (Verbano-Cusio-Ossola) com mui solene Eucaristia presidida pelo P. Pierluigi Cameroni SDB, Postulador geral para as Causas dos Santos, com a participação de diversos sacerdotes, seminaristas da Diocese de Novara e membros da FS.













PADRE ANDRÉ BELTRAMI - um salesiano especial

Na noite de 29 de dezembro de 1897, o Pe. André Beltrami, salesiano, gravemente enfermo de tuberculose, (na época doença fatal) levantou-se sozinho da cama, vestiu a batina, e acomodou-se novamente em seu leito e esperou docemente a morte, que veio buscá-lo na manhã seguinte, com a presença de vários irmãos da Congregação, que rezavam em torno dele.
Tinha 27 anos de idade, nascido que fora em Omegna, província de Novara, norte da Itália, em 24 de junho de 1870. Era o primogênito de dez irmãos. Estudou no colégio salesiano de Lanzo (província de Turim) e aí se encontrou com Dom Bosco.  Após longa conversa com o Santo fundador dos Salesianos, decidiu abraçar a vocação sacerdotal na família salesiana. Os pais, apesar de bons cristãos, custaram a aceitar a ideia de ter o filho mais velho como padre. “A graça de minha vocação, disse ele, foi para mim de todo especial. O Senhor pusera em meu coração a convicção de que meu único caminho na vida era ser salesiano.” Sua mamãe, concordando afinal com sua escolha, levou-o ao seminário salesiano de Foglizzo, recomendando ao diretor: “Faça de meu filho um santo.” E o propósito do jovem André, escrito em seu livrinho de notas naquele dia, foi: “Fazer-me santo.”.
Como aluno especial, sobretudo na língua italiana, recebeu certa vez a estranha nota 11, justificando o professor que 10 era pouco para um trabalho tão excepcional.
Fez os votos religiosos em 02 de outubro de 1887, nas mãos de Dom Bosco, que disse dele: “De Beltrami, só há um!” – era mesmo especial...
Como estudante de teologia, em preparação ao sacerdócio, exercia uma atividade realmente especial: professor de latim e italiano a 80 seminaristas, aluno da faculdade de Letras e Filosofia na Real Universidade de Turim. Foi então que conheceu o príncipe Augusto Czartoryski, recentemente entrado na Congregação, e que ficara tuberculoso. O seminarista Beltrami foi incumbido de dar-lhe assistência em Turim e outros lugares, por onde o príncipe andou em busca da cura. Foi talvez aí, que Beltrami contraiu a doença e iniciou o último período de sua vida.

Foi ordenado sacerdote em 08 de janeiro de 1893, já muito doente, com 23 anos incompletos, pelo primeiro bispo salesiano, Dom João Cagliero, nas “camerette” (quartinhos), onde Dom Bosco viveu e trabalhou em seus últimos anos de vida na Casa Mãe dos Salesianos de Valdocco – Turim.

Seu quarto de doente em Valsálice, subúrbio de Turim, tinha uma janela que olhava para o presbitério da capela, de onde Pe. Beltrami podia ver o sacrário. É especial seu horário de cada dia: Das cinco da manhã as nove, oração com a Santa Missa num pequeno altar, preparado em seu quarto.
Sua Missa durava cerca de duas horas, sem nenhuma tosse, que, fora desse tempo, o atormentava o dia inteiro. Das doze e meia às dezessete horas, novamente oração e das vinte à meia noite, ainda em oração de adoração ao Santíssimo Sacramento. Fora desses horários, estudava e escrevia. De sua pena saíram muitos livrinhos de estilo popular, dedicado à juventude.
Seu programa de vida está no lema, que heroicamente assumiu como diretriz de sua vida: “não sarar, nem morrer, mas viver para sofrer”.

O Venerável Padre André Beltrami foi deveras um salesiano especial...



Algumas obras do Venerável Padre André Beltrami:
  • O INFERNO EXISTE: PROVAS E EXEMPLOS; em pdf AQUI
  • PÉROLAS E DIAMANTES
  • A ESMOLA: O BANCO MAIS VANTAJOSO E INFALÍVEL; trechos da obra AQUI
  • SANTA MARIA MARGARIDA ALACOQUE – HISTÓRIA DE SUA VIDA; em pdf AQUI
  • Tradução italiana dos primeiros volumes da edição crítica das obras de  São Francisco de Sales




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