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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Beato Timóteo Giaccardo, presbítero. O primeiro padre paulino (dois textos biográficos).




Giuseppe Timoteo Giaccardo, sacerdote paulino, italiano, pertence à Congregação da Pia Sociedade de São Paulo. A originalidade de sua vida está em ter sido o primeiro sacerdote da Família Paulina e um fidelíssimo discípulo do fundador, o Bem-Aventurado Padre Tiago Alberione. Nasceu em Narsole, norte da Itália. Sua família era pobre de bens materiais, mas rica de fé e virtudes cristãs.
Em 1908, Giuseppe encontrou-se pela primeira vez com o jovem padre Tiago Alberione que, em Narzole, estava dando sua colaboração na paróquia. Padre Alberione, percebendo no pequeno José profunda piedade e grande vontade de ser padre; encaminhou-o para o seminário da diocese de Alba. Tendo como guia espiritual padre Alberione, em 1917 José Timóteo entrou na “Obra de São Paulo” fundada em 1914 por seu mestre e cuja finalidade específica era a evangelização por meio da imprensa, a principal mídia da época.
Desde cedo, Giuseppe Timóteo mostrou-se uma pessoa de profunda vida interior, desejosa de ser cada dia melhor e ajudar seus semelhantes no bem. Por isso, com grande fé, acatou as orientações de Padre Alberione que indicava uma nova forma de santidade e de evangelização. José Timóteo, movido pela fé, foi fiel companheiro da “primeira hora”, seguidor incondicional e colaborador ativo do fundador da então nascente Família Paulina. Acompanhou todas as obras e todas as pessoas com grande perspicácia e sensibilidade.
Além de alguns livros, deixou como preciosa herança espiritual um “Diário”, rico da presença de Deus e desejos profundos de santidade para si mesmo e para todos. Sua fé em Deus e amor à missão faziam dele uma pessoa autêntica e radical. Lemos em seu “Diário”: “Ó Jesus, quero viver de tua vida, transforma-me. Quero ser ‘outro Jesus’ na minha vida e com todas as pessoas”.
Diante das grandes dificuldades para a aprovação da Congregação das Discípulas do Divino Mestre (uma das congregações fundadas por Alberione) que se dedicam à missão eucarística, missão sacerdotal e missão litúrgica, padre Timóteo não mediu esforços nem súplicas. Diante das respostas negativas não hesitou em oferecer a própria vida para garantir a existência na Igreja desta congregação, certamente querida por Deus. E o importante é que Deus aceitou a oferta. Foi assim que ele, acometido por leucemia, veio a falecer alguns dias após a aprovação pontifícia das Discípulas do Divino Mestre, no dia 24 de janeiro de 1948. A aprovação chegara no dia 12 de janeiro de 1948.
Dele escreveu o fundador:
“De 1909 a 1914, quando a Divina Providência preparava a Família Paulina, ele, embora não entendendo tudo, teve clara intuição da obra. As luzes que recebeu da Eucaristia, de sua fervorosa devoção mariana e a reflexão sobre os documentos pontifícios o iluminaram sobre as necessidades da Igreja e sobre os meios modernos para anúncio do Evangelho. Desde 1917, ainda seminarista, orientava os mais novos; foi chamado e tornou-se para sempre: o senhor mestre: amado, ouvido, seguido e venerado por todos. Foi o mestre que a todos precedia com o exemplo, que ensinava, aconselhava e construía com suas orações iluminadas e fervorosas. Gravou, pode-se dizer, em cada pessoa sua marca, e imprimiu algo de si em cada coração dos Sacerdotes e Discípulos, das Paulinas, Discípulas e Pastorinhas e em todos aqueles que se aproximaram dele por motivos espirituais ou sociais e econômicos. Foi mestre na oração: sabia falar com Deus. Vivia intensamente a devoção à eucaristia, a Nossa Senhora, à liturgia e nutria um grande amor à Igreja e ao Papa. Foi mestre na missão. Ele a sentia, a amava e a desenvolvia. Sabia suscitar energias, ser o sustento para os fracos e luz e sal, no sentido evangélico, para todos. Foi o coração e a alma da Família Paulina. Quem quiser conhecer alguém que encarnou totalmente o ideal e o carisma da missão paulina em sua integralidade, deve olhar o ‘senhor mestre’” (Tiago Alberione).
A aprovação e o reconhecimento de suas virtudes, por parte da Igreja, não se fizeram esperar. Em 1985 foi declarado venerável. E a 22 de outubro de 1989, o Papa São João Paulo II o declarou solenemente bem-aventurado. Foi, portanto, beatificado antes do Beato Tiago Alberione, seu amado fundador e mestre.


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Segundo texto biográfico:

Giuseppe Timóteo Giaccardo, nasceu em 13 de julho de 1896 em Narzole, diocese de Alba, na Itália. Os pais, pobres e tementes a Deus, batizaram-no no mesmo dia do nascimento. Deram-lhe como primeiro nome Giuseppe (José), motivo por que será chamado familiarmente de ‘Pinotu’ (Zezinho). O nome de Pe. Timóteo lhe será conferido, como então se usava para os religiosos, no dia 30 de julho de 1920, por ocasião da renovação dos seus votos.

Pe. Alberione, fundador da Família Paulina, escolheu para o primeiro sacerdote da recém-fundada congregação o nome do primeiro discípulo fiel de São Paulo. Em 1948, no dia 24 de janeiro, morreu após ter rezado o “Ângelus”, ao meio-dia. O Papa João Paulo II o proclamou bem-aventurado em 22 de outubro de 1989.


Um encontro providencial
No mês de maio de 1908, José encontrou pela primeira vez o Pe. Alberione. Tal encontro definiu toda a sua vida. Tinha apenas doze anos. Pe. Alberione escreve: “Mandado pelo bispo para ajudar, no domingo, o pároco de Narzole, fraco de saúde, notei imediatamente, entre os meninos que frequentavam a Igreja, o pequeno Giusseppe, pela sua piedade, seriedade quase superior aos anos, amor ao estudo, vivacidade, sempre contida nos limites de uma alegre inocência. De manhã, com seu amigo, que mais tarde se tornou missionário na África, chegava à igreja ainda fechada para ajudar na missa e para comungar”.


Primeiro sacerdote Paulino
No dia 19 de outubro de 1919, Timóteo Giaccardo sacerdote. Sua ordenação marcou a história da Família Paulina: era o primeiro sacerdote do novo Instituto Pia Sociedade de São Paulo. A sua ordenação sacerdotal não somente confirmava as bênçãos de Deus sobre a nova obra, mas declarava que o “apostolado das edições” é na Igreja e para a Igreja um ministério sacerdotal. Ele era o primeiro padre paulino que fora ordenado expressamente para um ministério novo na Igreja.



Naquela noite inesquecível, Pe. Giaccardo escrevia: “Maria, eu te amo com o amor de Jesus sacerdote. Quanto me é doce dizer-te isto. Sim, com o amor de Jesus, do qual tu me revestiste, me incorporaste, que infunde em mim a sua vida eucarística, da qual descende o meu sacerdócio”.

“Subi ao altar levando o ideal do meu tempo de clérigo: ‘Não sou mais eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim’. Para mim é muito agradável recordar, agradecer de forma explícita, Nossa Senhora, já que todo sacerdote sai do seu coração; e eu dele saí com uma superabundância de afetos, de cuidados, de providência, de graça, de vida”.




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