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quinta-feira, 25 de maio de 2023

Venerável Serva de Deus Irmã Edda Roda, Virgem. Uma alma trinitária.

 Sua vida interior

Irmã Edda foi uma alma trinitária do nosso tempo. Uma verdadeira alma contemplativa mas que viveu uma vida ativa e apostólica própria da sua congregação. e abraçou com a cruz da enfermidade!
Na Carta de 17 de setembro de 1978, ao Padre Antonio, ela revela que "o meu polo de atração é a Trindade".
Seu caminho é a viver a inabitação trinitária. Assim, no ano seguinte, na Carta de 28 de setembro de 1979, escreve: 
"Gostaria de viver em contínua adoração da Trindade que vive em mim, mas ainda que permanecendo com a vontade e o desejo ardente do coração, não estou sempre também com a inteligência e o pensamento que permanecem ocupados no trabalho; veja, Antonio, como sou pobre e limitada, mas não me desanimo antes me abandono totalmente a Deus; um só pensamento e desejo me persegue: "Amar", mas também isso na serenidade, na alegria, na grande paz que tenho neste período, sim porque estou vivendo uma quietude profunda da alma, dom imenso do Pai à minha pequena alma". 
E no seu Diário em 24 de junho de 1988, escreve uma frase que para mim marca sua vocação: "Ser a pequena alegria da Trindade". 
Em 15 de setembro do mesmo ano, anota:
"A ocupação cotidiana seja o amor simples e puro como Ele me disse com a Sua vida feita um irrevogável 'AMÉM' ao Pai. Eis o valor do silêncio que me lança sempre mais e só n´Ele, e me faz viver no desejo do amor dos 'TRÊS'". 
Irmã Edda experimenta esta profunda vida trinitária em união com Maria. Assim escreve na carta de 4 de janeiro de 1988: 
"Estou convencida de que o Senhor exulta de alegria todas as vezes que nos ouve em colóquio com Nossa Senhora. Considero uma graça grande que Ele fez me enamorar de sua Mãe, Ela a Virgem em escuta, em oração, em adoração, a Disponível, a Aurora que anuncia o Cristo Amém do Pai, a Mulher por excelência, a Mãe! O Ostensório, o Tabernáculo vivo". 

        Aspecto histórico de sua vida

     Irmã Edda Roda nasceu em 30 de outubro de 1940 em Leno, província de Bréscia (…). Aos quinze anos começou a frequentar a escola secundária pública para a formação profissional, mas, no segundo trimestre do segundo ano desistiu por motivos de saúde (…) obteve o diploma depois de entrar no convento em 1965 em Varese. Em julho de 1959, porém, obteve o diploma de enfermeira geral no hospital Bolognini de Seriate (…).

     Edda conheceu as Irmãs Capuchinhas trabalhando na Clínica San Francesco em Bérgamo e em 24 de setembro de 1959 em Gênova, iniciou seu postulantado. Em 12 de junho de 1960 iniciou seu noviciado em Loano e recebeu o nome de Irmã Adalberta da Santíssima Trindade. Depois do Concílio, no início dos anos 1970, quando se deu a possibilidade, ela escolheria retomar o nome de Batismo, Edda (…).

     Em 2 de outubro de 1962, em Loano, berço do Instituto, emitiu a primeira profissão religiosa (…). Nas poucas notas do seu Diário encontramos também o sonho de ser missionária da caridade a pensar na África e nos leprosos, sonho que depois se concretizará. Porém, em obediência às superioras e também à fragilidade da sua saúde e da sua pessoa, foi designada para uma missão na Itália de evangelização do povo, que ocupará os últimos anos de sua existência de forma intensa e envolvente (…).

     Em setembro de 1965, a irmã Edda foi transferida para Brescia para ajudar na creche. Ali permaneceu até setembro de 1967, altura em que regressou a Varese para prosseguir os estudos que concluiu em Gênova em 1970, obtendo um diploma de habilitação docente em escolas de nível preparatório.  Em 16 de outubro de 1967 emitiu os votos perpétuos.

 

     Os anos de 1966 a 1973, e novamente com uma recaída em 1987, a viram várias vezes hospitalizada na casa de repouso de Bérgamo por síndrome astênica com quedas de humor que talvez levem suas irmãs a rotulá-la superficialmente como deprimida e hipocondríaca. Em outubro de 1974, Edda estava de volta a Gênova, sendo tratada de exaustão. Em 1977 obteve o diploma no Curso Superior de Teologia, e, do seu serviço pastoral, resultou uma intensa atividade no campo das Missões Populares, uma itinerância evangelizadora que fez crescer um entusiasmo cada vez mais forte no coração de Edda para o anúncio do Evangelho no encontro com as pessoas.

As pessoas que ela encontrava nas casas e nas paróquias continuavam a afeiçoá-la porque eram atraídas pelo bem. Era uma ocorrência comum". A afabilidade, a desenvoltura na fala capaz de atrair as pessoas, a preparação teológica, a simplicidade no aprofundamento da Palavra e no ensinar a ler o Evangelho de maneira nova, a rezar com o coração e a sabedoria para consolar os que sofriam.

     Em agosto de 1995, ela foi diagnosticada com câncer uterino. Foi ela própria quem comunicou discretamente o diagnóstico às freiras do refeitório, ao regressar do hospital onde tinha feito os exames. As religiosas que a acompanharam ou conheceram durante a sua doença são unânimes em recordar a sua grande paciência e serenidade em aceitar e suportar o sofrimento, as terapias, o grande mal-estar físico que sofria.

 

     Transferida para a clínica de Bérgamo, faleceu no dia 16 de junho de 1996, retornando ao Pai em silêncio e discrição, em um estilo de vida típico de esquecimento de si mesma, abandonada Àquele que tanto amava.

 

     Em 23 de setembro de 2017, foi aberto na Cúria de Bérgamo o processo diocesano para a causa de beatificação de Irmã Edda. No dia 20 de maio de 2023, o Papa Francisco, juntamente com outros sete Servos de Deus, reconheceu suas virtudes heróicas da Serva de Deus. No dia 20 de maio de 2023. Portanto, doravante, recebe o título de VENERÁVEL.

      Agora, sua postulação para a causa de beatificação e canonização aguarda que a Santíssima Trindade, a quem a Venerável Irmã Edda tanto amava e adorava no fundo de sua alma, se digne alcançar, por sua intercessão o (s) milagre (s) que a leve às honras dos altares.

      P. RESTA, Irmã Edda Roda. Missionário do povo e apóstolo da consolação, Gorle, 2016.

      Site oficial: https://www.archiviomrubatto.it/suor-edda-roda/

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