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terça-feira, 22 de agosto de 2023

A batalha entre Miguel e seus anjos e Satanáse seus anjos.


E vamos caminhando na "Quaresma de São Miguel", preparação para a Festa do dia 29/09.

Sobre a "batalha" de Miguel e seus anjos fiéis a Deus contra Satanás e seus anjos decaídos, é importante que compreendam que não foi uma luta na qual esses espíritos angélicos usaram socos, pontapés, empurrões, espadas, lanças, flechas ou raios... Nada disso!

Os anjos foram criados com sua natureza angélica, portanto, portadores, em graus muito perfeitos, de acordo com suas hierarquias, com os dotes das criaturas livres, como o ser humano, criadas à imagem e semelhança de Deus: com inteligência, liberdade, razão e vontade.

Não tinham as fraquezas que nós, seres humanos, depois da queda de nossos primeiros pais, passamos a ter.

Eram espíritos puros, todos criados e bons e santos, porém, gozavam do dom da liberdade, do livre arbítrio, e de uma vontade plenamente livre.

E eram essas vontade e liberdade que precisavam serem postas à prova por Deus, que não quer ser servido e nem amado obrigatoriamente, de forma forçada, de forma involuntária: formas imperfeitas, contrárias ao próprio Deus, Ser Eterno, plenamente feliz, amoroso e livre em sua Unidade e Trindade.

A "batalha" foi travada entre as inteligências e vontades dos anjos bons contra as inteligências e vontades dos anjos maus. Argumentos de fervor, amor, submissão e humildade dos anjos bons com relação a Deus, contra argumentos de revolta, insubmissão, rebeldia e ódio contra Deus.

Os anjos bons entenderam que sua liberdade estava na servidão a Deus. Os maus colocaram em suas mentes que serem livres era afastarem-se de Deus e seguirem suas próprias vontades.

Obviamente que, com isso, os Anjos bons foram admitidos à visão beatífica da Trindade, à glória do paraíso, à recompensa eterna. E os maus, afastando-se de Deus, afastaram-se do amor, da humildade, da paz, da alegria e da vida, mas, mesmo assim, preferiram isso a serem "escravos de Deus".

Por isso que o pecado dos demônios foi imenso e irreversível. A decisão deles não foi movida por fraqueza:  eles escolheram livremente isso. Foi uma decisão bem pensada. Definitiva. Só não sabiam quão terrível seria o inferno: lugar e estado de atrozes sofrimentos: o fogo eterno, o "verme que não morre" e gritam, berram e urram constantemente as dores de suas condenações e destilam seu ódio contra Deus e contra tudo que Deus ama, significa e quer.

Os demônios sabem que Deus é bom e misericordioso para com os seres humanos, mas, não creem que Deus foi bom com eles, pois, interpretam que Deus não era para ter criado eles para serem servos dEe, do Filho feito homem, de Maria Imaculada: uma mulher santíssima, mas, uma criatura humana, de natureza inferior à deles, e nem de nós, filhos e filhas adotivos de Deus. 

Daí que toda a sua obsessão está voltada em ofender a Deus, a quem odeiam com todas as suas forças e a atrapalhar os planos de Deus, especialmente, tentando os homens, para que se sintam "livres como eles" e optem, como eles, por uma vida fora da vontade de Deus, afundados em vícios, maldades, libertinagens, ateísmo prático, e, como eles, caiam no fogo eterno...

Giovani Carvalho Mendes
(Irmão João Maria da Encarnação, ocds) 

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