“Para o meu
coração, Tu és o Amor ardente, infinito, fim de toda ansiedade, fonte de desejo
insaciado, fonte de suavidade.”
Uma Rosa Desfolhada
Tilde Mazotti
nasceu em 28 de maio de 1915, em Reggio Emilia e morreu na Província de
Florença, em Paterno di Pelago, pequena cidade sobre as colinas valdarnesas (na
Itália), em 1939, com só 24 anos, consumida pela tuberculose. O seu percurso
humano e espiritual, apesar a brevidade de sua vida, é de uma extraordinária
riqueza interior e tem a particular capacidade de suscitar a simpatia daqueles
que se aventuraram a encontrá-la em seus escritos e especialmente no seu
esplêndido Diário, documento impressionante de um itinerário espiritual
intenso e fulgurante.
Tilde, de fato,
é uma moça vivaz e enamorada pela vida e é por esta razão que é capaz de
cumprir, na brevidade de sua existência, um intenso itinerário de fé marcado
por uma forte tonalidade afetiva que a conduz a uma vibrante identificação com
a pessoa de Cristo como Santa Teresinha de Lisieux, cujo
testemunho a impressionou, dando-lhe o sentido de sua vida e de sua
experiência. Teresa escreveu, nos
últimos meses de sua vida, uma sugestiva poesia com o título de Uma
Rosa Desfolhada, aludindo a seu percurso humano e espiritual que a
tinha conduzido, com somente 24 anos como Tilde, ao limiar da eternidade onde
sua vida era desfolhada, como uma rosa, até o fim para encontrar a adorável
Face de Cristo.
De fato, também
Tilde, em 1930, percebe os primeiros sintomas da tuberculose que a conduziu a
um duro confronto com uma doença que não perdoa. Em 1932, de fato, é enviada ao
Sanatório em Prasomaso, na província de Sondrio, mas a doença resiste a todos
os tratamentos, obrigando Tilde a uma longa permanência na cama com febre. Em 1937, a família se muda para Florença.
Aqui Tilde se inscreve na Universidade de estudos de Florença (Faculdade de
Magistério) e participa com entusiasmo da FUCI (Federação Universitária
Católica Italiana). Tilde, de fato, ama muitíssimo o estudo e já tinha obtido a
habilitação para o ensino elementar.
Um ano depois
(1936), acontece seu primeiro encontro com a espiritualidade dominicana que
marca, de maneira decisiva, toda sua experiência espiritual. No convento das
Irmãs Dominicanas de Covigliaio, onde estava por motivos de saúde, encontra o
noviço dominicano Frei Antonio Lupi. Em 07 de agosto de 1938, começa a escrever
seu diário espiritual, enquanto sente com força a vocação à vida religiosa e
pensa em entrar entre as Irmãs Dominicanas. Teme somente que a mãe possa sofrer
com esta decisão. Recorre ao auxílio do tio Angelo Casali, padre escolápio,
para que possa ajudá-la na realização de sua vocação. Encontra, no mesmo ano, o
Padre Stefano Lenzetti, dominicano, que lhe é apresentado pelo Frei Antonio
Lupi e que se torna seu diretor espiritual. Em 12 de dezembro de 1938, emite,
nas mãos do Padre Lenzetti, o voto de obediência e de abandono nas mãos de
Deus.
Em junho de
1939, pronuncia o voto de “vítima de holocausto de amor e sacrifício”
– a exemplo de Santa Teresinha de Lisieux – nas mãos de seu confessor que o
permite somente por sua vivíssima insistência. No mesmo ano, os progressos da
doença se tornam irreversíveis. Transfere-se a Paterno di Pelago e recebe uma
carta de Frei Antônio Lupi, em que ele escreve que, depois de Deus, da Virgem
Santíssima e dos santos do céu, ela é a “mãe” de sua vocação: eles serão
dominicanos e apóstolos juntos!
Tilde morre em
03 de outubro, em Paterno di Pelago. Tinha 24 anos. Em 05 de julho de 1995, o
então Arcebispo de Fiesole, Mons. Luciano Giovannetti, abre o processo de
beatificação de Tilde. Em 25 de janeiro de 1999 foi encerrado o processo
diocesano sobre a vida e virtudes heróicas, cujos atos estão agora em Roma para
o exame da Congregação para a Causa dos Santos.
A presença dos santos diz que o cristianismo
não é uma mentira; de fato, se não houvesse santos, seria uma mentira mesmo a
morte de Cristo. A eficácia da morte de Cristo se mede pela salvação do homem,
pela santidade que esta morte comunica ao mundo.
Uma página
significativa do Diário de Tilde:
Ave Maria! Entre teus braços, sobre o teu Coração,
eu durmo, sonho, penso, deliro. Se eu sonho de olhos abertos, sonho contigo,
Amor, e sei que o vento, de fato, não dispersará a aérea e leve luminosidade
deste Amor do céu. Para o meu espírito, ansioso pela verdade, Tu és a verdade
eterna e imutável, repouso a todas as buscas, força contra todo o ceticismo e
luz para toda escuridão e tormentoso pessimismo. Para o meu coração, Tu és o
Amor ardente, infinito, fim de toda ansiedade, fonte de desejo insaciado, fonte
de suavidade. À minha ternura, Tu te ofereces, Jesus, com um dom de Ti que me
faz vibrar de amor: ao meu amor, estendido pelo sofrimento, Tu ofereces chagas
e sangue, sangue vermelho de amor, sangue vivo, Teu sangue. Dai-me, Jesus,
sofrer por Ti; uni-me a Ti, só em pura dor. Somente assim poderei sentir-me
tua. Funde minha alma no fogo do teu sangue, Jesus; o meu coração espera e
aguarda.
(cfr. Elena
Cammarata, Rimanete nel mio amore. Itinerario spirituale di Tilde Manzotti,
Edizioni Feeria-Comunitá di San Leolino, Panzano in Chianti, Firenze 2002, pp.
118-119).
ORAÇÃO
Ó Jesus, vivo
respiro da Santíssima Trindade, Tu nos enches de teu amor, da tua oração, do
teu perdão na vida da Igreja.
Assim formas nos
teus santos aqueles filhos da luz que iluminam a nossa peregrinação sobre a
terra magnífica, mas também coberta pelas trevas da dor e de nossas
necessidades humanas.
Peço-te, por
intercessão de tua Serva Tilde Manzotti, conceder-me a graça… que pela fé
espero de teu Coração que está imerso,
como já sempre na terra, no Amor do Pai e no dom inexaurível do Espírito Santo.
Amém.
Pai Nosso, Ave
Maria e Gloria.
Site:
http://tildemanzotti.altervista.org/
Quem receber
graças por intercessão da Serva de Deus Tilde Manzotti, ou quiser informações,
pede-se contatar a:
Comunità di San Leolino
Via S. Leolino,
1 – 50022
Panzano in
Chianti (Firenze) Italia
tel./fax
055.852041- info@sanleolino.org
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