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terça-feira, 17 de julho de 2018

Beata Maria Vitória de Fornari Strata, Fundadora


Pouco depois de sua morte, a Bem-aventurada Maria Vitória apareceu a uma devota admiradora usando três vestes: a primeira era de cor escura, mas enfeitada de ouro e prata; a segunda também era escura, mas enfeitada com gemas luzentes; a terceira era azul-branca, com um branco fulgurante. Prescindindo da sua historicidade, essa visão resume os três estados de vida (casada, viúva e religiosa) através dos quais a santa passou: foi de fato filha, esposa, mãe, viúva e religiosa (fundadora, superiora e simples freira). Deu exemplo das mais diferentes virtudes.



             Biografia
Maria Vitória nasceu em Gênova em 1562, sétima dos nove filhos de Jerônimo e Bárbara Veneroso. Cresceu num ambiente de amor e de piedade e também um pouco austero. A menina talvez tenha desejado entrar na vida religiosa, mas quando os pais lhe encontraram um noivo na pessoa de Ângelo Strata, uniu-se a ele em matrimônio aos 17 anos. Tiveram uma união feliz e muito harmoniosa, e não demoraram a chegar os filhos.

Quando Ângelo morreu, oito anos e oito meses após o matrimônio, cinco filhinhos se penduravam na saia da mãezinha de vinte e cinco anos e um sexto nasceria um mês depois. Não obstante a tranquilidade financeira e os filhos, Maria Vitória se sentiu improvisamente sem nada e atravessou uma tremenda crise, durante a qual invocou muitas vezes a morte. Só encontrou forças na fé, na oração e na penitência.

Pelo bem dos filhos, decidiu-se casar novamente, quando teve uma visão da Virgem Maria. Essas foram as palavras da Virgem para ela: “Seja brava e corajosa. Eu levarei você e seus filhos sob minhas asas. Viva em paz sem ansiedade. Se entregue aos meus cuidados e acima de tudo seja devotada ao amor de Deus”.

Superada a crise, pronunciou três votos: de castidade, de nunca usar joias e vestidos de seda e de não tomar parte em festas mundanas. Depois que suas filhas se tornaram cônegas lateranenses e os filhos entraram entre os mínimos, ela se uniu a Vicentina Lomellini Centurione, Maria Tacchini, Chiara Spinola e Cecília Pastori para fundar a Ordem das Irmãs da Anunciação Celeste no mosteiro preparado para elas no castelinho de Gênova por Estêvão Centurione, o marido de Vicentina. Ele também abraçou a vida religiosa e sacerdotal. A regra redigida pelo jesuíta Bernardino Zanoni, pai espiritual de Fornari, estimulava as religiosas a uma íntima devoção a Bem-aventurada Virgem da Anunciação e estabelecia uma intensa vida de piedade, uma pobreza genuína e uma clausura absoluta.

Fundadora e priora, Maria Vitória transcorre os últimos cinco anos como simples religiosa, dando exemplos de humildade e de obediência. Quando professou os votos e vestiu o hábito, como fundadora da nova Ordem, foi eleita superiora. Depois, por desejo próprio entregou o cargo para exercer somente os trabalhos mais humildes.

Morreu a 15 de dezembro de 1617 e foi beatificada por Leão XII em 1828. Sua festa litúrgica é celebrada no dia de sua morte.











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