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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

SÃO SILVESTRE I, Papa (o papa da "transição" do império romano do paganismo para o catolicismo)




No dia 31 de dezembro se comemora o dia de São Silvestre, motivo pelo qual em muitos países nesse dia acontece a “maratona de São Silvestre”. Quem foi São Silvestre e por qual motivo, muitos eventos, como maratonas e jantares são realizados em sua homenagem?

São Silvestre nasceu em data e local incertos morrendo em Roma no ano de 335 d.C. Quando o imperador Constatino decretou a liberdade de culto ao cristãos oficializando a religião cristã em todo o Império Romano, o cardeal Silvestre foi nomeado o primeiro papa do império de Constatino. O Martirológio Romano diz que foi o Papa Silvestre quem batizou Constantino, porém, a história dá outra versão, como se verá mais à frente...

O longo pontificado de são Silvestre (de 314 a 335) correu paralelo ao governo do imperador Constantino, numa época muito importante para a Igreja apenas saída da clandestinidade e das perseguições. Foi nesse período que se formou uma organização eclesiástica que duraria por vários séculos.

Nesta época teve lugar de destaque o imperador Constantino. Este, de fato, herdeiro da grande tradição imperial romana, considerava-se o legítimo representante da divindade (nunca renunciou ao título pagão de “Pontífice Máximo”), e, portanto, também, do Deus dos cristãos e, por isso, sentia-se “encarregado” de controlar a Igreja como qualquer outra organização religiosa.

Foi ele por isso, e não o papa Silvestre, que convocou no ano 314 d.C. um sínodo para sanar um cisma irrompido na África, e foi ele ainda que, em 325, convocou o primeiro concílio Ecumênico da história, em Niceia, na Bitínia, residência de verão do imperador. Silvestre, não podendo intervir por causa da sua idade avançada, enviou como seus representantes ao importante acontecimento o bispo Ósio de Córdoba e dois sacerdotes.

Assim fazendo, Constantino introduzia um método de intromissão do poder civil nas questões eclesiásticas que não será sem nefastas consequências. Mas, no momento, as consequências foram positivas, também pela boa harmonia que reinava entre o papa Silvestre e o imperador Constantino. Este, de fato, não poupou o seu apoio também financeiro para a vasta obra de construção de edifícios eclesiásticos, que caracterizou o pontificado de são Silvestre.

Em particular, foi precisamente Constantino que na qualidade de Pontífice Máximo pôde autorizar a construção de uma grande basílica em honra de são Pedro, na colina do Vaticano, após ter destruído ou parcialmente recoberto de terra um cemitério pagão, descoberto pelas escavações, feitas a pedido de Pio XII em 1939. Foi ainda a harmonia e colaboração entre o Papa Silvestre e Constantino que permitiram a construção de duas outras importantes basílicas romanas, uma em honra de São Paulo na via Ostiense e sobretudo a outra em honra de São João (São João do Latrão).

Constantino, aliás, quis até demonstrar a sua simpatia para com o Papa Silvestre dando-lhe o seu próprio Palácio Lateranense que foi desde então e por diversos séculos a morada dos papas. Não lhe deu, todavia, como afirma o Martirológio Romano, a satisfação de administrar-lhe o batismo (que Constantino recebeu só na hora da morte). São Silvestre morreu em 335.

São Silvestre não foi um papa ativo e independente, visto que o imperador Constantino detinha todo o poder de decisão e de comando, mas foi um personagem muito importante na história do Cristianismo, sendo que sob o seu pontificado, a Roma pagã se tornou cristã, mesmo conservando alguns ritos e cerimônias. Papa Silvestre morreu justamente no dia 31 de dezembro, foi o primeiro papa a ser beatificado sem ter sido martirizado e muitos eventos importantes em Roma e no cristianismo são ligados ao seu nome.


 
Lenda da "derrota do dragão" pelo Papa São Silvestre I

A lenda da derrota do dragão
Reza a lenda que São Silvestre derrotou um dragão, sinônimo do mal, enclausurando-o para sempre. Para derrotá-lo teve que descer 365 degraus para chegar até o dragão. Hoje, esses 365 degraus representam os 365 dias do ano, terminando com o dia da morte de São Silvestre.
Fazendo uma analogia com tal lenda, podemos dizer que assim como São Silvestre teve que descer 365 degraus para enfrentar o seu maior desafio, amedrontado, incerto de qual seria seu destino, sem saber se sairia vitorioso, a única certeza que levava consigo era a sua fé em Deus.
Assim é a nossa vida: descemos todos esses degraus nominados “dias” até chegarmos sobreviventes, vitoriosos ao último dia do ano, dia de São Silvestre, por esse motivo considerado o condutor que guia e transporta as almas e pessoas em direção ao Novo Ano.
Merecidamente no último dia do ano, o jantar, uma festa, uma maratona, entre outros eventos importantes são dedicados ao seu nome, aonde festejamos a vitória de termos chegado até o final e termos a possibilidade de recomeçarmos um novo ano!



Fontes:
O livro “Um santo para cada dia”, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
Site: https://tournatoscana.com/florenca/quem-foi-sao-silvestre/

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