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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

SANTA GIANNA BERETTA MOLLA, Mãe e Médica.



Santa Gianna Beretta Molla não é bem uma santa "desconhecida". Seu nome tornou-se de certa forma bem conhecido nas últimas três décadas, graças a seu processo de beatificação e canonização. Seu exemplo de amor materno que se entrega, que se sacrifica até o fim, até mesmo com a oferta da própria vida, feita de forma plenamente consciente, marcou muito. 
No entanto, noto que sua devoção deveria ser bem mais divulgada, em todas as dioceses e paróquias da terra. Não que ela seja uma santa "maior" que muitas outras que "pegaram" mais fama... Mas, porque seu exemplo, seu testemunho e sua mensagem são atualíssimas. Santa Gianna é uma voz, um grito constante contra o relativismo, o secularismo, o egoísmo, a destruição dos valores morais e familiares que campeiam por todo mundo. 
Espero que, com o tempo, o Espírito Santo do Senhor inspire ao clero e aos leigos uma maior devoção a essa mulher que foi uma "santa comum", como disse seu marido, Paulo, quando perguntado quem era Gianna... 


Santa Gianna Beretta Molla
Gianna Beretta nasce em Magenta (Milão, Itália) aos 04 de outubro de 1922. Desde sua primeira juventude, acolhe plenamente o dom da fé e a educação cristã, recebidas de seus ótimos pais. Esta formação religiosa ensina-lhe a considerar a vida como um dom maravilhoso de Deus, a ter confiança na Providência e a estimar a necessidade e a eficácia da oração.

Durante os anos de estudos e na Universidade, enquanto se dedicava diligentemente aos seus deveres, vincula sua fé com um compromisso generoso de apostolado entre os jovens da Ação Católica e de caridade para com os idosos e os necessitados nas Conferências de São Vicente. Laureada em medicina e cirurgia em 1949 pela Universidade de Pavia (Itália), em 1950 abre seu consultório médico em Mêsero (nos arredores de Milão). Especializa-se em pediatria na Universidade de Milão em 1952 e, entre seus clientes, demonstra especial cuidado para as mães, crianças, idosos e pobres.

Enquanto exercia sua profissão médica, que a considerava como uma «missão», aumenta seu generoso compromisso para com a Ação Católica, e consagra-se intensivamente em ajudar as adolescentes. Através do alpinismo e do esqui, manifesta sua grande alegria de viver e de gozar os encantos da natureza. Através da oração pessoal e da dos outros, questiona-se sobre sua vocação, considerando-a como dom de Deus. Opta pela vocação matrimonial, que a abraça com entusiasmo, assumindo total doação «para formar uma família realmente cristã».

Dia do matrimônio de Gianna com Pedro
Molla


Inicia seu noivado com o engenheiro Pedro Molla. Prepara-se ao matrimônio com expansiva alegria e sorriso. Ao Senhor tudo agradece, e ora. Na basílica de São Martinho, em Magenta, casa aos 24 de setembro de 1955. Transforma-se em mulher totalmente feliz. Em novembro de 1956, já é a radiosa mãe de Pedro Luís; em dezembro de 1957 de Mariolina e, em julho de 1959, de Laura. Com simplicidade e equilíbrio, harmoniza os deveres de mãe, de esposa, de médica e da grande alegria de viver.

Em setembro de 1961, no final do segundo mês de gravidez, vê-se atingida pelo sofrimento e pela dor. Aparece um fibroma no útero. Antes de ser operada, embora sabendo o grave perigo de prosseguir com a gravidez, suplica ao cirurgião que salve a vida que traz em seu seio e, então, entrega-se à Divina Providência e à oração. Com o feliz sucesso da cirurgia, agradece intensamente a Deus a salvação da vida do filho. Passa os sete meses que a distanciam do parto com admirável força de espírito e com a mesma dedicação de mãe e de médica. Receia e teme que seu filho possa nascer doente e suplica a Deus que isto não aconteça.

Alguns dias antes do parto, sempre com grande confiança na Providência, demonstra-se pronta a sacrificar sua vida para salvar a do filho: "Se deveis decidir entre mim e o filho, nenhuma hesitação: escolhei - e isto o exijo - a criança. Salvai-a"! Na manhã de 21 de abril de 1962 nasce Joana Manuela. Apesar dos esforços para salvar a vida de ambos, na manhã de 28 de abril, em meio a atrozes dores e após ter repetido a jaculatória: "Jesus eu te amo, eu te amo" morre santamente. Tinha 39 anos. Seus funerais transformaram-se em grande manifestação popular de profunda comoção, de fé e de oração. A santa repousa no cemitério de Mêsero, distante quatro quilômetros de Magenta, nos arredores de Milão (Itália).

"Meditata immolazione»"(imolação meditada), assim Paulo VI definiu o gesto da Beata Gianna recordando, no Ângelus dominical de 23 de setembro de 1973, "uma jovem mãe da Diocese de Milão que, para dar a vida à sua filha sacrificava, com imolação meditada, a própria". É evidente, nas palavras do Santo Padre, a referência cristológica ao Calvário e à Eucaristia.
Foi beatificada por São João Paulo II no dia 24 de abril de 1994, no Ano Internacional da Família, e canonizada, também por São João Paulo II no dia 16 de maio de 2004.


Milagres da Beatificação e Canonização:

Foi graças a dois milagres feitos no Brasil, atribuídos à pediatra italiana Gianna Beretta Molla, símbolo da luta contra o aborto, que ela foi proclamada santa pelo papa São João Paulo II.

Segundo a biografia oficial da nova santa, uma das poucas mulheres não-religiosas a alcançar a glória dos altares, conhecida como "a mártir do amor maternal" por ter preferido sacrificar a própria vida para dar à luz sua filha, o Brasil representava para ela um país ao qual queria ajudar, para onde pensou em se mudar na juventude como missionária leiga.

Mãe de família, médica pediatra, católica praticante, símbolo do "não" ao aborto, Gianna Beretta Molla (1922-1962), que em 1962 deu à luz sua quarta filha, Gianna Emanuela, não quis abortar apesar do fibroma uterino que acabou causando sua morte após dar à luz.

A nova santa escolheu levar sua gravidez até o fim, apesar de saber que tinha um tumor no útero e se negou a abortar, apesar das recomendações de vários médicos.

Beatificada em 1994 pelo Papa em plena luta entre a Santa Sé e a ONU sobre as políticas para o controle da natalidade e o aborto, em 1977 Beretta Molla intercedeu, segundo a Igreja, na cura milagrosa de uma gestante no quarto mês de gravidez, em Grajaú (Maranhão, centro).

Após o milagre ter sido aprovado pelo Pontífice em 1992, ela foi beatificada em 24 de abril de 1994, ano internacional da família, para que fosse venerada nos altares como modelo de "mãe de família".

Foi o primeiro passo para se tornar santa, mas para isto seria preciso demonstrar um segundo milagre.

A pediatra italiana, que morreu aos 40 anos, costuma ser usada como exemplo pelas autoridades católicas quando surge a discussão sobre o aborto, ao qual a Igreja se opõe firmemente, apesar de a prática ser legal em vários países da Europa, inclusive na Itália, e ilegal em quase toda a América Latina.

E é justamente por servir de exemplo que foi invocada por um jovem casal de Franca (São Paulo, nordeste), que durante o jubileu do ano 2000 lhe pediu em suas orações que favorecesse o nascimento de sua filha, apesar da perda de todo o líquido amniótico.

O nascimento, há três anos e meio, de Gianna Maria Arcolino Comparini, quarta filha do casal, depois de nos primeiros meses de gravidez se romper a membrana que contém o líquido para a sobrevivência do feto, foi declarado como milagre autêntico pelas autoridades eclesiásticas.

Mesmo que os médicos recomendem a interrupção da gravidez nestes casos, pois tanto o bebê quanto a mãe podem se infectar e o feto normalmente não resiste, a mãe brasileira não quis fazer o aborto e levou a gravidez até o fim, dando à luz uma menina saudável.

A canonização da médica, nascida em Magenta (norte da Itália), defendida pela organização conservadora Ação Católica, na qual militou desde jovem, foi elogiada por vários cardeais e prelados.

À cerimônia solene, presidida pelo Papa, estiveram presentes vários ativistas da organização, assim como representantes da Igreja brasileira.

O caso de nossa querida santa foi qualificado pelo papa Paulo VI como o de "uma mãe que para dar a vida ao seu filho, sacrifica a sua própria com meditada imolação".



Outras fotos de Santa Gianna:























2 comentários:

Marcela Araújo disse...

Após fazer uma novena a Santa Gianna, uma amiga grávida conseguiu um medicamento através do SUS que não havia possibilidade alguma de conseguir, devido o auto custo. Desesperada por não conseguir mais custear o medicamento, ela sabendo através de mim desta Santa, fez a novena e no décimo dia, um dia após o termino da novena, recebeu uma ligação e em prantos veio dar-me a notícia. Havia conseguido o medicamento.
Santa Gianna Beretta Molla...
Rogai por nós!

Unknown disse...

Marcela Araújo, que grande benção!

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