Santo Elzeário de Sabram, leigo franciscano |
Elzeário
nasceu no castelo de Ansouis, uma pequena aldeia de Provence (França) em 1285.
Seu pai era Ermangao de Sabran, conde de Ariano, no reino de Nápoles. Sua mãe
Lauduna d’Albe de Roquemartine era uma mulher de grande piedade e caridade para
com os pobres. Elzeário era o primogênito e a mãe, após o batismo, ofereceu-o
ao Senhor. Disse que estava disposta a entregá-lo antes que sua alma fosse
manchada em sua vida pelo pecado mortal. O voto heroico da mãe foi ouvido. Ele
teve ótima educação ao lado de seu tio Guilherme de Sabran, abade de renome do
mosteiro beneditino de São Vítor.
Todavia,
ainda muito jovem, por vontade de Carlos de Anjou, casou-se em 1299 com Delfina
de Signe. Elzeário, muito inclinado à piedade, e Delfina, que não queria o
casamento, de comum acordo resolveram conservar a virgindade, mesmo após as
núpcias, e cumpriram o seu acordo.
Pintura em tela: Santo Elzeário e sua esposa, Beata Delfina, com outros santos, diante de Cristo. |
Elzeário,
com a morte de seu pai, tendo herdado, com outros títulos de nobreza, também o
de conde de Ariano, foi para a Itália para tomar posse do condado, sob a
imediata autoridade do rei. Naquela ocasião brilharam as virtudes de Elzeário.
Por sua ardente caridade e o senso de moderação dos contratempos, conquistou o
amor do povo. Seu talento o fizeram querido pelo Rei de Nápoles. Em 1312,
quando Roma foi sitiada pelo exército do Imperador Henrique VII de Luxemburgo,
Roberto de Anjou encomendou ao Conde de Ariano o mando de seus soldados que
pediam ajuda do Papa. Elzeário aceitou a pesada tarefa com tanta persistência
que forçou os imperiais a abandonar Roma.
Depois
de quatro anos na Itália, retornou a Provence. Este retorno foi motivo de
grande alegria para Delfina, e para todos os povos da região. Neste momento, o
casal recebeu o hábito da Ordem Terceira de São Francisco das mãos do Padre
João Julião da Riez. Se antes fizeram o juramento de perseverarem na
virgindade, agora fizeram o voto de perpétua castidade. Todos os dias eles
rezavam o ofício dos terciários e multiplicavam as obras de caridade e de
penitência. O hábito franciscano consistia em uma túnica de pano cinza até os
joelhos, apertada com o cordão. Ele se preocupou que, em seus territórios,
florescessem a vida cristã, se mantivessem bons costumes, se administrasse a
justiça e se defendessem os pobres da opressão dos ricos.
A
27 de setembro de 1323 foi o último dia de sua vida. Ele quis ter ao seu lado o
famoso padre e teólogo Francisco Mairone com quem fez a confissão geral e de
quem recebeu o Viático. Foi canonizado por Urbano V em 15 de abril 1369. Em sua
canonização estava presente sua esposa Delfina. Em Ariano Irpino (Avellino) é
venerado como um co-padroeiro da cidade.
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Em breve, publicaremos sua biografia juntamente com a Beata Delfina.
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