Resumo biográfico
Repleta de fé e de
amor a Deus, Santa Valburga nos aponta o caminho da santidade e do suave perfume
de uma vida dedicada a Deus. “Confirmada no santo amor de Deus, tendo vencido o
mundo e todos os seus atrativos, repleta de fé, saturada de caridade com os
adornos da sabedoria e a joia da castidade, notável pela benevolência e
humildade, foi receber o galardão que devia coroar tantas virtudes”. Assim um
monge relata para nós a vida de Santa Valburga.
Nascida em
Devonshire na Inglaterra por volta de 710, Valburga era filha de Ricardo, rei
dos Saxões do Oeste e Viana, que morreu logo cedo e irmã de Vilibaldo e
Vunibaldo que também foram elevados à honra dos altares. Valburga e sua
família, apesar de muito nobres eram cristãos muito piedosos. Muitos abriram
mão desta nobreza e de toda a realeza a que tinham direito para viver uma vida
de santidade.
Por volta do ano
721, Ricardo que havia entregado o trono ao seu sobrinho, juntamente com seus
filhos realizaram uma peregrinação para a Terra Santa. Naquela época eram
perigosas as peregrinações por conta da violência dos saxões, mas nada os
impediu de seguirem viagem. Valburga foi confiada à priora da Abadia de
Wimbourne na cidade de Dorsetshire. Seu pai veio a falecer dois anos depois na
cidade de Luca na Itália e foi sepultado pelos dois filhos que posteriormente
se tornaram sacerdotes.
Valburga se tornou
monja e em 748 foi enviada à Alemanha para fundar novos mosteiros e escolas.
Acolhida pelo Bispo Bonifácio, empreendeu grandes projetos de evangelização e
diversos milagres consolidaram sua santidade vindo a tornar-se abadessa.
Morreu no dia 25 de
fevereiro de 779. Seu corpo foi sepultado no mosteiro de Heidenheim e
posteriormente transladado para a Igreja de Eichestat. Foi canonizado no ano de
893 e seu corpo encontrava-se incorruptível. Do seu túmulo brotava um óleo de
suave perfume que ficou conhecido como “Óleo de Santa Valburga” por ser
milagroso.
Que o “suave
perfume” da santidade e de uma vida dedicada a Deus possa exalar de nossos
corações e com a intercessão de Santa Valburga possamos perfumar o mundo com a
graça de Deus.
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Biografia
Santa Valburga foi uma das mais populares santas da Idade Média. Ela
nasceu na Inglaterra. Seu pai, Ricardo, possuía um castelo em Dorsetshire; sua
mãe, Viana, era piedosa e mãe extremosa. Ambos são venerados como santos pela
Igreja. O casal teve três filhos: Vilibaldo, Vinibaldo e Valburga.
Vilibaldo
foi educado na Abadia de Waltham, perto de Winchester. Vinibaldo, de
temperamento menos ativo e mais contemplativo, foi educado em casa. Quando
tinha seis anos de idade, nasceu-lhe uma irmã que foi batizada com o nome de
Valburga, equivalente no grego a Eucheria, que significa “graciosa”. Muito cedo
perderam a mãe e uma amizade muito profunda ligou os dois irmãos.
Em 721, Vilibaldo, então com cerca de vinte anos, manifestou o desejo de
visitar a Terra Santa. Deixou a abadia com a licença de seu superior e voltou
para Dorsetshire para persuadir o irmão a acompanhá-lo na viagem. Ricardo
estava enfermo e Vinibaldo não queria deixá-lo só. Sequer mencionou ao pai os
planos do irmão mais velho. Mas, este revelou seu plano e tão eloquente foi,
que o pai resolveu acompanhar os filhos na peregrinação.
Valburga tinha então 11 anos apenas. Ela sabia, contudo, que as
peregrinações, muitos frequentes entre os saxões, exigiam muito dos viajantes
que enfrentavam dificuldades e perigos; muitos meses se haviam de passar antes
que fosse possível receber noticias dos peregrinos; o seu pai era velho, talvez
não resistisse aos rigores da penosa e longa peregrinação... Todavia, nada fez
para dissuadir seu pai de tão santa decisão.
A Rainha Cuthberga fundara recentemente em Dorsetshire a Abadia de
Wimbourne. Esposa do Rei Alfredo, a rainha sentira um chamado para uma
dedicação total a Deus e obtivera licença do esposo para se tornar monja. O
magnífico mosteiro duplo de Wimbourne tornou-se logo célebre pela santidade de
seus habitantes e austeridade da sua disciplina.
Ricardo resolveu levar a pequena Valburga para esta grande abadia, para
que dela cuidassem as monjas enquanto ele se ausentava. Ao se despedir de seu
pai, Valburga não imaginava que não o tornaria a ver: o santo homem faleceu na
Itália, sendo sepultado pelos dois filhos em Lucca.
Enquanto seus irmãos abraçavam a vida monástica em Roma, Valburga adotou
também o estado religioso, passando vinte e seis anos em Wimbourne.
Destes vinte e seis anos pouco se sabe, mas, tendo em vista que o nível
intelectual das monjas daquele mosteiro era muito elevado, pois escreviam com
fluência o latim e o grego, e com facilidade citavam os clássicos, sendo
notáveis suas iluminuras e transcrições de Missas, Sagradas Escrituras, etc.,
além de bordados em fio de ouro e prata, presume-se que Valburga recebeu sólida
instrução e aperfeiçoou-se em todos estes trabalhos.
Aconteceu então que São Bonifácio, tio de Valburga, o grande apóstolo da
Alemanha, foi a Roma pedir ajuda para o seu trabalho missionário naquela
região. O Papa instou Vilibaldo e Vinibaldo a acompanharem o dedicado tio.
Mais tarde, por meio de uma carta dirigida a Lioba, sua prima, e a
Valburga, sua sobrinha, São Bonifácio convidou-as a fundar um mosteiro em sua
diocese, para mostrar às mulheres daquela região o exemplo das virgens cristãs.
Após breves preparativos Santa Lioba e Santa Valburga, com algumas
companheiras, deixaram sua terra natal para devotar suas vidas à conversão da
Alemanha.
Durante a viagem da Inglaterra para a Alemanha as monjas enfrentaram uma
tempestade que obrigou os marinheiros a se desfazerem da carga. Valburga
implorou a Deus e, sobrevindo repentina calma, os viajantes desembarcaram sãos
e salvos em Antuérpia. Na mais antiga igreja desta cidade há uma gruta onde
Santa Valburga costumava rezar enquanto esperava para reiniciarem a viagem. Ela
é muito venerada naquela cidade desde sua permanência ali.
Vilibaldo fundou o Mosteiro de “Eihstat”, que se tornaria mais tarde a
Diocese de Eichstätt. Valburga tornou-se abadessa de um mosteiro beneditino
feminino em Heidenheim - morada dos pagãos, em alemão - local onde já se
instalara seu irmão Vinibaldo com seus monges. Em breve o significado desse
nome perderia o sentido, pois os dois mosteiros converteram gradualmente a
aridez espiritual e material da região, e os campos deram abundantes colheitas.
À morte de seu irmão, Valburga assumiu a direção do mosteiro masculino
que ele dirigira. Ela era muito respeitada e amada ainda em vida. Sua vida de
profunda oração, sua caridade e coragem, bem como os milagres que ela
realizava, tornaram-na venerada pelo povo que vivia à sombra dos mosteiros
dirigidos por ela.
Nos últimos anos, conforme relata o monge Wolfhard que escreveu sua vida
mais ou menos cem anos depois de sua morte, ela "confirmada no santo amor de Deus, tendo vencido o mundo e todos
os seus atrativos, repleta de fé, saturada de caridade com os adornos da
sabedoria e a joia da castidade, notável pela benevolência e humildade, foi
receber o galardão que devia coroar tantas virtudes".
Santa Valburga foi assistida por seu irmão São Vilibaldo em seus últimos
momentos, tendo ele lhe administrado os Sacramentos. Ela faleceu em 25 de
fevereiro de 779 e foi sepultada ao lado do irmão Vinibaldo. Cem anos depois, o
Bispo Otkar de Eichstätt, resolveu restaurar a igreja e o mosteiro de
Heidenheim, e exumou o corpo de Santa Valburga que foi encontrado incorrupto e
coberto por um fluido precioso, qual puríssimo óleo. O corpo foi
transladado para a Catedral de Eichstätt, e milagrosas curas se operaram
durante o trajeto da preciosa relíquia.
Há mais de mil anos esta misteriosa umidade oleosa, que é coletada das
relíquias de Santa Valburga pelas monjas, vem operando milagrosas curas. Os
documentos mais antigos que relatam os milagres atribuídos ao óleo foram
escritos entre 893 e 900.
Este óleo tornou-se conhecido como "óleo de Santa Valburga" e
vem sendo um sinal de sua contínua intercessão. O óleo é colocado pelas
religiosas em pequenas ampolas de vidro que são dadas aos peregrinos. Curas
atribuídas à intercessão de Santa Valburga acontecem até os nossos dias.
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No século XVI, a terra natal de Santa Valburga, Inglaterra, separou-se
da Igreja Católica após séculos de fidelidade a Roma. Naquele século, muitos
católicos foram martirizados por não aceitarem a nova igreja fundada pelo rei
Henrique VIII, que se autoproclamou chefe da Igreja Anglicana. Depois dele, os
reis da Inglaterra sempre exerceram aquele cargo até os dias de hoje.
Neste início do século XXI, entretanto, uma onda de conversões de
anglicanos percorreu todo o Reino Unido (Inglaterra e suas ex-colônias).
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