Nelsinho Santana
nasceu em Ibitinga (SP), no dia 31 de julho de 1955. Era o terceiro de oito
filhos do casal João Joaquim Santana e Ocrécia Santana. Sempre foi um menino
muito católico: gostava de ir à Santa Missa e tinha grande devoção por Nossa
Senhora. Aliás, eram Jesus e Maria seus maiores amigos.
Aos sete anos,
sofreu uma queda, que resultou em uma fratura do úmero (osso do braço), logo
abaixo do ombro esquerdo. Logo depois, veio a descobrir um câncer ósseo, que o
fez viver dois anos em um hospital. Inclusive, o osso fraturou exatamente por
causa da existência da lesão que fragilizara o osso acometido.
Durante o tempo
em que ficou internado, o menino conheceu um Missionário Redentorista, o jovem
padre Gerhard Rudolfo Anderer. Nelsinho perguntou se ele poderia levar a
comunhão eucarística para ele todos os dias, pedido que o padre aceitou e,
assim, ficou sendo seu amigo e confidente.
Nelsinho teve o
seu braço amputado e sofria muito com as dores e infecções.
- "Era nos
dias de curativo que ele sentia seus limites e conhecia bem sua fraqueza. Era,
cada vez, e sempre de novo, um retorno dilacerante ao mesmo e conhecido
Calvário. Para não gritar de dor, ele beijava com força o crucifixo que sua
amiga e confidente, Irmã Genarina, lhe tinha colocado à disposição para seus
momentos de emergência”.
Realmente, a
Irmã Genarina era o anjo colocado pelo Pai do Céu a seu lado para ajudá-lo a
dar seus passos sem tropeçar. Confidenciava-lhe, como um futuro campeão, que
apostava no amor poderoso de seu amigo Jesus:
– Eu canto sempre baixinho, em meu coração:
“O meu coração é só de Jesus. A minha alegria é a
Santa Cruz. Em penas e dores, em dura aflição, que viva Jesus no meu coração; que
viva Jesus no meu coração!”.
Pouco tempo
antes de morrer, ele confidenciou ao padre Rudolfo, missionário redentorista
que conheceu no hospital, que desejava morrer no dia de Natal, se Deus assim
permitisse. O bom padre não entendeu bem, até que, no dia marcado, ao levar a
comunhão, Nelsinho disse-lhe que Jesus
tinha aceitado seu pedido, e que ele iria passar o Natal com Jesus no Céu!
O relógio da
Santa Casa de Misericórdia de Araraquara, interior de São Paulo, marcava
dezenove horas quando Nelsinho Santana tinha seu encontro definitivo com Deus.
Era 24 de dezembro de 1964, véspera de Natal. Foi sepultado em Araraquara no
dia de Natal como indigente, pois a família não tinha recursos para bancar o
funeral. Depois uma sepultura perpétua foi doada por uma família religiosa.
A tocante
história da devoção marcou o coração do jovem padre e o acompanhou durante seu
ministério, até que ele resolveu publicá-la em 2005, em uma edição de
distribuição gratuita, pela Editora Santuário. “Nelsinho para Todos” já está na 87ª edição e teve quase meio milhão
de exemplares impressos e distribuídos.
Para o
redentorista, o principal desejo de Nelsinho era de que, depois que morresse,
ninguém pedisse a intercessão dele, mas, sim, pedisse a Jesus. “Quando alguém precisar de uma graça, não
peça pra mim, peça direto pra Jesus na hora da Missa, porque eu vou estar do
lado pedindo pra Ele atender”, lembrou padre Rudolfo.
Mesmo sendo tão
pequeno, padre Rudolfo lembra que Nelsinho tinha ideias muito claras sobre os
ensinamentos da Igreja, o que era ser cristão, sobre intercessão e a comunhão
dos santos e sempre queria aprender mais. Para o padre, a manifestação da
presença de Deus numa criança é a promessa do próprio Jesus, que via nelas a
herança do Reino de Deus.
Espiritualidade dos simples...
[Dizia o
menino]– Não sei como é no Céu. Mas, se
precisar de um braço, já consigo fazer alguma coisa como: mostrar a Jesus:
“Ajuda este aqui! Veja aquele ali! Não deixe de
socorrer aquele lá!” E assim por diante. Dessa forma posso ser mais útil, não é
mesmo
O caminho para os altares...
No dia 20 de Dezembro de 2011, às 19h30min, uma Missa
solene marcou o encerramento da fase diocesana do processo de beatificação e
canonização do Servo de Deus Nelsinho Santana.
No dia 20 de
fevereiro de 2012 foi aberto seu processo no Vaticano. No dia 06 de abril de
2019, o Papa Francisco declarou como “heroicas” suas virtudes teologais: fé,
esperança e caridade, bem com suas virtudes cardeais: justiça, fortaleza,
temperança e prudência. A partir dessa data, pode ser chamado de “Venerável
Servo de Deus”.
Seus restos
mortais repousam na cripta no interior da igreja matriz, da Paróquia Senhor Bom
Jesus, em Ibitinga-SP.
Um dos supostos milagres atribuídos a Nelsinho e que será
enviado ao Vaticano como testemunho para sua beatificação, foi o fato que
ocorreu no ano de 2007 quando o menino Vitor da Silva Leitão, de um ano, que
sofria de uma doença chamada macroencefalia (crescimento anormal do crânio),
foi curado em Brasília (DF) sem explicação médica.
Fontes:
Um comentário:
Só agora tomei conhecimento do Venerável Servo de Deus, Nelson Santana e começo a rezar por sua Beatificação, um exemplo para os jovens, principalmente os mais pobres, das periferias, onde custa a chegar a verdeira Palavra de Jesus, pregada pela Igreja que Ele criou e que hoje se chama Igreja Católica Apostólica Romana, cujo pastor mor atual é o Papa Francisco.
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