Santa
Adelaide é Padroeira das vítimas de abuso, noivas, imperatrizes,
princesas, exilados, problemas entre genros e sogros, maternidade,
pais de famílias grandes, madrastas, viúvas.
Narrada
por santo Odilo, abade de Cluny, que conviveu com ela, a vida de
santa Adelaide emociona pelos sofrimentos que passou.
De
rainha tornou-se prisioneira, sofreu maus-tratos e passou por
diversas privações para, depois, finalmente, assumir um império.
Tudo isso dentro da honestidade, vivendo uma existência piedosa, de
muita humildade e extrema caridade para com os pobres e doentes.
Viajou
para a Alemanha para pedir o apoio do imperador Oto, que, além de
devolver-lhe a Corte, casou-se com ela. Assim, tornou-se a imperatriz
Adelaide, caridosa, piedosa e amada pelos súditos. Durante anos tudo
era felicidade, mas o infortúnio atingiu-a novamente. O imperador
morreu e Adelaide viu-se outra vez viúva. Assumiu seu filho Oto II,
que aceitava seus conselhos, governando com ponderação. Os
problemas reiniciaram quando ele se casou com a princesa grega
Teofânia.
Como
não gostava da influência da sogra sobre o marido, conseguiu
fazê-lo brigar com a mãe por causa dos gastos com suas obras de
caridade e as doações que fazia aos conventos e igrejas. Por isso
exigiu que Adelaide deixasse o reino. Escorraçada, procurou abrigo
em Roma, junto ao papa. Depois, passou um período na França, na
Corte de seu irmão, rei da Borgonha.

Como
o neto de Adelaide, Oto III, não tinha idade para assumir o trono, a
mãe o fez. E novamente a vida de Adelaide parecia encaminhar-se para
o martírio. Teofânia, agora regente, pretendia matar a sogra, que
só não morreu porque Teofânia foi assassinada antes, quatro
semanas depois de assumir o governo. Adelaide se tornou a imperatriz
regente da Alemanha, por direito e de fato. Administrou com justiça,
solidariedade e piedade. Trouxe para a Corte as duas filhas de sua
maior inimiga e as educou com carinho e proteção.
O
seu reinado foi de obrigações políticas e religiosas muito
equilibradas, distribuindo felicidade e prosperidade para o povo e
paz para toda a nação. Nos últimos anos de vida, Adelaide foi para
o Convento beneditino de Selz, na Alsácia, que ela fundara, em
Strasburg. Morreu ali com oitenta e seis anos de idade, no dia 16 de
dezembro de 999. Algumas de suas relíquias são preservadas em um
santuário em Hanover. Com seu dia de festa a 16 de dezembro,
Adelaide está incluída no elenco das “Grandes mulheres na
História do Mundo – primeiro milênio”.
Exemplo
cristão de princesa, rainha, imperatriz e mãe, sua vida é um
exemplo para as mães de família. Santo Odilão de Cluny, seu
biógrafo, nos informa que: “no seio da família mostrava soberana
amabilidade, no trato com estranhos era de uma fidalguia prudente e
reservada. Mãe dos pobres, era protetora das instituições
eclesiásticas e religiosas. Boa e humilde para os bons, era severa
em castigar os maus e os ímpios.

A
lembrança dos pecados não a entregou ao desânimo ou ao desespero,
como também os bens deste mundo. Honra, magnificência e glória não
conseguiram perturbar-lhe a paz da alma, pois em tudo se baseava
sobre o fundamento de toda santidade: a humildade. Firme na fé, era
imperturbável sua esperança”. Intitulava-se “Adelaide, por
graça de Deus Imperatriz, e por si mesma pobre pecadora e deficiente
serva de Deus".
Oração

Oração
de Santa Adelaide
Faça,
Senhor Deus, nosso Pai, que aspiremos incansavelmente ao descanso que
nos preparastes em vosso reino. Dai-nos forças e inteligência nesta
vida, para suportarmos as agruras que nos rodeiam; para promovermos o
bem e a justiça e servirmos nossos irmãos. Amém.
Oração
Concedei-nos,
Senhor, pela intercessão de Santa Adelaide, que nossas famílias
sejam protegidas e livres de toda desunião e rancor. Por Cristo
Senhor Nosso. Amém
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