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sexta-feira, 16 de agosto de 2019

SANTO ESTEVÃO, Leigo e Rei da Hungria (+ 1038)


   Santo Estevão foi o primeiro rei cristão da Hungria. Filho de Geisa, duque da Hungria, nasceu em 975, na cidade de Gran. Os pais do Santo, ouvindo em certa ocasião prisioneiros falarem da religão de Cristo, quiseram conhecê-la e nela se instruíram. Tanto por ela se entusiasmaram que, largando as superstições pagãs, se tornaram cristãos e receberam o batismo das mãos de Santo Adalberto, Bispo de Praga. 
         
    Santo Estevão foi educado cristamente para que um dai pudesse ser servidor de Cristo em verdade e príncipe modelar. Dotado de boa inteligência e possuindo vontade de instruir-se em tudo que era útil, natural era que fizesse grandes e rápidos progressos nos estudos. Sempre na companhia do bispo Adalberto, tendo diante de si o exemplo e as instruções deste santo homem, adquiriu a santidade que tanto o elevou acima dos colegas. Tendo apenas quinze anos, o pai convidou-o para tomar parte ativa no governo da nação. 

  Pela morte do pai, Santo Estevão tratou da conversão da conversão dos súditos ao cristianismo. Neste nobre intento encontrou tenaz resistência de uma grande parte dos húngaros, que se opuzeram à mudança de religião, do paganismo para o cristianismo. Estevão recorreu à oração. Não podendo, porém, quebrar a resistência dos rebeldes, pegou em armas*. Por muito tempo ficou indecisa a vitória.

   Neste estado de coisas, Estevão invocou os Santos - Jorge e Martinho, ambos de origem húngara, e fez a Deus o voto de fundar em todo o reino muitos conventos, e edificar igrejas, querendo com o dízimo sustentar os sacerdotes do Senhor. O inimigo foi vencido e o cristianismo nao mais encontrou resistência em sua entrada triunfal na Hungria. 
         
   Fiel ao que prometera, Estevão encetou logo a fundação de conventos, dos quais o mais célebre foi o de São Martinho, nas proximidades de Raab, convento esse cuja pedra fundamental fora lançada ainda por seu pai Geisa. Foram fundadas dez dioceses, cuja administração confiou a homens instruídos e virtuosos da Itália e da Alemanha. O Papa Silvestre II não só aprovou as nobres iniciativas do jovem monarca, mas, reconheceu-o oficialmente rei da Hungria e enviou-lhe uma coroa riquíssima e uma cruz de alto valor, com o privilégio de ser levada diante da pessoa do rei, em solene procissão. 

    Além dessas extraordinárias dádivas, o Papa distinguiu Estevão com o título de Apóstolo da Hungria. Desde aquele tempo os reis da Hungria convervaram o título de "majestada apostólica". A "santa coroa" de Estêvão é considerada o símbolo do poder monárquico na Hungria. Destruído o reino da Hungria (no advento do comunismo à região), a coroa, como preciosa relíquia, para não cair em mãos profanadoras, se acha guardada noutro lugar (estava guardada no Vaticano. Recentemente, voltou para a Hungria).





Relíquias de Santo Estevão: o cetro, a espada, a coroa e a cruz sobre o globo. 


   O ano de 1001 viu a solene unção de Estevão, pelo bispo portador da coroa mandada pelo Papa. No dia da coroação, Estevão colocou todo o reino debaixo da proteção da Santíssima Virgem Maria. 
Terna devoção tinha o Santo à Mãe de Deus, à qual dedicou duas catedrais - a de Gran e a de Stuhl-Weissenburg, nas quais os reis da Hungria eram coroados e sepultados. 

   Com louvável energia, Estevão atacou e aboliu os costumes supersticiosos de seu tempo e deu aos súditos leis sábias e severas. Um cuidado especial dispensava aos órfãto os e viúvas. Aos pobres, o santo rei, em pessoa, levava esmola e sustento. No seu apostolado civilizador e evangelizador, Estevão encontrou forte apoio na cooperação fiel e dedicada da esposa Gisela, princesa bávara e irmão de Santo Henrique, Imperador da Alemanha.

     Estevão cultivava, de um modo extraordinário, o espírito de penitência. Avarento com o tempo, não perdia hora, ocupando-se sempre de coisas úteis no cumprimento do dever. 
    
       Dedicação especial da parte do rei experimentaram os próprios filhos, dos quais o mais velho, Emérico, mais tarde, com o santo pai, recebeu as honras da canonização. 

       Nos três últimos anos de vida, Estevão foi visitado por muita doença. Sentindo a proximidade da morte, para ela se preparou com toda a piedade. Tendo em redor os representantes da corte e da alta nobreza do país, muito lhes recomendou a obediência aos representantes de Cristo sobre a terra e a prática das virtudes cristãs. 

        Munido dos Santos Sacramentos, morreu santamente, não sem ter novamente consagrado a Nossa Senhora sua amada pátria. Estevão entregou a alma ao Criador no dia 15 de agosto de 1038. A mão direita conservou-se incorrupta e é guardada com grandes honras. 








Fonte:
Padre João Batista Lehmann, "Na Luz Perpétua", Tomo II, páginas 241 a 242








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