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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

SANTO ALBERTO DE JERUSALÉM (ou de Vercelli), Bispo e Legislador da Ordem Carmelita - 17 de setembro

Sua vida

Não é carmelita, no sentido estrito, porém, o celebra a Ordem do Carmo (tanto os da Antiga Observância quanto os Descalços) com toda a propriedade, como a um “filho” e “pai” (ao mesmo tempo) muito querido, por haver sido o seu Legislador (ele quem redigiu a Regra dos Irmãos do Monte Carmelo).

Nasceu em Castel Gualtien, diocese de Reggio Emilia (Itália), em meados do século XII, da família Avogrado ou dos Condes de Sabbioneta.

Em 1180, foi eleito Prior dos Cônegos Regulares dde Santa Cruz de |Mortara (Pavia). Em 1184, é eleito bispo de Bobbio e, no ano seguinte, de Vercelli, diocese que governou por vinte anos.

Durante esse tempo, desempenhou , com grande acerto, delicadas missões nacionais e internacionais, encarregado por Papas e imperadores. Todos acudiam a ele sabedores de sua prudência, firmeza e independência.

Foi o que pode chamar-se de juiz “expert” dos mais intrigados litígios que tinham relação com a Igreja.

Dadas suas qualidades e objetivando o bem da Igreja Universal, o Papa Inocêncio III o nomeou Patriarca (arcebispo) Latino de Jerusalém, mesmo sentindo a dor da perda desse seu grande auxiliar, do qual disse, em 17 de fevereiro de 1205: “ainda nos era muito necessário na região da Lombardia, pois, confiamos plenamente em ti, para que nos representes, inclusive, nos mais difíceis assuntos”.

Em 16 de junho de 1205, anunciava esse mesmo Papa aos prelados da Terra Santa que lhes enviava Alberto, “varão provado, discreto e prudente, como legado seu para a Província Eclesiástica de Jerusalém”.

Chegou à Palestina a princípios de 1206 e fixou sua residência em Accon (São João do Acre), porque Jerusalém estava (novamente) ocupada pelos sarracenos (muçulmanos).

Suas extraordinárias qualidades de experiente mediador, também as exerceu com fruto durante os nove anos que durou o seu patriarcado.

Para nós – os carmelitas – sua obra mais benemérita foi a entrega da Regra de Vida que leva o seu nome e que ainda hoje observa o Carmelo em todos os seus múltiplos ramos.

Em 14 de setembro de 1214, em Accon, enquanto participava Santo Alberto de uma procissão (na Festa da Exaltação da Santa Cruz), foi assassinado a punhaladas pelo mestre do Hospital do Espírito Santo, ao qual havia repreendido e deposto de seu cargo por causa de sua má vida.




Sua memória, que começou a celebrar-se na Ordem, em 1504, celebramos agora em 17 de setembro, com a categoria de Festa.

 

Sua Espiritualidade

Pelos anos 1206 – 1209, a pedido dos eremitas que moravam no Monte Carmelo, entregou ao então irmão São Brocardo e companheiros uma Norma de Vida ou Regra, que chamamos “Regra de Santo Alberto”.

Alberto codificou, em breves traços, ricos em citações bíblicas, a tradição monástica do Carmelo. São normas concretas e prescrições disciplinares. Insiste, sobretudo, na meditação da Palavra de Deus para melhor servir (“viver em obséquio”) a Jesus Cristo: na oração, silêncio, mortificação, trabalho e vida fraterna.

Entregou a Regra em um só “corpo”, porém, hoje, a temos dividida em um prólogo, em dezoito capítulos e um epílogo.

Uma quantidade enorme de autores de dentro e de fora da Ordem hão comentado durante estes mais de sete séculos de existência, este maravilhoso documento legislativo-espiritual.

Muitos homens e mulheres se santificaram observando essa Regra, que foi aprovada e “transformada” (alguns ajustes) por vários Pontífices.

O Hino do Ofício das Leituras de sua Festa sintetiza sua espiritualidade:

Alberto, sol refulgente, pastor e legislador, teus filhos hoje te celebram. Escuta seus rogos. Dá paz e a concórdia, semeador mensageiro; és farou que nos dá, em fé e costumes o fulgor. As fronteiras nacionais transbordam de tua virtude o odor; e enche Jerusalém tua dignidade e tua honra. Resplandecendo na Igreja, santo e prudente reitor, deu a Santa Regra ao Carmelo e guias por estradas de amor. Faz que em nós aumentem a caridade, a graça e a oração e, contigo, a Deus rendamos, sempiterna adoração. Amém.

 

Sua mensagem

ü Que amemos a Igreja até morrer por ela.

ü Que nossa maravilhosa Regra seja o “trampolim” para o céu.

ü Que gastemos nossa vida “em obséquio de Jesus Cristo”.

ü Que nosso desejo e meta sejam: “servir fielmente a Jesus Cristo”.


Fonte: 

http://carmelnet.org/chas/santos/albert1.htm (site espanhol)


Traduzido para o português por mim: 

Giovani Carvalho Mendes, OCDS (Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares). 

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