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domingo, 27 de abril de 2014

Beata Maria Antônia Bandrés y Elósegui, Virgem e Religiosa da Congregação das Filhas de Jesus


      Foi a primeira flor de santidade a desabrochar na Congregação das Filhas de Jesus fundada por Santa Cândida Maria de Jesus Cipitria em Salamanca, em 1871.
     Maria Antonia Bandrés y Elósegui nasceu em Tolosa (Guipúzcoa, Espanha), no dia 6 de maio de 1898, a segunda de 15 filhos do advogado Raimundo Bandrés e de Teresa Elósegui, em família era chamada Antoninha.

     Naquele lar a fé e a caridade eram vividas com empenho. Dona Teresa era uma mulher exemplar e santa que soube ajudar seus filhos a crescer em tudo, porém especialmente no amor a Deus, a Maria Santíssima e aos pobres e necessitados.

     A saúde de Antoninha era um pouco frágil; seus pais tiveram com ela cuidados especiais. A debilidade e o excessivo zelo dos seus parentes ajudaram a acentuar naquela menina um caráter sensível até a suscetibilidade, que nos primeiros anos chegou a preocupar Dona Teresa: “Que menina fastidiosa! Quanto vai sofrer com esse caráter”! E sofreu mesmo, porém sem que o sorriso se apagasse de seus lábios.

     Recebeu os primeiros estudos com as irmãs de seu confessor o Pe. Ilario Oscoz. Frequentou depois o Colégio das Filhas de Jesus, fundado em Salamanca em 6 de janeiro de 1874 pela Madre Cândida Maria de Jesus.

     Maria Antonia foi um admirável exemplo de virtude especialmente para seus numerosos irmãos mais novos. A família usufruía de todo conforto, mas ela sentia como suas as preocupações e as necessidades dos pobres. Assim sendo, desde muito jovem dedicou-se a um trabalho voluntário nos subúrbios de Tolosa, e ao trabalho social e de evangelização junto aos operários, bastante raro naqueles dias.


Santa Cândida Maria e beata Maria Antônia, a funda-
dora e sua filha espiritual. Foram
 beatificadas  no mesmo dia. 
     Em 1913, durante um retiro em Loyola, ela se lembrou do que alguns anos antes Madre Cândida lhe havia dito: “Tu serás Filha de Jesus” e, em seguida, tomou a decisão de ser integral e inteiramente de Nosso Senhor.

     Ingressou na Congregação das Filhas de Jesus no dia 8 de dezembro de 1915 aos 17 anos e em 31 de maio de 1918 fez os votos religiosos em Salamanca. Antoninha sentia um profundo amor por seus pais e irmãos, e ao ingressar no noviciado separar-se deles lhe custou muito, por isto ouviram-na dizer: “Só por Deus eu os deixei”.

     Pouco tempo depois a sua saúde, que já não era boa, começou a enfraquecer ainda mais. As várias biografias não dizem qual era a doença, mas logo se soube que era inexorável.

     A evolução do mal foi acompanhada pelo Dr. Filiberto Villalobos, que confessou ficar “comovido por aquela serenidade de espírito e por aquela fé que a faziam tão feliz em suas últimas horas de vida”.

     Segundo seu depoimento, o médico confidenciou suas impressões a dois amigos intelectuais agnósticos, exclamando: “Quão errada é nossa vida! Isto sim que é morrer”, provocando na mente daqueles homens um impacto emocional vendo Maria Antonia morrer, na idade de apenas 21 anos, com a certeza de quem “sabe para onde vai".

     Poucos meses antes, movida por um impulso do Espírito Santo, Irmã Maria Antonia havia oferecido sua vida pela salvação de seu tio, padrinho de batismo, que começou a trilhar um mau caminho. Ele havia manifestado desacordo quando ela entrou no noviciado, por ter uma postura agnóstica. Entretanto, esse tio, entendendo a espiritualidade da sobrinha, num momento de graça voltou ao bom caminho.

     Irmã Maria Antonia faleceu no dia 27 de abril de 1919, em Salamanca, dia da festa de Nossa Senhora de Montserrat, um ano depois de sua profissão.  Ela morreu invocando Maria, Mãe de Misericórdia. Nos últimos instantes, foram-lhe concedidas graças de paz e de consolação. Ela exclamou: “Isto é morrer? Que doce é morrer na vida religiosa! Sinto que a Virgem está a meu lado, que Jesus me ama e eu O amo”...

     Ela foi beatificada em 12 de maio de 1996 juntamente com a Fundadora, Madre Cândida Maria de Jesus. Sua celebração litúrgica é 27 de abril.

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