Carolina nasceu na aldeia de Wal-Ruda,
próximo de Tárnow, Polônia, no dia 02 de agosto de 1898. Era uma dos onze filhos
de Jan e Maria Borzecka Közka. De 1904 a 1912 Carolina frequentou a escola
local, tendo feito apenas o curso elementar, pois seus pais eram muito pobres.
A piedade e a devoção ela recebeu em casa,
onde o Rosário era rezado diariamente e a Missa dominical era a forma da
família agradecer a Deus os dons que dEle recebia. Com frequência Carolina
reunia vizinhos e parentes, especialmente as crianças, e liam as Sagradas
Escrituras sob uma pereira próximo de sua casa. Ela gostava de rezar o Rosário
usando o terço que sua mãe lhe dera. Devido às suas orações, ela geralmente
dormia menos do que precisava. “Durante o
dia ela sempre sussurrava as palavras ‘Ave Maria’, pois, como ela mesma dizia,
estas palavras faziam-na ‘sentir uma grande alegria no coração’”.


Ela rezava o Rosário constantemente e
mesmo no seu trajeto para ir a igreja assistir à Missa; além da Missa
dominical, ela a assistia também durante a semana. O tio de Carolina,
Franciszek Borzecki, era uma inspiração para sua fé. Ela o auxiliava na
biblioteca e na organização de outras coisas na paróquia; também ensinava
catecismo para seus irmãozinhos e para as crianças da vizinhança. Desde a
adolescência ela era dirigida pelo Padre Ladislao Mendrala, que a acompanhava
na sua ativa vida no núcleo paroquial da aldeia.
Com o início da 1ª. Guerra Mundial
(1914-1918) a Polônia foi invadida pelo exército soviético. A situação em Tárnow
era cada dia mais difícil devido aos abusos e a brutalidade dos soldados. Em
novembro de 1914 eles controlaram Wal-Ruda. Seis meses antes, no mês de maio de
1914, Carolina recebera o sacramento da Crisma.
O martírio
O martírio

Nas proximidades da floresta, o soldado
obrigou o pai, sob as ameaças de matá-lo e à sua família, a voltar para casa,
ficando em poder de Carolina. Dois rapazes que voltavam para casa foram
testemunhas do que aconteceu em seguida. O soldado tentou violentá-la, mas ela
defendeu-se lutando com ele. Enfurecido, o homem feriu-a várias vezes com sua
baioneta. Carolina correu em direção ao pântano, que a salvou de mais ataques,
pois a caça ali era difícil para o soldado. Mas era tarde demais para Carolina:
as feridas que ele fizera causaram muita perda de sangue. Ela morreu no pântano,
mas com sua pureza intacta. Ela tinha somente 16 anos.
Dezesseis dias depois, no dia 4 de
dezembro, o seu corpo foi encontrado. Ele estava mutilado apresentando feridas
de baioneta na cabeça, pernas, costas e peito. Suas mãos ensanguentadas demonstravam
a resistência que opôs.
O reconhecimento de seu heroísmo
O reconhecimento de seu heroísmo
Toda a aldeia compareceu ao seu enterro;
Carolina foi sepultada no cemitério da paróquia. Ela passou a ser conhecida
como “a Estrela de Tárnow”. Após o seu sepultamento, os habitantes da região
vinham rezar no seu túmulo e no local de sua morte. Seu martírio causara muita
comoção nos habitantes da região e, no dia 18 de junho de 1916, um monumento em
sua memória foi construído próximo à igreja de Zabawa, e no local do delito foi
erguida uma cruz.
Em fevereiro de 1965, o Bispo Jerzy
Ablewicz submeteu à apreciação a causa de sua beatificação e canonização
(também de seu martírio). Em 10 de junho de 1987, ela foi beatificada em
Tárnow. Ao beatificá-la, São João Paulo II disse: “A morte de Carolina nos diz que o corpo humano tem um valor e uma
dignidade imensa que não se pode baratear. Carolina Közka tinha consciência
desta dignidade. Consciente desta vocação, ela entregou sua jovem vida, quando
foi necessário entregá-la, para defender sua dignidade de mulher”.


Após sua beatificação, suas relíquias
foram colocadas no altar mor e veneradas pelos paroquianos e peregrinos. Sua
casa foi transformada em um museu onde os visitantes podem conhecer mais sobre
esta corajosa jovem.
Carolina ainda não foi canonizada, mas milagres
têm sido alcançados por sua intercessão. No 10º dia de cada mês há uma
cerimônia junto às suas relíquias pedindo que ela seja canonizada.
Conhecida como a “Maria Goretti da
Polônia”, a Beata Carolina é vista como um grande exemplo de pureza para os
jovens do terceiro milênio, devido à sua humildade, coragem e fé em Deus. Ela é
patrona da juventude e dos agricultores.
(fonte: blog "Heroínas da Cristandade")
(fonte: blog "Heroínas da Cristandade")
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