As
vidas de três meninas espanholas, já proclamadas Veneráveis, seguem
os passos de várias outras crianças, como Maria Goretti, Laura
Vicuña, Domingos Sávio, Jacinta e Francisco, já reconhecidas como
beatas ou como santas, pela Igreja.
“Como você é
bom, Jesus!”
Um tumor no
ouvido desencadeia o calvário de Mari Carmen González Valerio. Em 6 de abril de
1939, quando a menina tinha apenas 9 anos, ela anotou, com faltas ortográficas
próprias da sua idade: “Eu me entreguei na paróquia do Bom Pastor”.
Este acontecimento
é levado a sério no céu, afirma Javier Paredes, autor do livro: “Al cielo con
calcetines cortos” (San Román, 2014), porque, 15 dias depois, veio a doença.
Os descendentes
de familiares de Mari Carmen afirmam que ela nunca disse por quem se entregou.
Mas, manifestada a doença, todas as suas dores eram oferecidas pela conversão
dos assassinos do seu pai (fuzilado no início da Guerra Civil).
O tumor deformou
seu rosto, fizeram-lhe uma trepanação na orelha e a ferida, pela septicemia,
não cicatrizava. A isso é preciso acrescentar as inúmeras injeções que ela
recebia cada dia (até 20) o que lhe gerava flebite (inflamação das veias) e
dores insuportáveis, inclusive ao encostar no lençol.
Mas Mari Carmen
não deixava de exclamar: “Como você é bom, Jesus, como você é bom!”. E cada vez
que sua mãe a convidava a rezar para que Jesus a curasse, ela respondia: “Não,
mamãe, eu peço para que se faça a vontade dele”.
Mas essa menina
não mostrou indícios de santidade só durante a doença. Desde muito pequena,
destacava-se nela a pureza, a caridade e o amor à verdade, virtudes que sempre
defendeu com firmeza.
María del Pilar
Cimadevilla y López Dóriga nasceu em fevereiro de 1952, em Madri.
Tinha olhos
grandes e temperamento forte, razão pela qual seus irmãos a apelidaram de “a
brava”.
Magali, sua
irmã, recorda que Pilina era uma menina normal, de uma família normal em quem a
graça de Deus se manifestou de maneira especial – em seu caso, por meio do
linfoma de Hodgkin.
“Minha irmã
literalmente quebrou a cabeça!”, exclama Magali. É que a doença debilita tanto
os ossos, que a morte chega após a ruptura das vértebras cervicais.
Mas, em todo
momento, Pilina, com 9 anos, mostrou muita alegria, porque se encontraria com
Jesus. Esse amor extraordinário foi transmitido pela sua mãe, que fez o mesmo
com seus irmãos, mas nela era diferente.
Magali recorda
que, enquanto sua irmã adorava Jesus sacramentado de joelhos, ela se dedicava a
apagar as velas da igreja.
É que Pilina
teria uma grande missão. Foi a irmã Gabriela (uma das enfermeiras que a
atendeu) quem a ajudou a entender sua doença: “Você vai sentir um pouquinho de
dor, mas você oferece a picada e eu ofereço o trabalho, e assim ajudamos as
missões”. E a freira lhe propôs ser a doente missionária.
Desde aquele
dia, ela oferecia suas dores pelos missionários e pela conversão dos infiéis.
Até que, nove meses depois, pediu que abrissem a janela, porque o Menino Jesus
viria para buscá-la.
“Jesus, que
sempre seja feito o que você quiser”
“Aléxia adorava
viver!” exclamou seu irmão Alfredo no documentário “Aléxia” (European Dreams
Factory, 2011).
Ela gostava de
dançar, pintar, brincar, enfim, o normal para uma menina da sua idade, segundo
recordam suas professoras. “A diferença é que ela era muito piedosa”, explicam.
Ainda ressoa na capela do centro a oração que acompanhou Aléxia durante seus 14
anos de vida.
Ela apresentava
uma grandeza espiritual peculiar para a sua idade. De fato, Javier Paredes fala
de três forças que a impulsionaram ao céu: O Espírito Santo, o ambiente cristão
da sua família e sua liberdade. Sem elas, Aléxia não teria podido responder
como respondeu diante da morte.
Em 1984, teve
fortes dores nas costas, que demoraram para ser diagnosticadas, mas finalmente
descobriram um tumor que lhe fraturou a coluna.
Uma menina como
Aléxia, que demonstra em todo momento um imenso amor a Jesus é o alvo perfeito
para o demônio que, como constatou Paredes, tentou arrancar sua fé no último
momento.
Um exorcista
conta, em uma carta enviada aos pais da menina, que, durante uma das sessões,
quando caiu do seu missal um santinho com a foto da Aléxia, a pessoa possuída
ficou muito agitada. O sacerdote lhe perguntou o porquê da agitação e com voz
cavernosa, Satanás deu sua resposta: Apesar do que eu lhe ofereci, ela preferiu
Ele, não a mim”.
3 comentários:
Lindas demais! Que elas roguem por nós e por todas as crianças, para que conservem seus corações, mentes e almas puras e cheias de amor a Deus.
ELAS SÃO LINDAS DEMAIS!!!! CRIANÇAS SANTAS, ROGUEM POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS! AMÉM!
A NOSSA HOMENAGEM: https://drive.google.com/file/d/1UjCDeoB8Nrji_R5rYH1XaVpOXYtfAbNQ/view https://drive.google.com/file/d/15V9OA9Fp7vWw4pZhaZKeQGX11V3nS6Jt/view https://drive.google.com/file/d/1UAPbSEVl0yYz1PAgv3D4gxshrWy-GqgG/view
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