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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Serva de Deus Catarina Szymon, leiga, virgem, terciária franciscana, estigmatizada e alma vítima.





Catarina Szymon, por muita gente chamada “Catarininha”, nasceu em 21 de Outubro de 1907 na aldeia de Studzienice, perto de Pszczyna. Antes de cumprir dois anos de idade viu morrer a sua mãe que deixou órfãos os seus seis filhos.

O seu pai, operário florestal, casou novamente pouco tempo depois. Para Catarina, a sua “segunda mãe” era uma má madrasta, a qual, sem piedade, forçava-a a fazer todos os trabalhos de casa. Apesar da infância difícil, Catarina aprendeu a rezar e, em cada momento livre, consagrava-se à oração, rezando, sobretudo, pela conversão do seu pai, que muitas vezes chegava à casa embriagado e maltratava as suas crianças. Com o tempo, as suas preces foram ouvidas: o seu pai converteu-se e, antes da sua morte, entrou na Terceira Ordem de São Francisco.


 Catarina Szymon viveu quase toda a sua vida na Silésia, terra marcada pelo duro trabalho dos mineiros que, desde tempos remotos, extraem dela o carvão. Os que moram e trabalham nessa região são conhecidos pela sua profunda piedade, ilustrada pelo antigo provérbio polaco que diz: “sem Deus nem passes da soleira!”.

 Catarina Szymon não tinha casa própria. Encontrava teto nas casas da gente bondosa e acolhedora. A maior parte da vida passou em Pszczyna, onde viveu desde o ano 1946. Os últimos anos da sua vida passou-os na casa da Sra. Marta Godziek em Katowice – Kostuchna. Catarina viveu aí, permanentemente, desde o ano 1981. Muitas pessoas vinham procura-la: médicos, sacerdotes, professores, vários clérigos e freiras. Ela oferecia-lhes todo o auxilio espiritual e dava conselhos como deviam viver, como sofrer...

Catarina era visitada e acompanhada por leigos, médicos, religiosas e sacerdotes. 


Catarina Szymon tinha profunda vida de oração, bem como vida litúrgica e sacramental. Todos os dias 13 e 29 de cada mês participava, com outras pessoas, de vigílias noturnas de oração. Nessas solenes vigílias adorava fervorosamente a Jesus Eucarístico, ao qual se sentia especialmente ligada, amando-O com toda a sua alma.


Uma das muitas comunhões místicas


A Sagrada Comunhão que lhe vinha à boca

Catarina teve experiências místicas extraordinárias. Quando, por causa dos sofrimentos atrozes que tinha, não conseguia ir à igreja, recebia a Santa Comunhão diretamente do Céu. Eram momentos maravilhosos! Jesus descia até Catarina sob a forma de uma linda Hóstia branca. Todos os presentes viam a hóstia e sentiam, também, um aroma maravilhoso, que superava os perfumes dos lírios ou das rosas. Quando Jesus descia à boca de Catarina, todos se ajoelhavam com alegria, porque viam o Senhor vivo ter com ela. Jesus permanecia muito tempo sobre a sua língua, para que todos O pudessem ver. Ninguém dos presentes via alguém colocando a hóstia. A mesma descia do ar até a língua de Catarina. Mais tarde, Catarina dizia aos presentes que Jesus a tinha trazido, que vinha descalço, com vestes brancas, compridas. Nenhum pedaço de seu Corpo se encontrava são: o mesmo ostentava como que pequenas “feridas de faca”. Tinha ferimentos maiores ou menores em todo o seu Corpo – como maiores ou menores são os pecados dos homens.


Encontro extraordinário

Durante a peregrinação do Papa São João Paulo II à Polônia, aconteceu na catedral de Katowice um breve encontro dele com Catarina. O Santo Padre levantou-se e foi ter com os doentes sem saber que Catarina Szymon estava na catedral. Ela estava sentada numa cadeira dobrável, muito baixa. O Papa aproximou-se e se ajoelhou perante ela dirigindo-lhe algumas palavras. Depois, o Papa dirigiu-se aos demais doentes e, quando voltava, se aproximou novamente de Catarina Szymon, ajoelhou-se outra vez e ofereceu-lhe um rosário e vários “santinhos”. Conversaram mais uma vez um pouco, porém, nenhum dos circundantes ouviu o que um disse ao outro.


Os estigmas

Catarina Szymon recebeu os estigmas das Cinco Chagas de Jesus no dia 08 de março de 1946, na primeira sexta-feira da Quaresma. Inicialmente as feridas eram pequenas e Catarina podia escondê-las facilmente. Com o passar dos anos, tornar-se cada vez maiores e sangravam ainda mais.


  Sra. Marta Godziek:


“O que era mais doloroso era que os perseguidores de Catarina diziam que ela própria que se feria com as unhas ou outros instrumentos. Fui testemunha durante seis anos em que a observei e via que as feridas eram verdadeiras. Todas as quartas e sextas-feiras sangravam espontaneamente. O sangue surgia de suas feridas: das mãos, do lado, da cabeça, dos olhos e dos pés”.







Testemunho do Dr. Włodzimierz Wojciechowski, médico:

“Conheci Catarina Szymon no outono de 1984. Como médico, posso pronunciar-me sobre os estigmas. Devo dizer que pela primeira vez na minha vida vi o fenômeno dos estigmas. Os estigmas de Catarina tinham a forma de ‘coágulos circulares’, achatados, visíveis dos dois lados: no dorso e na palma das mãos e de seus pés, com o diâmetro de mais ou menos 3,0 cm. A pele ao redor desses coágulos apresentava fendas e saliências. Do que me foi contado, os estigmas foram examinados de várias maneiras. Por exemplo: removendo os coágulos e por baixo aparecia a superfície característica de cicatrizes recentes. Uma vez presenciei o sangrar desses estigmas. Foi o seguinte: no contorno desses coágulos surgia uma borda de sangue e soro, surgindo de forma ‘raiada’ por baixo dos coágulos. Nesses momentos, senti o aroma de violetas ou rosas que enchiam todo o ambiente onde estávamos”...



A casa de Marta Godziek era uma casa aberta para todos os que desejavam encontrar-se com Catarina. Frequentemente vinha aqui Bárbara – estudante de medicina – atualmente, médica.

“Encontrei Catarina Szymon pela primeira vez no ano de 1982, quando cheguei aqui com o grupo de estudantes do Centro Pastoral Acadêmico. Viemos aqui porque tínhamos ouvido sobre este fenômeno extraordinário – os estigmas. Ela era uma mulher muito simples, porém, muito inteligente. Em breves palavras, conseguia apontar o âmago das questões que lhe fazíamos.
Os estigmas eram os seguintes: eram feridas grandes, com aberturas ensanguentadas. Das feridas emanavam um delicioso aroma. Era o aroma de flores. Durante os êxtases, Jesus Cristo e a Santíssima Virgem falavam através dela, ensinando-nos e sublinhando a dignidade humana. Por exemplo: a nós, estudantes de medicina, falou-nos a Santíssima Virgem dizendo que devemos tratar uma criança ou um homem doente como o próprio Jesus Cristo. Foi muito construtivo para nós. Vínhamos aqui e cantávamos e tocávamos. Catarina era uma mulher alegre e serena. Era cheia de amor por Deus e pelo próximo e isso era para nós uma extraordinária escola de vida.


Apesar das dores e sofrimentos, era uma pessoa sempre alegre e serena. 



Sua morte

Catarina Szymon faleceu no dia 24 de agosto de 1986. No momento de sua morte os estigmas que ostentara por mais de 40 anos começaram a cicatrizar de forma maravilhosa, confirmando o seu caráter sobrenatural (até porque, após a morte, as células não da pele não tem mais capacidade regenerativa).  


Dr. Włodzimierz Wojciechowski, médico:

“Se fossem falsos – picados com agulhas ou com uma faca – teriam permanecido depois de sua morte. Nesse caso, vi-a duas horas depois de sua morte e quatro dias depois – as feridas estavam a cicatrizar. Parecia que os coágulos se sublimassem, evaporassem. A pele voltou a ser macia e, no momento do enterro de Catarina, eram visíveis somente vestígios desses coágulos”.



Após sua morte os estigmas começaram a "sumir". 




No dia 16 de novembro de 1985, durante dia da Virgem da Misericórdia e, provavelmente, só devido a Ela, foi gravado com uma câmera de vídeo, um documento extraordinário e único: o êxtase de Catarina Szymon:

“Ó, Jesus! Ó, Jesus! Vês, bom Jesus? Estás muito torturado pelo povo dos pecadores. Crucificara-Te, Jesus e te cravaram na Cruz, meu Jesus. Jesus ama a todos os seus filhos. Ó! Jesus ama os que O abandonam e os aceita. Jesus, não chores, meu Jesus! Dá-me as tuas lágrimas, não chores, Jesus! Irão todos esses filhos para o Céu? Ó, Jesus! E os que Te estão a crucificar? Todo o mundo que está a Te crucificar, ó meu Jesus! Ó Jesus, tem piedade dos teus filhos! Guarda-os e leva-os para o Céu. Também os bêbados inveterados e os que cometeram pecados de impureza... E estes casamentos destruídos e os filhos por nascer... Ó Jesus, os aceita no Céu e perdoa-lhes tudo, Ó Jesus! Protege-os, Jesus...”.

“Minha filha... Se desejam ir para o Céu – muita expiação, muito sacrifício. Então, perdoarei. Não a todos, porque há muitos pecadores, muitas crianças inocentes mortas”.

“Amo-Te, Jesus. Não me abandonarás, ó Jesus, não deixarás os filhos que aqui tenham chegado. Protege-os”. 

“Minha filha, aceitá-los-ei: não perecerão. Devem fazer expiação. Abrir-lhes-ei o Céu. Precisam rezar muito o terço. Precisam fazer expiação e sacrifícios. Contemplai a minha Paixão. Compreendestes tudo? Quem não Me ama e não se entrega a Mim – não tem a vida em si! Quem me ama permanecerá sempre comigo. E eu os entregarei a meu Pai e não tereis vergonha perante meu Pai”.


Observação: pouquíssimo material consegui encontrar sobre esta Serva de Deus Catarina Szymon; e são informações algo desconexas. Na internet mesmo encontra-se muito pouca coisa e em línguas estrangeiras. O pouco que consegui “garimpar”, coloco nessas poucas páginas.
(Giovani Carvalho Mendes, editor do site).





2 comentários:

bassetto disse...

Parabéns pela reportagem, dom divino, cumpriu sua missão.

Gabriela disse...

Muito bom o conteúdo!

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