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domingo, 25 de novembro de 2018

SANTA CATARINA DE ALEXANDRIA, Virgem e Mártir - século IV (25 de novembro).




De nobre origem, nasceu Catarina em Alexandria, no Egito, no final do século III. Bem pequena ainda, começou a instruir-se nas verdades da santa religião e, dotada de uma inteligência superior, mais tarde, não só se aprofundou na ciência teológica, como também se dedicou dum modo particular ao estudo das ciências profanas.
Tendo apenas dezoito anos, em discussões públicas confundiu os maiores filósofos da cidade natal. O imperador Maximino tinha decretado uma perseguição aos cristãos e sua doutrina. Tendo conhecimento do grande preparo de Catarina, prometeu um prêmio ao filósofo que conseguisse afastar a jovem da religião cristã.
Numa discussão pública, para a qual Catarina foi convidada, puseram em ação todo o aparato de argumentações sofísticas, para desorientar a donzela. Catarina, porém, iluminada pelo Espírito Santo, respondeu com tanta clareza e sabedoria, que abandonaram os erros e pediram admissão entre o número dos catecúmenos. Todos morreram pela fé, à qual se tinham convertido.
O Imperador, surpreendido pelo êxito inesperado da discussão, procurou pessoalmente ganhar as simpatias de Catarina, para destarte fazê-la abandonar o Cristianismo. Entre outras muitas promessas que lhe fez, foi a principal a de elevá-la à dignidade de Imperatriz. Catarina, porém, rejeitou todas as pretensões do tirano, não querendo reconhecer por esposo do coração senão o divino Salvador. Maximino mudou então de tática e em vez do amor, que não lhe possuía, revelou o ódio sem limites contra a religião de Cristo e contra a nobre donzela. Durante onze dias Catarina foi sujeita a toda sorte de sofrimentos. Duras flagelações revezavam com desumanas privações. O resultado foi que muitas pessoas, que visitaram a pobre vítima das iras imperiais, se converteram ao Cristianismo.
Esta circunstância provocou mais ainda o furor do déspota, que baixou uma ordem, segundo a qual Catarina devia ser colocada sobre uma roda com lâminas cortantes e ferros pontiagudos. Catarina fez o sinal da cruz sobre o instrumento do martírio e este se desconjuntou imediatamente, fato que causou máxima admiração e determinou a conversão de outros pagãos. Maximino não mais ousou aplicar outras medidas, com receio de tornar-se propagandista do Cristianismo. Por isto deu ordem para que Catarina fosse decapitada. A jovem crista recebeu jubilosa esta sentença e saudou o dia que lhe ia proporcionar a maior das venturas: a união com o celestial esposo.



Diz a história da vida de Santa Catarina que o corpo da Santa foi pelos Anjos levado ao monte Sinai. Falcônio, arcebispo de San Severino, referindo-se a esta lenda, diz: "Os 'anjos', isto é, os religiosos do convento de Sinai, levaram o corpo da mártir ao monte santo, onde o sepultaram com todas as honras".
A maior parte das relíquias de Santa Catarina se acha de fato no Mosteiro de Sinai.
Santa Catarina, tanto pela Igreja Oriental como pela Ocidental é considerada grande mártir e figura entre os 14 Santos Auxiliadores.






O Matrimônio Místico de Santa Catarina.

O pai, diz a lenda, era Costes, rei de Alexandria. Ela própria era, aos 17 anos, a mais bonita e a mais sábia das jovens de todo o império; esta sabedoria levou-a a ser muitas vezes invocada pelos estudantes. Anunciou que desejava casar-se, contanto que fosse com um príncipe tão belo e tão sábio como ela. Esta segunda condição embargou que se apresentasse qualquer pretendente.
Será a Virgem Maria que te procurará o noivo sonhado”, disse-lhe o ermitão Ananias, que tinha revelações. Maria aparece, de fato, a Catarina na noite seguinte, trazendo o Menino Jesus pela mão. “Gostas tu d’Ele?”, perguntou Maria. -“Oh, sim”. -“E tu, Jesus, gostas dela?” -“Não gosto, é muito feia”. Ao ouvir isso, acordou do sonho.
Catarina foi logo ter com Ananias: “Ele acha que sou feia”, disse chorando. -“Não é o teu corpo, é a tua alma orgulhosa que Lhe desagrada”, respondeu o eremita. Este instruiu-a sobre as verdades da fé, batizou-a e tornou-a humilde; depois disto, em linda aparição de Maria e do Menino Jesus, tendo-a o divino Infante a encontrado bela, a Virgem Santíssima meteu aos dois o anel no dedo; foi isto que se ficou chamando desde então o “casamento místico de Santa Catarina”.


Fonte:
Na Luz Perpétua, Tomo II (publicação de 1950)

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