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sábado, 26 de janeiro de 2019

Beata Victoria Rasoamanarivo, viúva e princesa de Madagascar (21 de agosto)





Martirológio Romano: Em Antananarivo, na ilha de Madagascar, Beata Victória Rasoamanarivo, que, depois de enviuvar de um matrimônio com um homem violento e havendo sido expulsos da ilha os missionários, socorreu com toda a solicitude aos cristãos e defendeu a Igreja frente aos magistrados públicos. Beatificada por São João Paulo II em 30 de abril de 1989. Memória em 21 de agosto.


Breve biografia
Nasceu em Tananarive (Madagascar), em 1848. Pertenceu a uma das famílias mais poderosas do país. Recebeu uma ótima educação moral.
Frequentou as escolas fundadas pela Companhia de Jesus e pelas Irmãs da Congregação de São José de Cluny. O ensinamento da religião católica e o bom exemplo dos padres e das irmãs influíram poderosamente na jovem que, mais tarde, pediu para ser admitida na Igreja.

Foi batizada em 1863, aos 15 anos de idade. Durante as perseguições contra a Missão Católica, seus pais pretenderam que ela renegasse sua fé, porém, ela não cedeu. Os missionários consideraram prudente respaldar seu desejo de ingressar na vida religiosa, porém, foi entregue como esposa, contra sua vontade, ao filho do primeiro ministro e alto oficial do exército.

O matrimônio, devido ao caráter e costumes de seu esposo, constituiu-se para ela um verdadeiro martírio. No entanto, permaneceu fiel ao marido até à viuvez, não obstante os conselhos de seus pais, inclusive da própria rainha.  

Sua vida cristã exemplar lhe ganharam a estima da corte e do povo. Esta estima e sua autoridade moral fizeram dela uma providencial sustentadora da Igreja Católica em Madagascar, quando os missionários católicos foram expulsos. Defendeu publicamente a Igreja Católica ante as autoridades e susteve a fé do povo. Quando os missionários regressaram em 1886, encontraram uma comunidade vigorosa e florescente, devido ao mérito e à atividade apostólica de Victoria. Faleceu santamente no dia 21 de agosto de 1894, com apenas 46 anos. 




Segundo texto biográfico     



A Beata Victoria Rasoamanarivo usou seu papel e suas conexões para manter o catolicismo vivo e forte enquanto os missionários foram expulsos.

A católica beatificada de Madagascar nasceu como uma princesa pagã e acabou se tornando uma ativista, um contemplativa e uma heroína nacional. A Beata Victoria Rasoamanarivo nasceu em 1848 de uma família nobre em um país onde o cristianismo era ilegal. Juntamente com a maioria dos malgaxes (os naturais de Madagascar), Victoria praticava uma espécie de culto aos ancestrais.

Mas, quando Victoria tinha 13 anos, a rainha que proibiu o cristianismo morreu e missionários estrangeiros começaram a pregar publicamente novamente. Nesse mesmo ano, Victoria foi matriculada em uma escola dirigida pelas Irmãs de São José de Cluny. Seu testemunho e sua instrução a transformaram e, apesar da oposição de sua poderosa família, foi batizada com a idade de 15 anos.

A família de Victoria estava ao lado da rainha perseguidora. Seu avô era o primeiro-ministro e ficaram horrorizados com a escolha dela. Eles a tiraram da escola católica e a enviaram para uma protestante, mas, sua fé permaneceu forte. Finalmente, citando o Batismo dela como uma traição de sua raça, eles juraram que não a enterrariam com sua família, o mais profundo ato de rejeição possível na sociedade malgaxe. Victoria não se mostrou indiferente: “Os missionários me enterrarão com eles”.

O coração de Victoria estava fixado em Cristo e, como tantas vezes acontece, ela queria se tornar uma religiosa consagrada. Mas, o desejo de pertencer completamente a Cristo não indica necessariamente uma vocação, e as Irmãs de São José indicaram que, se ela entrasse, sua família poderia tornar a vida intolerável para todos os católicos do país. Victoria orou e, finalmente, se submeteu, permitindo que seus pais organizassem seu casamento com um primo, o filho de seu tio, o primeiro ministro.

Sempre corajosa, a noiva de 17 anos certificou-se de ter um padre presente para o casamento. Infelizmente, seu marido Radriaka era um homem cruel, um violento bêbado e um libertino. Até mesmo seu próprio pai pediu a Victoria que se divorciasse dele. Mas, qualquer que seja o abuso que o marido dela tenha feito, Victoria aceitou como sacrifício a oferta pela sua conversão.

Por um tempo, Victoria viveu uma vida de alegria e fé sossegadas. Mas apenas alguns anos depois de seu casamento, o protestantismo se tornou a religião oficial de Madagascar e começaram as perseguições sutis. O tio de Victoria a criticava e ameaçava dia e noite. Sua família tinha escravos atirando pedras nela e uma vez colocou um assassino contra ela. Seu marido exigiu que ela deixasse sua fé em submissão a ele. Mas, ainda assim, Victoria o amava e rezava muito por ele, passando horas por dia em oração, apesar de seus muitos deveres na corte.

Em 1883, a leve perseguição diária que os católicos sofreram se tornou mais severa durante a guerra franco-malgaxe. Todos os missionários estrangeiros foram expulsos de Madagascar. Ao saírem, os sacerdotes confiaram os católicos do país a Victoria, assim como os Apóstolos foram deixados aos cuidados da Santíssima Virgem.

Victoria era a mulher perfeita para esse trabalho. Quando o governo trancou as igrejas, ela se apresentou diante da rainha e do primeiro-ministro para objetar. Quando colocaram soldados do lado de fora para barrar a entrada para a oração, Victoria calmamente se aproximou dos homens armados, dizendo: “Se você deve ter sangue, comece por derramar o meu. O medo não nos impedirá de nos reunir para a oração”. Ela os encarou e, depois, levou a comunidade reunida para a igreja. Embora a Eucaristia tivesse acabado e não houvesse Missa, ainda assim eles oraram. Victoria explicou: “Coloco diante de mim os missionários que rezam a Missa e assisto, mentalmente, a todas as missas que estão sendo ditas em todo o mundo”.

Victoria viajou por toda a ilha encorajando as comunidades católicas, garantindo que elas tivessem uma catequese adequada e defendendo-as diante dos abusos do governo. Quando os sacerdotes foram readmitidos, dois anos depois, encontraram uma comunidade de 21.000 católicos em chamas por sua fé. A própria Victoria reconheceu que se tivesse se tornado uma irmã como esperava, nada disso teria sido possível.

Não muito tempo depois do retorno dos missionários, a fidelidade de Victoria ao marido foi recompensada. Em 1888, ele sofreu uma queda; Quando ficou claro que seus ferimentos eram fatais, ele pediu o batismo. Victoria o batizou e viu o fruto de anos de sacrifício quando seu marido morreu em estado de graça. Ela passou os seis anos seguintes orando, servindo, amando e recusando comprometer-se em questões de fé. Ela trabalhava com prisioneiros, leprosos e pobres abandonados e, quando o tio que a perseguiu caiu em desgraça com a corte, ela demonstrou a ele o quanto se importava por ele. Finalmente, aos 46 anos, essa líder forte e corajosa foi em paz para a Casa de Cristo.

A Beata Victoria Rasoamanarivo usou seu privilégio de falar a verdade aos que estavam no poder, sem se importar com as conseqüências que ela poderia enfrentar. Em seu dia de festa, 21 de agosto, vamos pedir a ela intercessão pela coragem de fazer o mesmo. Beata Victoria Rasoamanarivo, rogai por nós!






Beata Victoria, heroina catolica
de Madagascar, rogai por nós! 



Fontes:
Site aleteia.com (página em língua inglesa)
Wikipedia versão espanhola
Tradução feita pelo autor do site. 

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