Ex-prostituta
convertida ao cristianismo no Século IV Padroeira de Alexandria e
dos convertidos.
Origens
Não
se sabe sobre as origens de Santa Thaís, ou seja, onde e quando
nasceu, dados sobre sua família, etc. Sabe-se, porém, que ela
recebeu educação cristã quando criança. Depois, por causa de sua
grande beleza e temperamento, afastou-se da fé e tornou-se uma
cortesã, ou “prostituta de luxo” na cidade de Alexandria, no
Egito, no Século IV, quando esta cidade estava ainda sob a dominação
romana. Seu nome e os dados de sua vida pós conversão estão
inscritos em livros dos Padres do Deserto desde os finais do Século
IV e é venerada pelas Igrejas Católica, Ortodoxa e Copta
(reconhecidas pela igreja Católica).
A
prostituta de luxo
Thaís
tornou-se cortesã, ou seja, uma prostituta da corte romana que
dominava Alexandria. Conseguiu este “posto” por causa de sua
beleza. Com isso, ganhou muito dinheiro, tornou-se rica e cobiçada
na corte. Os romanos costumavam valorizar estas mulheres nos países
que dominavam, dando a elas um certo “status”. Assim, Thaís
tornou-se presa à vaidade, ao luxo, ao prazer e ao poder que lhe era
dado servindo aos poderosos. Tudo isso foi como os “espinhos que
sufocam a semente do Reino dos Céus” (Mateus 13, 22) que ela
recebera um dia em sua infância.
O
vazio muda sua história
Tudo
parecia ir bem na vida de Thaís: riqueza, luxo, prazer, poder.
Porém, ela começou a perceber que, depois de conquistar tudo isso,
restava um profundo vazio em seu coração. Sua sensação não era
de felicidade, mas aprisionamento. Sentia-se presa àquele mundo que,
no fundo, usava seu corpo, mas não lhe fazia feliz.
A
semente germina a seu tempo
E
ela começou a se lembrar da semente do cristianismo recebida em sua
infância. Lembrou-se da parábola do tesouro escondido, contada por
Jesus: "O Reino dos céus é como um tesouro escondido num
campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de
alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo".
(Mateus 13,44) E Thaís pensava: “se quem encontra esse tesouro
vende tudo o que tem para comprá-lo, é porque ele deve ser muito
bom, melhor que tudo. Mas eu preciso encontrá-lo primeiro. Se não o
encontrar, como posso ter disposição para vender tudo o que tenho
para comprá-lo? Este pensamento acompanhou Thaís por muito tempo e
ela rezou: “Senhor, eu queria encontrar esse tesou escondido.
Encontrar algo pelo qual valesse a pena perder tudo o que tenho.”
Oração
atendida
O
pedido de Thaís veio do fundo de seu coração sofrido e vazio. E,
logo, ela começou a sentir uma paz que jamais sentira antes em sua
vida. Ao mesmo tempo, começou a sentir aversão por tudo o que dizia
respeito à sua vida de cortesã. Ela começou a sentir grande
vontade de ficar cada vez mais tempo em oração, na presença de
Deus, pois isso lhe trazia grande paz e felicidade de coração. E
ela sentiu grande vontade de abandonar a vida que levava.
Um
pastor é enviado por Deus
Nisso,
um monge chamado Pafúncio (mais tarde, São Pafúncio) simplesmente
chegou a seus aposentos dizendo que tinha sido enviado por Deus para
instruí-la na fé. Ela compreendeu imediatamente e aceitou. O monge
instruiu Thaís sobre a pessoa de Jesus Cristo e ela compreendeu,
convencida interiormente em seu coração, que tinha encontrado o
grande tesouro escondido.
Mudança
de rumo
Então,
Thaís vendeu tudo o que tinha e distribuiu aos pobres. Sentiu-se a
pessoa mais feliz do mundo depois de fazer isso. Mas, sentiu também
uma grande necessidade de fazer penitência pelos pecados de sua vida
passada. Então, São Pafúncio levou-a um convento de monjas e disse
à superiora: "Eu te trago uma pequena cabra meio morta,
recentemente arrancada dos dentes dos lobos. Confio que por tua
compaixão seja assegurado a ela um refúgio, e que por teu cuidado
[ela] seja curada, e que tendo arrancado a áspera pele de uma cabra
ela seja vestida com a suave lã do cordeiro".
Penitência
Thaís
passou três anos em oração, jejuns e penitência. Saía de sua
cela somente para ir à capela do Mosteiro. Ficou em silêncio
completo, sem levantar os olhos para quem quer que fosse, vestia-se
com roupas grosseiras e seu leito era o chão. Depois desses três
anos, ela foi admitida na vida comunitária das monjas. Relatos do
mosteiro a descreveram como uma pessoa muito amável, caridosa e
portadora de um cuidado especial para com os doentes e os pobres.
Santidade
Sua
fama de santidade cresceu na região por causa das curas que
aconteciam por meio de sua intercessão. Observavam também que,
mesmo estando muito tempo entre os doentes, ela não se contaminava.
Diz a tradição que ao final de sua vida, muitos doentes eram
curados apenas por sua oração.
Falecimento
Santa
Thaís previu o dia de sua partida para o céu com antecedência.
Chegando seu momento derradeiro, ela rezava sem cessar: “Ó Vós,
que me criastes, tende compaixão de mim!” Faleceu num dia 08 de
outubro. Antes de falecer, pediu para ser sepultada numa cova
simples, sem caixão e sem nenhuma outra proteção. Pouco tempo
depois, de sua cova exalava perfume e o local tornou-se um centro de
peregrinação, onde muitas graças foram alcançadas.
Oração
a Santa Thaís
“Ó
Deus altíssimo, que concedestes a graça da conversão milagrosa a
vossa serva Santa Taís, fazendo-a conhecer o seu amor, concede-nos
também esta graça maravilhosa. Concede-nos também a constância da
fé e do testemunho cristão. Amém. Santa Thaís, rogai por nós.”
Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-santa-thais-/112/102/
Ilustrações retiradas do Google Imagens.
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