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segunda-feira, 11 de março de 2019

Venerável Servo de Deus Vittorio Trancanelli, Pai de Família e Médico



Essa é a história do Venerável Vittorio Trancanelli, italiano, “o santo da sala de cirurgia”, como era conhecido no hospital onde trabalhava. Médico cirugião dos nossos tempos – faleceu aos 54 anos em 1998 – Vittorio teve um único filho biológico, pois a sua saúde não lhe permitiu ter mais. Sofredor, Vittorio escondia as dores debaixo de um sorriso lindo e da atenção constante aos seus doentes, que servia com amor.


O Dr. Vittorio Trancanelli nasceu na cidade de Spello, na província italiana de Perugia, em 26 de abril de 1944. Sua família chegou a esta pequena cidade no centro da Itália em abril de 1944, a fim de fugir dos combates da Segunda Guerra Mundial.
Depois de estudar em Assis, mudou-se à cidade de Perugia, onde se formou como médico e cirurgião. Após se casar aos 21 anos, ele e a sua esposa, Lia Sabatini, viveram em Perugia, onde exerceu a sua profissão no Hospital Silvestrini.
Em 1976, nasceu Diego, seu único filho biológico – posteriormente adotou 7 crianças –, um mês depois de sofrer uma colite ulcerosa grave com peritonite difusa que quase causou a sua morte.
Esta doença e a necessária operação para salvá-lo causaram sequelas para o resto da sua vida. Especificamente, os cirurgiões tiveram que realizar uma ileostomia que levaria a sua morte, mesmo que somente a sua esposa e alguns amigos soubessem.
Depois da sua recuperação, voltou a trabalhar. Seu compromisso com os doentes e sua proximidade com aqueles que sofrem fez com que os seus companheiros o chamassem o “santo da sala de cirurgia”.
Na década de 1980, começou a se sentir cada vez mais atraído pelos textos da Bíblia. Começou a estudar as Sagradas Escrituras e a colaborar com o Centro Ecumênico, em San Martin, em Perugia.
Posteriormente, fundou, junto com sua esposa e alguns amigos, uma associação cuja finalidade era acolher mulheres e crianças em situação de exclusão social. Seu compromisso com os mais desfavorecidos foi tão grande que o casal se comprometeu e adotou sete crianças, algumas deficientes.
E foi este amor imenso a Deus e ao próximo que levou Vittorio e sua esposa a fundar uma associação de acolhimento de crianças e mães em risco, ao mesmo tempo que se abriam à adoção. Juntos, adotaram sete crianças, entre as quais várias com deficiência. São elas, hoje, que dão de Vittorio o testemunho mais belo, como podem descobrir se pesquisarem um bocadinho no YouTube.
Quem acolher um pequenino destes em meu Nome, a Mim acolhe (Mc 9, 37). Assim gostava Vittorio de citar.
Após um período de intenso trabalho profissional, sofreu outra grave doença e faleceu em 24 de junho de 1998.
Antes da sua morte, cercado por sua esposa e filhos, se dirigiu a eles e disse: “Por isso vale a pena viver, não para tornar-se alguém, fazer uma carreira ou ganhar dinheiro”.
Em seu funeral, no qual esteve presente uma multidão, o Bispo de Perugia, Dom Giuseppe Chiaretti, afirmou: “Eu considero Vittorio um santo leigo”.
No fim da vida, que levaremos nós para o céu? As horas de descanso de que desfrutamos? As horas de televisão e de Facebook? O dinheiro guardado no banco? A informação de Excelente na carreira à custa do tempo em família ou do serviço efetivo e atento do irmão? Não levaremos antes os sorrisos e os olhinhos brilhantes daqueles que fizemos felizes, na família como no trabalho, mesmo à custa de algum cansaço?
Disse-nos o Papa Francisco na homilia do Dia Mundial dos Pobres, como já dizia Santa Teresa de Calcutá, e como disse Jesus de todas as maneiras possíveis, especialmente na Cruz: “Para o Céu, não levamos o que temos, mas o que damos”.
No dia 27 de fevereiro, o Papa Francisco aprovou um decreto que reconhece as virtudes heroicas do Servo de Deus Vittorio Trancanelli, fiel leigo italiano, médico de profissão, conhecido pela sua proximidade com os doentes, apesar dele mesmo sofrer uma dolorosa doença.

























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