Pedro To Rot,
catequista casado, foi martirizado aos sete de julho de 1945, com apenas 33
anos de idade. João Paulo II o beatificou em sua viagem ao Extremo Oriente, em
janeiro de 1995. Pedro é o primeiro beato de Papua-Nova Guiné.
Pedro nasceu em 1912
no distrito de Rakunai, próximo à capital de Nova Bretanha (Papua-Nova Guiné).
“Originário de uma família profundamente cristã, recebeu dos próprios pais os
elementos fundamentais da fé e a instrução religiosa”. Aluno exemplar e assíduo
na prática religiosa, distinguiu-se desde a juventude pela sua profunda
piedade. Inscreveu-se no curso de catequese, a fim de tornar-se um válido
colaborador na obra da evangelização do meio em que vivia.
Em novembro de 1936 casou-se com Paula La Varpit. Desse
matrimônio nasceram três filhos. Os deveres familiares não o impediam de
desempenhar a função de catequista. “O Beato Pedro, inspirado pela sua fé em
Cristo, foi um esposo devotado, um pai amoroso e um catequista empenhado. Foi conhecido pela gentileza, cordialidade e
compaixão. A Missa cotidiana e a Sagrada Comunhão, além das freqüentes visitas a nosso Senhor no
Santíssimo Sacramento, sustentaram-no e deram-lhe a sabedoria para
aconselhar aqueles que haviam perdido a esperança, como também lhe deram a
coragem de perseverar até a morte. O seu testemunho do Evangelho inspirou a
outros, em situações muito difíceis, porque ele vivia a sua vida cristã com grande alegria e pureza. Sem o saber,
preparou-se durante toda a vida para o maior dom: renunciando a si mesmo todos
os dias, caminhou com seu Senhor ao longo da estrada que conduz ao calvário”
(cf. Mateus 10, 38s).
A aldeia de Rakunai foi ocupada durante a Segunda
Guerra Mundial por tropas japonesas. Os sacerdotes foram aprisionados. O Beato
Pedro “assumiu a responsabilidade da vida espiritual dos habitantes de Rakunai.
Não só continuou a instruir os fiéis
e visitar os doentes, mas batizou, assistiu aos matrimônios, orientou
o povo na oração” e “socorreu os
pobres”.
O Beato Pedro “era um marido devotado”. “Tratou a
sua esposa Paula com profundo respeito. Orava com ela todas as manhãs e todas as noites”. “Viveu
profeticamente a recomendação do Evangelho, segundo a qual os esposos ‘se
sujeitam um ao outro no temor de Cristo’ (cf. Efésios 5, 21)”. Era um pai amoroso, que honrava seus filhos. Nutria
por eles um afeto profundo. E passava
com eles o maior tempo possível.
“O Beato Pedro tinha
em alta consideração o matrimônio. Não obstante o grande risco pessoal e a
oposição, defendeu o ensinamento da
Igreja sobre a unidade matrimonial e sobre a necessidade de fidelidade
recíproca”. “Quando as autoridades legalizaram e encorajaram a poligamia, o
Beato Pedro, sabendo que isto era contra os princípios cristãos, denunciou
firmemente esta prática. Graças ao Espírito Santo, que habitava nele, proclamou de modo corajoso a verdade acerca
da santidade do matrimônio. Recusou o ‘caminho mais fácil’ (cf. Mateus 7,
13)” de compactuar com o mal. “Devo cumprir o meu dever como testemunha da
Igreja de Jesus Cristo”, explicou. “O temor do sofrimento e da morte não o
deteve”.
Aumentada a atitude hostil dos japoneses, Pedro To Rot
chegou a ser preso. Mas depois de alguns dias de detenção foi libertado. Em
abril de 1945 foi novamente preso, por causa de uma denúncia falsa. Condenado a
dois meses de detenção, quando já estava prestes a deixar a prisão, um médico
militar aplicou-lhe uma injeção letal. Era o dia 07 de abril de 1945. Durante o
período de seu último aprisionamento, Pedro permaneceu sereno, até mesmo
alegre. Ele disse às pessoas que estava pronto a morrer pela fé e pelo seu
povo. No dia de sua morte, o Beato Pedro pediu à sua esposa que lhe
trouxesse o seu crucifixo de catequista. Esta cruz acompanhou-o até o fim. Pedro morreu mártir, em defesa da
fé e como testemunho fiel de seu ardente apostolado na obra da evangelização.
Foto rara do beato Pedro To Rot |
No Beato Pedro To Rot os fiéis têm um mestre da
SANTIDADE DO MATRIMÔNIO E DA FAMÍLIA. Confirmou a sua pregação com o seu sangue.
A morte do Beato Pedro foi decidida,
sobretudo, devido a sua inflexível
defesa da dignidade sacramental do matrimônio.
João Paulo II beatificou Pedro To Rot durante a solene
concelebração eucarística, aos 17 de janeiro de 1995. A Missa foi rezada em Port Moresby , capital
da Papua-Nova Guiné. Estavam presentes a esposa e uma filha do Beato. Durante o
ofertório elas apresentaram alguns dons ao Papa.
Beato Pedro To Rot, Mártir do Matrimônio, rogai pelos
casais, rogai pelas famílias!
Fonte: Livro da Família de 1997, pp 44 e
45
Um comentário:
Minha liberdade é comprada com o sangue de Jesus e dos Mártires; Pedro To Rot rogai por nos!
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