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sexta-feira, 29 de maio de 2015

SÃO JOSÉ MARELLO, Bispo e Fundador

São José Marello
José Marello nasceu em 26 de dezembro de 1844, em Turim, Itália. Seus pais, Vincenzo e Ana Maria, eram da cidade de São Martino Alfieri. Quando sua mãe morreu, ele tinha quatro anos de idade e um irmão chamado Vitório. Seu pai, então, deixou seu comércio em Turim e retornou para sua cidade natal, onde os filhos receberiam melhor educação e carinho, com a ajuda dos avós.
Aos onze anos, com o estudo básico concluído, quis estudar no seminário de Asti. O pai não aprovou, mas consentiu. José o freqüentou até o final da adolescência , quando sofreu uma séria crise de identidade e decidiu abandonar tudo para estudar matemática em Turim. Mas, em 1863, foi contaminado pelo tifo, ficando entre a vida e a morte. Quase desenganado, certo dia acordou pensando ter sonhado com Nossa Senhora da Consolação, que lhe dizia para retornar ao seminário. Depois disso, sarou e voltou aos estudos no seminário de Asti, do qual saiu em 1868, ordenado sacerdote e nomeado secretário do bispo daquela diocese.




São José Marello (o menino), 
no Seminário Menor.
Nos vinte anos que o Marello exerceu o seu sacerdócio em Asti foi exemplo para todos de todas as virtudes. Dom Ronco, em uma esplêndida carta recomendatória à Santa Sé, declarava-o um homem prudente, piedoso, zeloso, pleno de caridade, uma jóia de sacerdote envolvida de silenciosa humildade.
José e o bispo participaram do Concílio Vaticano I, entre 1869 e 1870. Posteriormente, acompanhou o bispo por toda a arquidiocese astiniana. Com uma rotina incansável, ele atendia todos os problemas da paróquia, da comunidade e das famílias. Muitas vezes, pensou em tornar-se um monge contemplativo, entretanto sua forte vocação para as necessidades sociais o fez seguir o exemplo do carisma dos fundadores, mais tarde chamados de "santos sociais", do Piemonte.






São José Marello: fundador dos Oblatos
de São José, ou Padre Josefinos, dedicados
ao serviço pastoral, paroquial, bem como
à administração de escolas, orfanatos e
asilos para idosos. Atuam também na
formação sacerdotal em seminários. 
Corajosamente, assumiu a responsabilidade dos problemas reais da época, sem se preocupar com o Estado, que fechava conventos, seminários e confiscava os bens da Igreja, sempre convicto de que os mandamentos não lhe poderiam ser confiscados por ninguém. Muito precisava ser feito, pois cresciam a miséria, o abandono, as doenças, a ignorância religiosa e a cultural. Mas, José também tinha de pensar nas outras pequenas paróquias da diocese, em condições precárias, e ainda, não podia deixar de estimular os padres, de cuidar da formação religiosa das crianças e jovens e de socorrer e amparar os velhos. Por isso decidiu criar uma "associação religiosa apostólica", em 1878, em Asti.
O início foi muito difícil, contando apenas com quatro jovens leigos. Mas a partir deles fundou, depois, a Congregação dos Oblatos de São José, integrada por sacerdotes e irmãos leigos, chamados a servir em todos os continentes. Os padres Josefinos pregam, confessam, educam, fundam escolas, orfanatos, asilos, constroem igrejas e seminários.
Dedicando-se igualmente aos jovens, velhos, doentes, por isso seu fundador os chamou de "oblatos", ou seja, "oferecidos" a servir em todas as circunstâncias.


Em 1888, o papa Leão XIII consagrou José Marello bispo de Acqui. A Diocese de Ácqüi se encontra no Piemonte e é sufragânea da Arquidiocese de Turim. Enalteceram-na no tempo com suas virtudes os bispos: São Maggiorino e São Guido, o fundador dos Passionistas São Paulo da Cruz e Santa Maria Domingas Mazzarello, co-fundadora com Dom Bosco das Irmãs de Maria Auxiliadora. A Catedral é dedicada a Nossa Senhora da Assunção. É uma diocese vasta, deslocada em boa parte sobre os montes do Apenino Ligure; nos tempos de Dom Marello contava com 120 paróquias e cerca de 125 mil almas.
Dom José Marello no governo da sua diocese soube unir suavidade e firmeza. Por isto, o povo e o clero lhe foram sempre unidos e afeiçoadíssimos. Também o seu vigário geral, Mons. José Pagella, tipo forte e autoritário, afeiçoou-se-lhe tão profundamente, que colaborava de bom grado com ele. Na residência episcopal, qualquer um podia aproximar-se dele, a qualquer hora.

São José Marello era um bispo missionário, um grande
apóstolo em sua própria diocese.
No breve período de seu episcopado, seis anos e meio, Dom Marello visitou toda a sua diocese. A visita pastoral teve início no dia 13 de abril de 1890, começando pela cidade de Ácqüi e estendendo-se depois a todos os vicariatos da diocese. O Bispo subiu também até as localidades mais inacessíveis, acolhido por toda parte como um santo. Na aldeia de Ricaldone conquistou de tal maneira os corações que à sua partida, quiseram acompanhá-lo com a banda musical por vários quilômetros, até a aldeia vizinha. Em Cairo Montenotte, aldeia industrial, de marca anticlerical, acolheram-no com alegria tão logo o viram abraçar uma menina do povo. Na aldeia de Morbello ele chegou durante uma forte tempestade, podendo assim levar consolo e resignação àquela população que tinha perdido toda a sua colheita.
Dom Marello escreveu aos seus diocesanos sete cartas pastorais. A primeira é de 1889 e leva a cada um dos seus filhos uma mensagem de paz. Nas outras, anunciava-lhes a próxima visita pastoral (1890), exor­tava-os à penitência (1891), dava aos pais oportunas normas para a educação dos filhos (1892), chamava a atenção para o respeito humano, exortando a uma franca profissão de fé (1893), tratava o fundamental problema do Catecismo (1894), voltava os ânimos para o empenho missionário (1895).


Estátua do santo bispo e
fundador.
Dom Marello e a Congregação dos Oblatos
Embora ocupado como bispo num trabalho múltiplo e absorvente, Dom Marello continuou a seguir vivamente os seus Oblatos. De fato, ele continuou sendo o Superior da Congregação e da Obra de Santa Chiara até a morte. Pe. Cortona nada fazia em Asti sem antes interpelar o Pai em Ácqüi, o qual respondia com cartas freqüentes e paternas e vinha também de vez em quando pessoalmente ter com seus filhos e os convidava para virem junto dele em Ácqüi ou então na residência de verão de Strevi.
Por suas obras, Dom Marello continuou a difundir solicitude e meios; por elas, a fim de salvá-las, ofereceu generosamente também a própria vida quando surgiu a questão da propriedade da Casa de Santa Chiara. A Pequena Casa da Divina Providência de Turim, tendo contribuído para a compra do edifício de Santa Chiara e obtido a cessão das representações civis de três titulares, pensava poder dispor dele como coisa sua.
Dom Marello, consciente de ser ele o representante do bispo de Asti naquela Obra, defendeu os seus direitos contra as pretensões da Pequena Casa. A questão, surgida em 1893, e penosíssima para o coração do Marello, prolongou-se até a morte dele e mesmo depois; foi remetida à Santa Sé e esta reconheceu que a Obra de Santa Chiara estava na dependência do bispo de Asti. Mons. Rastero, confessor do Marello, disse que o Pai, para salvar a vida dos Oblatos, havia oferecido ao Senhor a sua própria vida. Na espinhosa controvérsia, os Oblatos tiveram um valiosíssimo auxílio por parte de Mons. José Pagella, Vigário Geral do Marello.
Porém, nos últimos meses de sua vida, já com o físico muito enfraquecido pelo ritmo do serviço que nunca conheceu descanso ou horário, quando foi para a cidade de Savona, acompanhar a festa de São Filipe Néri, passou mal e morreu, aos cinqüenta e um anos de idade, no dia 30 de maio de 1895. Muitas graças ocorreram na ocasião da transladação do venerando corpo para a Diocese de Acqui. Por exemplo: Henriqueta Garberoglio, que sofria de esgotamento nervoso, teve cura instantânea ao tocar o caixão quando transitava por Agliano d’Asti. Muitas outras graças atribuídas a Dom Marello têm sido publicadas pela revista Joseph.
Foi beatificado no dia 23 de setembro de 1993 e canonizado em 25 de novembro de 2001 pelo Papa São João Paulo II. A festa de são José Marello é celebrada no dia de sua morte e seu corpo repousa no santuário que recebeu o seu nome, em Asti.

Aqui repousa os santos despojos do Santo Bispo, aguardando
a ressurreição dos mortos... 


Quem desejar ler a biografia mais detalhada deste Santo, existe um blog muito bom dedicado a ele: http://saojosemarello.blogspot.com.br/

Um comentário:

Unknown disse...

Linda a vida desse santo....exemplo de amor e dedicação !!

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