Chiara Corbella Petrillo, jovem esposa e mãe de família, morreu em odor de santidade. Essa
jovem pôde declarar com a vida, e também com morte, o Amor a Deus e a sua
família! Vale à pena conhecê-la!
Numa
época em que se defende a ideia de que liberdade é poder fazer o que se quer,
em uma sociedade cada vez mais individualista e confusa diante dos reais
valores da vida, em um mundo onde os vegetarianos que defendem árvores e leões
com a vida são os mesmos que defendem abertamente o aborto surge um grande
desafio aos cristãos: ser sinal de contradição para a sociedade. A Jovem Chiara
é esse sinal para nós.
Chiara Corbella
Petrillo era uma jovem romana nascida em 1984, esposa de Enrico Petrillo.
Chiara é, como se costuma dizer, da “geração João Paulo II”, uma mulher cheia
de vida, alegre e jovem. Conheceu o seu marido, Enrico, em Medjugorje e, antes
de se casarem, em 2008, fizeram um caminho de namoro acompanhados por frades da
cidade de Assis.
Chiara e Enrico no dia de seu matrimônio. |
A jovem, que
sempre sonhou em ser mãe, logo após o casamento engravidou, mas soube, ao fazer
a ultrassonografia, que sua filha Maria tinha anencefalia. Ao contrário de
todas as recomendações médicas que enfatizavam o aborto como a “melhor” opção,
o casal decidiu manter a gravidez até o fim, o que foi uma surpresa para
muitos. Trinta minutos depois de nascer, a pequena Maria faleceu. Nesses poucos
minutos de vida, contudo, a menina foi batizada, e o casal pôde abraçar e
segurar o bebê. Chiara declarava que não é a duração de tempo que se tem um
filho vivo que determina quão mãe se é. Nesses poucos instantes, Chiara e
Enrico viveram a maternidade/paternidade com o amor de uma vida inteira e, em
seguida, viram Maria nascer para o Céu.
Já o segundo
filho do casal, Davide, ainda no início da gestação, foi diagnosticado com uma
deficiência: ele não possuía as pernas e tinha má-formação visceral. Como
anteriormente, ao contrário da expectativa de muitos, os pais decidiram
prosseguir. Ambos os filhos, Maria e Davide, chegaram a nascer e, mesmo vivendo
poucos minutos, foram acompanhados pelos pais até o último momento. Davide
faleceu 37 minutos após o parto e também recebeu o sacramento do batismo. Mais
uma vez, o casal viveu a graça de ter um filho. Muitos amigos relatam que não sabiam
explicar racionalmente o que havia nesses acontecimentos que, ao mesmo tempo
que causavam um sofrimento intenso, eram repletos de um profundo Amor, que
trazia Paz a todos os presentes, inclusive nos funerais dos bebês. Mais uma
vez, os pais também testemunharam o nascimento de um filho para o Céu.
O casal recebeu
alguns conselhos "desinteressados" para não arriscarem nova gravidez,
mas, não se deixaram abater e confiaram totalmente em Deus.
Algum tempo
depois Chiara engravidou do terceiro filho. Desta vez, a criança era totalmente
saudável. Mas o Senhor pediu outro sacrifício à família: antes mesmo da
gravidez, Chiara teve o que parecia ser uma afta na língua, para a qual não deu
muita atenção. Como a ferida piorou, a jovem grávida procurou assistência
médica enquanto o pequeno Francesco se desenvolvia em seu ventre.
A família Petrillo sendo recebida e abençoada pelo Papa Bento XVI |
As biopsias
revelaram, contudo, um triste diagnóstico: um carcinoma. A primeira intervenção
com anestesia local, para não criar dificuldades ao menino, correu bem. Mas
Chiara deveria fazer, o mais rapidamente possível, novos tratamentos como
quimioterapia ou radioterapia. Haveria, assim, grandes chances de colocar a
gestação de Francesco em risco. Mas também, aqui, a opção do casal foi dar
todas as garantias humanamente possíveis para que o filho pudesse nascer sem
correr riscos.
Infelizmente, já
era tarde: o "dragão", como Chiara chamava o câncer, espalhou-se
muito rapidamente. Perceberam, por fim, que os tratamentos não adiantariam, e o
casal decidiu que o importante era viver o tempo que restava com alegria, com
intensidade, com fé. Nessas tribulações, o testemunho de Chiara e Enrico
exalava tanta confiança que atraíram muitas pessoas para rezarem com eles.
Diante de cada
uma das suas lutas, Chiara sempre reagiu aceitando-as como provações que Deus
lhe concedera. Morreu, por fim, em 13 de junho de 2012, aos 28 anos de idade,
com um testemunho de luz e de fé, de vida e de intensidade, de entrega a Deus,
de testemunho. Deu tudo o que tinha por amor, a Deus, ao marido, aos filhos. O
funeral da jovem foi um profundo louvor a Deus pelo dom da vida e quem estava
presente testemunha a fé e a alegria que imperava no ambiente. Mais de mil
pessoas estavam presentes, sem contar as dezenas de sacerdotes que celebraram a
missa de corpo presente de Chiara.
Missa de Corpo Presente |
Aqui seus restos mortais aguardam a ressurreição. |
O pequeno Francesco brincando próximo ao túmulo de sua mãe. |
A história de
Chiara demonstra que é possível se opor à massiva ideologia que despreza vidas
indefesas em ventres maternos por tantos motivos. A capacidade e coragem de
dizer “sim” à vida, mesmo em momentos de tribulação, são intrínsecas aos
cristãos e àqueles que se encontraram com o Verdadeiro Amor. “Ninguém tem maior
amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos”. (Jo 15,13)
Chiara deixou
uma carta escrita para o seu filho, antes de morrer:
“Vou ao céu para cuidar de Maria e Davide; você fica
aqui com o papai. De lá, eu rezarei por vocês. Meu filho, você é especial e tem
uma grande missão. O Senhor o escolheu, e eu lhe mostrarei o caminho a seguir,
se você abrir seu coração. Confie em mim, vale a pena. Mamãe”.
2 comentários:
Obrigado. Merci. Patrick. http://parousie.over-blog.fr/2018/09/chiara-corbella-petrillo-en-cours-de-beatification-pour-l-offrande-de-sa-vie.html
https://www.youtube.com/watch?v=hOjP6pQ3qeY&list=PLtnE5mJXd5ux358cqWUCr497T9S3roHMD&index=21
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