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domingo, 21 de fevereiro de 2016

Venerável Serva de Deus Jeanne Chezard de Matel, Virgem, Mística e Fundadora.



Resumo biográfico
Nasceu em Roanne (França) em 06 de novembro de 1596. Dotada de dons extraordinários, sua espiritualidade foi influenciada pelas correntes espirituais francesas do século XVI, sobretudo, pela escola do cardeal Bérrulle, que contempla as “marcas” do mistério trinitário na criação e na história da salvação, sobretudo na encarnação do Verbo.
Em 02 de julho de 1625 se reuniu Jeanne com duas companheiras para viverem em comunidade. São as origens da congregação religiosa do Verbo Encarnado, cujo primeiro mosteiro foi erigido canonicamente em Avignion, no ano de 1639. A finalidade da nova família religiosa é “viver e proclamar o mistério da encarnação” e dar testemunho do mesmo por meio da educação.
Jeanne teve numerosas experiências místicas que narra em uma série de escritos cheio de citações bíblicas. Como muitos outros fundadores, também a Madre Jeanne se viu submetida a grandes provas que sobrelevou com fortaleza de espírito. Morreu santamente em 11 de setembro de 1670.


Biografia
Jeanne Chezard de Matel nasce em Roanne, França, em 06 de novembro de 1596. Seu pai, Jean Chezard, homem honrado e valente, gentil homem da Câmera e capitão de uma companhia de cavalaria ligeira; sua mãe foi Jeanne Chaurier, à qual pertencia a uma família rica e virtuosa; mulher virtuosa e de grande coração, caridade e muita paciência. Tiveram onze filhos, dos quais sobreviveram somente cinco, sendo Jeanne a mais velha desses.
Jeanne foi de um caráter bondoso, doce, paciente e alegre; aprendeu a ler aos seis anos; aos sete anos pediu permissão para jejuar às vigílias das festas solenes; aos nove e dez anos quis fazê-lo na Quaresma. Aos dez anos resolve permanecer virgem para seguir ao Cordeiro “pelas campinas”. Tem uma grande devoção à Virgem Maria. Aos doze anos foi admitida à Primeira Comunhão e se lhe permite mais tarde comungar a cada mês. Depois, um pouco mais amiúde e, desde 1610, a cada oito dias.
Gostava muito de ler as vidas dos santos e tinha desejo de imitá-los. Admira sobretudo às virgens e aos mártires. Quando tinha 17 ou 18 anos, passou por uma “crise de sua vocação”, já que havia manifestado o desejo de ser religiosa, porém, acabou aceitando, por obediência a sua mãe e a seu confessor, passar uns dias na casa de uma tia. Lá, não faltaram os bailes e conversações um tanto frívolas, cheias de vaidades, que a levaram a esfriar em sua decisão. Porém, finalmente, após algum tempo de confusão, regressa à casa de sua mãe e continua com sua firme resolução.
Em 1615, já com quase 19 anos, se sentiu, de repente, totalmente convertida e reconfortada pela Graça. Nesse mesmo dia, Deus lhe concedeu entender perfeitamente as leituras da Missa, mesmo as que estavam em latim. Este favor nunca lhe foi retirado pelo Senhor. A Escritura é o meio pelo qual Jesus lhe fala e lhe dá a conhecer sua vontade. Tem uma profunda oração mental, aplicando-se, especialmente, aos mistérios da Paixão do Salvador.

Em pouco tempo, sentiu-se elevada aos mais altos graus de oração. A partir de 1619, passa a ter uma forte experiência interior: sente que seu espírito e seu corpo lutam um contra o outro e lhe foi concedido o viver na constante presença de Deus, mesmo em meio aos afazeres mais ordinários.
Sentia-se acompanhada pela presença da Santíssima Trindade. Além do grande amor pela Escritura, a espiritualidade que viveu é teológica, visto que se enraízam em seu coração os grandes dogmas da teologia cristã.
Jeanne buscava assiduamente a direção espiritual. Entre seus diretores figuram, em sua maioria, sacerdotes jesuítas, que atestaram que as revelações que tinha não podiam ter outra origem senão a divina.
Desde 1619 aparece o pensamento de fundar uma Ordem. Em 02 de julho de 1625, deixa a casa paterna para começar a fundação em companhia de mais duas jovens. Chegou a fundar quatro mosteiros. Em 10 de setembro de 1670 toma o hábito da Ordem do Verbo Encarnado e faz sua profissão. Morre no dia seguinte, em 11 de setembro de 1670.
O processo da Causa de Beatificação e Canonização da Serva de Deus sucedeu da seguinte maneira: em 1966 inicia-se o processo diocesano, apesar de sua fama de santidade houvesse estado muito vivo entre as irmãs, os sacerdotes e seculares durante séculos. A causa retomou em 1970. Em 1984 reconheceu-se a validade do processo diocesano a cerca das virtudes e da fama de santidade bem como do processo dos escritos.
A “positio” foi publicada em janeiro de 1987. Em 19 de maio de 1987 ocorreu a assembleia de consultores historiadores e em 18 de outubro de 1991 o congresso particular dos consultores teólogos. A conclusão foi positiva em ambos os casos. Em 21 de janeiro de 1992 os cardeais e os bispos confirmaram na Congregação a prática heroica das virtudes teologais, cardeais e suas anexas.

O decreto de venerabilidade foi dado em 07 de março de 1992. 

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