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sexta-feira, 3 de junho de 2016

SANTA BRANCA DE CASTELA, Viúva, Religiosa e Mãe de São Luís IX, Rei de França.


Santa Branca de Castela, rainha e mãe.
   Casamento de Branca e o Delfim
     Branca era filha de Afonso IX, Rei de Castela, e de Eleonora da Inglaterra. Nasceu em Palência no início de 1188. Com onze anos foi prometida como esposa a Luis, delfim da França, pelo tio João Sem Terra, que tinha intenção de se reconciliar com o Rei Felipe Augusto.
     O casamento dos jovens príncipes foi celebrado no dia 23 de maio de 1200 em Portmort, na Normandia.
     Branca encontrava-se profundamente aflita, pois já se haviam passado doze anos desde seu casamento e ainda não tinha filhos. São Domingos de Gusmão, que fora visitar a Rainha, aconselhou-a a rezar diariamente o Rosário, pedindo a Deus a graça de tornar-se mãe. Seguindo fielmente o conselho, ela foi atendida e em 1213 deu à luz o seu primogênito, Filipe, que veio a falecer na infância.
     O fervor da rainha não se abalou por essa provação. Ao contrário, ela procurou o auxílio de Nossa Senhora mais do que antes. Distribuiu Terços para todos os membros da corte e para os habitantes de muitas cidades do seu reino, pedindo que se unissem a ela na súplica a Deus. Sua ardente oração foi ouvida quando, em 1215, nasceu aquele que seria depois São Luís IX, o príncipe que se tornaria a glória da França e modelo dos reis cristãos.
     Branca, que fora educada nos princípios católicos, educou seus numerosos filhos, entre eles Luis, segundo os mesmos ensinamentos. A Rainha herdou dos Plantagenetas, seus ancestrais maternos, a excepcional força de ânimo e o senso político que demonstrou colaborando nos empreendimentos do esposo, encorajado por ela na sua luta pela expulsão dos ingleses do Poitou.

Santa Branca e São Luis IX
     Em 1223 tornou-se Rainha da França e ficou viúva três anos depois. Assumiu a regência em nome do filho, Luis IX, e logo se defrontou com uma coalizão dos grandes senhores feudais que, sob a liderança de Pedro Mauclerc, Duque da Bretanha, pretendiam tornar-se independentes do poder real, ou procuravam obter uma maior influência política, não tolerando a regência de uma estrangeira.
     Branca, com manobras sagazes, conseguiu sair vitoriosa desta e de outras coalizões, debelando também a de Raimundo VII, Conde de Tolosa, estendendo a autoridade régia ao Languedoc, que foi efetivamente exercida após o casamento do filho Afonso de Poitiers com Joana de Tolosa.
     O Cardeal Romano Frangipane, legado pontifício, presente na França já no tempo de Luis VIII, muito ajudou Branca em suas lutas, pois havia conservado um ascendente também sobre a rainha.
     Quando o filho atingiu a maioridade, em 1234, Branca continuou a ocupar-se das tarefas de estado junto com Luis IX por uma dezena de anos, enfrentando novas sublevações, especialmente a de Hugo de Lusignano, Conde das Marches.
     Após a maioridade do filho, em 1234, Branca continuou a ocupar-se dos deveres de estado por uma dezena de anos junto com Luis IX, enfrentando novas sublevações, especialmente a de Hugo de Lusignano, Conde de Marche.
     Após a partida do rei para a cruzada de 1243, Branca assumiu novamente a regência do reino.
     Branca faleceu em Paris no dia 26 (ou 27) de novembro de 1252, enquanto São Luis IX ainda se encontrava no Oriente. O seu corpo repousa na Abadia de Maubuisson, fundada por ela em 1242, e onde ela mesma recebera o hábito cisterciense alguns anos antes da morte. O seu coração é conservado na Abadia de Lys, nas proximidades de Melun, para onde fora levado em 13 de março de 1253.

     Branca de Castela é universalmente venerada como santa, embora não tenha sido canonizada; sua festa é celebrada no dia 2 de dezembro.

(Fonte: Heroínas da Cristandade) 

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