Josef
Mayr-Nusser nasceu em Bolzano (Itália), em 27 de dezembro de 1910, em uma
família de camponeses profundamente cristãos. Casou-se aos 22 anos e teve um
filho. Entre suas leituras favoritas estavam as obras de São Tomás Moro, Santo
Tomás de Aquino e Frederic Ozanam, assim como a vida de São Vicente de Paulo.
Aos 22 anos,
uniu-se à Sociedade de São Vicente de Paulo e à organização internacional de
voluntários católicos dedicada a servir aos pobres e necessitados, a qual
buscava imitar a caridade do santo.
Além disso,
envolveu-se na Ação Católica e chegou a ser líder na Diocese de Trento em 1934.
Em 1937, chegou a ser presidente da sucursal da Sociedade de São Vicente de
Paulo em Bolzano.
Dois anos
depois, começou a Segunda Guerra Mundial. Mayr-Nusser não perdeu tempo e entrou
para o movimento antinazista “Andreas Hofer Bund”.
Ao reconhecer o martírio do Venerável Servo de Deus Josef Mayr-Nusser, aprovando-lhe a beatificação, o Papa Francisco disse,
“dar testemunho é a nossa única arma eficaz” e deve-se mostrar a todos que “o
único chefe que tem direito a uma completa e ilimitada autoridade e a ser nosso
‘condutor’ é Cristo”, assinalou em referência ao surgimento do fascismo na
Europa.
Entretanto, em
1943 a Itália entrou em uma guerra civil depois da breve detenção de Benito
Mussolini. Neste contexto, os alemães invadiram a região norte do país. Os
nazistas estabeleceram o “Schutzstaffel” ou “esquadrão protetor”, normalmente
conhecido como as “SS”. Jozef foi obrigado a unir-se em 1944 às “SS”.
Em uma carta
dirigida à sua esposa, Jozef escreveu: “Reze
por mim, para que na hora da provação possa atuar sem indecisões segundo o
parecer de Deus e da minha consciência (…) você é uma mulher corajosa e nem
sequer os sacrifícios pessoais que possivelmente te exijam poderão endurecer o
teu coração e condenar o teu esposo, porque preferiu perder a vida do que
abandonar o caminho do dever”.
Deste modo, no
momento do juramento de lealdade a Hitler, Jozef se negou. De acordo com uma
testemunha, Jozef estava “pensativo e preocupado”, mas com “voz forte” respondeu
ao general: “não posso fazer um juramento a Hitler em nome de Deus. Não posso
fazê-lo porque a minha fé e a consciência não me permitem”.
Por isso, foi
preso e condenado à morte por traição em 1945. Foi enviado no trem ao campo de
concentração de Dachau (Alemanha), onde deveria ser fuzilado.
Entretanto,
durante a viagem teve uma disenteria e morreu no dia 24 de fevereiro de 1945
aos 34 anos, antes de chegar a Dachau. Quando encontraram seu corpo, Jozef
estava com um Bíblia e um rosário.
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