
O pequeno Luís
amava e admirava muito seu pai, Augusto, pois era um homem muito bom. No
exercício de sua profissão foi capaz de curar e confortar a muitas pessoas
doentes. O exemplo dele mais tarde refletiu na vida de se filho. Quando Luís
tinha oito anos de idade, seu pai faleceu, no dia 11 de janeiro de 1850. Com a
morte de Augusto, o pequeno Luís e sua mãe retornam para a cidade natal,
Conegliano, permanecendo juntos dos parentes e familiares.
Ali o jovem Luís
começou os estudos fundamentais. Em certa ocasião, ainda bem jovenzinho, ele
escreveu ao Padre Luís Artini, camiliano, superior da Casa Santa Maria del
Paradiso, em Verona. O jovem manifestava o desejo de conhecer o carisma e a
espiritualidade camiliana e conversar pessoalmente com o Padre Artini. Na
verdade, Luís Tezza buscava discernir sua vocação. No dia 29 de outubro de
1856, Catarina, acompanha seu filho à comunidade de Santa Maria del Paradiso.
Ali iniciava sua formação religiosa, sob a orientação do Padre Artini.
Uma vez separada
de Luís, sentindo-se muito sozinha, Catarina, no dia 31 do mesmo mês, ingressou
no mosteiro da Visitação. Renunciou a todos os bens, doando-os aos pobres e ao
Instituto, que a acolhera. No dia 21 de agosto de 1857, Catarina recebeu o
hábito das Monjas da Visitação do Mosteiro de Pádua, cerimônia, a qual o
religioso camiliano Luís Tezza estava presente. Sua mãe morreu no dia 2 de
agosto de 1880.
Quando contava
com 18 anos de idade, Luís emitiu a profissão Religiosa perpétua, em 8 de
dezembro de 1858, aos 23 anos, no dia 21 de maio de 1864, foi ordenado
presbítero. Padre Luís Tezza muito jovial, inteligente e bondoso inicia seu
apostolado. Desempenhou serviços difíceis e delicados: Mestre de noviços,
Superior Provincial, Vigário Geral etc.
Em 1866, padre
Tezza viveu momentos complicados com a lei de supressão das Ordens e
Congregações Religiosas. Ele sempre alimentou o afã pelas missões. Teve convite
para um projeto de missões, por meio do missionário Daniel Comboni, hoje,
Bem-aventurado. Por obediência aos seus superiores recusou. Após essa recusa,
ele foi mandado para Roma e nomeado Vice Mestre de Noviços, em 1869. Um ano
depois foi nomeado Vice Provincial da Província Francesa.
Depois de três
anos depois ele voltou para Roma. Com ele vários religiosos e noviços. Saíram
expulsos da França. Todos foram acolhidos em Verona. Padre Tezza retorna à
França em 19 de abril de 1881, onde ocupou a função de Superior de Lille e, em
1885, foi feito Superior Provincial. Após quatro anos, em 1889, durante a
celebração do 36º Capítulo Geral da Ordem, foi eleito Consultor Geral. Nesta
época já pensava em formar uma Congregação feminina, sob o espírito de São Camilo.
No mês de
dezembro de 1891, Padre Luís Tezza, foi assessorar um retiro espiritual no
convento das Irmãs de Nossa Senhora do Cenáculo. Dentre as participantes estava
a jovem Judite, mais tarde, Madre Josefina Vannini, também beatificada.
Com a
autorização do Cardeal Vigário, no dia 2 de fevereiro de 1892, na Capela da
Casa Geral dos Camilianos, em Roma, o Padre João Mattis, Superior Geral,
conferiu à Judite e duas companheiras, o escapulário e a cruz vermelha de São
Camilo. Toda a cerimônia foi assistida e apoiada profundamente pelo Padre
Tezza. Aquele momento foi o marco de um sonho, ele via nascer a Congregação
Filhas de São Camilo.
No dia 26 de
abril de 1900, o Padre Tezza com o Padre Ângelo Ferroni, foram enviados à
Comunidade de Lima, Peru. Chegaram no dia 19 de junho do mesmo ano. Alguns anos
depois de atividade em Lima, os Padres Tezza e Ferroni deveriam regressar para
Roma. Mas atendendo ao pedido do Núncio de Lima, Padre Tezza permanece e Padre
Ferroni voltou a Roma. Padre Luís Tezza foi nomeado pela Autoridade
Eclesiástica de Lima confessor do Seminário Central da Arquidiocese e de muitos
outros, como também atendeu várias Ordens de vida contemplativa.
Depois de uma
vida toda entregue ao serviço da caridade para com os doentes e necessitados,
no dia 26 de setembro de 1923, em Lima, na Casa de Santa Maria da Boa Morte,
Padre Luís Tezza faleceu. A cidade de Lima ficou consternada pela grande perda,
do santo de Lima. Assim ficou conhecido: o “Apóstolo de Lima”. No dia 28 de
novembro de 1947, seu corpo foi exumado e levado para Buenos Aires. Seus restos
mortais foram colocados na Capela da Casa Provincial das Filhas de São Camilo,
no dia 20 de fevereiro de 1948.
O Padre Luís
Tezza foi proclamado pela Igreja Bem-aventurado no dia 4 de novembro de 2001,
por sua Santidade o Papa João Paulo II.
(Fonte: site Fraternidade São Gilberto)
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