Numa
hora de grandes perseguições contra sua Ordem, o Santo carmelita recebeu da
Santíssima Virgem o Escapulário, como símbolo de proteção e eterna aliança.
Simão nasceu em
1165, no castelo de Harford, condado de Kent, na Inglaterra, do qual seu pai
era governador. Os pais do Santo uniam a virtude à mais alta nobreza. Alguns
escritores julgam mesmo que tinham eles parentesco com a família real inglesa.
Sua mãe
consagrou-o, antes de nascer, à Santíssima Virgem. Em reconhecimento a Ela pelo
feliz parto, e para pedir sua especial proteção em relação ao filhinho, a jovem
mãe, antes de amamentá-lo, oferecia-o à Mãe de Deus, rezando de joelhos uma
Ave-Maria. Se, por distração, esquecia-se disso, encontrava uma resistência da
parte do pequenino Simão, que recusava alimentar-se até que ela rezasse essa
oração. Quando o bebê, devido a algum mal-estar próprio à idade, começava a
chorar, bastava que a mãe lhe mostrasse uma estampa da Virgem para que ele se
acalmasse.
O menino
aprendeu a ler com pouquíssima idade. A exemplo de seus pais, começou a rezar o
Pequeno Ofício da Santíssima Virgem, e logo também o Saltério em latim. Embora
não conhecesse ainda a língua latina, encontrava tanto prazer nisso, que ficava
extasiado.
Essa precoce
criança iniciou aos sete anos o estudo das Belas Artes no colégio de Oxford,
com tanto sucesso que surpreendeu os professores. Isso fez com que fosse
admitido à Mesa Eucarística, num tempo em que o costume era receber a Sagrada Hóstia muito mais tarde.
Foi então que consagrou sua virgindade à Santíssima Virgem.
Eremita aos 12 anos de idade
Perseguido pela
inveja do irmão mais velho, e atendendo a uma voz interior que lhe inspirava o
desejo de abandonar o mundo, deixou o lar paterno na idade de 12 anos,
encontrando refúgio numa floresta isolada. Preferiu seguir o chamado de Deus a
permanecer no aconchego do lar.
Um enorme
carvalho, cujo tronco (“stock” é “tronco” em inglês, daí o apelido do Santo) apodrecido
formara uma cavidade suficiente para nela colocar uma cruz, uma imagem de Nossa
Senhora e recostar-se, serviu-lhe de oratório e habitação. Empregava o tempo na
contemplação das coisas divinas, oração e austeridades. Bebia água de uma fonte
nas proximidades e alimentava-se de ervas, raízes e frutos silvestres. De vez
em quando, porém, um misterioso cão levava-lhe um pedaço de pão. Evidentemente,
como outrora aos solitários do deserto, o demônio não o deixava em paz. “Simão é entregue pelo inimigo da salvação
a penas de espírito, a violentos escrúpulos, a cruéis remorsos sobre os perigos
dessa via extraordinária que ele percorre, privado como estava da graça dos
sacramentos, desprovido de todos os meios que a Igreja concede sem cessar aos
fiéis, todos os dias exposto a morrer nessa terrível solidão, sem socorro nem consolações.
O exemplo de tantos solitários que Deus conduziu na mesma via reanimava sua
confiança; a lembrança das graças com as quais o Céu o tinha favorecido, para o
confirmar em sua resolução, o reassegurava”.1
E, sobretudo a
proteção de Nossa Senhora, a quem ele foi consagrado desde o ventre materno,
vinha trazer-lhe a paz. Por outro lado, também os anjos vinham fazer-lhe
companhia e o entretinham na solidão em que vivia. Assim viveu cerca de 20
anos.
Ordem para que se juntasse aos carmelitas
Nossa Senhora
revelou-lhe então seu desejo de que ele se juntasse a certos monges que viriam
à Inglaterra, provenientes do Monte Carmelo, na Palestina, “sobretudo, porque aqueles religiosos estavam consagrados de um modo
especial à Mãe de Deus”. Apesar do grande atrativo que tinha pela solidão,
Simão voltou para a casa de seus pais e retomou o curso de seus estudos.
Formou-se em teologia e recebeu as sagradas ordens. Enquanto aguardava a
chegada dos monges preditos, o Pe. Simão Stock dedicou-se à pregação.
Como Vigário
Geral da Ordem, enfrenta perseguição
Finalmente
chegaram dois frades carmelitas no ano de 1213, e ele pôde receber o hábito da
Ordem em Aylesford.
Em 1215, tendo
chegado aos ouvidos de São Brocardo, segundo Geral latino do Carmo, a fama das virtudes
de Simão, quis tê-lo como coadjutor na direção da Ordem; em 1226, nomeou-o
Vigário-Geral de todas as províncias europeias.
São Simão teve
que fazer frente, nessa ocasião, a uma verdadeira tormenta contra os
carmelitas, na Europa, suscitada pelo demônio através de homens ditos zelosos
pelas leis da Igreja. Estes queriam, a todo custo, suprimir a Ordem, sob
pretexto de ser ela nova, instituída sem aprovação da Igreja, contrariamente ao
que dispunha o IV Concílio de Latrão.
Simão enviou
delegados ao Papa Honório III, para informá-lo da perseguição de que estavam
sendo vítimas os carmelitas e pedir sua proteção. O Soberano Pontífice delegou
dois comissários para examinarem a questão. Estes, ganhos pelos adversários,
opinaram pela supressão dos carmelitas. Mas a Santíssima Virgem apareceu a Honório
III, ordenando-lhe que aprovasse as Regras do Carmo, confirmasse a Ordem e a
protegesse contra seus adversários.(2) O Sumo Pontífice o fez mediante uma
bula, na qual declarou legítima e conforme aos decretos de Latrão a existência
legal da Ordem dos Carmelitas, e autorizou-a a continuar suas fundações na
Europa.
Eremita no
Oriente e Prior Geral
São Simão
participou do Capítulo Geral da Ordem na Terra Santa, em 1237. Nesse Capítulo,
tratava-se de decidir, devido às contínuas perseguições movidas pelos mouros, se
era o caso de manterem ainda os conventos da Terra Santa. Uma ala pretendia
permanecer, mesmo sob o risco de se enfrentar o martírio. Outros, alegando a
frase de Nosso Senhor — “quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra”
—eram partidários da trasladação total para a Europa. São Simão Stock era desta
segunda opinião, alegando, ademais, que não se podia tentar a Deus nessa
situação. Mas ele mesmo não pôde voltar imediatamente para a Europa, porque os
sarracenos dominavam os mares. Com isso, prazerosamente isolou-se numa gruta do
Monte Carmelo, onde passou mais seis anos de inteira solidão, até que, sabendo
que alguns cruzados ingleses preparavam-se para voltar à sua terra, julgou seu
dever partir com eles.
Num novo
Capítulo, em 1245, foi eleito 6° Prior Geral da Ordem carmelita.
Se a bula papal
aplacara momentaneamente o furor dos inimigos do Carmelo, não o fizera cessar
de todo. Depois de um período de calmaria, as perseguições recomeçaram com mais
intensidade.
Nossa Senhora
concede-lhe o Escapulário da Ordem
Abandonado de
auxílio humano, São Simão recorria à Virgem, com toda a amargura de seu
coração, pedindo-Lhe que fosse propícia à sua Ordem, tão provada, e que desse
um sinal de sua aliança com ela.
Na manhã do dia
16 de julho de 1251, suplicava com maior empenho à Mãe do Carmelo sua proteção,
recitando a bela oração por ele composta, Flos
Carmeli. Segundo ele próprio relatou ao Pe. Pedro Swayngton, seu secretário
e confessor, de repente “a Virgem me apareceu em grande cortejo, e, tendo na
mão o hábito da Ordem, disse-me: “‘Recebe, diletíssimo filho, este Escapulário
de tua Ordem como sinal distintivo e a marca do privilégio que eu obtive para
ti e para todos os filhos do Carmelo; é um sinal de salvação, uma salvaguarda
nos perigos, aliança de paz e de uma proteção sempiterna. Quem morrer revestido
com ele será preservado do fogo eterno’”.
“Disse-me Ela
[…] que bastava enviar uma delegação ao Papa Inocêncio, Vigário de seu Filho,
que ele não deixaria de me mandar remédio para nossos males”.
A expansão da
Ordem do Carmo
Essa graça
especialíssima foi imediatamente difundida pelos lugares onde os carmelitas
estavam estabelecidos, e autenticada por muitos milagres que, ocorrendo por
toda parte, fizeram calar os adversários dos Irmãos da Santíssima Virgem do
Monte Carmelo.
“A Ordem do
Carmo multiplicou-se tão prodigiosamente, sob a direção do nosso Santo, que
poucos anos depois de sua morte, cerca do fim do século XIII, segundo a
observação de Guilherme, Arcebispo de Tiro, essa Ordem contava já com mais de
500 mosteiros ou eremitérios, povoados por um grande número de religiosos, que
o mesmo autor eleva ao número de 120 mil”.5
Como Geral, São
Simão procurou propagar de todas as formas a Ordem pela Europa, preferindo
fundar casas em cidades onde havia universidades. Foi o que realizou em
Cambridge (1249), Oxford (1253), Paris (1254) e Bolonha (1260).
São Simão
atingiu extrema velhice e altíssima santidade, operando inúmeros milagres,
tendo também obtido o dom das línguas.
Apesar da idade,
viajou pela Europa erigindo inúmeros mosteiros, e atribui-se-lhe também a
fundação das Confrarias do Santo Escapulário.
Enfim, já
centenário, chegando a Bordeaux, na França, quando se dirigia a Toulouse para o
Capítulo Geral da Ordem, entregou sua alma a Deus, a 16 de maio de 1265.
De sua tumba
saíram raios de luz durante 15 dias depois de sepultado, o que levou os
religiosos a comunicarem o portento ao Bispo. Este chegou ao túmulo,
acompanhado do clero e de muito povo. Tendo constatado o fenômeno, mandou que
se abrisse o sepulcro, aparecendo o corpo do santo emitindo raios de luz e
exalando delicada fragrância.
Por volta do ano
1276, o culto a Simão Stock foi confirmado para o convento de Bordeaux, pela
autoridade da Santa Sé, e mais tarde para os de toda a Ordem carmelitana.
* * *
Notas
1– Les Petits Bollandistes, Vie
des Saints, d’après le Père Giry, par Mgr. Paul Guérin, Bloud et Barral,
Libraires-Éditeurs, Paris, 1882, tomo V, p.585.
2– Cfr. Les Petits Bollandistes,
op.cit., p. 588.
3– Em latim, diz essa bela oração:
“Flos Carmeli, Vitis florigera, Splendor Cœli, Virgo puerpera, Singularis;
Mater mitis, sed viri nescia. Carmelitis da privilegia, Stella maris!”— “Flor do Carmelo, vide florífera, Esplendor
do Céu, Virgem incomparável, Singular! Ó Mãe amável e sempre virgem, dai aos
Carmelitas os privilégios de vossa
proteção, Estrela do Mar!”.
4– Les Petits Bollandistes, op.
cit., p. 592.
5– Id. ib. p. 593.
Nossa Senhora do Santo Escapulário do Carmo
Nossa Senhora
voltou ao céu e o Escapulário permaneceu como sinal de Maria. Na última
aparição de Lourdes e de Fátima, Nossa Senhora traz o Escapulário.
São passados
mais de 750 anos, desde o dia 16 de julho de 1251. Todos os que trouxeram o
Escapulário, com verdadeira piedade, com sincero desejo de perfeição cristã,
com sinais de conversão, sempre foram protegidos na alma e no corpo contra
tantos perigos que ameaçam a vida espiritual e corporal. É só ler os anais
carmelitanos para provar a proteção e a assistência de Maria Santíssima.
O Escapulário é
a devoção de papas e reis, de pobres e plebeus, de homens cultos e analfabetos.
É a devoção de todos. Foi a devoção de São Luis IX, de Luis XIII, Luis XIV da
França, Carlos VII, Filipe I e Filipe III da Espanha, Leopoldo I da Alemanha,
Dom João I, de Portugal.
E a devoção dos
Papas: Bento XV o pontífice da paz, chamou o Escapulário a "arma dos
cristãos" e aconselhava aos seminaristas que o usassem. Pio IX gravou em
seu cálice a seguinte inscrição: "Pio IX, confrade Carmelita". Leão
XVIII, pouco antes de morrer, disse aos que o cercavam: "Façamos agora a
Novena da Virgem do Carmo e depois morreremos".
Pio XI escrevia,
em 1262, ao Geral dos Carmelitas: "Aprendi a conhecer e a amar a Virgem do
Carmo nos braços de minha mãe, nos primeiros dias de minha infância".
Pio XII
afirmava: "É certamente o Sagrado Escapulário do Carmo, como veste Mariana,
sinal e garantia da proteção e salvação ao Escapulário com que estavam
revestidos. Quantos nos perigos do corpo e da alma sentiram a proteção Materna
de Maria".
Pio XII ainda
chegou a escrever: "Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário
de Nossa Senhora do Carmo - e ainda - escapulário não é 'carta-branca' para
pecar; é uma 'lembrança' para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a
graça duma boa morte".
O Papa João
XXIII assim se pronunciou: "Por meio do Escapulário do Carmo, pertenço à
família Carmelitana e aprecio muito esta graça com a certeza de uma
especialíssima proteção de Maria. A devoção a Nossa Senhora do Carmo torna-se
uma necessidade e direi mais uma violência dulcíssima para os que trazem o
Escapulário do Carmo" Paulo VI afirmava que entre os exercícios de piedade
devem ser recordados o Rosário de Maria e o Escapulário do Carmo.
O Papa João
Paulo II era devotíssimo de Nossa Senhora e coloca a recitação do Rosário entre
suas orações prediletas. Ele quis ser Carmelita. Defendeu sua tese sobre São
João da Cruz, o grande Carmelita renovador da Ordem.
John Mathias
Haffert, autor do livro "Maria na sua Promessa do Escapulário",
entrevistou a Irmã Carmelita Lúcia, a vidente de Fátima ainda viva e perguntou,
por que na última aparição Nossa Senhora segurava o escapulário na mão?
Irmã Lúcia
respondeu simplesmente: "É que Nossa
Senhora quer que todos usem o Escapulário".
As promessas específicas de Nossa Senhora do Carmo.
Primeira: Quem
morrer com o Escapulário não padecerá o fogo do inferno.
Em primeiro
lugar, ao fazer a sua promessa, Maria não quer dizer que uma pessoa que morra
em pecado mortal se salvará. A morte em pecado mortal e a condenação são uma e
a mesma coisa. A promessa de Maria traduz-se, sem dúvida, por estas outras
palavras:
“Quem morrer
revestido do Escapulário, não morrerá em pecado mortal”.
Para tornar isto
claro, a Igreja insere, muitas vezes, a palavra “piamente” na promessa: “aquele
que morrer piamente não padecerá do fogo do inferno”.
Segunda: Nossa Senhora livrará do Purgatório quem
portar seu Escapulário, no primeiro sábado após sua morte.
Embora às vezes
se interprete este privilégio ao pé da letra, isto é, que a pessoa será livre
do Purgatório no primeiro sábado após sua morte, “tudo que a Igreja, tem para explicar estas palavras, tem dito
oficialmente em várias ocasiões, é que aqueles que cumprem as condições do
Privilégio Sabatino serão, por intercessão de Nossa Senhora, libertos do
Purgatório pouco tempo depois da morte, e especialmente no sábado”. De
qualquer modo, se formos fiéis em observar as palavras da Virgem Santíssima,
Ela será muito mais fiel em observar as suas, como nos mostra o seguinte
exemplo:
Em umas missões,
tocado pela graça divina, certo jovem deixou a má vida e recebeu o Escapulário.
Tempos depois recaiu nos costumes desregrados, e de mau tornou-se pior. Mas,
apesar disso, conservou o santo Escapulário.
A Virgem
Santíssima do Carmo, sempre Mãe, atingiu-o com grave enfermidade. Acometido
pela doença, o jovem viu-se em sonhos diante do justíssimo tribunal de Deus,
que devido às suas atitudes ruins e vida má, o condenou à eterna condenação.
Em vão o infeliz
alegou ao Supremo Juiz que portava o Escapulário de sua Mãe Santíssima.
— E onde estão os costumes que
correspondem a esse Escapulário? Perguntou-lhe.
Sem saber o que
responder, o infeliz olhou então para a Virgem Santíssima.
— Eu não posso
desfazer o que Meu Filho já fez. Respondeu-lhe Ela.
— Mas, Senhora!
exclamou o jovem, Serei outro.
— Tu me
prometes?
— Sim.
— Pois então
vive.
Nesse mesmo
instante o doente despertou, apavorado com o que viu e ouviu durante o sonho,
fez votos de levar adiante mais seriamente o Escapulário de Nossa Senhora do
Carmo. Logo, sarou e entrou para a Ordem dos Premonstratenses. Depois de vida
edificante, Deus chamou sua alma à pátria celeste. Assim narram às crônicas
dessa Ordem.
A Serva de Deus Irmã Lúcia tornou-se carmelita descalça. |
A Aparição de Fátima e o Escapulário.
Após a última
aparição de Nossa Senhora de Fátima na Cova da Iria, surgiram aos olhos dos
três videntes varias cenas.
Na primeira, ao
lado de São José e tendo o Menino Jesus ao colo, Ela apareceu como Nossa
Senhora do Rosário. Em seguida, junto a Nosso Senhor acabrunhado de dores a
caminho do Calvário, surgiu como Nossa Senhora das Dores. Finalmente, gloriosa,
coroada como Rainha do Céu e da Terra, a Santíssima Virgem apareceu como Nossa
Senhora do Carmo, tendo o Escapulário à mão.
Por que Nossa
Senhora apareceu com o Escapulário nesta última visão a 13 de Outubro em
Fátima? Perguntaram a Lúcia em 1950.
Lúcia respondeu:
É que Nossa Senhora quer que todos usem o Escapulário respondeu ela.
“E é por este
motivo que o Rosário e o Escapulário, são dois sacramentais marianos mais
privilegiados, universais, mais antigos e valiosos, adquirem hoje uma
importância maior do que em nenhuma época passada da História”
Numa bula de 11
de fevereiro de 1.950, o Papa Pio XII convidava a "colocar em primeiro
lugar, entre as devoções marianas, o escapulário que está ao alcance de
todos"; entendido como veste mariana, esse é de fato um ótimo símbolo da
proteção da Mãe celeste, enquanto sacramental extrai o seu valor das orações da
Igreja e da confiança e amor daqueles que o usam.
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