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domingo, 8 de janeiro de 2017

SANTOS REIS MAGOS: seus VERDADEIROS NOMES segundo revelações à Beata Ana Catarina Emmerich, grande mística.


São Leandro (Mensor), São Leão (Teokeno)
e São Sair, os Reis Magos. 
O texto da Adoração dos Magos, que nos oferece o Evangelho de Mateus, não nos diz quantos eram e muito menos os seus nomes. Apenas nos diz que abrindo os seus tesouros ofereceram ao Menino ouro, incenso e mirra. Talvez, pelo número dos presentes, conjugados com outras referências bíblicas, a tradição diz que eram três.
Igualmente, ainda segunda uma antiga tradição, foi-lhes imposto os nomes de Melchior, Gaspar e Baltasar, de acordo com as qualidades de cada um deles.
Gaspar significa aquele que vai com amor; Melchior, o que anda com suavidade e guia usando de mansidão e acariciando; Baltasar, o que obedece de imediato e sem discutir, isto é, sujeita a vontade própria aos desejos de Deus.

No entanto, segundo as revelações que Deus concedeu à Beata Ana Catarina Emmerich, esses não eram os seus verdadeiros nomes.
Os nomes dos três Reis Magos, enquanto pagãos, seriam: Mensor, Teokeno e Sair. Dois deles porém, receberiam nome cristão ao serem batizados.
Mensor, branco, mas de tez morena, foi batizado por São Tomé, a seguir à morte de Jesus Cristo, recebendo no batismo o nome de Leandro.
Teokeno, de cor branca, o que estava doente quando Jesus o visitou, recebeu no batismo o nome de Leão.
Sair, de cor escura, já tinha falecido ao tempo do Senhor, por isso, recebeu o batismo de desejo.

Mensor, que é como dizer: o cristão Leandro, era da Caldeia. A cidade onde nasceu, tinha um nome parecido com Acaiaia o Acaiacul. Fora edificada numa ilha e era rodeada por um rio. Porém, Mensor residia habitualmente na terra de pastagens, no meio dos rebanhos.

Estas são algumas respostas, às muitas perguntas que nos fazemos acerca dos Magos: donde vieram, como se chamavam, o que faziam, que embora sem qualquer rigor científico, sempre atenuam a nossa curiosidade.






COMO A BEATA ANA CATARINA EMMERICH VIU A VISITA DOS REIS MAGOS AO MENINO JESUS:


“...Cada um dos Reis era seguido por quatro pessoas de sua família, além de alguns criados de Mensor que levavam uma pequena mesa, um carpete com adornos e outros objetos.
Os Reis seguiram José, e ao chegar sob o alpendre, diante da gruta, cobriram a mesa com o carpete e cada um deles punha sobre ela as caixinhas de ouro e os recipientes que tiravam de sua cintura. Assim ofereceram os presentes comuns aos três. Mensor e os demais tiraram as sandálias e José abriu a porta da gruta. Dois jovens do séquito de Mensor, que o precediam, estenderam um tapete sobre o piso da gruta, retirando-se depois para trás, seguindo-os outros dois com uma mesinha onde estavam colocados os presentes. Quando estava diante da Santíssima Virgem, o rei Mensor depositou estes presentes a seus pés, com todo respeito, pondo um joelho no chão. Atrás de Mensor estavam os quatro de sua família, que se inclinavam com toda humildade e respeito. Enquanto isso, Sair e Teokeno aguardavam depois, perto da entrada da gruta. Adiantaram-se por sua vez, cheios de alegria e de emoção, envoltos na grande luz que enchia a gruta, apesar de não haver ali outra luz a não ser o que é a Luz do mundo. Maria encontrava-se recostada sobre o tapete, apoiada sobre um braço, à esquerda do Menino Jesus, o qual estava recostado dentro da manjedoura, coberto com um lenço, cuja manjedoura estava posta sobre um tablado alto. Quando entraram os Reis, a Virgem colocou o véu, tomou o Menino em seus braços e cobriu-o com um véu maior. O rei Mensor ajoelhou-se e oferecendo os dons pronunciou ternas palavras, cruzou as mãos sobre o peito, e com a cabeça descoberta e inclinada, rendeu homenagem ao Menino. Entretanto, Maria havia descoberto um pouco a parte superior do Menino, o qual olhava com semblante amável a partir do centro do véu que o envolvia. Maria sustentava sua cabecinha com um braço e o rodeava com outro. O Menino tinha suas mãozinhas sobre o peito e as estendia graciosamente a seu redor. Oh, quão felizes sentiam-se aqueles homens vindos do Oriente para adorar ao Menino Rei!

Vendo isto dizia para mim: “Seus corações são puros e sem mancha; estão cheios de ternura e de inocência como os corações dos meninos inocentes e piedosos. Não se vê neles nada de violento, apesar de estar cheios do fogo do amor”. Eu pensava: “Estou morta; não sou mais que um espírito: de outro modo não poderia ver estas coisas que já não existem e que, sem embargo, existem neste momento. Mas isto não existe no tempo, porque em Deus não há tempo: em Deus tudo é presente. Eu devo estar morta; não devo ser mais que um espírito”. Enquanto pensava estas coisas, ouvi uma voz que me disse: “Que te importa tudo isto que pensas?... Contempla e louva a Deus, que é Eterno, e em Quem tudo é eterno”.
Vi que o rei Mensor tirava de uma bolsa, presa à cintura, um punhado de barrinhas compactas do tamanho de um dedo, pesadas, afinadas na extremidade, que brilhavam como ouro. Era seu presente. Colocou-o humildemente sobre os joelhos de Maria, ao lado do Menino Jesus. Maria pegou o presente com um agradecimento cheio de sensibilidade e de graça, e o cobriu com a ponta de seu manto. Mensor oferecia as pequenas barras de ouro virgem, porque era sincero e caritativo, buscando a verdade com ardor constante e inquebrantável. Depois, retirou-se, retrocedendo, com seus quatro companheiros, enquanto Sair, o rei cetrino, adiantava-se com os seus e se ajoelhava com profunda humildade, oferecendo seu presente com expressões muito comovedoras. Era um recipiente de incenso, cheio de pequenos grãos resinosos, de cor verde, que pôs sobre a mesa, diante do Menino Jesus. Sair ofereceu incenso porque era um homem que se conformava respeitosamente com a vontade de Deus de todo coração, e seguia esta vontade com amor. Ficou muito tempo ajoelhado, com grande fervor. Retirou-se e adiantou-se Teokeno, o maior dos três, já de muita idade. Seus membros um tanto endurecidos não lhe permitiam ajoelhar-se: permaneceu de pé, profundamente inclinado, e colocou sobre a mesa um vaso de ouro que continha uma formosa planta verde. Era um arbusto precioso, de tronco reto, com pequenas raminhas crespas coroadas  de formosas flores brancas: a planta da mirra. Ofereceu a mirra por ser o símbolo da mortificação e da vitória sobre as paixões, pois este excelente homem havia sustentado luta constante contra a idolatria, a poligamia e os costumes degradantes de seus compatriotas.  Cheio de emoção permaneceu longo tempo com seus quatro companheiros ante o Menino Jesus. Eu tinha pena dos demais que estavam fora da gruta esperando sua vez para ver o Menino. 
As frases que diziam os reis e seus acompanhantes estavam repletas de simplicidade e fervor. No momento de humilhar-se e oferecer seus dons diziam mais ou menos o seguinte: “Temos visto sua estrela; sabemos que Ele é o Rei dos Reis; vimos para adorá-lo, para oferecer-lhe nossas homenagens e nossos presentes”. Estava como fora de si, e em suas simples e inocentes palavras encomendavam ao Menino Jesus suas próprias pessoas, suas famílias, o país, os bens e tudo o que tinha para eles algum valor sobre a terra. Ofereciam-Lhe seus corações, suas almas, seus pensamentos e todas suas ações. Pediam inteligência clara, virtude, felicidade, paz e amor. Mostravam-se cheios de amor e derramavam lágrimas de alegria, que caíam sobre suas faces e suas barbas. Sentiam-se plenamente felizes. Haviam chegado até aquela estrela, pela qual há milhares de anos seus antepassados haviam dirigido seus olhares e suas ânsias com um desejo tão constante. Havia neles toda a alegria da Promessa realizada depois de tão longos séculos de espera.
Maria aceitou os presentes com atitude de humilde ação de graças. A princípio não dizia nada: somente expressava seu reconhecimento com um simples movimento de cabeça, sob o véu. O corpinho do Menino brilhava sob as pregas do manto de Maria. Depois a Virgem disse palavras humildes e cheias de graça a cada um dos Reis, e deixou seu véu um tanto para trás.  Aqui recebi uma lição muito útil e pensava: “Com quão doce e amável gratidão recebe Maria cada presente! Ela, que não tem necessidade de nada, que tem a Jesus, recebe os dons com humildade. Eu também receberei com gratidão todos os presentes que me façam no futuro”. Quanta bondade há em Maria e em José! Não guardavam quase nada para eles, tudo o distribuíam entre os pobres.

(Texto extraído da obra "Anna Catalina Emmerick - La Vida de Jesucristo y de su Madre Santíssima (desde el nascimiento de Maria Santíssima hasta la morte de San José) Segun las visiones de la Ven. Ana Catalina Emmericj - vol. II - Editorial Surgite - págs. 163/166)



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