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sábado, 29 de abril de 2017

Beata Emília Bicchieri, Virgem Dominicana (Ordem Terceira Regular).



Na bela basílica catedral de Santo Eusébio, entre os muitos santos e beatos cujos restos mortais ali sepultados, encontram-se os da Beata Emília Bicchieri, zelosamente guardados, personagem que deu início à Terceira Ordem Regular de São Domingos. A Ordem Terceira Dominicana Regular é composta por comunidades religiosas, vinculadas por força de votos à Regra da Ordem Terceira, sendo mais “suave” que a Regra da Ordem das religiosas dominicanas, permitindo às irmãs dedicarem-se a obras de caridade.
Emília nasceu em Vercelli, Itália, em 1238, quarta filha de sete irmãs, filha de Ghibellino Pietro Bicchieri e Patrícia Bicchieri, de família muito rica. Seus piedosos pais sempre tiveram cuidado de educar piamente sua numerosa prole.
A pequena Emília, simples e alegre, mostrou-se sempre, desde pequena, com inteligência bem acima da de sua idade. Ela odiava conversas vãs e seu maior prazer era retirar-se na solidão de seu quarto para conversar com Deus. Muitas vezes ouvia-se sua voz bela e musical pela casa, cantando com graça e devoção os Salmos.
Bem cedo perdeu sua mãe, porém, seu pai conduziu a criação dos filhos com muito amor e prudência, cativando o respeito, admiração e reverência deles. Seu grande amor que nutria pelo pai e, em contrapartida, do pai por ela, foi o maior obstáculo que teve que superar quando sentiu em seu coração o chamado de Deus.
A final, o pai cedeu às insistências de sua filha e decidiu, em 1255, construir, com expensas próprias, um novo mosteiro dominicano nos arredores de Vercelli, confiando-o a Santa Margarida.
Nesse mosteiro sua amada filha entrou, juntamente com outras jovens, para viver uma vida religiosa que tinha como regra a da Ordem Terceira de São Domingos. Desde 1273, passou a ser a priora do mosteiro, levando toda a comunidade a uma grande perfeição da vida cristã. Seu lema era: “Fazei tudo por Deus”.  Incutia no coração das irmãs uma grande gratidão pelos muitos benefícios que Deus lhes tinha dado.
Esquecida de sua pregressa vida abastada, viveu em profunda humildade, em espírito de pobreza, desapego e de alegre serviço às suas irmãs. Tinha profunda devoção à Eucaristia, à Paixão de Nosso Senhor e à Virgem Maria. Sua devoção ao Santíssimo Sacramento um dia foi recompensada pela aparição de seu anjo da guarda que  ministrou a sagrada comunhão. 
A oração e a íntima união com Deus animou toda a vida de Emília, que morreu santamente, em grande paz, em Vercelli, em 03 de maio de 1314.
Seu culto foi reconhecido pela Igreja, como bem-aventurada, pelo Papa Clemente XIV, em 19 de julho de 1769. Suas relíquias, inicialmente mantidas no mosteiro onde vivia, foram transferidas em 1811 para a catedral da cidade.


Fonte para consulta: site santiebeati.it). 


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