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segunda-feira, 17 de abril de 2017

Beata Sancha de Portugal, Virgem, Princesa e Monja (memória em 11 de abril).


A Beata Sancha (sobre nuvens) aparece
para suas duas irmãs, Beata Teresa e Beata
Mafalda. A Beata aponta para o Céu,
verdadeira Pátria dos eleitos. 
A princesa Sancha, ou Sancha Sanches, era filha de D. Sancho I de Portugal e de sua esposa, a rainha Dulce de Barcelona. Seus avós paternos foram Mafalda de Saboia, filha do Conde Amadeu III, e Afonso I Henriques, primeiro rei de Portugal. Era também irmã das Beatas Teresa, rainha de Castela e Leão (festejada em 2 de maio) e Mafalda, abadessa de Arouca (festejada em 17 de junho).
Sancha nasceu em Coimbra em 1180. Foi educada, como suas irmãs, na piedade e austeridade dos bons tempos.
Quando seu pai D. Sancho I faleceu, ela devia receber, segundo as disposições testamentárias, o castelo de Alenquer e dispor de todos os recursos que deste dependiam, podendo mesmo utilizar o título de rainha.
Esta disposição de D. Sancho I foi causa de lutas entre Sancha e seu irmão Afonso II, que tinha sucedido a se pai no trono de Portugal, o qual desejava centralizar em si todo o poder. Para evitar que o patrimônio deixasse de pertencer à coroa portuguesa na sequência de um futuro casamento de sua irmã, o que criaria um problema para a soberania de Portugal, revogou o testamento, despojando Sancha e suas irmãs dos bens nele dispostos.
Sancha, que não tinha qualquer ideia de se casar, porque desejava consagra-se unicamente a Deus, acabou por deixar a seu irmão o total domínio da herança que recebera de seu pai.
Como o testamento provia também terras e castelos para suas irmãs Teresa e Mafalda, formou-se então um partido de nobres afetos pelas infantas, liderado pelo Infante Pedro, que se exilou em Leão, sob a proteção de Teresa, então rainha consorte de Leão, que após tomar alguns locais transmontanos acabou por ser derrotado.
Com a morte de Afonso II e a subida ao trono de seu filho Sancho II, o problema foi resolvido, concedendo este os castelos herdados a suas tias, nomeando seus alcaides entre os nomes que estas propusessem, pedindo-lhes apenas que renunciassem ao título de rainhas (1223).
Animada pelo mais alto espírito de fé e zelo do serviço de Deus, logo que assegurou a posse da vila de Alenquer, o seu primeiro cuidado foi fundar nas proximidades, na serra de Montejunto, um convento de Dominicanos e outro de Franciscanos, na mesma vila, tudo pela sua devoção e especial proteção que dispensava às ordens mendicantes.
Com igual zelo e devoção edificou também a Igreja de Redondo. Para si ergueu o Convento de Celas, em Coimbra, onde tomou o hábito de Cister, para levar, sob aquela regra, uma vida de oração e austeridade até à morte, em 13 de março de 1229. O seu corpo foi transladado para Lorvão, onde sua irmã Teresa era abadessa.
A 13 de dezembro de 1705, através da bula “Sollicitudo Pastoralis Offici”, o Papa Clemente XI beatificou-a ao mesmo tempo que sua irmã Teresa.

O Martirológio Romano, bem como o calendário cisterciense, comemora a Beata no dia 11 de abril. Ela é nomeada indistintamente como santa ou como beata, embora só tenha sido formalmente beatificada.


Martirológio Romano: Em Coimbra, cidade de Portugal, Beata Sancha, virgem, filha do rei Sancho 1, que fundou o Mosteiro de Celas de monjas cistercienses, e nele abraçou a vida regular. (+ 1229).


(Fonte: Blog "Heroínas da Cristandade", com permissão) 

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