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sábado, 13 de abril de 2019

Beata Francisca d'Amboise, viúva e religiosa. Uma das primeiras monjas carmelitas e a primeira a ser beatificada.




Francisca d'Amboise nasceu em Thouars (França) em 28 de setembro de 1427, filha do visconde Louis e da baronesa Marie de Rieux.

Aos quatro anos, foi prometida em casamento a Pedro, filho do duque da Bretanha. Sua futura sogra, Juana, irmã do rei Carlos VII da França, imprimiu um profundo espírito cristão em sua alma.

Em 1450, na catedral de Reims, foi coroada como duquesa da Bretanha juntamente com o marido, Pedro. De comum acordo com seu esposo, decidiram se manterem em castidade e oferecer à alta sociedade um modelo de lar cristão com a prática assídua de sublimes virtudes cristãs. Consagraram-se à Virgem Maria que era venerada no Santuário de Folgoët, onde deixaram fundos para ser celebrada uma Missa em sua honra todos os sábados.

Francisca soube manter-se afastada dos excessos da moda feminina na corte e dedicou-se particularmente às obras de piedade e caridade.

Todas as quartas feiras, sentava-se à mesa com 11 moças pobres e as alimentava não somente com o “pão” material, mas, com o “pão” do amor e da caridade fraterna. No dia de Natal, escolhia uma criança pobre, vestida com roupas novas, para representar o Menino Jesus. Na Quinta-Feira Santa lavava os pés de doze pobres e oferecia-lhes roupas novas e outros proventos. E só não fazia mais, porque, naqueles tempos, mesmo que fosse de estirpe nobre, as mulheres nada podiam fazer se não fosse com a permissão de seus esposos...

Foi uma evangelizadora leiga. Trabalhou tanto em favor da religião católica que, de acordo com um historiador, “Deus usou esta jovem para uma reforma geral na Grã-Bretanha e a florescer de novo, depois de tantos infortúnios e misérias, uma Idade de Ouro”.

Após a morte de seu marido, Francisca decidiu ser freira de clausura. Mil dificuldades surgiram. Luís XI, rei da França, colocou em jogo todos os meios que pode para ela desistir, mas, tudo em vão. E, diante do monarca desiludido, após receber a Santa Comunhão em uma Missa, fez, em voz alta, o voto de castidade a Deus.

Depois de um encontro providencial com o Beato João Soreth (+ 1471), então Padre Geral dos Carmelitas, decidiu entrar entre as freiras carmelitas de clausura que foram canonicamente instituídas, pouco antes, através da Bula de Nicolau V “Cum nula”, de 07 de outubro de 1452.

O mesmo beato impôs-lhe, com toda a solenidade, o hábito, uma vez que todos os seus compromissos ducais fossem resolvidos.

Juntamente com um grupo de carmelitas, que vieram da Bélgica, Francisca começou sua vida religiosa no convento de Bondón, fundado por ela mesma. Renunciou a seus títulos e não admitia de forma alguma qualquer tratamento especial ou distinção, mas, queria ser tratada como uma humilde serva de Cristo. Desde então, seu grande esforço foi tornar efetiva sua entrega total a Deus.

Nomeada priora da comunidade, ela teve que ir, mais tarde, com o mesmo título, para um novo convento, também fundado por ela perto de Nantes. No exercício desse ofício de priora, nutriu o espírito de suas irmãs com suas sábias “Exortações”, que foram publicadas mais tarde. Francisca era exemplar em todas as virtudes, destacando-se sem seu espírito de oração e de penitência. Sempre insistiu na prática do silêncio, da obediência e da pobreza evangélica. Com a permissão de seus superiores, introduziu a Santa Comunhão frequente e o fechamento restrito.

Faleceu santamente no dia 04 de novembro de 1485. Suas últimas palavras foram: “Adeus, minhas filhas, vou provar o que é amar a Deus acima de todas as coisas”. Francisca d’Amboise pode ser muito bem chamada de a “mãe” das carmelitas, já que é a primeira santa da Ordem, desde que o Carmelo feminino teve sua existência canônica.
Seu culto foi reconhecido pelo Papa Pio IX, em 16 de julho de 1867. Sua memória é comemorada em 05 de novembro.


Sua espiritualidade
Em sua bela obra “Exortações”, publicadas em 1985, por ocasião do V centenário de sua morte, são recolhidas as principais características de sua espiritualidade.
- Era uma alma profundamente silenciosa e o silêncio exigia a suas religiosas como pedra angular para elevar o edifício da perfeição.
- Era uma alma profundamente mortificada e costumava dizer que: “aos pés da cruz temos que declarar tudo e descansar em paz”.
- A pobreza era outra virtude que tentava viver com generosidade, apesar de sua nobreza, sempre amou os mais pobres e abandonados por todos.
- Acima de tudo, ela se destacou em toda a sua vida pela virtude do amor. Sujeitou-se ao amor e ele era a regra para medir todas as suas ações. Dizia: "Os bons religiosos sempre têm que se mover por amor e doçura".
- O testamento de toda a sua vida, que ela deixou como o lema principal para suas filhas e que hoje tem tanto vigor para o Carmelo, foi este: "Seja acima de tudo que Deus é o mais amado".



Sua mensagem
Estejamos convencidos de que em todos os estados de vida podemos servir a Deus.
Temos que seguir a Deus quando Ele chama.
Que o amor a Deus, a Maria e ao nosso próximo sempre nos acompanhe.


Sua oração
Ó Deus, que chamastes a Beata Francisca a buscar o vosso Reino sobre todas as coisas, no serviço a Vós e à Virgem Maria, concedei que, animados e fortalecidos por sua intercessão, vamos em um espírito de alegria no caminho do amor. Por Cristo, vosso Filho e nosso Senhor. Amém.

2 comentários:

Unknown disse...

Bendito seja Deus no seus santos

Állyssen Ferreira disse...

Maravilhoso.

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