Hoje, o site "Santos, Beatos, Veneráveis e Servos de Deus" trás aos nossos leitores este belíssimo "Credo de Maria", feito por São Gabriel da Virgem Dolorosa, passionista, com uma coletânea de citações, revelações, meditações e ditames mariológicos que servirão para aumentar ainda mais nossa devoção à Bem-Aventurada Sempre Virgem Maria, Mãe de Deus, e ver o quão grande e incomensurável é sua dignidade. Peço que o divulguem em suas famílias, rodas de amigos, grupos de oração, pastorais paroquiais e/ou diocesanas, em fim, a todos os católicos que, por o serem, tem por dever o amor e a honra da Virgem Santíssima. As citações vem acompanhada, dentro do possível, de belas imagens desses santos e santas.
1.Creio,
ó Maria, que, como Vós mesma revelastes a Santa Brígida, sois Rainha do céu,
Mãe de misericórdia, alegria dos justos e guia dos pecadores arrependidos; e
que não há homem tão perverso que, enquanto viva, não tenhais misericórdia
dele; e que ninguém abandonou tanto a Deus, que, se vos invoca, não possa
voltar a Deus e encontrar perdão, enquanto que sempre será um desgraçado aquele
que, podendo, não recorra a Vós.
2.Creio
que sois a Mãe de todos os homens, aos que recebestes como filhos, na pessoa de
João, conforme o desejo de Jesus.
3. Creio
que sois, como declarastes a Santa Brígida, a Mãe dos pecadores que querem
corrigir-se, e que intercedeis por toda alma pecadora ante o trono de Deus,
dizendo: Tende compaixão de mim.
4.Creio
que sois nossa vida, e unindo-me a Santo Agostinho, vos aclamarei como única
esperança dos pecadores depois de Deus.
5. Creio
que estais, como vos via Santa Gertrudes, com o manto aberto, e que sob ele se
refugiam muitas feras: leões, ursos, tigres, etc., e que Vós, em lugar de espantá-las,
as acolheis com piedade e ternura.
6.Creio
que através de Vós nós recebemos o dom da perseverança: se vos sigo, não me
desencaminharei; se acudo a Vós, não me desesperarei; se Vós me sustentais, não
cairei; se Vós me protegeis, não temerei; se vos sigo a Vós, não me cansarei;
se vos alcanço, me recebereis com amor.
7.Creio
que Vós sois o sopro vivificante dos cristãos, seu auxílio e seu refúgio,
especialmente na hora da morte, como dissestes a Santa Brígida, pois não é
costume vosso abandonar a vossos devotos na hora da morte, como assegurastes a
São João de Deus.
8.Creio
que Vós sois a esperança de todos, sobretudo dos pecadores; Vós sois a cidade
de refúgio, em particular dos que carecem de ajuda e socorro.
9. Creio
que sois a protetora dos condenados, a esperança dos desesperados, e como ouviu
Santa Brígida que Jesus vos dizia, até para o próprio demônio obterias
misericórdia se humildemente vo-la pedisse. Vós não rejeitais a nenhum pecador,
por carregado de desculpas que se encontre, se recorre à vossa misericórdia.
Vós com vossa mão maternal o tiraríeis do abismo do desespero, como diz São
Bernardo.
10. Creio que Vós ajudais a quantos vos
invocam e que mais solícita sois para alcançar-nos graças, que nós para vos
pedi-las.
11.Creio que, como dissestes a Santa
Gertrudes, acolheis sob vosso manto a quantos acodem a Vós, e que os Anjos
defendem vossos devotos contra os ataques do inferno. Vós saís ao encontro de
quem vos busca e também, sem que se vos peça, dispensais muitas vezes vossa
ajuda e creio que serão salvos os que Vós queirais que se salvem.
12.Creio que, como revelastes a Santa
Bríg ida, os demônios fogem, ao ouvir vosso nome, deixando a alma em paz.
Associo-me a São Jerônimo, Epifânio, Antonino e outros, para afirmar que vosso
nome desceu do céu, e vos foi imposto por ordem de Deus.
13.Creio, ó Maria, que vosso nome é fonte
de alegria e graças. Sinto, com Santo Antônio de Pádua, inefáveis doçuras ao
pronunciar vosso nome. Vosso nome, ó Maria, é melodia para os ouvidos, mel para
o paladar, júbilo para o coração.
14. Creio que não há outro nome, fora do de
Jesus, tão transbordante de graça, esperança e suavidade para os que invocam.
Estou convencido com São Boaventura de que vosso nome não se pode pronunciar
sem algum fruto espiritual. Tenho por certo que, como revelastes a Santa
Brígida, não há no mundo alma tão fria em seu amor, nem tão afastada de Deus,
que não se veja livre do demônio se invoca vosso santo nome.
15. Creio que vossa intercessão é moralmente
necessária para salvar-nos, e que todas as graças que Deus dispensa aos homens
passam por vossas mãos, e que todas as misericórdias divinas se dão por
mediação vossa, e que ninguém pode entrar no céu sem passar por Vós, que sois a
porta.
16.Creio que vossa intercessão é, não
somente útil, mas moralmente necessária.
17. Creio que Vós sois a cooperadora de
nossa justificação; a reparadora dos homens, corredentora de todo o mundo.
18.Creio que quantos não recorram a Vós,
como arca de salvação, perecerão no tempestuoso mar deste mundo. Ninguém se
salvará sem vossa ajuda.
19. Creio que Deus estabeleceu não conceder
graça alguma a não ser por vosso conduto; que nossa salvação está em vossas
mãos e que quem pretende obter graça de Deus sem recorrer a Vós, pretende voar
sem asas.
20.Creio que quem não é socorrido por Vós,
recorre em vão aos demais santos: o que eles podem convosco, Vós podeis sem
eles; se Vós calais, nenhum santo intercederá; se Vós intercedeis, todos os
santos se unirão a Vós. Proclamo-vos com Santo Tomás como a única esperança de
minha vida, e creio com Santo Agostinho que somente Vós sois solícita por nossa
eterna salvação.
21.Creio que sois a tesoureira de Jesus e
que ninguém recebe nada de Deus, senão por vossa mediação: encontrando a Vós
encontra-se todo o bem.
22.Creio que um de vossos suspiros vale
mais que todos os rogos dos santos, e que sois capaz de salvar a todos os
homens.
23.Creio que sois advogada tão piedosa, que
não rejeitais defender aos mais infelizes. Confesso com Santo André de Creta
que sois a reconciliadora celestial dos homens.
24.Creio que sois a pacificadora entre Deus
e os homens e que sois o chamariz divino para atrair os pecadores ao
arrependimento, como Deus mesmo revelou a Santa Catarina de Sena. Como o ímã
atrai o ferro, assim atraís Vós aos pecadores, como assegurastes a Santa
Brígida. Vós sois toda olhos, e toda coração para ver nossas misérias,
compadecer de nós e socorrer-nos.
25.Chamar-vos-ei, pois, com Santo Epifânio:
“A cheia de olhos”. E isto confirma aquela visão de Santa Brígida, na qual
Jesus lhe disse: “Pedi-me, Mãe, o que quiserdes”. E Vós lhe respondestes: “Peço
misericórdia para os pecadores”.
26.Creio que a misericórdia divina que
tivestes com os homens quando vivíeis sobre a terra, inata em Vós, agora no céu
se vos aumentou na mesma proporção que o sol é maior que a lua, como opina São
Boaventura. E que, assim como não há no firmamento e na terra corpo que não
receba alguma luz do sol, tampouco há no céu nem na terra alma que não participe
de vossa misericórdia.
27. Creio também com São Boaventura, que não
só vos ofendem os que vos injuriam, mas também os que não vos pedem graças.
Quem vos obsequia não se perderá, por pecador que seja; ao contrário, como
assegura São Boaventura, quem não é devoto vosso, perecerá inevitavelmente.
Vossa devoção é o ingresso do céu, direi com Santo Efrém.
28.Creio que, como revelastes a Santa
Brígida, sois a Mãe das almas do purgatório, e que suas penas são abrandadas
por vossas orações. Portanto afirmo com Santo Afonso que são muito afortunados
vossos devotos e com São Bernardino que Vós livrais a vossos devotos das chamas
do pur
29.Creio que Vós, quando subíeis ao céu,
pedistes, e obtivestes sem nenhuma dúvida, levar convosco ao céu todas as almas
que então se achavam no purgatório. Creio também que, como prometestes ao Papa
João XXII, livrais do purgatório no sábado seguinte à sua morte aos que
portarem vosso escapulário do Carmo. Mas vosso poder vai introduzindo no céu a
quantos queirais. Por Vós se enche o céu e fica vazio o inferno.
30.Creio que os que se apoiam em Vós não
cairão em pecado, que os que vos honram alcançarão a vida eterna. Vós sois o
piloto celestial, que conduzis ao porto da glória a vossos devotos na nacela de
vossa proteção, como dissestes a Santa Maria Madalena de Pazzi. Afirmo o que
assegura São Bernardo: O professar-vos devoção é sinal certo de predestinação,
e também a afirmação do abade Guerrico: Quem vos tem um amor sincero, pode
estar tão certo de ir ao céu, como se já estivesse nele.
31.Creio com Santo Agostinho que não há
santo tão compassivo como Vós: dais mais do que se vos pede; vais em busca do
necessitado, buscais a quem salvar: Muitas vezes salvais aos mesmos que a
justiça de vosso Filho está a ponto de condenar, como ensina o Abade de Celes.
Portanto, estou convencido da verdade que se contém na visão que teve Santa
Brígida: Jesus vos dizia: “Se não se interpusessem vossas orações, não haveria
neste caso nem esperança nem misericórdia”. Opino também com São Fulgêncio, que
se não fosse por Vós, a terra e o céu teriam sido destruídos por Deus.
32.Creio, como revelastes a Santa Mechtildes,
que éreis tão humilde que, apesar de ver-vos enriquecida de dons e graças
celestiais inumeráveis, não vos preferiríeis a ninguém. E que, como dissestes a
Santa Isabel, Beneditina, vos julgáveis vilíssima serva de Deus e indigna de
sua graça.
33.Creio que por vossa humildade,
ocultastes de São José vossa maternidade, ainda que aparentemente parecesse
necessário manifestá-la, e que servistes a Santa Isabel e que na terra
buscastes sempre o último lugar.
34.Creio que, como revelastes a Santa
Brígida, tivestes tão baixo conceito de Vós mesma porque sabíeis que tudo
havíeis recebido de Deus, por isso em nada buscastes vossa glória, mas a de
Deus unicamente.
35.Creio com São Bernardo que nenhuma
criatura do mundo é comparável convosco em humildade.
36.Creio que o fogo do amor, que ardia em
vosso coração para com Deus era de tanto calor, que num instante poderia
acender em fogo e consumir o céu e a terra, e que em comparação com vosso amor,
o dos santos era frio.
37.Creio que cumpristes com perfeição o preceito
do Senhor “Amar a Deus”, e que desde o primeiro instante de vossa existência,
vosso amor a Deus foi superior ao de todos os anjos e serafins.
38.Creio que devido a este intenso amor
vosso a Deus, jamais fostes tentada, e que nunca tivestes um pensamento que não
fosse para Deus, nem dissestes palavra que não fosse dirigida a Deus.
39.Creio com Suárez, Ruperto, São
Bernardino e Santo Ambrósio, que vosso coração amava a Deus, ainda quando vosso
corpo repousava, de maneira que se vos pode aplicar o que diz a Sagrada
Escritura: “eu durmo, mas meu coração
vela”, e que enquanto vivíeis na terra, vosso amor a Deus nunca foi
interrompido.
40.Creio que amastes ao próximo com tal
perfeição, que não haverá quem o tenha amado mais, excetuando vosso Filho. E
que ainda que se reunisse o amor de todas as mães para com seus filhos, dos
esposos e esposas entre si, de todos os santos e anjos do céu, seria este amor
inferior ao que Vós professais a uma só alma.
41.Creio que tivestes, como diz Suárez,
mais fé que todos os Anjos e Santos juntos: ainda quando duvidaram os
Apóstolos, Vós não vacilastes. Chamar-vos-ei, pois, com São Cirilo, “Centro da
fé ortodoxa”.
42.Creio que sois a Mãe da Santa Esperança
e modelo perfeito de confiança em Deus. Que fostes mortificadíssima, tanto que,
como dizem Santo Epifânio e São João Damasceno, tivestes sempre o olhar
abaixado, sem fixá-los jamais em pessoa alguma.
43.Creio no que dissestes a Santa Isabel,
Beneditina: que não tivestes nenhuma virtude sem haver trabalhado para
possuí-la, e com Santa Brígida creio que compartistes todas as vossas coisas
entre os pobres, sem reservar-vos para Vós mais que o estritamente necessário.
44.Creio que desprezáveis as riquezas
mundanas.
45.Creio que fizestes voto de pobreza.
46. Creio que vossa dignidade é superior a
todos os anjos e santos e que é tanta vossa perfeição, que só Deus pode
conhecê-la.
47.Creio que depois de Deus, é ser Mãe de
Deus, e que, portanto, não pudestes estar mais unida a Deus sem ser o próprio
Deus, como dizia Santo Alberto.
48.Creio que a dignidade de Mãe de Deus é
infinita e única em seu gênero e que nenhuma criatura pode subir mais alto.
Deus poderia haver criado um mundo maior, mas não pôde haver formado criatura
mais perfeita que Vós.
49.Creio que Deus vos há enriquecido com
todas as graças e dons gerais e particulares que conferiu a todas as demais
criaturas juntas.
50. Creio que vossa beleza sobrepassa a de
todos os homens e os Anjos, como revelou o Senhor a Santa Brígida.
51.Creio que vossa beleza afugentava todo
movimento de impureza e inspirava pensamentos castos.
52. Creio que fostes menina, mas, de menina
só tivestes a inocência, não os defeitos da infantilidade.
53.Creio que fostes virgem antes de dar a
luz, ao dar a luz e depois de dar a luz; fostes mãe sem a esterilidade da
virgem, sem deixar por isso de ser virgem. Trabalháveis, mas sem que a ação
distraísse; oráveis, mas sem descuidar de vossas ocupações. Morrestes, mas sem
angústia, nem dor nem corrupção de vosso corpo.
54.Creio que, como ensina Santo Alberto,
fostes a primeira a oferecer, sem conselho de ninguém, vossa virgindade, dando
exemplo a todas as virgens, que vos hão imitado, e que Vós, diante de todas,
portais o estandarte desta virtude. Por Vós se manteve virgem vosso castíssimo
esposo, São José.
55.Creio também que estáveis resolvida a
renunciar à dignidade de Mãe de Deus, antes que perder vossa virgindade. Direi
com o Beato Alano de la Roche, que praticar a devoção de saudar-te sempre com a Ave-Maria
com o Rosário é um magnífico sinal de predestinação para a Glória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário