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quinta-feira, 16 de outubro de 2025

SANTA EDWIRGES, Viúva e Religiosa, padroeira dos desempregados e dos endividados - 16 de outubro

Um modelo exemplaríssimo de todas as virtudes apresenta-nos a igreja na pessoa da Santa duquesa é de virgens tia materna de Santa Isabel da Turíngia. 

O pai de Edwirges era Bertoldo duque de Caríntia, Margrave de Meran e conde do Tirol. A mãe era igualmente de alta linhagem. 

 Edwiges, ainda menina de tenros anos, dava a conhecer aos pais que era de Deus privilegiada, por uma inteligência não comum naquela idade. Além disso, notava-se nela uma inclinação bem acentuada para todas as virtudes, coisa também raríssimas vezes observada em crianças. 

Donzela nenhum atrativo experimentava para os prazeres e divertimentos mundanos ler e rezar era-lhe por assim dizer a única distração.

Tendo atingido a idade de 12 anos para obedecer aos pais, contraiu núpcias com Henrique, duque da Polônia e Silésia. Esposa exemplaríssima, não tinha em mira outra coisa senão a glória de Deus, a santificação de sua alma e a felicidade do próximo.

Com permissão do esposo, dedicava os dias de festa, bem como a santa Quaresma, a exercícios de mortificação. Um dos seus lemas era: “quanto mais ilustre se for pela origem tanto mais se deve distinguir pela virtude, e quanto mais alta for a posição social, tanto mais obrigação se tem de edificar ao próximo pelo bom exemplo”.

Deus abençoou o matrimônio do casal com sete filhos, que foram educados no temor de Deus 

Edwirges contava apenas 20 anos e o esposo 30, quando, impelida pelo desejo de servir a Deus em maior perfeição, de acordo com Henrique, tomou a resolução de viver em completa continência, e ambos fizeram um voto nesse sentido, que depositaram nas mãos do bispo. 

Desde aquele momento prosseguiu no caminho da perfeição. Todo tempo, não tomado pelas ocupações do dever, pertencia desde então a oração e a beneficência.

Consolo particular dava-lhe a audição da santa missa, tanto que assistia cotidianamente a tantas missas quantas lhe era possível, e com uma devoção que a todos edificava.

Era uma grande protetora das viúvas e órfãos. Grande parte dos protegidos comiam na sua própria mesa, sendo que ela mesma os servia. Frequentes visitas fazia aos hospitais, e a dedicação como o amor ao sacrifício, faziam com que em pessoa lavasse os pés dos leprosos e lhes beijasse as úlceras. 

Com o esposo insistiu para que nas proximidades da cidade de Bressel erigisse um convento para as religiosas da ordem de Cister. Naquele convento muitas meninas pobres receberam educação e instrução religiosa. É de virgens mesma costumava passar Dias entre as freiras acompanhando todos os exercícios da comunidade no vestir não se lhe notava nenhuma ostentação, nem licenciosidade alguma, de modo que o exemplo da duquesa obrigava a todos na corte ao maior recato.

Contrariedades e graves desgostos não faltaram para pôr em prova as virtudes. Uma guerra imprevista arrebatou-lhe o esposo que caiu nas mãos do inimigo. Ao receber esta notícia, é de virgem cheia de fé, levantou os olhos para o céu e disse: espero vê-lo em breve são e salvo. Ela mesma se dirigiu ao duque Conrado, que lhe guardava preso o esposo, errou com tanta insistência, que obteve a libertação de Henrique, o qual adoeceu e poucos dias depois morreu. 

 Às pessoas que lhe apresentavam pêsames, é de virgens respondia: compre adorarmos os desígnios da Divina providência na vida e na morte nosso consolo deve consistir no cumprimento de sua santíssima vontade.

Três anos depois, seu filho Henrique perdeu a vida, numa batalha contra os tártaros embora este golpe crudelíssimo referiu-lhe profundamente o coração de mãe, e Edwirges demonstrou a mesma resignação que por ocasião da morte do esposo. 

O resto da vida passou no convento de Trebnitz, onde sua filha Gertrudes era abadessa. Aí viveu como a última entre as freiras as regras e as constituições da ordem viram na Santa duquesa a observadora mais fiel. Se sua vida antes da entrada no convento era de sacrifícios e penitências, no mosteiro redobrou os exercícios de austeridade só interrompia o jejum aos domingos e Dias Santos o único alimento que tomava era pão, água e legumes, abstendo-se por completo do vinho e da carne o cilício era-lhe companheiro inseparável, e o leito eram duas tábuas no inverno mais rigoroso andava descalça sobre a neve e o gelo. Apenas 3 horas antes das matinas dedicava ao sono passando o resto da noite em oração, sujeitando o corpo, não raras vezes, assevera flagelação com esses exercícios tão duros de penitência, é de virgens emagreceu, e o corpo tomou-lhe feições esqueléticas. 

Tinha uma devoção terníssima à sagrada paixão e morte de Jesus Cristo, que era o assunto de suas meditações cotidianas acompanhando a nosso senhor nos sofrimentos, derramava abundantes lágrimas. Terno amor dedicava a Santíssima virgem. O rosto incandescia-se-lhe ao pronunciar o nome da doce mãe Celeste. A humildade de Edwiges foi recompensada com o dom dos milagres fazendo uma vez o sinal da cruz sobre uma cega esta recuperou a vista imediatamente muitas curas maravilhosas se efetuaram por sua intercessão.

O fim de tão santa vida foi uma morte santíssima. Acometida de grave doença, pediu os santos sacramentos, os quais recebeu com tanto fervor, que comoveu a todos que assistiram morreu em 1243. 

Numerosos foram os milagres que se lhe observaram no túmulo. Clemente quarto deu-lhe a honra dos altares. Santa Edwirges é a padroeira da Polônia.


Reflexões 

Tanto na vida como na morte devemos adorar humildemente as determinações da Divina providência. Assim falou Santa Edwiges, quando o marido lhe foi arrebatado pela morte a mesma conformidade heroica manifestou quando lhe morreu o filho primogênito. Qual é a nossa conduta em acontecimentos semelhantes? 

Nunca teremos a tranquilidade de espírito, se não nos sujeitarmos as ordens divinas, conformando a nossa vontade com a de Deus por que não nos sujeitamos? As ordens de Deus são justas, embora muitas vezes incompreensíveis. 

Nada nos poderá acontecer sem que Deus disse tenha conhecimento, e sem que tenha dado o seu consentimento. Tudo que Deus ordenar a nosso respeito, é justo, e é para o nosso bem. É a fé que assim nô-lo ensina. 

Ensina mais dois pontos que ninguém se deve opor à vontade de Deus claramente conhecida. É necessário, pois, que dá necessidade se faça virtude, conformando-nos com aquilo que Deus quer, se assim fizermos, teremos a paz em nossas almas, e poderemos obter muitos merecimentos para o céu. 

 

Fonte:

Livro "Na Luz Perpétua", 1959.

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